Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
SEMENTE DE PAIXÃO
Saber quem o desafiou
Apenas quer pagar o cantor
Pela música da sua vida
Quis sair apressado
Daquele lugar marcado
Cheio de possibilidades
Que o assustou
Seu coração pandeiro
Seu olho nebuloso
Quando se viu no espelho
De uma melodia
O perfume de mulher
Pele no tom de mulher
Que lhe embriagou um dia
Mais uma vez
Sufocar assim com a mão
A semente de paixão
Que queria florescer
Arrancar versos
Da beleza dela
Seria facil demais.
Dificil seria traduzir
Tudo isso que entrevejo
Quando meus olhos se encontram
Com teu par de mirantes castanhos
E criadores de pensamentos.
Você chegou como um rio
Entrando, infiltrando
Achando seu proprio lugar.
De um jeito natural
Devagar você veio
Ate tomar conta
De tudo que sou
Agora, cada parte de mim
Tem partes de você.
É agonizante
viver
na sociedade
atrasada
tolos querem ouro
sábios
querem nada
É tolice
dizer
na frequência
errada
todos querem pouco
poucos
querem nada
É sábio
ouvir
na inteligência
dada
todos querem tolos
tolos
querem nada.
DESENCONTRO
Que sorte forasteira é esta
Que caminha sem sentido
Riscando rumo partido
E pouca ventura empresta?
Finge ser o destino, direção
Sussurrando ser boa nova
Se mais parece uma cova
Exílio arquitetado pro coração.
São desencontrados gestos
A nos jogar feridos ao chão,
Criando silêncio na emoção,
Com tais sonhos indigestos,
Que viram amarras pra ilusão,
Solidão nos desejos incertos,
E nos fazem boquiabertos...
Sem ter o amor, ah isto não!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
Ai se o P
Ai! se o "p"
de poesia
fosse o "p"
de porcaria,
todo poeta
seria um porco
e nem a porca
o quereria.
A PORTA
De tábua és construída
ao vento e a poeira corta
marca chegada e partida
viva e morta: sou a porta
Eu abro para quimera
me fecham no temporal
sou tramelada, espera
proteção, da casa ritual
E neste abre e fecha
a escada é o meu chão
lá fora eu vejo pela brecha...
O bem, é a porta do coração.
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 27 de maio
Cerrado goiano
SESSENTA
Já fiz sessenta
Agora sou adulto
com formação de velhice e tudo.
É... Cheguei aqui, estou vivo sim!
E tudo que aprendi...
Aprendi com o mundo.
Apanhei de palmatória...
Meu pai, mina mãe, não passavam
a mão sobre a minha cabeça,
e hoje eu agradeço-os, pois com isso...
Aprendi a ser da hora
e não dá cesta.
Penei com meu indulto de vida, mas
aqui, poderei ampliar a maluquice
... Ser velho, é querer ser jovem criança...
Até brinco de esconde-esconde
pena que hoje, a minha
parceira, é a tão esperada saúde.
Aprendi a temer a esperança,
voar na paranóia...
D'aquilo que hoje tornou-se grude.
Recebi um bilhete do presente...
Usando óculos de graus,
e mãos tremulas...
Eu li as cláusulas dos meus apegos...
Minhas manias
meu tempero curto
o silencio p'ro meu pensar...
E o chorar pelo viajar
dos novos defuntos.
O bilhete me chamou de museu
e ainda disse que as coisas...
As minhas coisas!
São misturas, mais que eu.
Ora bolas... Mas que bilhete audacioso!
Eu já fui criança, jovem feliz,
Ao comer, já mordi, pedaço de carne
segurando-o com, as minhas mãos...
Já brinquei de bola de gude,
já tive pião, estilingue, bola peteca
já pulei corda muro amarelinho
já rascunhei o mundo
apenas com um pedaço de giz.
É... Já fui feliz, sim, sim!
Muito feliz.
Antonio Montes
O SALTO
Gato no muro
n'um pulo...
Saltou do outro lado
mundo gato
gato mundo
pula tudo
pula mudo
da à volta
salta a porta
anda, desanda inventa...
Por quinhentas ventas
por milésimas bandas.
Antonio Montes
ALVORECER
No horizonte distante
morre o sol atrás dos montes,
a terra sucumbe nossos pés...
e o silencio sobressai aos sentimentos.
Vem a noite o rompante
... Surge a lua, triunfante...
O amor, encrua no quarto.
A ganância expande nas ruas...
Dias noites, momentos efêmero
Sol brisa, bolhas...
Sobre a linha do mar atenua,
as velas de um navio, uma canoa
cascatas de ondas, ventos, garoas...
redes, e esteiras de taboas.
Quirela de milho, charque uma boa broa...
Os astros circulam suas linhas
estrelas seguem o rei.
A tarde vem para atender as decepções
dos sonhos, e se deita sob a noite, para
sanar o cansaço mental e físico.
Tudo gira nada para de correr
cada mundo em seu mundo, cada ser...
Todos e tudo cada um, cada você,
Se você tomba, seu mundo para ti,
deixa de alvorecer.
Antonio Montes
PASSARINHO
O passarinho, pelo céu, passa
Entre galhos, voo, mansinho
Desliza toda a sua graça
És livre no seu livre caminho
Na secura do cerrado, reaça
Entre tortos galhos, seu ninho
Num canto de encanto, bocaça
Aveludando a aridez num alinho
Lá, cá, acolá, na frente, na regaça
Em bando, passarinho, sozinho
És leve, garrido, como a cassa
Em galhos macios ou de espinho
Voa deslizante, de braça em braça
No campo, praça, qualquer cantinho
O passarinho, bom prol nos faça!
