Poesia Carinho Machado de Assis
sabe
meus versos são tristes
não importa onde eu
esteja
ou sobre o que esteja
escrevendo
são tristes, banhados na
mais pura melancolia
carregam em sí a dor de
um poeta medíocre
mal resolvido
que desconta sua raiva
naqueles versos
pobres versos..
mas afinal, o que posso fazer?
não posso os soltar
não posso deixar com que
essa tragédia se espalhe
por aí
essa tristeza, essa raiva, esse medo
pertencem a mim, apenas a mim
são os meus versos, a minha tragédia
e ficaram presos aqui, nesse poema
para sempre
Néctar
Hoje de fato sei o que é amar, sou escravo fiel de um amor que me domina a alma,trazendo em mim a essência da minha mais desconhecida existência.
Cada vez que ouço sua voz, seja dizendo o que for, me causa um tremor, me arrepiando a pele causando um rubor, rubor esse que me deixa desorientado, sem rumo, sem lógica, sem paredes,sem fronteiras.
Todos os dias acordo sendo feliz, com a doce amargura de amar, todos os dias durmo sendo infeliz com o gosto do fel, que é o medo de perder você e então enquanto durmo, sinto seus braços cruzando meu peito,me aninhando a você, me tornando seu.
Sinto o cheiro da madrugada chegando, fria, calma, transmitindo a sua habitual tranquilidade, enquanto a madrugada chega serenamente, seu corpo encontra o meu e como se fossem dois meteoros se põe a viajar um no outro no mesmo mundo, um só mundo, esse mundo, nosso mundo!
O que seria de mim se não tivesse conhecido o amor verdadeiro? O que será de mim se um dia esse amor for embora? Rezo ao universo que eu só perca pra morte e se for pra morrer que eu morra primeiro, pois a dor de viver sem você me soa infinitamente pior que a morte. A morte pra mim é como a madrugada, só que dessa vez não teria seu corpo quente ao meu lado e nem seus braços me tornando seu.
É muito bom provar desse sabor, sabor esse que achei que conhecia, depois de ter matado os meus heróis, de ter destruído os meus castelos e sim, deixado viver somente os meus dragões. Você surge e me faz provar do néctar que é esse sentimento, que vai além da paixão, é uma paixão a cada dia e pela mesma pessoa. Aqui estou eu disposto a construir novos castelos, transformei você no meu herói por ter me resgatado do fundo do abismo chamado solidão, por ter estendido a mim a corda da crença, por ter com seus lábios, olhar e mãos me elevado ao mais puro e continuo êxtase, o seu Amor.
A'Kawaza
Ruínas
Tento eu reconstruir a mim, tento superar a ausência dele sem nem ao menos ele ter partido. Enquanto ele corre atrás de seus sonhos libidinosos, assim dito por ele, eu libidinosamente o desejo ainda, mesmo sendo esse desejo desaconselhável e avassalador. Um turbilhão de palavras chegam aos meus ouvidos, oriundas das bocas que me amam e o escarnecem. A razão me leva a mim e o coração sangrando de tantas feridas abertas por ele me leva, só me leva! E agora? Onde estarei? Pra onde vim? De onde eu saí? Eu saí?
Esse emaranhado de perguntas me fazem lembrar do que eu sempre tive certeza, eu o Amo!
Ele, seco em possuir o mundo, deixa com que o mundo o possua, lembra e sabe, descobre e retorna, ao lar que estranhamente sempre foi seu e volta a mim e não para mim, que ainda, mesmo que não queira, quer e é seu. Sua destruição e seu desejo infringiram a única regra que não se podia quebrar, não viole a fidelidade dos sentimentos.
Seu desejo de ser do mundo , o fez esquecer da fidelidade dos próprios sentimentos, o fez esquecer o que se sente, só a sua putrefação o fez lembrar que um mal ou bom filho à casa torna! Agradeça a seus Deuses e Demônios. E lembre-se tu és mortal, não precisas testar a durabilidade de tua carne!
A'Kawaza
Sobre o que você faliu.
Você veio de uma vida de corpos, drogas e boa música, as letras verdades, poemadas e ritmadas, nunca foram tão vazias, quanto as palavras faladas por ti, sim prefiro o escritor. Aquele poeta meia boca que me seduziu e engoliu inteiro sem nem me deixar respirar. Mas, eu como diz suas letras formadas, me debatia em ti e sim me debatia demais.
