Poesia Carinho Machado de Assis

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⁠O AMOR QUE EU SEMPRE QUIS

Não busquei um amor para um minuto,
para uma hora, um dia, um mês, um ano,
nem pretendi amor substituto,
por uma mero capricho leviano.

Quis um amor, sem me cobrar tributo,
sem metas a cumprir, sem grande plano,
que fosse livre, inteligente, arguto
e até capaz de se mostrar insano.

E te encontrei, sem procurar por ti,
porque de mim estavas muito perto,
tal como agora estás comigo, aqui,

ouvindo-me dizer que sou feliz
por nossa comunhão ter dado certo
e por teres me dado o amor que eu quis

Inserida por memoriadekleberlago

⁠A RESPOSTA

Nos encontros que nossa turma faz
para um chopinho em tardes de calor,
os meus verbais excessos em louvor
a Pedreiras viraram triviais.

Há nessa confraria um bom rapaz
que, um dia, me pediu para lhe expor
a razão de eu guardar tamanho amor
por uma terra onde não moro mais.

Só que o moço ficou meio sem jeito
quando eu, apontando para o peito
e expressando emoção, lhe respondi:

– É verdade que já não moro lá,
porém minha Pedreiras sempre está
dentro de mim, morando bem aqui!

Inserida por memoriadekleberlago

⁠O sono da alma
Deito no chão
No coração
Na calma,
O dia é pacífico demais
Frases ilegais,
Sonho com teu sorriso
E fico indeciso
Se ainda te amo
Ou se tudo foi ilusão
E no fim
Ficarei na solidão.

Inserida por warleiantunes

⁠Nos últimos dias, a mentira se tornou o maior sinal — desenfreada, ela corrói a religião, a política e a economia.
Mt 24:4; 2 Ts 2:11; Ap 13:16-17

Inserida por paulodgt

⁠NOITE SEM NOME

Beijei o asfalto
com lábios de cachaça,
Fumaça,
no Cais...
um abraço fantasma,
Ecoava,
Recife chorava
comigo,
Madrugada.

Inserida por LucasAlien685

⁠Arrisco versos
No vento,
Para escrever no tempo.
Rabisco versos
Desejando descrever teu sorriso
Em forma de poesia.

Inserida por warleiantunes

Cela da Alma

Entre concreto e ferro, a mente vaga no fluxo... Liberdade não é bandeira, não é hino é ter a parada certa no peito, mesmo se o mundo te engoliu no trecho. Na cela escura, o coração é o único rolê sem custódia.

Quem tá de consciência limpa não teme a sombra do juízo. “Mano, o sistema pode trancar o corpo, mas o pensamento voa tipo pipa sem linha.” Na quebrada do cárcere, a paz é o traço mais rebelde: não se vende, não se rende.

Enquanto o tempo rasteja na parede, a alma dá um grau... Saber que não deve nada é a única cela que não tem grade.

Inserida por cesar_kaab_muslim

⁠Eterno Retorno

Vivo mil vidas num só instante,
sou chama que ri da cinza.
O tempo curva-se diante
da vontade que não finda.

Deuses caíram por minhas mãos,
ilusões, trapos do medo.
Quem encara o abismo em vão
nunca será o segredo.

Ergo-me além do bem, do mal,
sem bússola, céu ou chão.
O caos — meu berço original,
a dor — minha redenção.

Inserida por higor_capellari

⁠Três Portas

No meio escuro da vereda errante,
perdi-me além do mapa da razão.
Eis que surgiu, com olhos de diamante,
a sombra em forma de revelação.

“Abandona a esperança”, disse a brisa,
no arco negro onde o mundo se despia.
Caminhei, e a dor virou divisa,
na terra em que o tempo se esquecia.

Vi línguas feitas só de penitência,
reis em tronos de fogo e de vergonha.
A carne é fraca, mas há consequência —
o espírito é quem mais apanha.

Depois do Inferno, ergui-me em lamento.
No Purgatório, aprendi a subir.
Em cada passo, o céu, como argumento,
me abriu um verbo: “Amar é resistir.”

E quando a luz do Éter me tocou,
senti que Deus não era um velho rei.
Era o silêncio, eterno, que brotou
em mim — o paraíso que busquei.

Inserida por higor_capellari

⁠"Você escreve para transformar, não para impressionar.
Então: escreva com sua voz — e que ela seja ouvida."

Inserida por macjhogo

⁠O cansaço na alma
Rastejando a vida
Cheio de cobranças
Na mente
Que fazem definhar
E parar no tempo
Sem forças para lutar.

Inserida por warleiantunes

⁠É Só um Café

É só um café…
Mas é nesse “só” que mora o rito:
o calor que espanta o sono,
o amargo que desperta o espírito,
o silêncio entre um gole e outro
onde cabe o mundo inteiro.

É só um café,
um motivo pra pensar,
uma pausa que não pausa,
mas ensina a respirar.

É só mais um café.
Bordando pensamentos,
acumulando memórias —
cheiro, aroma,
ou só mais uma desculpa pra tomar um café?

Ou seria o café quem nos toma?
Nos pega pela mão,
assopra devagar as feridas da pressa
Senta. Escuta. Espera.
É só um café.

Jonatas Evangelista

Inserida por jonatas_evangelista_1

⁠A Sombra da Ideia

Em que canto se esconde o real,
senão na lembrança do que não foi?
O mundo é reflexo desigual
de algo que pulsa… mas já se foi.

Toquei o belo com olhos fechados,
buscando formas no véu da razão.
Mas o que vi eram traços borrados
de um ideal preso na ilusão.

