Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
Talvez
Talvez.
Tanto faz.
O que se fez.
o que se faz.
Então, o que aconteceu?
No mais, entristeceu.
O que posso sentir agora.
Então posso ser agora.
O melhor pra mim.
O melhor pra você.
Será que vale tanto ser assim?
Ser calado, e se matar por dentro.
Se matar no sentido de não aguentar comentários.
Talvez.
Tanto Faz.
Ser meu amor maior.
Ser meu maior amor.
Tanto pra amar e ser amado.
Talvez o amor não sei o que é.
Quero sentir que te amo.
Quero sentir que te adoro.
Quero sentir que te gosto.
Vem pra mim.
Ricardo Lima Brito
14/10/2017
DESGASTA
Tanto tempo, tanto tempo...
Papa terra, papa vento,
papa a papa da mamadeira
taca e ataca no jumento
atracando a vida inteira
celibato, papa, convento.
Vou na papa da papada
papando com colherada
as águas batem na proa
engaja,canja gente boa
brisa induze a garoa
e asas, voam por nada.
Tanto tempo, quanto tempo!
passa rispes sentimentos
será a chave da vida!?
Ou enfeite de momento...
Quem sabe, tudo desgasta?
ou se acaba, ou se arrasta
na face do senhor tempo.
Antonio montes
Para quê?
(Victor Bhering Drummond)
Para que servem os entardeceres?
Para que agradeça pelo longo dia que viveu.
Para que servem os finais de tarde?
Para entender que há sempre um recomeço.
Para que servem os pores do sol?
Para agradecer pela poesia da noite.
E para que servem os lagos?
Para contempla-los e mergulhar neles todos seus sonhos para que ressurjam como realidade.
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AINDA O CORVO
Eis, agora, talvez seja todo o pior momento
Da poetisa cujo corvo vive nos umbrais...
Não por ter um quinhão à mais de lamento
Mas por estar sabedora de todo o "Jamais".
Outrora fora ainda o poema negro e belo
A noite inocente e a lua de prata no céu...
Hoje o amor não mais aguarda o anelo
Tudo não passa de barquinhos de papel.
Talvez agora sua ida seja mais fácil. Penso...
Não há o que a retenha nas sendas do vento.
Nem a dor . Apenas um ar morto de denso!
Há sim uma calmaria fria. Só um mau amorfo.
O medo ainda há aqui. Paira na renda do tempo
Tão real... Mas não amedrontador. O Corvo!
Anna Corvo
Pseudônimo de Elisa Salles
VIDA INDESEJADA
Ahh, vida terrível, ingrata, feia e lamuriante...
Porque se recusa a ceder-lhe o fim piedoso
Obriga-te à ostentar este amargo semblante
Porque te recusas à navalha?Mais honroso!
Rezaste pedindo este peso nos ombros?
Quando foi que apelaste ainda por sol e lua?
Não pediste nada. E ganhaste escombros!
Á ti, a tão desejada morte, apenas se insinua...
Aguardas com ânsias o seu derradeiro versejar
O eterno silenciar do teu choro. Alheamento...
...O não mais dor. O poema último a bradar!
Mas o tempo é lento, arrasta-te nas loucuras
Nem gritas mais, calaste teus gritos de ventos
Pois sobre ti voeja o pássaro da alma escura!
Anna Corvo
(Pseudônimo de Elisa Salles
A TRISTEZA DAS SUAS PALAVRAS
Nunca foi uma mulher de alma leve e alegre
Corria atrás da graça, mas não sorvia a leveza
Seus caminhos cobertos por uma frieza de neve
Trazia nos ombros a dor do mundo. Tristeza...
Ninguém nunca ofertou-lhe rosas ou lírios...
Pedras e espinhos, foi tudo o que sempre colheu
Erou em sonhar os feitiços do amor onírico
No seu mundo, toda a carícia, aos poucos fenesceu.
Eis o porque dos seus versos negros e infelizes
Onde a poesia não questiona seu lamento. aceita.
Não se fez filha das sombras. É fruto das raízes...
Por isso, não se atentem pela dureça da sua poesia
Perdoem-a se derrama sua amargura no papel
Ela é a poetisa do Corvo. Mas sua alma é vazia.
Anna Corvo
(Pseudônimo de Elisa Salles)
MUDE OU SE MUDE
Mude, ou se mude...
Se mude desse seu ruge
mude a forma de atitude
antes que tempo te grude.
O leão voraz esta a solta
no desavisado a cada dia...
Ou você solta a suas asas
ou cai no voou da agonia.
Mude ou se mude...
Se mude desse seu grude,
antes que o impasse embace,
te passando p'ro o ataúde.
