Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
NOSSO PRÓPRIO
Não sei p'ra onde vou, nem seu quem sou...
N'essas horas de recordações e silencio
absolto no tempo, perdido entre quatro
paredes... Cavalgo, nas minhas lembranças
e ao remexer na juventude, despenco
dessa sela mágica estatelando
n'um passado, que teima em esta presente,
cosendo, sonhos tão congruentes.
Em remelexo nesse quarto, mexo gaveta
acomodada da cômoda e me deparo
com o registro das prismas 'diafragmas '
do passado, em foco neles, quintal com pé
de limão, pilão sob oitão, corda de pular...
E a peteca para de estapear sobre o ar.
Ali na porteira um cavalo com cabresto
amarrado, do outro lado, um cachorro
magro um frango para ensopado...
Galinhas botadeiras e um pequeno pasto
com alguma cabeça de gados.
Tudo se foi, tudo ficou sobre o papel
fotografado, registrado para olhares
vindouro. Agora, tudo serve para nos
mostrar como estamos indo de
encontro ao nosso próprio matadouro.
Antonio Montes
SEU COLORIDO
Todo tempo é tempo...
A hora é um meio para a morte
e a morte, não leva ao norte e ainda
arrasta para o fim sucumbindo o sul.
Todo tempo é tempo...
E no trilho da vida paira um pavio
com uma pequena e frágil centelha
a qual se apagará com o primeiro
arfar do vento do universo.
Um sopro breve fará um emaranhado
nas cores do arco-íris dos céus
e pinta-te junto ao seu futuro, blue
o único colorido do seu ar.
Antonio Montes
ÁGUA MORTA EM TERRA BOA
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Água morta, em terra boa,
não é lago, nem lagoa,
mas é vida na barragem...
Quando o vento sopra à toa,
tudo passa e tudo voa,
mas a terra é mais que aragem!
Água morta, nevoeiro...
Berço eterno e derradeiro,
nas entranhas do meu chão...
Vai-se o tempo, tão ligeiro,
como as águas dum ribeiro,
mas a minha terra não!
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16/09/2014
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in "MAR REVERSO (Ecos da Terra, do Mar e da Vida)", 2015
📜© Pedro Abreu Simões - Poetautor ✍
facebook.com/pedro.abreu.simoes
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EU SEI…
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Eu sei que não sou nada, sendo tudo…
Nasci com asas livres, sem saudade,
num tempo de memórias, a que acudo,
sabendo que o meu tempo é mais verdade!...
Eu sei que não sou nada e não me iludo…
Nasci num chão de vento e tempestade,
num tempo que era cego, surdo e mudo,
mas sei que agora é outra, a realidade!...
Eu sei que não sou nada, mas nasci,
sabendo que hei de ter a voz da gente,
na terra dos castelos sem ameias!...
Eu sei que não sou nada e já morri,
mas sou como o meu sangue, irreverente,
pois sei o mar que tenho nestas veias!
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25/10/2015
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📜© Pedro Abreu Simões ✍
facebook.com/pedro.abreu.simoes
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"Quem não sabe do que fala,
tem mais voz quando se cala!..."
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📜© Pedro Abreu Simões ✍
facebook.com/pedro.abreu.simoes
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"Mesmo quando o tempo é rude,
não há vento que não mude!..."
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📜© Pedro Abreu Simões ✍
facebook.com/pedro.abreu.simoes
"Quem no pão não vê palavra,
pouco lê no chão que lavra!..."
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📜© Pedro Abreu Simões✍
facebook.com/pedro.abreu.simoes
Não venhas com malícias
ou palavras em duplo sentido,
a alma não curte essas falácias
passa longe de tudo isso
A alma quer apenas a paz,
a calma em leveza a flutuar,
palavras que ofendem, jamais,
não tem valor, para que brigar ?
Papéis rasgados
Quantos papéis rasgados
Pela insônia, em poemas inacabados...
Não importa quantos!
Se ao final de tantos...
Tenha escrito versos santos,
Que fale de um amor, entretanto.
O LOUCO
Louco que louco
Que sabedes das suas demências
Talvez não seja louco
Ou talvez seja
Mas o louco que louco
Que se presume sapiente
Tende mesmo a ser louco
Puro demente!
RESPOSTA
(prm-122.025)
Às vezes me pego pensando...
Em que sou eu...
Ou o que sou eu...
E não encontro resposta...
Para esta pergunta tão fácil.
Às vezes me pego refletindo...
No porque estou aqui...
Neste mundo tão insano...
Ou se o insano seria eu.
Às vezes me indago...
Do porquê das coisas...
E porque...
Da intensidade...
Deste imenso amor...
Que eu sinto por ti...
Mas ai sim...
Eu consigo encontrar respostas...
E já sei dizer quem sou eu...
Ou o que estou fazendo aqui...
Sou uma pessoa...
Que veio ao mundo...
Neste mundo insano...
Que me deixou...
Mais insano que ele mesmo...
Em busca...
De um amor especial...
E depois de longa busca...
Eu encontrei a pessoa...
Que jamais poderia imaginar...
Que existisse...
Ou que eu pudesse...
Com toda esta intensidade...
Te amar.
Sentir
O que não consigo falar,
está escrito,
escrito em meu olhar,
onde o silêncio insiste,
insiste em gritar.
Só ouve quem sabe escutar;
escutar o som de enxergar;
enxergar o que não se vê.
Só enxerga quem sabe ler;
ler o que há no invisível do ser.
E quem é que sabe ser?
- Somente quem sabe sentir.
Sentir é o ler, é o ver e ouvir da alma.
Às vezes falo, grito,
mesmo estando mudo.
Há sentimento
que não se traduz.
As palavras não dizem tudo.
Os vencidos não têm história
e a glória é tarde
para a palavra vazia.
Sincronizo o tempo
e os vencidos escorrem
pelo ralo da pia.
Não se limite
a dizer coisa com causa.
Não beba o eco ou o cio
que brota de versos alheios.
Não se banhe duas vezes
no mesmo vazio,
mesmo estando cheio.
Não caminhe por estradas conhecidas
nem queira novas perguntas
para suas velhas respostas.
Não se imite,
perca-se no caminho da volta.
Leio coisas que não escrevo
me atrevo a escrever verdades
meio a variedades de escritas variáveis
letras contaminaveis
e palavras confortáveis.
Desconfiáveis.
Poesia indomável
Protegida e autosustentavel
Te contaria tudo
se fosse confiável.
Passei muito tempo sendo eu mesmo...
E não me arrependi.
Construir a si próprio requer muito material humano, e isso não se encontra nas prateleiras de um supermercado.
(Diário de um Vegetal)
Anciedade da véspera.
Parece uma calma inversa,
espera que nunca acaba,
amanhã que não chega.
Parece verso feito com pressa,
meu passatempo perfeito.
Não tenho visão, sou visionário
no dicionário dos pequenos.
Não tenho calma, trago na palma
a alma dos mais, a alma dos menos.
Não tenho fama, sou difamado
pelos mais amados, pelos mais amenos.
Não tenho abrigo, sou amigo das estradas,
das madrugadas, do sereno.
Não tenho dor, vivo doendo.
Não faço versos,
os versos, em mim, vão se fazendo.
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