Poesia Completa e Prosa
AMAR
Quando o amor nasce na cerne da gente
É como se estrelas ofuscassem o olhar
Dá uma vontade de dançar de repente
É no universo do ser amado se afogar...
O tempo ganha ares de " para sempre"
O céu se torna mais claro e o dia sereno
Euforia e calmaria são paradoxos presentes
Os medo da vida, num segundo, mais ameno.
Há uma musicalidade constante no ar
As margaridas são ainda mais viçosas
E cores mais azuis ganham as ondas do mar
É como se em vigília se estivesse a sonhar...
Suspiros e risos tomam conta da alma
Tudo pela loucura e a doçura de amar!
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)
ENTREGA
Nada há em mim nada que não te pertença
Todo o meu querer
Todo o meu sofrer
Minhas saudades
Minhas verdades
Minhas loucuras
E minha razão!
Amo te como só os loucos amam
Sem pensar
Sem pesar
Sem culpas
Ou desculpas
Num desejo puro
Que não se corrompe
Que se entrega
Com simplicidade
Na carnalidade
E no sentimento.
E é assim que te pertenço
Não forçosamente
Não sem desejar
...sou o que sou
Quem eu sou
Toda a minha essência
Toda a minha carência
Minhas certezas
E ambivalencias ...
Porque não há nada em mim que não te pertença!
...Minha alegria
Minha apatia
Meu eu
E minha poesia!
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)
SIMBIOSE
Vamos nos misturar.
Nos tornar um
Transladar nossas essências
Numa indecência inocente
Sem pudor, declarar
o nosso amor...
Não há dúvida ou paradoxos
Não há medo, não há dor.
Na saliva e no suor
Há beleza
Há arte
Há poesia
Uma harmonia que preenche o cosmo
Paixão em homogeneidade
Minha pele na tua
Minha nudez nas tuas mãos
Na compleição dos gestos
Na pureza dos complexos
Nos movimentos aleatórios
Simbióticos
Com plexo e sem nexo
Somos o côncavo e o convexo
Somos razão e emoção
No meu
No teu
Coração.
MOÇO PRIMAVERA
Tens este rosto de menino tão belo...
A primavera já se insinua por tua pele
Numa sandice que tudo deixa, nada repele
É todo o primor de beleza que anelo!
Na boca rubra o sabor antecipado do beijo
Nos olhos azuis céus e mar se fundem
Por tua causa moço, minhas ideias confundem
Entre ternura, meiguice e desejo...
E quando vens com as flores silvestres
Adereço minhas mãos com rendas e rena
Para afagar tua face de marfim_ serena.
Portanto não há lugar onde eu queira estar
Senão perante tua presença que é todo encanto
No verso pleno de poesia e sem pranto!
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados )
não posso te culpar pelas
expectativas que eu mesma criei
não posso te culpar pela
esperança que só eu alimentei
nem pelas imaginações que a minha
mente sempre tão mirabolante criou
não posso jogar a culpa
no destino ou no momento errado
nem em mais ninguém
não posso lançar a culpa ao
universo como se ele tivesse
alguma coisa a ver com minha
realidade entediante que me faz
escapar para meus mundos paralelos
onde tudo é passível de acontecer
não posso te culpar por misturar o
mundo paralelo com a realidade e
achar que o que acontece lá
poderia -deveria- acontecer aqui
a culpa é minha e dos produtos
dessa minha mente
a culpa é minha e das expectativas
que eu não soube controlar
a culpa é minha e é tão difícil encarar
porque é tão mais fácil
quando se tem alguém para culpar
-Milena Farias
Instagram: aquiloqueeununcafalei
Tudo que sou e tenho
O tempo é uma caminhada, muito pó na estrada, a verdade da direção existe, coberta de um turbante triste, a mulher árabe, a vaca indiana, o buda, a quem bate um papo com Maomé, ui, calafrio, aqui no meu Brasil, arrepio, a livre expressão, seria a bela canção, mas a imagem está comprometida, muita balela envergando o caráter da família, bom, o vento do norte, cheiro forte, o pecado, a morte, ai quem não admira uma princesa de bicicleta, uma Dinamarca discreta, valorização do garí que vence a desigualdade e esse reinado sucumbido, falo que pode ser e não tem sido, o pensar diferente, trafegar na mente de um novo progresso, pois esse imenso universo carente de Salomão e Davi, que ainda possa emergir, quero estar aqui, pelo silêncio que dita, que a arte não minta e possa esculpir, lá do sertão que o canal morreu, a poeira corroeu e ainda que não se reconheça, que a garganta que arrebenta e nada diz, ao que clamo e aguardo, a petição composta, quem sabe se o pensar fugaz e a poesia confere a sensatez impedindo o desdenho por tudo que sou e tenho, a poesia que sente, fala e não mente.
Giovane Silva Santos
A grande Inteligência é sobreviver.
