Poesia de Pais de Pedro Bandeira

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"⁠Já exercitei tantos flertes
que prefiro roubar-te só uma réstia.
Ladrão de sorrisos
que por elogios leva tua modéstia.

Um par de cortejos
para um milhão de incógnitas.
Quatro olhos vazios
preenchendo-se na repetição das notas".

- Trecho de "Outro dia de chuva", do livro "Ruas & Rosas".

⁠"Se perfumam memórias,
já voa estático ao seu assento.
A expressão conta histórias,
o olhar segue atento.

O caráter é marginal,
as frases são românticas.
O bardo constrói seu astral,
afia palavras como se fossem lâminas".

- Trecho de "Asfalto", do livro "Ruas & Rosas".

⁠"⁠Sempre gostei de ver
as gotas caírem no vidro,
assistir a luz
mergulhando nelas.
Talvez em um dia de chuva,
daqueles em que eu
ficava grudado à janela,
você era uma delas".


- Trecho de "Mosaico", do livro "Ruas & Rosas".

"⁠E se declarar-se por amor
traz a razão que hesito,
há precisão de palavra nenhuma
se o silêncio já ter respondido".

⁠⁠⁠"É sobre uma conversa que se estende
e não a hora cronometrada,
é um beijo não combinado
no relento da madrugada".

Trecho de "Marginal", do livro "Ruas & Rosas".

⁠"Somos soldados sem querer lutar,
adaptados a um sistema que não queremos viver.
Anestesiados com o que "devemos" acreditar
e assim, agradecer o que podemos ter".

Trecho de "A favor do vento", do livro "Ruas & Rosas".

"⁠Uma guerra sem vencedor,
um próprio submundo.
A tortura sem anistia,
um soldado nascendo a cada segundo.

Também se romantiza a periferia,
o lugar que Deus esqueceu.
Casas amontoadas, sustentadas pela revolta,
construídas na abolição que nunca aconteceu".

- Trecho de "Ordem e Progresso" do livro "Ruas & Rosas".

"⁠Que eu acompanhe justamente
a mudança que
também
nos acompanha...
... sem o direito de escolher.
Ir dormir sabendo que pro dia seguinte
a minha companhia não vai ser necessária,
mas que mesmo assim...
... você vai preferir ter".

"Uma carta que não entreguei à ela", do livro "Ruas & Rosas".

"⁠Meu dia de chuva violeta,
daqueles que derrubam a maquiagem.
Pessoas pelas suas verdades interpretam mentiras,
das quais surgem novas verdades..."

⁠"Afinal, o que posso
fazer de mim?
Pergunto-me ante
qualquer questão;

Mas sempre questiono-me
por quem não teve tal espaço,
pois é um pedaço na caneta
que deixo do coração".

Presente

Vivemos presos ao passado, em dor,
Mágoas, culpas, frustrações a nos guiar,
E ao futuro olhamos com temor,
Ansiedade e medo a nos cercar.
Esquecemos que o tempo é o presente,
É nele que habitamos, que vivemos,
E viver o agora, plenamente,
É a chance de sermos o que queremos.
No presente, a vida se revela,
É nele que a felicidade mora,
Deixemos o passado, a dor que sela,
E o futuro, com seus medos, lá fora.
Vivamos o presente, sem mais demora,
Pois só nele a alegria se revela.

RPC 24/06/24
Roberval Pedro culpi

Amigos,

Em jardins de risos e silêncios,
Florescem laços invisíveis,
Não contados,
não possuídos, Apenas sentidos, como brisas leves.
Não tenho ideia quantos são,
Pois contar é limitar,
E amizade é vastidão, Um campo sem fronteiras.
Amigos quero aqueles que dançam No ritmo do agora,
Que se alegram na presença,
Sem razão, sem demora.
Gostar de estar, mais que gostar,
É um querer sem nome,
Um encontro de almas,
Que se reconhecem no olhar.
E assim, seguimos, Sem posse, sem pressa,
Apenas sendo,
E nada mais.

RPC - 20/07/24

Roberval Pedro Culpi

Choro no pampa

Na vastidão dos pampas, onde o céu abraça a terra,
Eu vi a água subir, tragédia que desespera.
Rio Grande em pranto, suas lágrimas a correr,
Levando casas, sonhos, num lamento sem poder.

Chora o gaúcho, de bombacha e alma lavada,
Pela perda dos seus, pela lida inundada.
No galpão submerso, a tristeza era senhora,
E as fotos dos antigos, agora só na memória.

Sem teto, sem abrigo, sob o manto estrelado,
O peito da gauchada, de saudade foi cravado.
Perdido o que se tinha, construído com suor,
Restou só a esperança, e o peito cheio de dor.

Mas veio a solidariedade, de todos os cantos, a brilhar,
Brasileiros de mãos dadas, prontos para ajudar.
Do Oiapoque ao Chuí, um só coração pulsante,
Na tragédia das enchentes, somos todos irmãos, adiante.

E assim sigo campeiro, com o pala a me cobrir,
Na certeza que o Rio Grande, há de novamente florir.
Com a força do meu povo, e a ajuda nacional,
Reconstruiremos tudo, num esforço sem igual.