Me debatia demais porque conheci além do poeta, porra, que merda que eu fiz. Conheci além do faz de contas, sobrevivi ao encantamento, trouxe o pior de você, para que tu mesmo pudesses conhecer, ensinei que pra ser bom, não se precisa sofrer ou fazer sofrer.
É você não aprendeu, tornou a ir e sem nem o ter aprisionado o soltei. Voa folha, voa e caia na água, pois folha solta sem caule, morre de fome. O que esperar de um homem folha?
Ele vive de sugar pra se alimentar. Suga a força do sol e os nutrientes da terra, não iria sugar a mim, árvore fincada e com raízes sólidas, árvore de valores invertidos e concebidos?
Não se trata apenas de libertar a folha para a morte, mas quis tanto que a folha apenas aprendesse algo quando ela fosse.
Ela/Ele se foi e me deixou no silêncio da ignorância, no bloqueio frio de algo que poderia nos conectar, mas eis-me aqui conectado a ti pelo que jamais te largou, desejando intimamente que tu caias na água e brote de novo.
Desejando aqui que tu brotes e vire árvore e que lembre-se que o tempo passou e trouxe consigo o enigma da metamorfose, agora sou água e posso sua fome matar.
A'Kawaza
Uma seiva de cinza
A cidade cinza não atrapalhava ver o brilho de cada olhar morto, aliás, tudo era tão fúnebre, quanto o sorriso de uma criança. Crianças, elas normalmente são felizes, ou deveriam ser, talvez seja por que elas não saibam que vão crescer, que terão que pagar contas e gastar o dinheiro pra se alimentar, talvez elas não saibam que vão passar 08:00, 12:00 horas trabalhando, é elas não sabem.
A inocência então é a fórmula da felicidade? Ou será a ignorância? Se for a ignorância, porque será que "conhecimento não ocupa espaço"?
Cair na ignorância ou voltar a ser inocente é algo que não sei se me deixaria feliz, me alimentei tanto de conhecimento, de corpos de línguas e seus sucos, bocas e suas palavras.
Não quero deixar de comer, nem de me embriagar de cada ser que eu poder tocar. Enveredo-me em um labirinto de corpos e mentes que eu sugo até o último sumo, até a última gota, engordando assim minha "feliz" solidão, vivendo assim a minha feliZcidade.
A'Kawaza
Sobre o tempo...
Três décadas atrás comecei a contar meu tempo, tempo que eu conheci Cronos, tempo que conheci Tempo, tempo que conheci Kitangana.
Sobre o tempo, ainda é pouco tempo pra que eu escreva sobre ele, nem sei se é perda de tempo, me ajuda Tempo.
Parei de ter crise existencial, Tempo mostrou-me que eu o estava perdendo, parei de contar o tempo, agora conto com ele.
Atento-me ao tempo, tempo que não para, tempo que não começa, tempo que não termina é tudo é sempre.
Então Tempo de todo tempo, tempo que embala tempo, tempo que badala tempo, me ajude a ter mais tempo, não me faça o perder, apenas quero aproveitar você! E no tempo de minhas três décadas Zara Tempo!
*Kitangana e Tempo Nkisi de matriz Africana
A'Kawaza
NOTA
Anota ai que enquanto tu
escreves o tempo passa.
Anota que a nota que te dão ninguém nota.
Anota que suas notas não tem valor.
Anota que o tempo ja passou,
tá passando, vai passar.
Anota que não existe ninguém acompanhado e que a solidão é algo inevitável, notável!
Anota também que você é individual e que isso é bom.
Anota que a felicidade está em você!
Anota que se nota o seu
valor, quando você nota ele!
Anota que a melhor nota é da música que você canta ou ouve.
Anota que o prazer nem sempre é notado, anota que essas são as notas!
Apenas pare de tomar nota, isso é roubo, viva e não tome nota disto!
A'Kawaza
O novo!
Torna-se cada vez mais gustativo
o gosto do desconhecido.
Você me embriaga com suas palavras sinceras cheirando a álcool.
Sua voz que não diz o que é, apenas diz,
diz e se faz dizer, mexe comigo de dentro
pra fora, não apenas a ouço,
tenho sensações.
