Poesia

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Eu não fui embora porque eu deixei de te amar. Eu fui embora porque quanto mais eu ficava, menos eu me amava.

Quero pedir desculpa a todas as mulheres que descrevi como bonitas antes de dizer inteligentes ou corajosas. Fico triste por ter falado como se algo tão simples como aquilo que nasceu com você, fosse seu maior orgulho, quando seu espírito já despedaçou montanhas. De agora em diante vou dizer coisas como, “você é forte” ou “você é incrível!”, não porque eu não te ache bonita, mas porque você é muito mais do que isso.

Rupi Kaur
Outros jeitos de usar a boca. São Paulo: Planeta, 2017.

O homem sempre busca um colo de mulher para deitar; um carinho para sonhar; e uma lágrima para pensar em quanta dor ela apazigua no toque; em quanta magia ela encanta no olhar; e quantas tristezas ela abafa no peito. Nossas paixões são imagens maternas; nós, homens, somos carentes eternos de cuidados maternos.

Por que as tempestades significam coisas ruins, você já viu como são lindas as ondas quando furiosas?

Você me diz para ficar quieta porque minhas opiniões me deixam menos bonita, mas não fui feita com um incêndio na barriga para que pudessem me apagar. Não fui feita com leveza na língua para que fosse fácil de engolir. Fui feita pesada, metade lâmina, metade seda. Difícil de esquecer e não tão fácil de entender.

Quando você estiver machucada e ele estiver bem longe, não se pergunte se você foi o bastante. O problema é que você foi mais que o bastante e ele não conseguiu carregar.

Mas é preciso acrescentar "em uma vida inteira", pois uma andorinha não faz verão, nem um dia tampouco; e da mesma forma um só dia, ou um curto espaço de tempo, não faz um homem feliz e venturoso.

Ferir quem você ama pelo próprio bem dele, é como dar a luz a um filho... A dor é imensa, porém a felicidade de gerar uma nova vida é maior!

A sua é a luz pela qual meu espírito nasceu: - Você é o meu sol, minha lua, e todas as minhas estrelas.

A vida é muito mais do que a professora põe na lousa, a vida é pra quem sonha, a vida é pra quem ousa.

Tem música que eu adoro, mas acabo esquecendo, escuto depois de muito tempo e lembro como ela é ótima. Passo dias ouvindo e tentando entender em que momento eu parei de escutar. Te reencontrar é assim.

Se eu te conhecer dez vezes, vou gostar de você em oito das dez. Em duas eu vou dar a sorte de não estar prestando atenção.

Cara, ela nem quer ser bonita, mas ela é, sabe? E fica sorrindo daquele jeito absurdo, como se não soubesse o que tá fazendo com a gente.

Já fui inverno rigoroso, calor intenso de verão e folha seca de outono. Hoje sou primavera, uma nova estação.

Gosto de ser sozinho, sempre me dei bem sem companhia, mas é que tem coisas.. sei lá, que parecem que foram feitas pra dividir com você.

O músico traz consigo a arte de encantar pessoas, tirar sorrisos ou lágrimas de seus rostos. Traz consigo, a arte de tocar a alma com uma música, e com o som de seu instrumento. A música é mais do que simples "som" ou "teorias"...É sentimento, é poesia...

Você tem que entender que um simples oi seu já me bagunça inteiro. É o efeito que você tem sobre as coisas, as minhas coisas.

Quando a primavera chegava, mesmo que se tratasse de uma falsa primavera, nossos problemas desapareciam, exceto o de saber onde se poderia ser mais feliz. A única coisa capaz de nos estragar um dia eram as pessoas, mas, se se pudesse evitar encontros, os dias não tinham limites. As pessoas eram sempre limitadoras da felicidade, exceto aquelas poucas que eram tão boas quanto a própria primavera.

Eu acredito que a poesia tenha sido uma vocação, embora não tenha sido uma vocação desenvolvida conscientemente ou intencionalmente. Minha motivação foi esta: tentar resolver, através de versos, problemas existenciais internos. São problemas de angústia, incompreensão e inadaptação ao mundo.

Ainda me lembro do dia em que dissemos: seremos felizes até que a poesia nos repare. Primeiro, você riu, eu gargalhei e nós casamos. Depois, eu li, você ouviu e, nus, transamos. Por fim, eu lembrei, você se esqueceu e nós cansamos. Hoje, ainda que me falte você, nunca me faltará poesia. Um poema é o próprio abandono descrito em versos, diversas vezes. É o poeta em estado onírico implorando em rimas, alexandrinos, decassílabos decadentes: “Volta para mim, palavra bonita. Volta!”. Seu mundo sempre foi confuso, uma mistura moderna de Garcia Márquez com qualquer pintura de Velásquez. Você só parece amar quem pisoteia nos seus sonhos, quem tapa os seus sorrisos com lágrimas, quem lhe abandona sem roupa, sem mundo, sem beijo. Veja só: As Meninas na corte do rei parecem cortejar o seu coração. Corta a cena: seu azar foi ter vivido Cem anos de Solidão em uma única relação. Talvez por isso nada lhe emocione mais: nem o piano que toca algumas notas de jazz, nem o coração em guerra que, no peito, hasteia uma bandeira de paz. Talvez por isso nada lhe interesse mais: nem as cartas nem as caras de amor. Todas elas são ridículas, já dizia o poeta, todas elas são partículas de sentimento que não insiste mais… Contudo ainda me pego algumas vezes tateando uma sombra incompreensível que fala e que fuma e que finge estar viva. Só finge! Uma sombra precisa de luz para ser viva. Um amor precisa de vida para reluzir. Eu preciso de ambos para existir.