Ás, lento, alto ou baixinho, passarinho...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
28 novembro, 00’25” – 2017
Cerrado goiano
PATO NO CARDÁPIO
O pato esta no cardápio...
No cardápio sem lago sem nado,
sem suas penas sem voar...
E sem o seu espaço no ar.
Esta no cardápio... Cardápio lindo!
Cardápio colorido, com letrinhas
com laço, onde ali, ensina o que há.
O pato esta no cardápio...
Assado grelhado,
temperado com salsa, cebolinha...
Com olho, cebola e açafrão.
O pato esta no cardápio...
Cozido ao molho,
preparado sob folhas de manjericão.
Esta no cardápio... Sob sal, vinagre,
vinho tinto, daquele que nos faz miragem.
O pato, esta no cardápio, ora veja...
Na bandeja, em cima da mesa...
Acompanhado com taças de cervejas.
Antonio Montes
E o poema assim nasceu
para nomear as coisas
para descrever o silêncio
para eternizar o instante
um poema é um paraquedas no ar ,
versos perdidos no olhar da noite.
O poema é amante da poesia
diz o que precisa ser dito e não é
é uma necessidade da alma do poeta que jorra
dos seus dedos e assombra e encanta e desperta
um poema é o repouso das palavras e esculpe-se
de sentidos na inexorável memória do tempo .
Bom dia!
Com muita alegria
Sorria! Seu sorriso é covardia
Sua beleza entontece
Embriaga e inebria
Exale poder! Manifeste luz!
O universo se inspira no que você produz.
Seja você mesma, seja quem você quiser.
Não deixe que te imponham o que é ser uma mulher.
Sonho de encontro
Me preparo pra te encontrar
Me arrumo todinho, espero agradar
Canto uma canção, só pra relaxar
Saio de casa, meu sonho vou realizar
Te vejo de longe, bate o desespero
Mas tomo coragem e chego mais perto
A sua beleza, ilumina o ambiente
E seu sorriso, lindo, é perfeito
Me esqueço do mundo
Me esqueço do tempo
Nada mais existe
Nada mais importa
Na musica ao fundo, o amor está presente
Um beijo no rosto e seu perfume, latente
Agora entendo a felicidade nesse momento
Pois não consigo imaginar, nada mais perfeito
Só não sei se acordo, para tentar esse sonho realizar
Ou se fico dormindo, para contigo continuar a sonhar
""FIDELIDADE""
O cardeal lá da colina...
Abre asas sobre nós
quando o sol descortina
felicidade se arrima entre aspas
tanto nos foge como abrange
o pensamento de nós
Vai das entranhas ás falanges
e voa feitas as aves de rapina...
Mas feito o galo da campina
e o pintassilgo lá longe...
Nos encanta...
Entorpece em clorofílica
numa poesia à beira etílica
em verdade com fidelidade
fidedigna da tinta acrílica
da poesia exposta
da lírica artista que amostra
a natureza que pinta.
Flor da noite
A misteriosa flor da noite
Perfume exuberante com cheiro encantador
Vista maravilhosa para quem a vê
Sensação única e perfeita
Noites de lua cheia ilumina sua cor branca
Vento suave leva sua essência
Pessoas param para admirar sua beleza
Alegria imensa em toda noite e antes de sua abertura espetacular
Tristeza vem pela manhã, pois, só dura à noite
Mas deixa lembranças e a tristeza fica no esquecimento
Lembranças essas que passa a cada broto novo de sua flor
Pessoas vão e vem, passam e almejam uma nova noite iluminada e repleta de flores.
Daniel Gonçalves
Fim do mundo
Dias vão e vem
Noites que passam aceleradamente
Dias de lutas e noites aterrorizadas
Meses calmos e meses agitados
Anos que passam rápidos como um avião caça
E outros atribulados que duram uma eternidade
Quem sabe o dia de seu fim?
Será que terá um fim?
Talvez assim como a alegria de um ser se renova a cada amanhecer
Assim também a vida de nosso mundo possa se restabelecer
Ou simplesmente, acabar.
De forma vagarosamente ate as pessoas derem conta de si
E não puder mais voltar atrás
E nosso planeta com revoltas dos seus moradores
Assim como do pó viera
Retornara para seu criador
Assim como forma de uma poeira estrelar
Deixando para traz um espaço vazio no universo
Vazio esse que fica em nossas mentes
E nos enganam como filme de ficção
Mente insana
Promessas são feita, mentes controladas
Fatos são apenas ilusões
E ilusões são tidas como verdade
Verdade essa que confundem multidões
Levando- as ao extremo após descobrirem a realidade dos fatos
Criando pessoas que se tornam furiosas
Gerando uma sociedade descontrolada
E cidadãos que não confiam mais em politicas
E que de tal forma destroem centros públicos
E gera desconforto a minoria que não ligam para a sociedade
E que exerce função de cidadãos por ser obrigado a por um humano no poder
Geram pessoas que não acreditam na força militar e os apedrejam como se eles fossem os culpados
Palavras essas ditas que nos revela a realidade de um país chamada Brasil
E que se trata da mente insana de alguns políticos
A lua e o Sol
De horizonte a horizonte o sol com toda sua forca, traz a luz
Luz essa que nos gera calor e acediam os corações
Trazendo um fogo que aquece nosso planeta
E tira toda escuridão que antes era iluminada pela lua
Que clareia as noites frias mais não as permite total escuridão
Pois fica sempre em harmonia com o sol e reflete seu calor e luz num período noturno
Esses dois astros sol e lua a maior estrela que já vimos
Trabalham duro para nos manter vivos neste planeta
E nos faz habitar com zelo e com amor
A lua, com sua grande capacidade de nos clarear a noite
Nos faz caminhar com tranquilidade
Sendo sol e lua em um só casamento que foram nascidos juntos
E não se separam com seu amor vitalício
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