Ela não vem sozinha aos meus ouvidos,
além de perturbar meus timpanos com seu tom grave, ela ainda perturba minhas noites, me causa poluções e já não consigo e nem quero disfarçar...
Ejáculo o podre e puro prazer de você e você nem aqui está!
A'Kawaza
Déjà vu
Sua vida é constante repetição, você troca só o corpo por outro, os sonhos são os mesmos e os anseios iguais, você já viu isso mil outras vezes, mas o desejo de tua carne podre e o egoísmo de sua mente sórdida, não lhe permite parar.
Você vive a verdade de suas mentiras, quantas lágrimas você viu chorar? Talvez seja esse seu alimento e por um excesso de sentimento, até minhas lagrimas C' fez secar.
E a cada vez que você vai embora, minha mente me trai, me traz toda história daquela memória, que insisti em te recordar.
Depois que o conheci bebi água no deserto, a sua fonte secou, foi molhar em outro lado, e eu aqui sou sol, areia e farrapo!
O levei além mar, achando que assim a felicidade nos fosse achar, ela achou você, mais um dèjá vu você está a viver.
O levei além mar pra tu navegar além de minhas veias, pra que meu sangue fosse só mais um nas estatísticas de apodrecimento sugatório, pois é isso que um parasita faz, somente suga!
O levei além mar para mais um Déjà vu você viver. Navegue em outro rio, pobre rio Jordan.
A'Kawaza
Preta
Preta, preta sim, preta sua, preta minha, apenas preta.
Preta nega que quebra incendeia, que sorrindo balanceia, preta ancas e cadeiras, preta de fala clara de candeia.
Preta de batalha, luta e suor, preta guerreira, bruta mulher que a flor cheira. Gata garota, menina mulher.
Rainha, vassala, seu escravo é meu olhar.
Ela anda e o povo passa mal, passa homens e mulheres, ninguém viu igual. Tem a raça no tom, na voz, na beiça e no som, tem um black do bom, cheia de colares e búzios, conceda a nós o seu uso!?
Vejo você negra, mulher, faceira, de pele limpa e alma de amor,
Obrigado preta, por tonar esse mundo com mais cor!
A'Kawaza
Denise
Canto o canto e o encanto, no branco do seu sorriso, no verde dos seus olhos e no ouro do seu cabelo.
Sinto as notas que você diz a cada frase versada, por uma voz velada, de vez engraçada, de vez engasgada e até embriagada.
Aquela preguiça e aquele andar, aquele sentido que não há, vejo aquela menina que bebe, aquela menina que é pura, aquela menina menino, aquela menina sorrindo, que sorrindo espanta dor, que sabe semear o amor, que a esperança dos seus verdes olhos nasce a cor.
E falando em colorir, aquarela ela é, de sorriso branco, olhar verde insinuando, alma plena de cores claras, vida hard de cores rasas, de primária não há cor, só seu coração que é sangue fresco de puro e vermelho sabor! A'Kawaza
Eu sou a areia do tempo, dentro da ampulheta da vida e deixo que a vida me molde grão a grão
A.Kawaza
Do outro
Um está no outro, como se no outro estivesse um e na realidade eles até tentaram ser dois, mas não conseguem.
É infinita a paúra causada em imaginar-se fora do outro, não sendo nem mesmo um.
Um está no outro e desse outro que abriga dois, só se vê e se sente um.
Tente separar um ou outro e veja o que você vai achar! Vai achar um em outro e outro em um, sendo assim eles são mais que unidos, eles são Unos!
A'Kawaza
Tirei as dores do caminho, pra desfilar o amor, se pra você a vida tem espinho, deixe-me ser flor!
A'Kawaza
O abraço
Lindo o abraço,
O abraço que acolhe,
O abraço que desaba
O ser em lágrimas,
O abraço que conforta.
Lindo o abraço que marca,
O abraço que surge,
O abraço de quem
Ama,
O abraço é lindo.
Nem todos resistem
Ao abraço.
O abraço, o abraço
É poderoso,
O abraço tem poder,
O abraço cura o ser.
O abraço que nem sempre
Recebemos.
O abraço, que nem sempre
Se é dado.
Ah, o abraço, o abraço
De mãe, o abraço de pai,
Da avó, do avô, tio,
Tia, amigo, amiga, colega, irmão
Irmã...
