Poesia de Desabafo de Vinicius de Morais
Mainha disse que falta leite
Piada se tornou
Mainha disse que falta o pão
Piada se tornou
Mainha disse que faltou o que comer
Piada se tornou
Pega a pasta dental
Passa na língua
Bebe água gelada, dorme menina
Com cinco anos aprendi esse macete
Tem merenda?
Hoje é farinha com açúcar
E antes? Na hora de almoçar?
Tem arroz e cinco pedaços miúdos de
carne de sertão
Que é pra combinar com sua idade e
também com o seu tamanho
Cadê o papai?
Saiu cedo para trabalhar!
Mal sabia eu
Não havia emprego algum
Papai ia na fé
Andando procurando um bico
Da cidade que morávamos
Até a cidade vizinha
Mamãe me arrumava
Colocava eu e meus dois irmãos
para ir à escola
Sempre na despedida nos dizia
"Estudem e se comportem."
Na lancheira as vezes um milagre
Cream Cracker com doce de goiaba
A noite chegava
Era a reunião familiar
Papai suado, cansado e assado
Mamãe na cozinha
Catava as migalhas para pôr no jantar
Todos unidos ao redor da mesa
Agradecemos a Deus em oração
A gente não reclamava
Simplesmente agradecia
O bom humor e a fé
Era o que nos renovava
E assim a vida a gente seguia
Foi nesse período da vida
Que aprendi com os meus sábios pais
Que rir é o melhor remédio, sim
Para cada problema que surgia
O bom humor era a solução
Agora que me fiz crescida
É assim que levo a vida
Com bom humor
Sempre com um riso pronto
Posso ser vista como imatura
Por dos problemas da vida eu sempre rir
Mas pra quem teve uma infância dura
Esse é o melhor caminho a seguir
*Gabriela Oliveira
27 de fevereiro de 2016
01:40 AM
@sejaamodaantiga
Sou estranha, assumo. Sou toda do avesso e de ponta cabeça. Mas gosto disso, vejo o mundo de uma forma diferente, consigo ver o que mais ninguém vê, consigo ir além.
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
Sou do tipo que ri
Dou risada mesmo
Em qualquer situação
Meu riso pode ser alegria
Pode ser tristeza
Um susto
Pode ser raiva
E também incerteza
Porém não se assuste
É bem fácil os identificar
Pare, me repare e pare
De me julgar
Não sou imatura
Ou insegura
Só é assim que com a vida
Aprendi a lidar
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
No relógio está o anúncio
Meia noite já badalou
O corpo se sente cansado
Mas a mente trabalha
Como nunca trabalhou
A cada minuto uma ideia
Em cada suspiro a inspiração
No papel desliza a caneta
Que seguro em minha mão
Paro e penso por um segundo
E acho que o poema está um lixo
Um lixo, sabe?
Igual ao meu coração
Que já sofreu tanto (coitado)
Por ti que nem se importa
Se o que escrevo é para o seu endereço
A propósito, preciso saber
Você sabe que tenho um ig?
Por favor, trate de me seguir!
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
Se em suas mãos
Há uma garrafa
E um copo de cerveja
Vem ser, me veja
Que eu quero lhe amar
Se em suas mãos
Há uma garrafa
E um copo de cachaça
Graça acha
Se eu quero lhe amar
Se em suas mãos
Há uma garrafa
E um copo de uísque
Me Leminski
Eu quero lhe amar
Se em suas mãos
Restou o vazio
O coração frio
O escuro calado
Que nem o silêncio fala
É nessa hora, que eu vou
Lhe amar.