As tartarugas portanto não são teimosas nem lentas, dominam;
SIM, a ciência.
Toda a tecnologia é quase inútil e estúpida,
porque a artesanal tartaruga,
a espontânea TARTARUGA,
permanece sobre a terra mais anos que o homem.
Portanto,
como a grande inteligência é sobreviver,
a tartaruga é Filósofa e Laboratório,
e o Homem que já foi Rei da criação
não passa, afinal, de um crustáceo FALSO,
um lavagante pedante;
um animal de cabeça dura. Ponto.
A Flor e Eu
Estou só, na companhia de uma flor,
e posso com fidelidade, sem culpa confessar
que suas pétalas acariciaram meu ser
Enquanto, seu perfume diluía a minha dor.
Sinto que ela pode me ouvir, e sem rancor,
mesmo sendo meiga e inanimada
Contei dos meus lamentos sobre o amor
e os desabafos de minha infância roubada.
Também solitária, caída ao chão
Ali mesmo, compartilhamos os nossos medos.
E só por uma noite ela foi
a guardiã mais sincera dos meus segredos.
Dividimos sem preconceito algum
as marcas que nos foram deixadas
As cicatrizes que o tempo não levou
e a vida renovou com suas garras.
Queria que esta flor rosada,
não sofresse a ação do tempo.
Nem, que perdesse sua forma
ou caísse, ao ser violentada pelo vento.
Assim como ela, eu choro
não por covardia, nem por falsidade,
Choro, por ter tido a alma ferida,
choro também por sentir saudade.
Também tive algumas pétalas arrancadas,
por puro prazer, de quem sente ao nos fazer maldade.
AMOR IMENSO AMOR
No teu corpo, meu corpo verbaliza, passeia
Recitando versos, desejos ternos confessos
Na doçura do toque que minha pele anseia
Na beleza do amor _luz de todo universo!
E ainda que se cale no cume do monte a brisa
E os frutos da figueira sequem ao anoitecer
Ainda serás da minha poesia a razão consiza
Com a qual translado a dor do viver. ..
Pois quando vens enches meu tempo de gozo
Na gargalhada límpida _águas do ribeirinho
Nos braços, todo o remanso e repouso.
Portanto, toma meus delírios _sonho fecundo
Beija me a boca, sente o gosto doce do mel
Pois o amo agora e até o findar do mundo!
Elisa Salles
Direitos autorais reservados
AMOR IMENSO, ATREVIDO
Por mais que eu cante, pleno, o amor
Que encontre o vocábulo mais perfeito
Jamais o declararei com tamanho ardor
Este sentir que por ti trago no peito...
Direi que é imenso e fundo quanto o mar
Que é mistério sublime tal qual o vento
Todo o versejar é pouco para tanto amar
Para tal sentir não chega meu pensamento!
Sou uma poetisa imperfeita ante tal enlevo
Não há métrica ou lirismo para este poema
Amo-o tanto, querido. Nem sei se devo...
Mas ainda que a minha poesia seja finda
escreverei todos os versos. E mais ainda
Pois amar-te é o que sei. Então me atrevo!
Elisa Salles
Direitos autorais reservados
O caminho se abre durante a jornada
Os trilhos se encaixam, a maré se acalma, a esperança retumbante quer passagem, mas o contrário pode ocorrer, algum sonho morrer, a alta onda afogar, a tempestade impedir de voar, algum trilho descarrilhar, mas o fluxo é desditoso para alguns, também ditados comuns, dizem que precisa andar para sair do lugar, cada lugar uma inspiração, nada se perde, ou ganha ou aprende, eu sei que é muito simbólico, sim, emblemático, contudo uma metáfora, seja o que seu pensamento aceitar, mais uma forma de pensar, uma opinião, um conceito, uma ocasião desprendida de preconceito, embora ainda não fui aceito, na academia da poesia está disponível ao pleito, pelo meu voto eleito e talvez ao seu o rejeito, mas a maestria da vida está na dedicação, na fé, na esperança, no alimento da confiança que a cada particularidade venha a semear com força, regar o sonho criando a oportunidade, desejando realizar, provar o fruto de uma árvore encantada, se é utopia não sei, mas o caminho se abre durante a jornada.
Giovane Silva Santos
... é como se seu toque
fosse a minha motivação diária
Me perco na beleza singela
dos teus olhos castanhos
E é o branco da tua pele que me transmite paz
Tenho a plena certeza que as estrelas sentem inveja do brilho do teu sorriso
Teu corpo me trás calmaria e confiança
Você me ganhou aos poucos e hoje me tem por inteira
Me conforta em saber que sou dona do seu amor, carinho, respeito e confiança
Mesmo com os meus medos, anseios e problemas
te garanto e afirmo que:
Com você não tem tempo ruim!
