Poesia Apaixonada
Sei que deveria ter mais paciência, mas a simples possibilidade de talvez não falar mais com você me assombra.
A coisa mais sensata que posso fazer, é apenas sentar e observar essa guerra entre meu coração e ela, uma vez que nenhum dos dois quer saber a minha opinião.
Cara, a boca dela é como se fosse uma espécie de fábrica de cupidos, sabe aqueles anjinhos safadinhos, então, quando ela sorri...saem milhares deles, todos atirando suas flechinhas em minha direção.
De repente as palavras me faltam, e já não consigo escrever mais nada, to ocupado demais pensando nela.
Muitos me perguntam por que escrevo somente sobre amores e paixões. Bom, posso escrever sobre economia ou dinheiro, caso me paguem bem, mas por ora estou satisfeito sendo amado.
Posso tatuar seu nome em meu braço...mas isso não provará nada além de minha ignorância, paixão é coisa de pele, o amor verdadeiro é gravado na alma.
Dia de chuva. Tem gente que gosta de assistir TV. Tem gente que gosta de ouvir rádio. Tem gente que gosta de ler um livro. E tem eu, que gosto de tudo isso, mas prefiro ficar assim...com os cotovelos na janela, vendo os pingos cairem e com o pensamento nela, escrevendo nossa história na linha do pensamento.
A gente terminou, e agora estou aqui, sentando no banco escorado no balcão do bar enchendo a cara. Quando cheguei tinha certeza de que era pra comemorar...agora já não sei.
Seria tão bom se ela soubesse que a cada "te cuida" que eu digo pra ela, na verdade eu queria dizer "deixa eu cuidar de você".
Logo que a vi, percebi que era ela, mas não posso dizer que foi amor à primeira vista...foi a vista de todo mundo, todos perceberam minha cara de bobo.
Dia de chuva é assim, não tem jeito, por mais que eu faça ou tente disfarçar, as lembranças insistem em me atormentar molhando mais meu rosto do que a rua.
Cara, eu sei que ela não está nem ai pra mim e pra falar a verdade, também não estou nem ai pra ela...mas meu coração está, fazer o quê?
Ja me apaixonei por mulheres bonitas, por mulheres lindas e por mulheres horríveis, o que elas tinham em comum? a beleza exterior.
E as cartas que me escreveu vão ficar aqui, guardadas na gaveta da cômoda. Não que eu precise delas, pois cada letra, cada ponto escrito está vivo em minha lembrança, mas vão ficar aqui pra me provar todos os dias que até o amor mais bonito um dia também acaba.
Não sei de que forma dizer o que se sinto, vou tentar do meu jeito...gostar dela assim tão distante é como se eu fosse uma criança pobre e quisesse muito um brinquedo que está na vitrine da loja.
Mas sou assim mesmo, não sei viver sozinho. Se não gostasse dela, talvez gostasse de você, ou então estaria desesperado procurando alguém pra gostar.
Sou covarde mesmo, me escondo atras de um lápis e papel, mas por favor tente entender, não é nada fácil se manter sóbrio em sua frente. Se algum dia passar por aqui e ler tudo isso, por favor não rasgue nem queime, se não quiser pra você jogue pela janela, deixe o vento levar. Existem muitas pessoas lá fora precisando de um pouco de amor.
Talvez se eu fosse um livro, seria aquele romance de título ruim, capa simples envelhecida, empoeirado esquecido na prateleira, sabe aquele livro que só quem realmente é apaixonado por literatura o pegaria? mas valeria muito a pena esperar por alguém assim.
Só acho um tanto quanto controverso, dizer que homem não deve chorar e ao mesmo tempo exigir sentimentos dele.