A alma — essa prisioneira antiga —
geme por algo que não sabe dizer.
É sede de luz, mas sempre ambígua,
no espelho das coisas por conhecer.

Caminho entre sombras projetadas,
tentando lembrar o que nunca vivi.
Meu peito carrega estradas fechadas
e um silêncio maior do que eu previ.

Ó verdade, tão longe e tão pura,
por que deixaste migalhas no chão?
Sigo-as sem fé, mas com ternura,
como quem ama sua própria prisão.

Inserida por higor_capellari

⁠Piedade em:
• Hebraico (חֶסֶד - chesed): bondade, misericórdia e amor leal.
• Grego (εὐσέβεια - eusebeia): reverência e devoção a Deus.
• Latim (pietas): dever, lealdade e respeito à família, a Deus e à pátria.
• Português: compaixão, misericórdia e amor altruísta pelo próximo.

Inserida por paulodgt

⁠Lágrimas da lua

Enquanto a lua nasce
O céu chora gentilmente
Os sons da noite escoam entre a gente
Onde o vento sopra lentamente
Me fazendo pensar sobre nós
E se algum dia poderíamos dançar livremente

Dançar em meio as lágrimas do luar
Onde nada poderia nos preocupar
Onde ninguém iria nos achar
Onde, pra sempre, poderíamos dançar
Seria apenas eu e você
Junto a doce melodia da chuva
Sozinhos há luz do luar

Até o amanhecer chegar
Até o dia clarear
E o sorriso no seu rosto eu finalmente enxergar

Inserida por patojosias69

⁠Não herdarão o Reino de Deus os mariólatras, luteralatras, calviolatras e arminialatras; somente os cristocêntricos o receberão.
Êx 20.3; 1 Co 6.9,10

Inserida por paulodgt

Sorvete de sol

Olha o sorvete! A orla começando a caminhar...
Vento leve da brisa, pés no chão... ah! como é tão, tão...
Olha o sorvete!; ...devaneios, delírios-delirantes...
Como pode existir um sorvete de sol?!..
Agora?! Ainda com este frio?! Sorvete, sol, intrigantes!..

Com quem eu reclamo?!.. Como pode? Aqui é praia!..
Como se lá' não pudesse frio estar!
Louco, loucura, a quem contestar?!..
Tudo que peço 'e um pouco de SOL, tão, tão...

Olha o ônibus!...
Preciso ir ao trabalho! Seco os pés, mas não esqueço!..
Compromisso comigo mesmo; a praia, sol, sorvete...

Inserida por andre_gomes_6

⁠Compartilhar sentimentos.
Mesmo que terceiros
Te faça por inteiro
Com ações em junção
De fato nunca sabemos se tem boas intenções.
Cria duvida !
Acabamos dependendo dos sentimentos
As interrogações vira acido em pensamentos
Fazendo duvidar esquecer do seu próprio amor.
No fim, mesmo se perdendo
Seu próprio amor
Único que te traz certezas
Mesmo sentindo dor
Depois de se perder
Com tantas incertezas.

Inserida por olhabruxa

Bastando-se com o viver

⁠o diferente é o diferencial tão necessário quando o tudo igual só aponta um mesmo caminho para o qual não nos sentimos fazer parte

o emergir em novidade de vida se dá a partir do mergulhar mais profundo que podemos ir, aquele adentra e ultrapassa as correntezas do tudo igual que nos levam sempre pelo mesmo caminho

que nos inundam e abundam do sentir que não concebemos poder suportar mas uma vez neste inundar transbordamos e quando percebemos num passe de mágica como se fossemos cuspidos de dentro para fora nos damos a margem tocandoa grama, sentindo as flores e contemplando as correntezas desde as mais profundas às mais rasas que circulam e circundam nosso ser

os pés firmes na areia úmida dando a certeza dos rastros que nossos passos haverão de deixar e quais o vento e as águas irão apagar

aromática solidão trazida pelo vento, olha-mo-nos de fora para dentro, despidos de alma enfim, reconhece-mo-nos

poderemos sobreviver sem as águas que nas correntezas profundas nos fazem transbordar?

quais rastros nossos pés suportarão que os ventos da solidão e as correntes nas ondas de águas rasas apaguem pegadas?

nos bastará em infinita beleza e profunda dor o entender?

eis que

um olhar para dentro, inevitável

e inevitavelmente o mar nos sopra canções do sentir onde e quando nada se entendia e sentindo-se com vida, não importava-se com o entender, bastando-se com o viver..

Inserida por arremedos_poeticos

⁠Te desafio a Amar

um dejavu assalta-me enquanto concluo que um sonho ao acordar é apenas mais um avistar pela primeira vez

o perder-se em horizontes inertes é um chamado necessário ao despetalar das flores medrosas que urgem um renovar de essências

que a febre de sentimentos gerada onde mais aquece o sol possui uma senda para o descobrir de uma brecha na noite suave e estrelada que salva as almas de morrerem profundamente

de quando em meio a tanta beleza finalmente sucumbem as lágrimas ao esmigalhar das solidões que nos fazem morrer de ternura um no outro e renascer em coreografias onde um é a dança secreta do e no outro que repele e abandona os de outrora passos de sofrimento e os harmoniza melodicamente à alegria e felicidade

de quando no apagar das luzes se ilumina o chamado das estrelas para que ante o negar do toque, aceite-se um desafio

um ir além do verso, do refrão, da poesia

um convite à reconstrução

dança de mãos dadas, ritmos

passos de pés dados, em frente apesar de pausas

canções de ouvidos dados, ainda nos desafinos

nos desafinos reconhecer e aceitar o maior desafio

de nos sorrisos e choros desafiar-se a Amar..

Inserida por arremedos_poeticos