Poesia Carinho Machado de Assis
E se a saudade fosse bem-vinda será que entraria sem bater?
De qualquer forma eu mentira se eu dissesse que não vai doer e que logo vai passar.
É porque o tempo da dor é o passado, é a despedida sem aceno, é o telefone sem recado, é o ainda que não passa.
E ainda que não tenha mais nada encontra um espaço só para deixar aquele sorriso guardado.
Fazendo do peito um lugar pequeno deixando um coração enorme apertado.
Mas vivo e qual o motivo?
Só para a tristeza entender que já não tem onde ficar pois já me tirou o chão.
Então foi na memória que eu encontrei para morar.
Às vezes o que resta é viver de lembrança só para não morrer de saudade.
E mesmo que a vida me leve tudo pois eu levo em mim o que eu não esqueço.
Eu levo o teu sorriso guardado só para sorrir quando me lembrar de você.
E assim toda perda é um recomeço para quem não perde a esperança e mesmo que seja na lembrança encontra uma razão para viver.
Eu levo em mim o que não esqueço só para viver sem medo de te perder.
As revoluções sempre foram o lugar certo
para a descoberta do sossego:
talvez porque nenhuma casa é segura
talvez porque nenhum corpo é seguro
Homofobia
Não se tem direito de escolha
Podem lhe machucar com palavras,
Podem lhe esmurrar,
Podem lhe dar um tiro,
Podem dizer que foi em nome de Deus.
Você não tem o direito de escolha
Podem lhe isolar,
Podem fazer a sua caveira,
Podem lhe encarar,
Podem lhe reprimir,
Podem lhe oprimir,
Podem chamar a polícia,
Podem lhe expulsar
(Como se aqui não fosse o seu lugar)
Na casa do Pai eterno,
Você sequer pode entrar,
Não pode comprar a aliança,
Não pode firmar no papel,
Não pode orar,
Não pode chorar,
Já lhe excomungaram.
A sociedade mal quer saber
Quem seja os dois ou as duas,
Lhe excluem de tudo e de todos,
Não se tem o direito de escolha.
Quem amar?
Quem beijar?
Com quem se casar?
Não pode escolher.
Não há escolha, o coração
Que manda,
A vontade que fala,
O impulso que une,
As almas se atraem,
(Não escolhe sexo)
E o preconceito?
O preconceito tem
De ser quebrado
E se converter
Em amor,
Amor ao próximo,
Respeito...
Nuvens passam e se dispersam.
São essas as faces do amor, pálidas irremediáveis?
É por tanto que agito meu coração?
O peito dela é um lugar apertado.
por isso seu coração vive acelerado:
está tentando saltar fora
pra ir ser livre no mundo.
Na juventude, era o meu jeito
Fazer o meu melhor para agradar
E, a cada homem que passava,
Me adequar às suas teorias.
Mas agora eu sei as coisas que eu sei
E faço as coisas que eu faço,
E se você não gosta de mim assim,
Vá para o inferno, meu amor.
A voz de minha mãe
ecoou baixinho revolta
no fundo das cozinhas alheias
debaixo das trouxas
roupagens sujas dos brancos
pelo caminho empoeirado
rumo à favela.
A minha voz ainda
ecoa versos perplexos
com rimas de sangue
e
fome.
A voz de minha filha
recolhe todas as nossas vozes
recolhe em si
as vozes mudas caladas
engasgadas nas gargantas.
A voz de minha filha
recolhe em si
a fala e o ato.
O ontem – o hoje – o agora.
Na voz de minha filha
se fará ouvir a ressonância
o eco da vida-liberdade.
Quem ama sofre como criança
Pelo sentimento não correspondido,
Tenta recuperar-se da trama
Falha, triste ser abatido...
Quem ama não escolheu amar
É logo pego de surpresa:
— Oh, amor cruel!
Sentimento de incertezas.
E o que penso desta sensação?
— Verdadeira armadilha do diabo!
Acomete os fracos corações
Que acreditam ser amados.
Carta Aberta a Vincent van Gogh
Eu não sei como se escreve uma carta de amor, todas as que já escrevi foram direto para o lixo, seja quando jogadas pelo remetente, seja quando recusadas pelo destinatário, mas essa carta eu sei como se escreve, porque esta não é uma carta de amor, é uma carta de angústias, e estas cartas eu conheço bem. Eu não vou te pedir que me envie materiais para minhas pinturas, nem vou dizer que em Arles a vida tem mais cor, eu vou me redimir, vou me redimir por ter o peito quase tão dolorido quanto o seu, mas não poder fazer nada para impedir aquela bala, que dói também em mim, porque o tempo é cruel e eu não posso atrasar o relógio em um século ou mais. Mas também vou te agradecer, te agradecer por fazer através de sua arte, o que ninguém ao meu lado poderia fazer por mim. Você não é como eles, e nem poderia ser, porque no mundo são poucos aqueles cujo o coração sabe fazer mais do que apenas bater.
Sempre sua.
Alegra-te
“Deus criou o universo em momentos de sua quietude mental; quando a mente eclodiu; ele criou-te e se orgulhou”.
