Poemas sobre Ate breve Abraco

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⁠Teu silêncio me confunde
Teu sorriso me distrai
As vezes penso que estou certo
Sobre ti, sobre o que queres me dizer
Mas de súbito me desperta
Quando dizes estar certa
Que nada queres de mim
Ah, como isso me dói
E me faz perder o chão
Fico sem saber o que fazer
Pois meu coração insiste em te amar
Mesmo que tu não queiras me amar

Se pudesse mudar o rumo
Faria tudo diferente
Buscando atender teus desejos
E tornar tudo mais coerente
Mas a vida é assim, cheia de surpresas
E quem sabe um dia, quem sabe
Possamos juntos fazer um novo começo

Até lá, guardo em meu peito
A chama do amor que sinto por ti
E continuo a te olhar
Com a esperança de que um dia
Venhas a perceber
Que estou aqui, sempre a te esperar

Inserida por EvandoCarmo

⁠Poema do Abismo

O homem ergue-se, cego, sobre as ruínas do ser,
com a ilusão de tocar o céu, de conquistar a luz.
Mas o céu é vazio, a luz, um reflexo do abismo,
e ele caminha em círculos, perdido, sem fim.
A razão, essa chama fraca, não ilumina mais o caminho,
apenas queima, sem piedade, a carne que se arrasta.
O mundo é uma mentira, um espelho quebrado,
onde os rostos são sombras e a verdade é um grito.
Os poetas, esses destemidos, olham o abismo,
mas o abismo é profundo demais para ser compreendido.
Eles escrevem, mas suas palavras são ecos de desespero,
gritos que se perdem nas cavernas do caos.
O homem luta, mas a luta é fútil,
pois o caos não cede, ele apenas se expande.
A liberdade é uma ilusão, um véu rasgado
que a morte, implacável, rasga sem compaixão.
E assim, o homem cai, sem saber, sem lutar,
afogado em suas próprias mentiras,
enquanto o poeta observa, impotente,
sabendo que não há fuga, que a dor é eterna.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Estou Prenhe

O pôr-do-sol, uma luz flamejante,
Desce sobre o meu horizonte.
Dentro de mim, há um inalcançável deserto,
Perdi, em algum lugar,
O que os homens chamam de paz.

Meu eterno buscar
Veio com mais força que antes,
Como um vulcão que dormira por milênios.

É assim que ruge,
No fundo d’alma,
Meu espírito inconstante.
Às vezes penso:
Algo muito grande
Vai sair de dentro de mim.

Não pode ser outro poema,
Nem um livro.
O que esperneia no meu ventre
É algo assustador,
Mesmo para quem está acostumado
A dar à luz filhos estranhos.

Mesmo para um espírito criador,
Esta sensação
É deveras incomum.
Um longo período de gravidez
Produziu em mim,
Ou alimentou dentro de mim,
Um ser bizarro.

Inserida por EvandoCarmo

⁠A verdade sobre a vida e a existência não precisa ser decorada com promessas de transcendência ou adornada por conceitos de pecado, redenção e salvação. É um alívio quase indescritível, um regozijo íntimo, perceber que podemos viver fora dessa discussão — desse embate interminável sobre inferno e paraíso, sobre continuação ou fim.
Se o homem morre e tudo se acaba, não há culpa a carregar, nem redenção a esperar. A vida, como já afirmou Pessoa, é apenas a vida. As coisas são o que são, e não precisam se estender para além de si mesmas para serem válidas ou reais. É doloroso, confesso, ver tanta gente boa presa nesse engano, acreditando que a existência só se completa se for continuada noutro plano. Não percebem que a busca pela eternidade os arranca do agora, do que realmente existe.
E, no entanto, essa necessidade de crer no eterno, de imaginar que a vida continua depois da morte, é profundamente humana. Talvez seja mesmo inevitável. A ideia de finitude parece insuportável para muitos. Mas, paradoxalmente, o reconhecimento dessa finitude pode ser uma forma de eternidade em si. Se tudo se encerra aqui, o agora se torna absoluto — e, nesse sentido, infinito. Não há mais o peso de uma vida além desta; só resta o fluxo contínuo do que somos.
É nesse entendimento que encontro paz. A vida é suficiente em sua simplicidade. Não precisa transcender para se justificar. A eternidade que tanto buscamos pode ser encontrada no momento presente, nesse "agora" que se alonga indefinidamente enquanto vivemos. Tudo está aqui, neste instante, e isso basta.
Assim como Pessoa escreve, com sua visão desarmante e lúcida: não precisamos de outros mundos para validar este. A existência não requer continuação ou transcendência para ser plena. O desafio é aceitar essa simplicidade — e, talvez, essa aceitação seja a liberdade suprema.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Crepúsculo de Ouro

O sol despede-se em fogo e mel,
derramando luz sobre os ombros da cidade.
As montanhas, sombras líquidas,
respiram o último suspiro do dia.
Um raio tímido dança no vidro,
sussurra segredos ao vento morno.
O céu veste ouro, veste brasa,
desfaz-se em luz antes do adeus.
E a noite, lenta, estende os braços,
balsâmica promessa de silêncio.
Mas o sol, eterno, dorme apenas,
guardado nos olhos de quem o viu.