Antonio Montes
CACHAÇA NA TAÇA
Essa taça, na qual me perco
em doze que obedeço
ao me tocar, me traça e tacha
os olhos turvam, eu padeço
o fundo da taça, me tasca
e eu me perco do endereço
nesse fundo da garrafa.
Essa taça que me acha...
Com esse gole de cachaça
envolve-me e me embaça
me lança, ao meio fio da praça
atiça-me, o som d'arruaça
embebido por essa taça...
O mundo me esconde a graça.
Essa taça cheia, tacha...
Meu ego perante as raças
a ebriedade a pirraça
a perdição dos sonhos meus,
o paralelo do meu fiasco
no cambaleado dos meus passos,
e nas margens do meu adeus.
Antonio Montes
OLIVEIRA
Meia dúzia de luas cheias
se estapeiam pelas candeias
pelas praias, e espumas
pelas brumas e areias
e ao encanto expelindo o canto,
sonoro das encantadas sereias.
Meia dúzias de luas cheias...
Noite de urros, cios de lobo
d'alvas alvas, elos marítimos
baleias nas águas turvas
moedas de senhores proscrito.
Lua cheia lá no horto
lagrimas nas oliveiras
beijos no escorrego,
dormente de cedro prego...
Prego os mandos, do meu ego,
com meus sentimentos apego...
Cego certo, em certo tédio.
Antonio Montes
SEM PRIMAVERA PARA ISABEL
E quando chegará a primavera para Isabel
Se os céus para ela baixaram as cortinas?
Se a flor que conheceu foi de cetim e papel
Buquês murchos; festivais sem serpentinas...?
Pedem sorrisos à moça triste e espectral?
Não veem os seus olhos marejados de dor?
Isabem descansa senão sobre o velho umbral
Primavera para ela?_ Apenas a morta de flor.
Pois o corvo volta mais uma vez do inferno
De onde não se ouve senão voz de agonia
Qual solstício para ela, além do inverno?
Pois para Isabel o amor não sorriu jamais...
A orquídea negra pauta o verso da sua poesia
E pelos seus sonhos grasna o corvo: "Nunca mais".
Anna Corvo
(pseudônimo de Elisa Salles)
(19´/10/2017)
DIA MORTO
Você já observou, o quanto é rápido
um 'tic-tac' de um dia morto, sob
a pirâmide de ossos velhos e frio...
O quanto as xícaras e colheres tremem em
mãos enrugadas pelo decorrer do tempo!
Os rascunhos de mãos que jovens,
aprenderam a escrever mas, entediadas
pelo peso da idade, só sabem rabiscar!..
Interno de um dia morto, as horas da idade,
perambulam sem valor e arfam sob os braços
do momento o qual agora, compridamente,
em outro tempo, era curto e pouco.
Esse momento, esse tempo... Hoje longo!
Faz questão de ressaltar para o seu fôlego...
Que, pesado e curto, Esse curto tempo!
Que tritura os segundos e joga o bagaço nos
desavisados e azedos sentimentos.
Sob o espaço de um dia morto...
Os olhares no retrato fixado na moldura da sua
sala, nevoam sobre o alto e se perde no labirinto
da saudade permeada pela juventude e esquecida
no ápice de uma jovem vida. Sob espaço de um
dia morto as passadas passam apressadas,
os passos cogitam os quadrados agitados...
De cá de lá, de um lado para o outro... E os
ouvidos saltam e gritam, com o 'tic-tac'
de um dia morto.
Quando tudo não se dão conta de afronta...
A tarde chega com sua brisa de bronca e a noite,
desfalece sobre o travesseiro, cochilando... Babando
sua vertigem, e em sonhos abstrato... Fart e ronca.
Não se avexe com seu dia, ele lhes trará outro dia
e no outro! Você sentira o tremor de suas pernas
bambas, Seus passos ficarão pequenos seu fôlego
encurtarão abafando no peito, o grito de externo
amores. Não se avexe com seu dia... Acabo de outros
e outros dias, e nos dias vindouros, todas a fibras
por você ingeridas hoje, em segundos... Se tornarão
a ti, elixir do seu terrível veneno.
Antonio Montes
MERIDIANO
Meia lua, meia noite
meia rua com açoite
um par de meia de pé
a metade da mulher
na meia vida de afoite.
Tantas meias mediando
medrando os planos seus
a corte quase caduca
meio corte, meia fruta
o fundo no meio da gruta
medindo os carinhos teus.
Na meia xícara de chá
meio gole de prazer
os meio dos seus chamegos
medem o meu e os de você
meio mundo, meio fundo,
no fundo do seu fazer.
Tanto meio, esta no meio
meados do meio fim
mediando meridiano
meio plano, mornos panos,
montando o topo do mundo
o meio mundo é aqui.