O abraço
É benéfico.
O abraço é raro,
O abraço passa energia,
O abraço torna o ser
Mais humano.
Ainda me resta o parco tempo que resta,
Para conhecer o amor, para viver sem temor,
Para buscar ser quem sou, sem temer o amanhã.
Eu hoje viajei no tempo...
Mas por um momento pequenino.
Eu vi a manga madura no pé...
Olhei pra ela com olhar de menino.
Parar... Sentir... Por um momento
O movimento sutil do vento
Que toca a folha e faz cair
O ciclo eterno se repetir
Em cada dia, uma sensação...
Mudamos junto com a estação
A natureza grita, tirando o sono
Ela diz... Venham ver o Outono!
Deus está sonhando
O Criador está sonhando.
Como saber?
Sua mente não está cheia
de pensamentos ocupando
espaço. É porque ali. Algo foi criado.
Se funcional? Depende como e quando
foi creado. Por isso, as diversas formas,
o o sente. Se feliz. É leve. É porque
é funcional o bastante para crear uma
realidade. Verdadeira. Boa , ou não tão boa.
Mas está ali. E um dia ela, se encaixa em
alguma história que foi plasmada.
Preenchendo o vazio do uni-verso.
Com a energia da Vida.
Da Vida nada se perde.
O que é bom para um. É mau para outro.
O que é mau para outro. É bom para um.
E assim o universo se amplia.
Pensante, vivido e sofrido.
Mas chegará o momento.
diferença não existirá.
Porque ambos os lados serão
indiferentes. Pela seleção natural.
Há de equilibrar os contrapesos.
a ponto de extinguir sentimentos sofridos.
Porque o Criador, também está aprendendo,
no agora. Ele sorri. Quando sua creação sorri.
E chora quando sua creação sofre.
O fato é: A Vida jamais se extinguira.
Pela fato de se passar para outros planos de consciências.
Ou mesmo , transmigrar para outros corpos.
Para continuar novos ciclos.
Do Criador não se perde nada.
E Ele se conhece através de nós.
E sua Neutralidade permite a justiça
na distribuição de todas as forças
realizadas.
Por isso. Não existe, nós e eles.
O bem e o mal.
Um cochilo do Criador. E tudo
muda de lugar.
Deus toma partido da Vida.
E Justiça e Misericórdia.
Ainda vão habitar o coração
das criaturas da terra.
Quando as forças já equilibradas.
o sofrimentos , ora observados
serão como o cair natural de um
fio de cabelo.
Bons sonhos Criador.
marcos fereS
A Coxia
Palco vazio.
Atores na coxia.
Começa a peça,
Donde antes não havia.
Primeira cena. Na ribalta se exibiam.
Atores interpretando. Plateia, aplaudia.
Sonhos. Queremos sonhos. E por peça isso acontecia.
Fecham-se as cortinas. Todos juntos na coxia.
Uma apertava o vestido. Outro, o script relia.
abrisse e as cortinas. E no palco subiam.
A plateia fascinada. Nenhum barulho faziam.
E a peça prosseguia. Quando o cair da lona.
Toda berlinda aparecia.
Se o que era caixa. Ribalta. Não se sabia.
Misturava-se tudo coxia, araras, atores roupas e bijuterias.
E o povo nada entendia.
Sonhos , precisamos de sonhos. Era o que queriam.
E o canastra. Que sempre queria aparecer.
Improvisou um texto. Para a peça socorrer.
E chamava também a plateia, para o teatro vir fazer.
Se subia no palco, tanta gente. Como nunca se viu.
Em certo momento? Não sabia. O que era coxia,
Caixa, plateia ou rouparia.
Todo mundo falando, todo mundo reclamando , todo mundo improvisando.
E ninguém mais se ouvia.
E da plateia se ouvia. Os sonhos, cadê os sonhos?
E pouca coisa de bom se fazia.
Fecham-se as cortinas.
E os atores saiam. A plateia não via.
E teatro esvaziou.
Era muita realidade encenar. E repetidos fatos para sonhar.
E a peça, divida. Só duas partes encenou.
A parte por detrás da coxia. E a parte, onde toda a plateia via.
Não entendendo nada. Foram o teatro esvaziando.
E o sonhos. Queremos sonhar.
O teatro estava fechado, para nova coxia arrumar.
Marcos fereS
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