Evan do Carmo.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Sobre ser poeta

Ser poeta
não é escrever.
É sangrar sem ferida visível.
É andar entre os vivos
com os pés fincados no invisível.

Ser poeta
é ouvir o que não foi dito,
ler o que o tempo omitiu,
beber da fonte que seca os outros.

Não há descanso para o que vê demais.
Não há paz para o que sente em excesso.
Ser poeta é dormir com as cicatrizes abertas
e acordar com palavras grudadas nos olhos.

É saber que nada dura
e ainda assim amar —
como quem beija o rosto da água
antes que ela escorra.

Poeta não descreve.
Poeta desvela.
Poeta não tem vocação.
Tem maldição.

É escolhido pelo silêncio
pra dizer o que mata
e, ao dizer,
sobrevive.

Inserida por EvandoCarmo

Tudo que precisas saber sobre os homens e os deuses está em Homero.
As escrituras sagradas dos indianos falam um pouco mais dos imortais.
Vai com Sócrates, a Platão e Aristóteles, não te esqueças de Voltaire e de Descartes. Antes disso leia os épicos universais.
Pense em Dante, na suprema poesia, e com Shakespeare experimenta a maestria, dos fantasmas recitando a humanidade.
Vai a Proust entender a descrição e o ciúme... Anda ao lado de Cervantes e Dom Quixote, nos caminhos deste gênio inventor da liberdade.

Inserida por EvandoCarmo

Eis o que penso sobre a arrogância do homem em qualquer campo de ação.

Quando a insanidade e a estupidez engana a criatura e ela e torna maior que seu criador. Muitos homens se tonam arrogantes, se acham poderosos pelo sucesso material, outros por conquistas intelectuais, esquecem suas origens físicas e metafísicas, ignoram a verdade suprema, a de que tudo que há nos mundos sensíveis e insensíveis ao homem está sob o domínio de Deus.

Devemos buscar diariamente ser uma luz no mundo, para guiar nossos pares, que como nós andam cambaleantes nas trevas das nossas imperfeições, e não um abismo de arrogância e estupidez mundanas.

Inserida por EvandoCarmo

O amor não se compra, disto todos sabem, mas poucos compreendem um principio universal sobre o valor do amor, como se adquiri e como se perde.
O amor está em outra esfera de razão e entendimento humano, quem ama tem a força de um deus, e quem recebe a dedicação de alma de um deus, se torna um deus também, poderoso e humilde, sobretudo generoso e bom, quem ama cuida, alimenta e vibrar a cada sorriso e conquista do bem amado, quem ama liberta e nunca está preso ou limitado.
Ati, Iranete alma irmã da minha alma

Inserida por EvandoCarmo

“sobre o nada da morte

aos homens indoutos,
a outros crédulos:

a razão e a ciência informa:
não há descanso na morte,
apenas inexistência
vaco cósmico, buraco negro
nem solidão nem medo
nem esperança supra física
nem segredo metafísica
ou revelação sublime

a morte é o fim da ilusão eterna
é um encolher dos ombros de Deus
e um esticar das pernas dos mortais
com tudo dito ainda escutamos
dos amigos: "descanse em paz,
meu rapaz."

não espero corda nem discorda
isto é poesia, antídoto para ilusão.”

Inserida por EvandoCarmo

Sou poeta-escritor, entre os meus melhores livros de prosa destaco o Moralista e Ensaio sobre a loucura, são livros que desconstroem ilusões, não são confortos para almas deprimidas.
Edito revistas e jornais há muitos anos, sempre com o foco na divulgação de autores nacionais, sou editor, realizo projetos não sou vendedor de sonhos. Sem nenhuma alusão a Augusto Cury é claro, pois como escritor Augusto é um ótimo psicanalista.
Suas tesses são superficiais, mas são importantes para literatura médica, como tratamento psicológico, mas como literatura são tão ruins como as de Paulo Coelho.
Não é à toa que ambos vivem discutindo quem é melhor ilusionista, quem vende mais livros, coisas desta natureza.

Inserida por EvandoCarmo

AOS ESCRITORES, NO SEU DIA MUNDIAL

Sobre o ato de escrever, não se trata de coragem, ou de algo sobrenatural, se escrevemos é porque sentimos necessidade, isto ocorre sem os tambores de uma epifania.