E como diz o ditado
''cada uma com a sua sorte''
e você é a minha
ESTRANHA SEDUÇÃO (1)
Vindo de outro tempo
te encontro assim...
beleza encoberta num
manto sem fim
vagando em tuas margens
procuro teu porto
adormeço e desperto
navegando em teu corpo
sedutores lamentos
de dor fingida
guardam segredos
da fonte da vida
por mais que navegue
não irei entender
esse estranho mistério
de querer sem querer.
Ela é como uma chuva de primavera...
Delicada...
Gélida...
Silenciosa...
Melancólica...
Eu sou como uma tempestade de verão...
Efêmero...
Abrupto...
Fúlgido...
Turbulento...
Mas somos chuva...
A mesma essência...
A mesma natureza...
Como almas gêmeas...
Derramando gotas de amor...
Nesta noite escrevi...
Os versos mais tristes...
Escrevi seu nome...
Nas chamas...
Escrevi seu sobrenome...
Nas cinzas...
Escrevi seu número de telefone...
Nos cacos de Vidro...
Escrevi seu endereço...
No nó da corda...
Mas seu "te amo"
Esse escrevi no ponto final.
Poeta Solitário
VIVA
Uma pessoa, um ser
Uma alma que habita em você,
Se não souberes viver
A melhor opção é aprender,
Pois se morreres
Os teus amados, ficaram para traz.
Sem nada,
Sem amor,
Por isto, eu o digo,
Aprenda a viver,
Pois se morrer,
Serás mais um sem vida,
Mais um sem valor...
( Meu primeiro poema ) 02-08-2010
SEXTA FEIRA SEIS
Á essa altura, O sol nasce
Já é hora de ir..
Não há seguranças ?
Desce elevador !
oito menos cinco
Se despedir
Sem infrações
Lembrarei desse nome
Sentir á essência
E sorrir pela memória
Suspiro á minha omissão
Do ser ingênuo
Quem crê nessa trama?
Da mais linda do hotel
A garota das tulipas douradas
O que eu vou levar pra minha casa
Depois de passado meu tempo, quando na lista infindável dos dias impressos no calendário já não houver junhos para mim, de volta pra casa vou levar sem arrependimentos:
Muitos sorrisos que dei. Algumas risadas esparramadas nas conversas com minha mãe; detalhes do olhar que meu pai tinha sobre tudo; os laços que tenho atados aos meus irmãos; muitas músicas; a surpresa diante de qualquer pássaro. Diante de qualquer beleza que voa; o silêncio diante das belezas – que sempre foram minhas mais indescritíveis preces.
Vou levar alguns sábados à tarde, e algumas sextas-feiras inesquecíveis. E a lua.
Vou levar muitos textos que amei; as cores das flores e do céu. Vou levar pedaços bem grandes dos outonos e suas luzes mágicas. Vou levar meus amigos, tios e tias, primos e primas e minhas histórias de infância. Vou levar meu amor incondicional pelas árvores e pelo que há de mais pequeno e verde. Vou levar as pequeninas flores do campo e sua singeleza coberta de manhãs.
Vou levar minhas meninas margaridas, porque sem elas nenhum lugar será completo. Vou levar o que tenho sido e o que não consegui ser. Vou levar meus meninos – a filha e o filho que criei. Vou levar o barulho das águas que habitam o mundo das mais variadas formas até chegarem ao lugar em que, juntas, se chamam mar.
E do mar vou levar o cheiro. E vou levar as palavras, porque sem elas não há salvação.
Vou entregá-las a Deus e deixar que Ele escreva em mim o último, o derradeiro, o mais perfeito poema.
E que, assim, eu possa ver a verdade – que a morte é simplesmente o jeito que Deus tem de nos fazer poesia.
Milhares de passageiros
Milhares de passageiros
Com suas vidinhas insignificantes
Com um amor insignificante
Com amigos insignificantes
Chorando por suas vidinhas,agora
Levados um a um a guilhotina
Para um rei adora-te
Seu intrometimento infantil
Um rei cruel e mau
Alguns temem sua volta
Se voltar
Um rei mimado e mal
Agradecimento
Devo muito
aos que não amo.
O alívio de aceitar
que sejam mais próximos de outrem.
A alegria de não ser eu
o lobo de suas ovelhas.
A paz que tenho com eles
e a liberdade com eles,
isso o amor não pode dar
nem consegue tirar.
Não espero por eles
andando da janela à porta.
Paciente
quase como um relógio de sol,
entendo o que o amor não entende,
perdoo,
o que o amor nunca perdoaria.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Poesia de amigas para sempre
- Poesia Felicidade de Fernando Pessoa
- Poemas de amizade verdadeira que falam dessa união de almas
- Poesias para o Dia dos Pais repletas de amor e carinho
- Poesia de Namorados Apaixonados
- Primavera: poemas e poesias que florescem no coração
- Poesia Felicidade de Machado de Assis