Poesia Carinho Machado de Assis
Certo dia um sujeito me falou: "Você só faz versos falando de Barbalha, Juazeiro do Norte, Tipi, Iara e Aurora". Foi nesse Cariri que nasci e me criei, aqui tenho meus amigos, meus ídolos, meu passado, minha história...Para que diabos vou falar de Nova York, se não conheço e nem quero conhecer?
Benê
Ninguém quer, nem aceita, amigo "problema"...
A maior parte das pessoas acreditam cegamente que a vida se resume numa "limousine"; e vivem, "com certeza", o tempo todo, "passeando" nela...
*- Como assim é o cassete: é a real pra 90% da patuleia!!!...
Sempre chega o tempo, no qual o cara não pode se vingar, não pode matar, nem reclamar: está refém...
E diante de tudo que acontece, mesmo assim, ele, a tudo assiste e percebe, que é ele quem não pode errar; porque a ele é proibido errar, desistir ou confessar que perdeu;
É aquele tempo em que ele se confronta, depois de tanta provação; e fica se vendo, estupefato, se encarando, nos limites de sua própria fé. (Victor Antunes)
Escolha o que há de melhor para você. Não se contente com pouco. Afinal, você é responsável por seu destino.
Benê
EX-RIO
Hoje rio
do seco rio.
Já foi um rio
cheio de brio.
Rio do rio
risível rio
morto rio
que já riu.
Coitado rio
se exauriu
sumiu...
Benê
EVITE-OS
Nas bulas dos meus remédios
havia benzodiazepina,
solução isotônica,
cloridrato de piridoxina,
cloreto de benzacônico.
Com medo de ser engravidado
morrer torto e engasgado
joguei toda a bosta fora,
já melhorei cem por cento.
Benê
ESPANTOSO
Revendo fotos dos anos setenta,
estupefato, não me reconheço,
há certa abundância de cabelo,
a barriga sarada não se salienta.
Oh! meu Deus, quanta agonia,
como eu era lindo e não sabia!
Benê
PESCANDO PARA ELA
Numa tarde de sol
peguei meu boné
sem rede ou anzol
dei uma esticadela
fiz o percurso a pé
fui pescar para ela
tilápia
jau
tambicu
pacu
lá no Carrefour.
Benê
Minha vida se parece com o que não desejo e o que desejo ser.
Sou aquilo que ainda não e aquilo que jaz um dia.
E agora, o que sou?
Já foi, durou menos que um susto.
E agora, o que sou de novo?
Nunca imaginei ser isso!
Mas já vai indo também.
Quero ser algo melhor e se puder até sorrir mais.
Queria ser algo que durasse mais tempo, só um pouco mais.
O ser dura muito pouco e o que fica é somente o sentimentoque o momento de ser nos imprime, seja antes ou depois dele.
Não posso sustentar um estado de ser mais que um breve momento,
mas posso querer isso várias vezes, em vários momentos. Assim apreciar os sentimentos proporcionais às minhas escolhas.
Acho que sou isso!
E já foi de novo.
Acho que sou isso também...
Nenhuma religião é inteiramente verdadeira ou falsa. Cada homem deve descobrir e ter a própria religião, sem se tornar escravo de quem quer que seja. Ninguém pode lhe dar a verdade, que tem de ser descoberta por si mesma. A verdade só existe em Deus.
Benê
Não seja induzido ao voto, não existe o eleito antecipado, escolha seu candidato e espere a contagem das urnas. Você não é piolho e nem sofre das faculdades mentais.
Benê
O PODER PELO PODER!
Qual é o poder que o poder tem?
Tem político que assa a mãe
pelo poder que lhe convém.
Benê
Tem gente de sangue bom, que cruza o caminho da gente. Bis
Que faz o dia melhorar, fazendo a vida contente. Bis
Tem gente de sangue bom, que muda o rumo da lida.
Transforma a amargura em sabor, adoçando as agruras da vida.
Tem o motorista gentil, o padeiro sorridente,
O guarda bom e educado,
Aquele vizinho presente.