Esta poesia reflete a resiliência e a união do povo gaúcho e de todos os brasileiros
diante das adversidades, mantendo viva a esperança de que unidos venceremos todas as adversidades.

Roberval Culpi
08/05/2024

Da minha janela

Vejo a chuva da minha janela,
pingos que dançam no vidro,
como se quisessem trazer tristeza,
mas não é bem assim.

Daqui observo o mundo,
dias e noites se sucedendo,
ventos que arrastam tempestades,
sol que aquece e devolve o calor.

Acompanho o tempo,
não o que veste o ar de frio ou de fogo,
mas o que se estende, invisível,
bordando a vida com sua passagem.

O tempo nunca caminha só:
vem de mãos dadas com o sol e a chuva,
com flores que se abrem,
galhos que se despem,
árvores que morrem e renascem.

E eu, aqui dentro,
descubro que o tempo não mora em mim.
Ele corre lá fora,
nas ruas, nos céus, nos ventos,
enquanto em mim há apenas silêncio —
um espaço onde o instante repousa,
e nada envelhece.

Roberval Pedro Culpi

26/08/2025

Da Janela no sertão

Da minha janela vejo a chuva,
e ela cai como se fosse choro do céu.
Mas não, não é tristeza não:
é só o sertão do mundo molhando sua pele,
pra lembrar que até a pedra dura
se rende à água mansa.

O tempo corre lá fora,
feito cavalo brabo,
ora levantando poeira nos ventos,
ora abrindo o peito pro sol quente da vida.
Dias e noites se alternam,
como se Deus brincasse de fiar luz e sombra
na roca invisível da eternidade.

Eu fico aqui, de dentro,
vendo árvore nascer, perder folha,
morrer e ressuscitar no mesmo tronco.
É como se cada galho fosse profeta
dizendo que nada se perde:
só muda de roupa,
feito romeiro no caminho.

E aprendo que o tempo não mora em mim,
mora lá fora, correndo nas águas,
cantando nos ventos, ardendo no sol.
Dentro de mim só tem o silêncio,
um silêncio grande,
onde o instante fica parado —
feito retrato da alma,
feito milagre da vida.

Roberval Pedro Culpi

26/08/2025

Desilusão

A vida caminha em desilusão,
como quem desfolha uma rosa
até restar apenas o espinho.

Quanto mais fundo se vê,
mais se percebe a dor
oculta nas promessas,
a farsa que sustenta a esperança dos tolos.

Não é o mundo que se torna pior,
é o olhar que já não aceita véus,
a mente que não consente
em fingir que não sabe.

A consciência pesa,
um fardo invisível que poucos suportam.
Os fracos se tornam cínicos,
os fortes aprendem a silenciar.

Pois tudo passa,
tudo é sombra em movimento.
O apego envenena,
a máscara sufoca,
e apenas no silêncio
há abrigo,
como um sopro leve
que não promete nada,
mas consola.

Roberval Pedro Culpi

27/08/2025

Fardo invisível

A vida, lenta, vai despindo véus,
cada saber arranca uma cortina,
o riso simples se perde,
como a infância que nunca retorna.

Quem aprende a ver o fundo
já não se engana com as cores da superfície.
O ingênuo se alimenta de promessas,
mas o lúcido conhece o gosto amargo da verdade.

Não é que o mundo piore,
ele sempre foi o que é:
feito de enganos, de vaidades,
de silêncios disfarçados em canto.

É o olhar que se afia,
a alma que se abre,
e quanto mais se abre,
mais se fere no espinho da consciência.

Saber é carregar um fardo invisível:
multiplicar dores
na medida exata em que se desfazem
as frágeis ilusões do consolo.



Roberval Pedro Culpi

26/08/2025

VIDA
Confesso que te amo ....Confesso que penso em você o tempo TODO...Mas acima de tudo eu confesso que preciso me casar e ter filhos com você para assim eu me tornar um homem COMPLETO.

Hoje uma amiga me dirigiu uma pergunta:
Por que as coisas sempre dão errado?

Respondi ela dizendo lhe que: as coisas sempre dão errado, porque talvez, ainda não tenhamos aprendido com o erro para que elas dessem certo.
Talvez devíamos pensar mais no porque de ter dado errado, porque é ali que iremos descobrir o que o erro quer nos ensinar.

A velha amiga Morte

Não devemos ver a Morte como inimiga, pelo contrário, devemos vê-la como um velha amiga. Aquela que irá nos trazer a chave para o grande mistério da vida, que não cabe a nós conhecermos antes de sermos levados.
Devemos acolhê-lá sem questionar. Aceitar o fato de que a nossa vida terrena terminou.
A tecnologia avançada, tendo a capacidade de tornar nossas vidas um pouco mais prolongadas, mas nenhuma tecnologia impedirá a chegada da velha amiga.
Ela, muitas vezes, chega sem avisar e sem fazer barulho. Nos leva tranquilamente, como se estivéssemos com sono e fossemos dormir... Só que para sempre

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