Poesia Agua de Mario Quintana
Agosto já vai embora sem deixar o tal gosto. Gosto do choro dos céus. Já andamos à muito tempo nesta arte de desgosto e renovação das águas e da esperança viva e fogo. Que venha o Setembro sem guerra. Que encha cada barragem pressa nos olhos de quem já não chora, de quem perdeu o curso do rio da vida. Que venha com a única coisa nesses dias. A chuva. de resto manteremos a mão estendida. A Deus e aos homens de arado, aqueles de gravata e da terra que desgasta.
Lá esta de sentidos em pé. em silêncio, escuta a morte, a parede, a feiura do estado novo. o folgo da ferrugem que morre nela mesma. De resto mantém em farrapo, susto e arame farpado.
Um menino ri menos do que um bebê; um adolescente, menos do que um menino; um adulto, menos do que um adolescente; um ancião, menos do que um adulto.
Não deixe seus sonhos se perderem na imensidão do mar de pensamentos, a vida passa de forma vertiginosa, e o tempo não retrocede.
Tudo vai passar. A menina da rua estreita que entregava pedaços de fartura. O choro da criança dos anos trinta e a fome que finta aquelas datas marcadas de desnutrição. Tudo vai passar. A fome cantada na década de quarenta, homens de "enta" que foram na vinda sem antigos abrigos na barriga. Tudo vai passar, aqueles arames farpados, o primo português, o preso sem peso, feiuras do estado novo. Tudo passará, até eu que nem sei escrever um poema que cabe numa grande mulher. Tudo passará. Essas peles da antiga juventude, num tempo que se ilude. Ou morre-se, ou vive-se morrendo. Tu já não morre. Tudo passa, até morte passa de uma só vez. O mundo tem girado no canto da boca, num mundo à parte, ao norte que sopra vitupérios. E tudo passará. Quem saberá escrever um poema para um livro vivo. É necessário antes que tudo passa e a memória perca glória.
São só dês cêntimos no bolso, e dedos resgatando o preço do crepúsculo menina. Fundo do bolso é escuro e profundo igual a um rio e a próprio alma humana. Antigamente se transformavam um fascista num fadista por dês cêntimos. Aí se transformavam em mitos, canela de falsas folhagens. Quem venderá a alma de um homem por dês cêntimos e com um único compromisso. descobrir um nada nele mesmo. Dês cêntimos terá sempre préstimos e o homem. Não. Quando tudo acabar quem vem em prova e lamento são os rios nos olhos.
Você pode até me ver olhando para baixo, mas, na verdade, são apenas meus olhos. Pois, meu pensamento, está focado lá na frente.
Quando a expressão de palavras tão simples enchem o coração, a alegria reflete no sorriso e faz transbordar o sentimento chamado Amor.
Hoje é dia da cidade da praia. Confesso que tenho saudades daqueles taxes velhos, piratas apaixonados, carteirista simpáticos que planeavam actos na próxima gamboa. Eu olhava com atenção para aquela senhora boa. De terceira idade. O pessoal da ilha do fogo a diversificar na língua, antiga estrada de buracos que sugava os nervos dos pedestres e sonhos de chofer. Hoje a actual rua pedonal com calor e diversidade de corres que tem feito a capital ser cidade. Ainda que menina de costa voltada para o atlântico. Parabéns praia e as suas gentes.
"Todos os dias agradeço a Deus por poder ouvir sua voz e ver seu lindo rosto que tu insistes em dizer que é terreno e eu retruco dizendo que é angelical."
"Nunca precisei dizer que te amava,já estava escrito na minha testa junto com um poema que no final estava escrito:"te amo."
As maiores quedas ocorrem nos muitos buracos abertos na própria alma em alguns momentos da vida, sem saber se fundo tem, ou se mesmo haverá os braços de alguém para nos aparar, na esperança inconsciente e alucinada de que um dia, quem sabe, o vazio possa enfim acabar.
Não existe demonstração maior de arrogância que o preconceito, pois ele é a única arma que o ignorante dispõe para impedir alguém de lhe ensinar alguma coisa.
Eu não preciso da opinião dos outros para me dizer o que fazer, mas necessito dos fragmentos de suas vidas para viver, e um dia, em paz, poder adormecer.
Ainda não inventaram nada melhor que a democracia, mas a única coisa que a distingue dos regimes totalitários, é que nela você pensa que tem o poder.
Me orgulho de todos os momentos que fui ridículo, porque foram justamente neles que eu tentava ser feliz.
Sempre temos a sensação de que há muito a dizer ou muito a ouvir, mas com algumas pessoas basta um simples olhar para a gente se entender.
Sem perceber, eu já deixei com fome quem queria apenas migalhas de mim, e culpei o mundo por essa miséria de amor sem fim.
Eu já tive muitos momentos que quis gritar, mas preferi o silêncio, porque as pessoas na maioria das vezes, por conveniência ou comodidade, escolhem apenas a verdade que querem acreditar.
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