Poesias sobre a lua para iluminar pensamentos e corações

É noite no cerrado

Cai a noite no cerrado
E o silêncio floresce
Estrelas lado a lado
Da lua que se oferece

Junto vem a melancolia
Inundando o imaginário
De sonolenta monotonia
No poetar de um solitário

Já não se ouve a vereda
Comigo o breu algemado
O sono na inação enreda
Na noite que cai no cerrado

Luciano Spagnol
Fim de maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Se a Lua uiva na sua noite, silencie para que o Sol possa amanhecer...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

HORAS TANTAS

Horas tantas, aterrado e um tanto aflito
Confidenciei para a lua o meu detrimento
Do acaso, que com as desditas foi escrito
E se a fito, ainda o sinto no pensamento

Atroa, n'alma um pávido e nuvioso grito
Titilando dores em um amofino violento
Arremessando os anseios para o infinito
Tal o choro do cerrado aflado pelo vento

Clemente lua, que o meu azar sentiste!
No firmamento confessei o meu pranto
Enfardado pelas nuvens transparentes

E no meu peito, uma solidão tão triste
Onde o poetar a soluçar em um canto
Escorre silenciosas lágrimas ardentes

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
30 de julho de 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

pôr de lua
estou na tal fase
do luxo da alma nua
de ignorar o tino da frase

escapa-me a percepção
o verso, a rima, a inspiração

a emoção já não me pertence
foge-me o suspense

sou apenas rumo
resumo!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
25/09/2019
Araguari, Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

BOCA DA NOITE

na boca da noite, calar-se
o cerrado se cafua
o sol fustigado
a lua nua
o céu estrelado...
Anoitece, e o dia recua.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

DENTRO DA NOITE (soneto)

A luz da lua no quarto me banha
No canto do sonho a noite palpita
As estrelas, no céu no breu agita
O silêncio na escuridão entranha

O cerrado se cala, a treva vomita
Quimeras na imaginação, manha
No ouvido e no olhar, e barganha
Com as ilusões, vestida de chita

E a sombra continua a jornada
Como que, o sossego que canta
A caminho da alta madrugada...

Baralha, mistura na cor prateada
Encantada, que então se agiganta
Dentro da noite, a lua enamorada

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Exilado

A lua me exilou na noite solitária
Me jogando em um isolamento
Onde a alma se sente precária
No ter e não ter o sentimento
O que alegra, fascina, motiva
Que traz sentido e movimento
Sem que se tenha expectativa
Pois o amor não é sofrimento
Nem exílio, é afeto, iniciativa

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Meu olhar buscou a lua
A vacilar no firmamento
Sem saber como flutua
Minhalma neste tormento

caminho triste e confuso
indiferente às estrelas
não sei o que quero ou procuro
não sei se desejo vê-las

Inserida por tadeumemoria

⁠Mesmo com a mais negra noite (sem lua ou estrelas) podemos seguir caminhando, tendo a luz da esperança como farol a nortear nossos passos.
Mesmo no mais profundo dos abismos sempre a fé nos impulsionará a subir pelas escarpas.
Mesmo que os grandes amores tenham naufragados no mar da vida, mesmo que o farol tenha a luz queimada, mesmo que a escarpa seja íngreme demais, sempre são os amigos que procedem ao resgate.

Inserida por maria_baptista_moraes

abajur

mesmo estando escuro
havia aquele abajur
mesmo sem poesia
havia o lusco fusco da lua
iluminando o teu olhar que luzia
na inspiração, com rima nua
poetando o que não dizia
a paixão... e onde era sua
a minha vontade, o meu amor
hoje, solitário pela rua
os meus versos sem sabor
vai... chora... calado
por onde for
e o abajur apagado...
aí que dor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/05/2020, Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AO PÉ DO OUVIDO

Eu fui confidenciar, lôbrego, o meu pesar
À velha lua, branca e nua, no céu viçosa
Na noite acordada, supondo que ao falar
Teria o trovar solto duma queixa amorosa

Não quis sequer atenção, então, prestar
No celeste ali estava e, ali ficava gloriosa
Mas, pouco a pouco, num súbito quedar
Vendo um ciciar, pôs a me ouvir cautelosa:

Entre soluços e suspiros eu narrava tudo
Ela comovida, pois, poética e apaixonada
Tal como é, romanceou o duro conteúdo

Com os olhos cheios d’água, sonhadora
Compadecida desta sofrida derrocada
Então, chorou comigo pela noite afora

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 de agosto de 2020- Triângulo Mineiro
paráfrase Pe. Antônio Tomás

Inserida por LucianoSpagnol

⁠[...]mais um pôr do sol...
...mais um dia que se vai e é a sombra que agora cai, trazendo a lua pra confortar, o cerrado, na Imensidão do escuro da noite... a vida em continuação!



© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Sertão da Farinha Podre

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SEDUÇÃO ...

A luz lívida da cândida lua incidia
tingindo a face, que do amor vejo
nas cores do matiz do raro desejo
fomentando o agrado que trazia

Numa impulsiva e lassa ousadia
me vi caído no arrebatado ensejo
de dois amores num mesmo pejo
querendo estar na mesma euforia

Ó lua confidente, deixai aparente
a sedução. Me reitero no lamento
antes que vá na penumbra poente

Tão bom perceber o vulto, alento
ao coração, fascínio inteiramente
que arde por total o pensamento...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/03/2021, 20’53” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠⁠NOITE DE INSÔNIA

Sob a rútila luz da lua no cerrado
Nesta noite de primavera, e fria
Meu tratear, sentinela acoimado
Provoca, acossa e ao sono arrepia
Pende do pensamento um passado
Memória, sussurros e louca utopia
Tal um desalento nuvioso e velado
É está minha sensação, de ti vazia

Na janela o vento na fresta, ali chia
Um perfume seco irrompe o quarto
E cá, um aperto, me faz companhia
E a tua lembrança não fala, se cala
Para um trovador que o amor sentia
Noite de insônia e a saudade entala!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
21 novembro 2021, 05'08" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Busco meu sorriso,como pássaro à procura de abrigo, como sol a procura da lua e as estrelas à procura do infinito.
Enquanto o melô da minha canção vem como nota desafinada de um violão, o meu amor não passa de uma noite mal dormida. Então, fico a procurar, esse sorriso que ficou preso no ar, em uma dessas noites que eu dormi sem sonhar.

⁠Lua cheia, enigma celestial,
Tesouros ocultos, um véu astral.
Em tua luz, mistérios se escondem,
E a imaginação livremente voa.

Inserida por Dannyell

Lua, tão doce lua, que brilha e ilumina a imensidão do mar, que sabe dos meus segrêdos, que entende o meu olhar...
Dar vida ao universo, acende a escuridão, vigia os enamorados que se amam de corpo, alma e coração.
Enamorados que contigo conversam e te fazem testemunha,
do maior amor que há.
Lua doce lua, bela do anoitecer, tras de volta o meu sorriso antes que adormeça e me faça enloquecer.
Lua saudade, lua ilusão.
Lua dos amantes que se amam de paixão.
Que se entregam sem vergonha, sem pudor, porque sabem, que só tu, lua doce lua é capaz de entender o amor !

Inserida por LeoniaTeixeira

Tentei te mostrar as flores, não viu.
Sentir o perfume, não sentiu.
Tentei que olhasse a lua, não quis.
Procurei te dar o mar, achou imenso.
Sorrir pra te fazer feliz, não percebeu,
enfim tudo que quis te dar não deu !

Inserida por LeoniaTeixeira

A beleza está na lua, no sol, no mar.
No amanhecer de um novo dia, no sorriso de uma criança,
no pássaro que voa, no encontro de um olhar...
A beleza encontrá-se nas pequenas coisas e nas grandes pessoas.

Inserida por LeoniaTeixeira

Há um rio de esperanças que deságua dentro de mim. Sou feito mar em lua cheia, ondas de mar, sou maresia...sou amarelo em campos fértil, sou imensidão de mar, sou alegria em tristezas que brinca de amar. Falo o teu idioma mesmo sem saber falar, pois tenho a poesia como forma de se comunicar e uso as letras dos olhos que sem palavras conseguem falar.
Uso as cores: se sou verde sou esperança, amarelo sou criança, vermelho sou paixão, no branco traga a paz, no azul imensidão. Mesmo em preto e branco sou voz do coração!

Inserida por LeoniaTeixeira