Poesia Carinho Machado de Assis
O preconceito enraizado
O preconceito que não distingue
O morador do traficante
E o motoboy do assaltante
É o mesmo que faz vítimas a todo instante
Mãe além do universo
Mãe...
É o verbo amar,
Que nos dá orientação,
Para continuar,
Diante do seu olhar.
Por tudo o que nos ordena,
A sua presença em nossa cena,
Com certeza absoluta,
Por meio de sua conduta,
Mãe é altamente gratificante,
Por fazer tudo de coração constante.
Mãe é nesse reconhecimento,
Que eu vivo esse momento,
De ouvir os teus sentimentos.
Com essa atitude em mente,
Semeando virtudes
Em nosso ser coerente,
Mãe é uma conexão
Permanente,
Em nosso mundo existente.
Mãe além do universo,
Do seu dia diverso,
No poema do teu verso,
Na poesia do teu ser imerso.
Com sua palavra segura,
Qual o filho que não te procura?
Em sua vida diária,
Por ser tão imaginária,
Mãe uma mulher
Hospitaleira,
Fiel e verdadeira,
Mãe é um capítulo
Á parte,
Dessa sua história
Que eu faço parte.
E que o seu amor
Por nós a tudo se reparte.
Mãe que veio cumprir,
O seu dever de existir,
Que ama ardentemente,
Tão espontaneamente,
Mãe é um ser preciso,
Para ver o teu sorriso,
No meio de tudo isso.
Mãe que permite
Conhecer,
A vida no teu ser.
Mãe que nos ensina
A não murmurar,
Com o tempo de vida passar,
Que nos disciplina
A não julgar,
Outros que estão a errar.
Mãe um ser transparente,
Que sem ressentimento
Quer sempre estar
Presente.
Poeta Mbra ✍️
Direitos Autorais Reservados .
D.A.9610/98
Brasil🇧🇷
AMIGOS VALEM OURO
Sibilantes moedas d’ouro
Que tilintam sua peçonha
Molestam a quem disponha
De seu valor tão louro.
Queima, Midas, rei dourado
Da ganância desmedida
Ponha ouro na ferida…
Arde, arde, condenado.
Bate relógio dos traídos
Por seus sonhos de riqueza
Ticks altos, Taks fortes.
Enforcados e caídos
Segue a eterna tristeza
Da Dinastia Iscariotes.
CHORO
Cachoeira salgada
Delicado declínio
Se forma pingada
Me afoga em fascínio.
Cada alma que escorre
Na saliência do rosto
Num lenço se morre
Cada uma a seu gosto.
São almas que saem
É corpo que fica
Na mente que moro.
Lágrimas caem
Lembrança é rica
E por isso choro.
A CARECA
Brilhante obra alva
Do vácuo feito em novelos
Grande cabeça calva
De ideias e de cabelos.
Universo velho sisudo
Cabeça nova p3lada
Ele abraça tudo
Ela reflete nada.
A careca não tem vista
Nem orelha
E nem língua.
Ela é a dor do artista
Da centelha
Que só míngua.
ESCREVO
Escrevo,
Escrevo porque escrevo
Talvez porque devo
Para a folha de papel
Tornar seu fim cruel
Justificado.
Escrevo,
Escrevo porque escrevo
Porque eu me atrevo
A ser mais gentil
Num mundo medonho, hostil
Eu amo.
Escrevo,
Escrevo porque escrevo
Pois na linha busco o enlevo
Que perdi dentro de mim
E por isso escrevo assim
Chorando. Teófilo Lemos Almeida Filho
Na solidão
encontrar
sem sinal
desconexão forte
desce dúbia
doce e amarga
vazios inteiros
navegam em ondas
por bits e bytes
ser mulher
ser inteira
mesmo só
seu poder
não precisa
de rede
conexão
é o que se faz
dentro do peito
há quem grita
mas eu sussurro
meu valor
é eterno
e seguimos
desconectadas
conectadas
encontrando-nos
"pela madrugada..."
Na cobardia de minhas angústias,
revisito cátedras de paralelepípedos
soltos e morfologicamente opacos.
Se não bastasse este corpo fraco,
dissecaria ternuras.
Para que elas,
embebedassem à alma de vinho,
de mar salgado e de todo sangue.
Porém, a febre queima em desalinho,
rudimentarmente entalha os móveis.
Na madrugada talha o chope de bar,
fatigadamente dirige automóveis,
ardendo-se de vida.
