Poeminha Surrealista

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Poeminha Sentimental

O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam.

Poeminha Amoroso

Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...

Desconhecido

Nota: O pensamento costuma ser atribuído a Cora Coralina, mas não existem referências bibliográficas que confirmem essa autoria.

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Poeminho do Contra

Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!

Mario Quintana
In: Caderno H, Mario Quintana: Poesia Completa, Editora Nova Aguilar, p. 257

Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei a minha própria realidade.

Tributo ao livro
(poeminha do prazer)

O sumo prazer humano
Sente o ser que é seduzido
Não apenas pela leitura
Mas, sobretudo, pelo livro
Porque o livro é o corpo
E a leitura, o espírito.

Poeminha de Louvor ao "Strip-tease" Secular

Eu sou do tempo em que a mulher
Mostrar o tornozelo
Era um apelo!
Depois, já rapazinho, vi as primeiras pernas
De mulher
Sem saia;

Mas foi na praia!

A moda avança
A saia sobe mais
Mostra os joelhos
Infernais!

As fazendas
Com os anos
Se fazem mais leves
E surgem figurinhas
Em roupas transparentes
Pelas ruas:

Quase nuas.

E a mania do esporte
Trouxe o short.
O short amigo
Que trouxe consigo
O maiô de duas peças.
E logo, de audácia em audácia,
A natureza ganhando terreno

Sugeriu o biquíni,
O maiô de pequeno ficando mais pequeno
Não se sabendo mais
Até onde um corpo branco
Pode ficar moreno.

Deus,
A graça é imerecida,
Mas dai-me ainda
Uns aninhos de vida!

O sonho de criança é surrealista; o de adolescente, idealista; e o de adulto, materialista.

Não se pode ser uma pintura renascentista aos quarenta anos. É quase ser surrealista.

Patativa do Assaré
Que homem extraordinário! Leia esse poeminha e você virará um poeta:
“Pra gente aqui ser poeta
Não precisa professor.
Basta vê no mês de maio
Um poema em cada gaio
Um verso em cada fulô”.
(do livro: Ostra feliz não faz pérola)

O TUDO
(poeminha da pior verdade)

No Brasil peitudo
Que falta quase tudo
Tem-se também de tudo...
Contudo, falta o tudo
Que é a qualidade do estudo...
Para jovens, adultos e crianças
Sobretudo...

GRANDIOSIDADE
(poeminha do amor de mãe)

Lamentar-se em pranto na praia
Não polui o mar...
Pois que toda aquela água
São tão somente lágrimas
De uma mãe que também chora
Na mesma proporção...
Do amor que tem pra dar.

Esse poeminha fofo é do meu amor lindo.


A universidade e um adeus

Finalmente chegou o leão artroz!
Acabou os mares floridos e a juventude eterna;
acabou o sonho doce;
não se tem mais noticia do pé de moleque.
Amadurecerás como nunca, ou morrerás tentando.
Estou sendo dramático? Claro que estou...
Jujuba virou limão;
reza virou consolo;
não engulhe, engula!
Estou sendo irônico? Claro que estou...
Na poesia não poeta;
de cor preta e branca;
de doce salgado;
aqui deixo o meu chão...
Duro e caspento;
mas parece cimento...
No cultivo deste chão a safra ficou magra;
não chovia, não perdurava;
damos valores a perdas, ignoramos os ganhos.
em fim chegou e já era hora.
Amiga o problema não é meu;
o que era pra acontecer aconteceu;
foi assim que escolheu.
Sem um abraço, nem um beijo;
apenas minhas palavras de pouco gracejo;
deixo meu adeus...

Poeminha para Jesus

Minha vida sem Jesus...seria um fardo,seria cruz...
Minha vida sem Jesus eu não teria chão,pois caminharia na escuridão.
Minha vida sem Jesus,não enxergaria amor,só a dor.
Minha vida sem Jesus não teria sentido,viveria em vão com angustia no coração.
Minha vida sem Jesus estaria perdida,pois ele é meu caminho minha verdade minha vida.
Minha vida sem Jesus seria cega sem luz.
Agradeço minha abençoada vida a Jesus !!!

POEMINHA SEM OBJETIVO

Me elogia, vai!
Escreve um troço, aí!
Não dói não; faz de conta
Que eu morri.

Bendito seja o abraço...
O abraço da nossa família, pai, mãe e irmãos;
O abraço que acolhe na hora da solidão;
O abraço que aconchega no momento do desespero;
O abraço de carinho que sempre será bem-vindo;
O abraço de amizade fraterna;
O abraço com o buquê de flor;
O abraço que acalma a alma;
O abraço cheio de amor.

Inúmeras vezes que venho tentando segurar aquela vontade surrealista que faz a gente voar e nos transportar pro nosso mundinho distante onde o secreto é a nossa felicidade...

A pulsão é uma colagem surrealista ... a imagem que nos vem mostraria um dínamo acoplado na tomada de gás, de onde sai uma pena de pavão que vem fazer cócegas no ventre de uma bela mulher.

Jacques Lacan
Seminário 11, 1964/1998, p.161

Sonambulo num sonho surrealista com aspectos reais,
vivo iludido, sonhando ter controle da tua presença
ao meu lado.

Inserida por HelomHeSo

A procura do sentido da vida é tão utópica e tão surrealista que faz-me acreditar que estamos aqui por mero acaso químico-físico-biológico. Tal como o bolor que apenas nasce no pão porque o pão está lá e lhe proporciona que nasça. Ninguém assim o quis e ninguém interferiu para que surgisse. Qual é o sentido então da vida bolorenta?

Inserida por EhlyAhlaSabactani

Na modernidade é tão difícil ser um autêntico pintor surrealista, como escrever poemas. Mas, mais difícil ainda é encontrar um amor verdadeiro.
É preciso sem dúvida, ser um verdadeiro gênio.
Eu particularmente consegui tudo isso.

Inserida por oriebirsocram