LEÃO
veio da savana reluzente como ouro, resiliente como a fênix; é leoa de coração valente. é morrer de amor e ressuscitar no próprio fogo da paixão. é ter alma ampliada revestida na própria imensidão persistindo sem medo no querer. quando nada vai bem, ninguém precisa saber: seu rugido é mais alto que a própria confusão. ela que aflora alegria, respira carisma e ousadia, veste a juba do ego para desfilar. é ter o prazer de experimentar a vida com luminosidade, ser atração principal e liderar com naturalidade. e apesar da vaidade, seu coração é excesso de eletricidade. personificação do amor romântico, se nada for recíproco, basta um sopro para apagar sua chama. sempre animada e entusiástica, sua amizade é suprassumo que inspira otimismo onde toca, marcando sua presença de forma determinada e poderosa. é ser hipérbole e viver à frente do próprio tempo e espaço. é ser sol e ter a expressão de majestade por possuir o coração mais nobre.
Precisamos lembrar do passado, das escolhas que fizemos que nos tornaram o que somos hoje;
Preciso lembrar do passado, das promessas feitas que ainda não foram cumpridas;
Precisamos lembrar do passado, das lições que a vida insiste em nos ensinar;
Precisamos lembrar do passado, das amizades que perdemos por falta de atenção;
Precisamos lembrar do passado, dos amores que ficaram para trás e não podem voltar;
Precisamos lembrar do passado, das pessoas que nos inspiram a todo momento;
Precisamos lembrar do passado, das canções que formam a trilha sonora da nossa vida;
Precisamos lembrar do passado, dos erros cometidos que deixaram cicatrizes eternas;
Precisamos lembrar do passado, dos livros lidos que nos preencheram de conhecimentos;
Precisamos lembrar do passado, de quem esteve ao nosso lado até aqui;
Precisamos lembrar do passado, dos sonhos criados mas ainda não alcançados;
Precisamos lembrar do passado, lembrar que para lá nunca devemos voltar
COQUEIRAL
A saudade é um batimento que rebenta assim
vinte e oito vezes desde meu ombro tatuado
de desastre até à rosa pendurada em sua boca
E o amor, neste caso específico, é um mergulho
destemido que deriva quase sempre de uma nota
climática apenas para convergir no osso frontal
do crânio do rei da ilusão – terno é o seu rosto
Senhor, os ossinhos do mundo são de mel e ouro.
Seja simples como a chuva.
Dance com a emoção,
Faça teu corpo expressar.
Ame á toda maneira,
Regue sua sensibilidade.
Deleite em serenidade.
Não remoa feridas,
Nem viva a reprisar.
Veja em cada erro, novas chances.
Para um acerto tentativas.
Seja brisa calma, pessoa solar.
Tudo o que é simples, tende á sofisticar.
Dois grandes destinos
Ontem, dois grandes destinos
Dois sonhos divinos
Dois alegres ideais
Hoje, dois olhos tristonhos
Duas mortalhas de sonhos
Desilusões, nada mais
Ontem nos nossos passeios
Havia música e enleios
Perfumes, flores e canção
Hoje pela nossa estrada
Resta uma sombra enlutada
Folhas secas, solidão
Ontem a lua furtiva
Testemunha festiva
Nós dois conversando a sós
Hoje, triste e pezarosa
Se escondeu, fugiu de nós
Ontem nossas mãos unidas
Apertavam nossas vidas
Na febre do nosso amor
Hoje distantes e vazias
Apertam nas noites frias
Um nome, um verso e uma flor
Ontem, dois grandes destinos
Dois sonhos divinos
Dois alegres ideais
Hoje, dois olhos tristonhos
Duas mortalhas de sonhos
Desilusões, nada mais
Amazônia
As aves não mais voam
Os peixes não mais nadam
Os pássaros não mais cantam
As pessoas não mais se amam.
Tudo isso por culpa do homem e a sua maldade
Tudo por culpa do homem e a sua falta de caridade.
As nossas matas desmatadas
As nossas florestas devastadas
Nossos animais em extinção
Nosso medo da poluição.
A Amazônia é nossa devemos protegê-la
A Amazônia é nossa devemos amá-la.
Viva o verde, viva a Amazônia,
Viva os índios, viva a alegria.
Você tem me descrito em poemas
Me transformado em metáfora
Pra que eu seja mas sutil aos teus ouvidos
Mas você precisa se libertar
Da ideia de que pode me ter em poema
Eu sou o livro de 600 páginas que você nunca conseguiu ler
Por preguiça ou falta de concentração
eu sou mais que 8 versos, do que você costuma escrever
Eu sou um livro com literatura complexa
Sou uma saga
E não me resumo á metáforasi
O Quanto Eu Amo Você
.
Amo-te no silêncio da noite e no barulho do dia.
Amo-te no calor do sol e no encanto da lua.
Amo-te no sorriso da chegada e na saudade da partida.
Amo-te nas letras da poesia e no som da melodia.
Amo-te no chão árido da terra e na beleza dos jardins.
Amo-te na firmeza da raiz e na delicadeza da flor.
Amo-te na dor da ausência e na alegria da presença.
Amo-te na paz dos amantes e na paixão que agita.
Amo-te na busca do querer e no encontro do ter.
Amo-te como uma oração e no prazer do sentir.
Amo-te no medo que sufoca e na coragem guardada.
Amo-te na ousadia de nada dizer e, ainda assim,
Poder revelar o quanto eu amo você.
- Ela não veio?
- Ah, a gente terminou.
- É? E aquele amor todo?
- Acabou.
- E amor acaba?
- Não sei, esse acabou.
- Talvez não tenha acabado.
- Talvez não fosse amor.
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