Enquanto, a noite plange...
*✍️*
"A cabeça ficou vazia,
sumiram todos os pensamentos,
e agora quem iria ditar a poesia!?
E o coração 💓 o órgão mais velho do corpo, apresentou a sua reflexão,
e a poesia foi escrita
e recitada...✍️💖🎶🎧
***
(Francisca Lucas)
CACHORRADA
O cão é o melhor amigo do homem.
O homem não é o melhor amigo do cão.
Às vezes, quase sempre,
O humano é cachorro.
Às vezes, quase sempre,
O cachorro é humano.
***
O homem é o lobo do homem.
O homem é o lobo do cão.
O homem é o lobo do mundo --
Céu e Inferno neste mesmo mundo;
Deus e Diabo neste mesmo homem.
(Guilherme Mossini Mendel)
POEMA IMPREVISTO
Quando a desgraça nos bate a porta,
Nossa vida vira do avesso.
Ninguém espera por um tropeço,
Se desespera com a sina torta.
Ninguém sabe onde encontrar forças,
Mas sempre procura nos seus.
É que quem nos encontra é a força,
Essa energia que se chama Deus.
Ele entra em nossa sintonia
E nos dá um caminho a seguir.
O tempo acomoda a agonia
E voltamos assim a sorrir.
(Guilherme Mossini Mendel)
UM RATO
Atropelaram um rato.
Mas ninguém deu importância.
Era só um rato.
Criatura menor,
Somente presa;
Que vive nos lugares esquecíveis,
Espalhando asco e doenças,
Sem qualquer intenção.
Poderia ser eu e você,
Embora nós tenhamos consciência
Das doenças e do asco que causamos,
Às vezes intencionalmente.
Mas não damos importância...
(Guilherme Mossini Mendel)
SER PEQUENO
Quando se é bem pequeno,
tudo parece muito grande.
E, quanto maior se fica,
menores as coisas se tornam.
Não importa a pequenez
que se tem por fora,
mas sim a grandeza
que se deseja ter por dentro.
O importante é sentir-se
sempre como a criança:
minúsculo, ignorante e deslumbrado,
para curtir tudo aquilo
que serve de cenário
e que modela o caráter.
(Guilherme Mossini Mendel)
HUMILHAÇÃO
Meu salário vale
cada vez menos,
apesar dos pequenos aumentos.
Mas como...?
…ou me divirto?
(Guilherme Mossini Mendel)
RECURSOS NATURAIS
Somos podados todos os dias.
Arrancam os nossos frutos
E não nos dão nem um pedaço.
Somos podados todos os dias.
Sugam toda a nossa seiva
E deixam nossas feridas abertas.
Somos podados todos os dias.
Destroçam as nossas raízes
E nos vendem em pedaços.
(Guilherme Mossini Mendel)
PASSAGEM II
O tempo nos passa.
Às vezes, até nos queima.
Às vezes, até nos estraga.
Quase sempre, nos endurece.
Recheamos o tempo
e ele nos enche.
Dominamos o tempo
e ele nos foge.
Observamos
a sua passagem
e, com ele,
vamos embora.
(Guilherme Mossini Mendel)
MUITO ALÉM DO OLHAR
Quando eu era pequeno,
assim que acordava,
permanecia de olhos fechados,
vislumbrando estradas
que se (me) confundiam.
Naquele tempo, não sabia
qual caminho escolheria.
Tudo me parecia
confuso e distante...
(E ainda me parece!)
Nesta tortuosa travessia
denominada vida.
(Guilherme Mossini Mendel)
SOBRE VIVER
O trabalho traz dignidade ao homem.
A gente trabalha para sobreviver.
APENAS sobreviver!
A vida fica pra depois.
Depois, vem
o cansaço,
as dores,
as dívidas
e as dúvidas.
E a vida fica pra próxima...
(Guilherme Mossini Mendel)
PASSAGEM
maldito relógio,
maldito calendário...
o homem organiza
o tempo
e calcula
a sua penitência.
***
passatempo, passatempo...
eu passarei, tu passarás
(às vezes, cedo demais).
(Guilherme Mossini Mendel)
VERBO(A)
Qual é a diferença
entre o verbo e a verba?
Nenhuma.
Pois só quem tem verba
pode usar o verbo.
***
Conjuga-se o verbo,
almejando a verba.
E o verbo,
que no princípio era “amar”,
torna-se a mais letal arma.
(Guilherme Mossini Mendel)
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