Poesia Animo Fernando Pessoa
Sua beleza se compara a de uma flor
Seu brilho se compara a luz do sol
Se for para viver em um mundo sem seu amor
Eu prefiro viver e morrer só
Olhos belos e intensos com uma Opala
Cabelos de uma beleza que não se compara
Quando penso em você minha alma se cala
Quando vejo você meu coração dispara
Sua presença não se vai com o tempo
Sua personalidade não caberia em um milhão de versos
Ao seu lado cem anos viram um momento
Pois você é uma estrela única em todo o universo
AMIZADE
Amizade não se mede,
Não se compra, nem se pede.
Amizade simplesmente acontece.
Amizade não ilude,
Não maltrata, nem é rude,
Amizade não confunde.
Amizade não trapaça,
Não dissimula, nem disfarça,
Amizade vem de graça.
Amizade não prende,
Amizade surpreende,
Amizade não se vende.
Rodivaldo Brito em 28.03.2019
CANTO DA ESPERANÇA
De João Batista do Lago
A sinfonia da insensatez em toda pressa
Reverbera o prenúncio de toda guerra
Imanência de estados totalitários
Sujeitando a honra de povos na terra
A nota colonizadora é a dó maior
Gerando mortandade com seus fuzis
Prostrando sobre a pátria todos os civis
Famélicos soldados do vão ouro negro
Até quando os senhores donos do mundo
Plantarão toda infinda desgraçada sorte
Subjugando toda uma nação até a morte?
Há de chegar o dia da nova esperança
Há por certo de se compor sinfonia nova
O mundo será jardim de almas crianças
VIGÉSIMO QUINTO HEXÁSTICO
porque igual assim me pretendes
não quero deste mundo fugir
esta dor é um bem que me dói
puro desejo de potência é
nego por fim teu prazer fátuo
melhor viver a dor ousada
Teu Jazz
esses dias são assim
terrivelmente assim
têm nuvem, sol
e, às vezes, chuva
nesses dias
assim
terrivelmente assim
uma música sempre toca
e o coração se entoca
aqui
nem samba
nem bamba
só teu jazz
me traz paz
As Maiores Batalhas
As maiores batalhas são travadas em silêncio
na solidão da casa, no escuro do quarto
nos corredores do coração
Guerras insones
diárias,
constantes
As maiores batalhas são travadas sem armas
ou espadas e, com sorte, sem morte
apenas profundos cortes
na alma
Mulher feito estações
Tu mulher que me seduz à varias estações,
Com olhar de primavera,
Abraço de verão
E beijo de outono com sabores silvestres.
Mulher de fases,
Difícil de surpreender,
Que se destaca entre as demais
Pelo simples jeito complicado de ser.
Cara mulher que sobe no salto
E mostra do que é capaz.
Dona de si mesmo,
Turista em caminhos que nenhum outro ousa trilar.
Tu me faz sonhar, acordar, iludir e desejar.
Mulher que me fez escravo de sua beleza,
Voluntário pra te conquistar,
E ainda na liberdade de desistir, sabe que uma única troca de olhar é suficiente pra nunca mais partir.
eu sou o suspiro
aquele suspiro que a gente dá de repente
que não sabe de onde vem
e nem pra onde vai
pois é,sou eu
eu vivo entre a alma e o corpo
entre o coração e o pensamento
entre o desejo e a saudade
eu sou tão tudo
e tão nada
sou enormemente pequeno
e tão pequenamente grande
e assim como vim,
passei...
Quem tem consciência para ter coragem
Quem tem a força de saber que existe
E no centro da própria engrenagem
Inventa contra a mola que resiste
Minha mãe,meu anjo carnal
Linda como o amanhecer
Perfeita como o pôr do sol
Cheia de qualidades
Feita com carinho por Deus
Uma verdadeira obra de arte !
Mãe é amiga
Mãe é conselheira
Mãe é companheira
Mãe é guerreira!
Para o amor de mãe não existe barreira!
O amor de mãe é doce
Doce como um mel
Doce como uma jujuba
Mas não é um doce que adoece
É um doce que a nossa alma fortalece!
