Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
O amor fidedigno não é aquele
que devora os carinhos os beijos,
deste ou daquele, e sim, o vário
que padece a renúncia, o eixo
que consegui vida na saudade
e equilíbrio na paixão...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
FALSEANDO O AMOR DE ALGUM DIA
Eu poderia ter passado direto
Não deveria ter olhado à luz que rodeava seu sorriso
Eu poderia ter negado desde o primeiro dia
Mas a euforia presente no meu olhar assentiu automaticamente
Eu poderia ter deixado você ir
Mas eu juro que a saudade surgiu decidida a ficar
Eu poderia ter sofrido quieta
Mas a confiança fez com que eu clamasse ao pé do seu ouvido
E digo também: meu amor ainda não foi o suficiente
Ainda mostrarei-te a paixão artística de um poeta
Ainda esquematizarei a tua vontade
Em bilhões de linhas
Porque se eu dominasse a música
Cantaria-te
Se guardasse um dom artístico
Te pincelaria em um quadro
E se a ciência minha fosse
Construiria uma máquina do tempo para conhecer-te mil vezes mais
Mas que proeza eu cometo?
Já que o amor eu nem mesmo conheço?
Poderia até falsear um começo
Para registrar em um breve soneto
VOCÊ
Não é real
O amor que sinto por ti
Talvez seja só uma sensação boa
Algo que não vivi.
Não é frescura
Eu sofrer pelo seu sofrer
Sentir amor e forçar uma ditadura
E viver só com seu olhar, uma fagulha.
É real eu te querer
Te escrever e ter nos meus versos
Te amar só pra sofrer
E agora sei que não é só um clichê romântico de um livro que nunca vou ler.
É você.
Eu não jogo com o amor,
O que ele fizer eu assino,
Mesmo se não der certo,
Pego caneta e papel
E rimo.
Aprendi que não se pode exigir o amor de ninguém, pôde-se apenas dar boas vindas!
Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Não quero saber do direito
que desrespeita a Constituição.
Não quero saber do amor
que não é libertação!
De todas as poesias, versos e melodias, não existem palavras que descrevam o enorme amor que sinto por te.
Hoje acordei com uma palavra familiar na boca, uma palavra que já carrego no meu coração e é tão bom dizer te amo que já nem tenho noção.
Não me canso de falar... Quando olho pra te fico preso no seu olhar.
Você me hipnotiza, me faz sonhar!
E no meu sonho mais profundo, no pôr-do- sol ao amanhecer, você já me realizou por inteiro.
Então carrego o teu cheiro e continuo a te esperar.
Vem logo pra mim onde quer que esteja,
longe ou perto,
estarei aqui
sempre a te esperar
só pra te amar e te amar
Fim do nosso amor
Haverá um tempo que não lamentarei mais por você
Haverá um tempo em que agradecerei por não estar do seu lado
Haverá um tempo que de tanto te ignora você vai se apaixonar
Mas não adianta mais, pois não haverá mais tempo pra você.
Você gastou o seu tempo se divertindo
Você gastou o seu tempo se iludindo
Você, você quantas vezes falei que te amava.
Tantas vezes me declarei, mas você nem ligava
O tempo passa e chega ao fim
Você não significa mais nada pra mim.
Vontade que dá, esse seu cheiro de sumiço
Passa sem vontade na memoria que não há
Esse amor suplico em direção contrária
Eu ando pela rua e você calçada.
Enquanto eu te defendo de outros elementos
Olho pro seu vento e não encontro sua soprada
E penso: será mesmo nossa a mesma estrada?
Qual a diferença entre a mansão e a casa simples, se elas não forem habitadas com amor, se em uma delas faltar saúde a algum morador, se a alegria de viver der lugar a brigas e discórdias
qual o valor de bens que ostentam riqueza, se no coração não houver caridade, ou pior, se ele estiver impregnado de inveja.
qual a diferença entre uma e outra no azul do céu, nas estrelas que se vê da janela, na grama fresca do parque, no sorriso de um filho.
assim como o ouro enfeita a vida, as flores amenizam e perfumam a morte.
o luxo também será em parte lixo, assim como o pão não permanecerá fresco para sempre
a verdadeira riqueza está além de bens materiais...
A BELEZA DO MUNDO
Lastimo-vos, ó homens estéreis
que não conheceram o amor
senhores ricos e poderosos,
donos dos céus e das estrelas
mais pobres e desafortunados
que na vida não se rederam
ao encanto da musa
nem à penúria do poeta...
Lastimo-vos, ó mares e rios
fontes e florestas, campos e jardins
todos os encantos da natureza
serão ignorados pelos amantes
toda beleza do mundo está no amor
na alma e nos olhos de quem ama.