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
Mutação
Retratar o cerrado em vão eu cismo
Pois dele tento pintar o que se sente
Nem sempre sobra vestígio contente
Hão de surgir outros sem ser egoísmo
Porém eu, triste, cá tento ser presente
E o mínimo prazer me é eufemismo
Tentando me convencer no ceticismo
Que sopra desventura a mim somente
Sinto um misto de um cruel racionalismo
Também, pesares de um pesar diferente
E a solidão que sinto, não é radicalismo
Se ter saudade do mar não é prudente
Me condenam. Aqui tento mecanismo
Pra ficar no cerrado com olhar ardente
Luciano Spagnol
01/07/2016
Cerrado goiano
A vírgula
Não é o ponto
E o ponto
Não é a vírgula
Cada um
Com a sua função
Mas mesmo assim
Conseguem trabalhar juntos
Como ponto e vírgula
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
As vezes gosto
De deitar a cabeça
Sobre meu pulso
Para ouvir as batidas
Do meu coração
E imaginar
Que estou sobre teu peito
Ouvindo as batidas
Do teu coração
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
Meia Lua
O tempo é de chuva
Meia Lua
A noite faz frio
Meia Lua
Coloque a sua
meia, Lua
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
É o meu nome
É a minha vida
É o meu querer
Minha inspiração
Meu jeito de escrever
Eu sei que alguns agrado
E outros não
É por isso que existe algo chamado
"Liberdade de Expressão"
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
SONETO DUM AMOR
Na cata dum amor, sincero
Nos rogos sempre andei
De vários, muitos esbarrei
E no acontece, eu espero
Se para além do ficar, olhei
No tempo eu não desespero
Na sinceridade sou austero
E de tudo muito encontrei
Agora, será assim, mero
Um amor convim, eu sei
Se não, eu não quero...
E assim vou, e assim irei
Se eu não tiver amor vero
No fado. Pertinaz buscarei.
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
Na cata dum amor, sincero
Nos rogos sempre andei
De vários, muitos esbarrei
E no acontece, eu espero
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO NA MADRUGADA FRIA
Madrugada fria, no cerrado, lua no céu
Confidente, luzente, criando imaginação
Que faz do vazio, menestrel desta solidão
Nostálgica, que rascunha pesar no papel
Com duas estrelas ali caídas ao chão
Uma pulsando a saudade ao peito fiel
A outra querendo memorar feliz cordel
E assim, as duas, ditando a sua versão
Então, nas linhas, somente verso infiel
Chorando dos dedos, suspiros em vão
Já no tempo, perdidos, em veloz tropel
Oh, madrugada fria, consinta a emoção
Sair desta letargia de estar aqui ao léu
E dê ao versejar doce e leve inspiração
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
Madrugada fria, no cerrado, lua no céu
Confidente, luzente, criando imaginação
Que faz do vazio, menestrel desta solidão
Nostálgica, que rascunha pesar no papel
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Amar e ser amado,
Viver e adquirir conhecimentos
Cada dia que passa escrevo meus sentimentos,
Escrevo o que penso
Faço o que devo fazer,
Agradeço a Deus por cada amanhecer.
Parar e refletir coisas sobre o cotidiano é normal do ser humano.
Agora pensar em você é mais que uma reflexão, é uma viagem em busca de ouvir seu coração
O mundo está cada vez mais poluído, poluição não só da natureza
Espero a compreensão desse verso com clareza
Mudança é complicada, até se perde a esperança
Mas ainda se encontra uma faísca de salvação, no olhar puro de uma criança!
ERROS
Meus erros, o fado e seus enganos
Má ventura, estão no meu legado
Numa perdição, no destino calado
Onde a sorte, bastava, ser planos
E na dor, as lágrimas, estive culpado
Tentei no querer, ter bons atos ufanos
Mas a vida, no acaso, teve olhos tiranos
E neste infortúnio cascalhou o passado
Errei todo o traçado dos meus anos
Cosi do avesso ao invés de adornado
Os valimentos os concederei profanos
Na admiração não tive o tal agrado
Os amores, sobejaram os insanos
E agora na rudeza eu sou castigado
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
A leitura ainda é o melhor e o mais confortável veículo de inspiração, levando os seus passageiros ao destino planejado e aos seus sonhos idealizados.
Ao ler o livro o leitor descobrirá a verdadeira essência poética, enraizada nas veias de quem o escreveu; despertando assim a poesia esquecida nas veias de quem está na viagem dentro deste veículo.
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