Tem a atendente do banco, que trata todos de igual para igual,
não pensando no só no lucro fazendo o cliente passar mal.
Essa gente é legal.
Tem gente de sangue bom , que cruza o caminho da gente...
E AGORA, POETA?
Meus passos desconexos
procuram nada mais que o destino,
meu olhar percorre o infinito
divagando a esmo,
sigo por ruas incompreendidas,
vou como quem soletra o coração,
descrente daquilo que já nem cria,
nas entrelinhas a seguir em solidão,
cúmplice da minha hesitação,
se sou o último ou o primeiro, nada sei,
só sei que sinto falta de mim,
porque em mim só vejo o meu eu,
desperto, disperso, e penso na vida.
Autor Benedito Morais de Carvalho (Benê)
Livro: A poesia da calçada não vende ilusão (2020)
20 de outubro- Dia do poeta.
O planeta está mandando o recado de que não suporta mais servir de lixeira para a humanidade. Acorda, homem de Deus!
Benê
MÃE GAIA (Mãe-Terra)
Gaia ama seus filhos
que exploram
mutilam
e estupram Gaia.
Gaia agoniza
arde em febre
no aquecimento global.
Gaia violentada
ultrajada chora
se contorce em dores
vomita terremotos
vendavais
urina maremotos.
Filhos egoístas
salvemos nossa mãe.
Todos viemos
todos vivemos
dela dependemos.
Autor Benedito Morais de Carvalho (Benê)
O desamparo.
Dentro de inúmeros fracassos e acertos, erros e glórias, o aumento pela compreensão da insistência ha cada dia, a de ficar mais significativo, e tende a moldar a insignificante insuficiência de ser humano, de enfaixar e empatizar assim tão perdida aoutrora...Essa é o desamparo da simplicidade das percepções humanas.
Não me lambuzando, mas me totalizando em suas extensas dimensões,
Em suas complexas conexões,
Na sua simples beleza.
Quero a vida inteira,
Quero o amor intenso,
Quero o hoje, ou seja, quero meu corpo e espírito vivendo o momento.
Quero tudo que posso,
Não quero tudo que desejo,
Pois a ansiedade de quem tudo quer vira frustração de desejo.
Quero hoje,
Amanhã desconheço
Que no hoje vivido contenha um pouco do futuro que amanhã almejo.
Seguir o falso brilho é ilusão daquele que é cego espiritualmente.
Seguir os maus exemplos é a visão dolorosa da perpetuação da tristeza.
Perder, partir são palavras que mostram a distância de uma pessoa.
Memória, lembranças e amor são as pontes que nos conectam com os entes queridos que partiram.
Mesmo indo, algo fica: fica o amor que, ao fecharmos os olhos, nos faz lembrar da voz, do cheiro, do abraço e do sorriso.
Quando agimos no mundo, lembramos dos ensinamentos do pai,
Da presença que ele deixou em nós, da personalidade aos traços físicos.
Em nossos descendentes, também é possível notar a presença do nosso pai, do avô.
É certo que a partida nos faz carregar o peso da saudade e a sorte da boa memória.
Celebramos a sorte do bom cuidado, do elo forte construído com amor no tempo que a vida oportunizou, no bom encontro que nos gerou a vida como uma linha que se move no tempo, não apenas como nascimento.
A morte do corpo é inevitável,
Mas o espírito se manifesta na energia que nos deu vida, na conexão amorosa que é forte e delicada ao mesmo tempo.
A partida é inevitável, mas a força que gerou nossa vida, os ensinamentos e o amor devem nos fortalecer e conectar, para que a saudade possa ser acalmada em nosso coração.
A memória dos bons momentos é uma máquina que nos faz viajar no tempo da existência física presente.
Aproveitemos a vida enquanto ela pulsa.
Aproveitemos a memória como essa máquina que nos transporta e conecta com a existência que fisicamente sumiu.
Que o amor e os ensinamentos sigam nos ligando nesta existência que nos resta, nesses encontros que nos afetam, moldando quem somos.
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