Antonio Montes
Grãos de areia ao redor de imensas praias.
Gotas em um oceano profundo.
Quando percebemos isso...
Somos tão pequenos!
SONHOS SATISFEITOS
Você tem a chave para abrir a porta
de tudo! Abra... Abra para o nosso mundo!
Vamos esquecer os nossos termos...
E se lambuzar no mungunzá dos nossos
segredos, induzir o gosto ao esboço da nossa
anciã, estatelar-se em nossas vontades, e
em trepido anseios de desejos... Galgar pelos
feromônios dos nossos corpos.
Venha, entre no tic-tac da nossa paixão,
vamos ouvir os gemidos do nosso frenesi,
e com o suor da nossa perdição... Vamos
se misturar ao torrão do nosso nascimento.
Vamos... Venha farofar a farofa do nosso
delírio, vamos viver tudo aquilo que nos
enche de grilos... Voar n'essas asas encantadas
e pousar sob os castelos dos Deuses e viver
o momento que nos pertence, por direito....
Venha, vamos sentir um mundo, que nos
enche de sonhos... Satisfeitos.
Antonio Montes
LIQUIDIFICADOR
Os deveres de casa, me fazem,
devedor dos meus fazeres,
... Errante do meu tempo...
Em momentos de espantalho,
que eu faço-os de soslaio...
Em colapso em frangalho
intrépido, quebrando o galho
... Todavia o mesmo talho.
Um varrer de todos os dias
lava, lava que não passa
queima gás panela e lata,
p'ra encher-se com Ave-Maria
ou, nas belas horas das graças.
Na cozinha, quanto tempo!
Demarcando o quadrado
um dançar de sentimentos
um olhar que ao olhar, anda
passos compassos, passado.
Rodo pano escovão
na historia atrás ficou
cinzas pó poeira de chão
flora rios, fauna e ribeirão...
Galgados pelo aspirador.
Na cozinha, política...
liquidificando as nações
ética, derramada as vistas
manobram com arte de artistas
sem respeito de sermões.
Antonio Montes
PIRAMBÓIA
Atira! Há tira-de-pano, tipóia
... Atira bala, tramóia,
pirambóia engole, bole...
Cobra jibóia, outras cobras...
Cobra o dia o mês a vida
cobra a hora da partida.
Escorrega, cai na chuva, molha
passa fome, o fila-bóia bóia.
Atire, atira... Atire a pedra que se integra
... Segue siga, segrede...
Segreda a sua vida cega.
Segrede o seu pavio esguio
desça manso pelo rio e vá!
Vá se afogar no Mar.
Antonio Montes
Leve
A um bando me juntei
Por fim...
Voei.
Desprendi-me
Nas asas poéticas
Que criei.
Vai poesia
Rufle seus versos
Iça o poeta
Ás nuvens da inspiração.
A vida é tão passageira
- É como uma nuvem ligeira –
Breve, como um sutil piscar...
É um filme com rapidez,
São cenas com nitidez
Que na memória vão ficar!
Para uma vida ser marcante,
É preciso, a cada instante,
Aproveitar bem as situações,
Impregnando-as com o toque
Do afeto, da amizade, do coração,
Da alegria, da sinceridade, da emoção,
Mudando a visão e todo o enfoque...
Portanto,
Faça a sua vida bem marcante,
Torne-a longa, bela, vibrante!
Seja amigável, tenha lealdade
- É o caminho para a felicidade!
Leia mais, isto traz energia:
- É a fonte suprema da sabedoria!
Brinque: é uma atitude terna!
- É o segredo da juventude eterna!
Doe em oculto, não faça escarcéu
- Desprender-se é um dom do céu!
Pense! Isto ajuda a ascender
- É a origem plena do poder!
Ria... Isto acalenta e acalma
- É a música gostosa da alma!
Seja generoso, sem esnobismo...
- A vida é curta demais para o egoísmo!
Trabalhe... Tenha todo o progresso
- Há um preço para todo o sucesso!
Ame a você, aos amigos e aos seus:
- É um grande privilégio dado por Deus!
Ore... Deus existe e Ele não erra:
A oração move os céus
E faz milagres aqui na terra!
E naquele momento
- momento de decisão –
Havia apenas uma ordem:
“Sai da tua terra,
Deixa a tua casa,
Caminha para um lugar
Que eu te mostrarei...”
Mas onde ir, onde andar?
Qual o caminho seguir?
Em que estrada caminhar?
Mas havia uma promessa:
“Qualquer que for o teu destino,
Qualquer que seja a tua habitação,
- garante o Deus Divino –
Vai, Sê tu uma bênção.”
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