A mãe ensina
A mãe educa
A mãe quer ver um filho no topo
Está sempre ao lado do mesmo
Independente da situação que seu filho ocupa
Hoje é seu dia
Apenas um dia mais especial
Pois todos os dias é seu dia
Deus lhe criou com bastante carinho
Para ser minha mãezinha querida
Meu verdadeiro anjo carnal
Carta para meu amado. (Part 1)
Olá,
Tá tudo bem com você?
Hoje eu te vi passando na avenida... Há algum tempo meu coração não batia tão forte, minhas mãos suaram e minhas pernas eu já nem sentia mais. Te ver me provocou tontura, ansiedade, nervosismo, esqueci tudo que eu tinha que fazer, fiquei sem norte. Eu só pensava na tua imagem passando ali na minha frente. A saudade apertou meu peito, por um instante eu desejei que chovesse e que a chuva se misturasse com a lágrima que rapidamente escorreu dos meus olhos, para que ninguém notasse minha emoção.
Você me faz tanta falta...
Resistência
Ouvi do meu pai que a minha avó benzia
e o meu avô dançava
o bambelô na praia, e batia palmas
com as mãos encovadas
ao coco improvisado,
ritmando as paixões
na alma da gente.
Ouvi do meu pai que o meu avô cantava
as noites de lua, e contava histórias
de alegrar a gente e as três Marias.
Meu avô contava:
a nossa África será sempre uma menina.
Meu pai dizia:
ô lapa de caboclo é esse Brasil, menino!
E coro entoava:
_ dançamos a dor
tecemos o encanto
de índios e negros
da nossa gente
No deserto das cidades
uns cavaleiros sonham
mas sonham só
seduzidos pela mais valia.
De resto,
lugar nenhum no coração
para encantar Dulcinéias.
Onde o herói contra os moinhos?
Nós, mulheres indígenas,
Somos raiz deste chão
Somos fortes para parir
Cuidar e dar educação
O homem é só semente
Que fecunda e nasce gente.
E mulher, terra pra criação.
Na aldeia tudo é arte
Tudo também se reparte
É cultura festejar
Pinta o corpo de urucum
Veste com palha tucum
Em tudo vale alegrar..
Damos bom dia ao sol
Como flor de girassol
Tudo vive em harmonia
Na debulha de feijão
O cuidado com o grão
Que se tem a cada dia..
Tudo com habilidade
Firme na ancestralidade
Ou na dança do toré,
O vento é nosso irmão
Lá não há separação
Entre o homem e o igarapé..
Na aldeia tudo cresce
A cultura permanece
Tudo é lindo como um grão
Grão de arroz, de trigo, aveia
Milho, café na aldeia
Grandes roças de feijão..
Joga bola a criançada
Tudo em roda e animada
E contar quando crescer
Ser contador de história
Ter presente na memória
O canto ao anoitecer..
Estou atrás
do despojamento mais inteiro
da simplicidade mais erma
da palavra mais recém-nascida
do inteiro mais despojado
do ermo mais simples
do nascimento a mais da palavra.
Soneto
Pergunto aqui se sou louca
Quem quer saberá dizer
Pergunto mais, se sou sã
E ainda mais, se sou eu
Que uso o viés pra amar
E finjo fingir que finjo
Adorar o fingimento
Fingindo que sou fingida
Pergunto aqui meus senhores
quem é a loura donzela
que se chama Ana Cristina
E que se diz ser alguém
É um fenômeno mor
Ou é um lapso sutil?
Tarde aprendi
bom mesmo
é dar a alma como lavada.
Não há razão
para conservar
este fiapo de noite velha.
Que significa isso?
Há uma fita
que vai sendo cortada
deixando uma sombra
no papel.
Discursos detonam.
Não sou eu que estou ali
de roupa escura
sorrindo ou fingindo
ouvir.
No entanto
também escrevi coisas assim,
para pessoas que nem sei mais
quem são,
de uma doçura
venenosa
de tão funda.
todo dia
uma coisa sangra em mim
entre o abismo e o voo
entre a asa e o salto
eu nunca me matei
todo dia insisto
nesse nascer continuo
poema
ela come tangerina
com centenas de dedos
meditativos
empenhados na função
de descascar, separar um gomo
do outro
mas não mastiga, empurra
com a língua até a pele
descosturar
feito tecido ou papel
e romper
em suco
depois caminha pelos quartos
acaricia os cabelos das bonecas
muda a posição dos objetos
desliza dedos pelas paredes
até que cada canto da casa
cheire como os dias de verão
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