EVAN DO CARMO
SONETO DO AMOR EXATO
Da ventura, terá sempre o invejoso
Por não ter a lua amasia tão divina
E uma paixão tão pouco peregrina
No coração eleito no olhar amoroso
Amor, será sempre suspiro glorioso
Regado de adulação pura e cristalina
Vermelhas rosas, e emoção inquilina
Um gesto, revelado um tanto airoso
É harmonia que nos amestra, contina
Não emulando, e sim no afeto ditoso
O sentimento no espírito, lamparina
Que então, não seja o ter ambicioso
Que o mal que queira o bem ensina
Pra no amor não ter amor enganoso
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
SONETO ANTES DE TU
Antes de amar, amor, era amador
Não tinha nome, rua ou endereço
Nada importava ou queria apreço
Expresso era o suspiro de amor
Eu sonhava sonhos pelo avesso
Nas fases da lua um devaneador
Em silêncio cochichava a tal dor
Num desprazer plácido, impresso
Tudo era um vazio, morto, clamor
Caído em um horizonte espesso
Onde escorria olhar tão sofredor
Antes de tu, não existia começo
Até que vieste com o teu amor
E pude no soneto ter ele impresso...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 21 de 2017
Cerrado goiano
O menino perdeu a menina,
por não saber amar.
Não sabe que o amor,
só faz libertar.
Amor de verdade,
não esse inventado.
Mal sabia ele,
que fora ele o machucado.
MEDIDA DO AMOR (soneto)
Não se tem saudade, sem ter lembrança
Não se tem amor, sem que se tenha dor
A separação é a pétala de uma rara flor
Que se desgarra do fado em sua dança
A nossa existência é um bafo de vapor
Na emoção tem renúncia e esperança
É nos riscos que nos faz perseverança
De um olhar, um sonhar, de um clamor
Não se deixa os trilhos de ser criança
Sem paixão, afeto, calor a se interpor
Pois, na vida sempre há semelhança
A distância de um amor, vai onde for
Sua medida não se afere na balança
Viverá sempre conosco, no interior...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
VECCHIO POEMA
Amor medido, eternamente
Se dentro vive, comedido
Explode um dia certamente
Não mais sós, mas repartido
Nos tantos presságios, a mente
No constantemente é ungido
Sente-se frágil, estranhamente
No ato de se querer admitido
Sem eira nem beira, facilmente
O vecchio amor, de novo indo
De novo vindo, rapidamente
Como se não fosse ferindo
Ah! Se abarcasse unicamente
Um amar, com ele teria partido
Num vecchio poema, sutilmente
Assim escrito, e o teria vivido!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
O VERDADEIRO AMOR
Quem sempre vive em dúvidas entre dois ou mais amores, não ama nenhum deles (se amasse não viveria em dúvidas).
O verdadeiro amor te abduz de todos os outros ditos possíveis amores; ele te torna visionário para a felicidade e, sendo assim, te cega e te mortifica para os encantos de qualquer outra pessoa; ele despreza tudo o que não seja o objeto do seu desejo.
O verdadeiro amor é fiel não por uma mera questão de caráter, ética ou moral, mas porque é da sua própria natureza sê-lo.
Dizem que a gente só ama de verdade uma ou duas vezes na vida. Dizem que o verdadeiro amor é eterno.
Penso diferente:
O verdadeiro amor acontece sempre, e em vários momentos durante a nossa vida: é quando você, ainda que por pouco tempo, quando está com alguém sensacional, muito além de especial, simplesmente não lembra ou não quer mais saber de ninguém.
"" Conheço alguém que chora,
mas não implora amor,
conheço alguém que ama,
mas não chama o seu bem
e assim perdidos, não se acham
amores que não se encaixam
dores que vão e vem
conheço alguém que ama tanto
mas estou começando a duvidar...
Para onde vai o amor não amado?
O "eu te amo" que só tem significado no dicionario.
Para onde vai as incertezas da vida?
A vontade de abraçar alguém, que só sentimos na hora da partida.
O amor por ela...
Não sei por onde me levarão os ventos.
As horas de agora são sombras abismais
Até quando versejarei por estes momentos
Se o que tenho, é dor. Choro. Nada mais...!
Foge da face daquela a quem amo, a alegria
De tempos outrora meus. Repete-se a agrura...
Mudam-se os dias. As estações. Fica a apatia
Morreram a poesia, o dulçor... A ternura!
Porque não quebras de vez o laço da maldade?
Se em tuas mãos, fixas, estão todos os astros
Traga-nos brisas. Visto que o hoje é tão tarde...
E que ainda eu contemple nela, o riso leve...
Nos lábios daquela onde guardo todo o amor
Do contrário. Torna pois toda a vida, breve.
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