Escrever é uma forma natural de comunicação entre os humanos, mas se fosse possível os gatos, cachorros e até baratas escreveriam, não se trata portanto de uma coisa espetacular...

Escrever não engradece a alma do escritor acima do pedreiro, do médico ou do professor... Somos todos da mesma essência, humanos...

Parabéns aos que com sua escrita acrescentam conteúdo, sobretudo, amor e paz à humanidade.
Evan do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

A discussão sobre a morte

Falamos da morte como inexorável,
às vezes tentando ignorar
sua postura austera,
intransigente, inquebrantável...

Não há entre os homens vivos
nem entre os mortos, entre sábios ou tolos
alguém que saiba responder,
além de delírios ou hipóteses
o que é a morte, nem o que lhe segue,
qual sua verdadeira causa ou intenção...

Poetas e pensadores, não raro a descrevem,
arriscam seus palpites, outros falam em tese:
“a morte é o fim de tudo, ou início de nada.”
a sonhos e a pesadelos se atribui teorias,
doutrinas bem intencionadas...

a morte poderia ser, mas ela não é
não há Por vir, nem De vir,
tudo é abismo e talvez....

Mas se a vida ignorasse a morte,
se não houvesse pesar nem temor,
físico, metafísico ou moral?

A morte não seria o que é
nem o que não é...
a morte é apenas uma rima
que o homem tenta decifrar...
mas lhe falta tempo, espaço e sorte.

Evan do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

Sobre a verdade

A verdade não é relativa,
não a minha, nem a tua,
a verdade de cada um
é inexorável como o sol,
todos a verão...

Mesmo que a ignorem,
saberão da sua existência
cruzarão com ela
face a face...

Minha verdade
assim como a de Pilatos
não é relativa...
ela não é discurso de Cícero
nem retórica de Homero
ou banquete de Platão.

A verdade é transparente
e purificadora, na tragédia
e na comédia ela revela
a alma do seu agente
expõe o abismo das palavras
a verdade não é divina
a verdade é humana
é a soma das nossas ações.

Evan do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

SEM REFLEXÃO O HOMEM NÃO EVOLUI
O que me faz crer na razão sobre o instinto? Numa análise instintiva e descuidada eu diria que são as obras de artes humanas. A Nona Sinfonia de Beethoven, Dom Quixote, a Odisséia e a Ilíada de Homero, o mundo perdido de Proust, Hamlet, a inteligência crítica de Voltaire.
Mas todo este argumento me cai sobre terra, quando analiso nossos frutos podres, os das religiões, da política e da guerra.
Somos apenas instinto violento, o mais, a parte boa são animais esquizofrênicos.

Inserida por EvandoCarmo

A METAFÍSICA DA FÊNIX

Sobre o mito da fênix, mito que não é grego originalmente, antes fora, como tudo de que os gregos se dizem autores, tem Roma como coautora. Contudo, se cavarmos mais fundo, encontraremos as suas cinzas no oriente, como mito cristão do renascimento espiritual, mito reinventado e adaptado do Egito, como o mito do cordeiro, ambos trazidos ao ocidente por Platão, segundo nos conta Voltaire.

Um mito tosco, que tenta explicar um ato de superação humana. Não pode ser possível que alguma coisa saia voando das suas próprias cinzas. O fogo sempre foi e será o símbolo perfeito e real de destruição, nada pode surgir do fogo com vida.

Todavia, creio que este mito tem muito a ver com a crença numa metafisica universal, a da sobrevivência da alma após a morte. Não nos serve como uma filosofia de vida, resta contudo entender a sua real aplicação.

Para mim tem efeito contrário, das cinzas nada pode surgir, nem mesmo como simples simbologia, é decadente e arcaica esta preposição para se superar, falo sobre o espírito humano, não se faz necessário chegar ao clímax da decadência para se reerguer, podemos reagir para outro estado de espírito e de consciência, do ponto em que nos encontramos, sem ter que descer ao fundo do poço da existência...
A fênix, todavia nos serve como modelo de ato de coragem, pelo fato de ter força moral para mergulhar no abismo, no fogo simbólico, onde intenta buscar algo novo, ou nova vida, outra chance de existência, que no seu caso é a inexistência das cinzas...

Inserida por EvandoCarmo

SOBRE LIVROS E FILHOS

Escrever o prefácio do seu próprio livro, é, a meu ver, o maior enfrentamento moral para um homem, pelo fato de que ninguém melhor que o pai sabe da índole do seu filho, dos seus defeitos e virtudes, vícios e tendências para o bem ou para o mal.

Sem, contudo, negar que muitos dos defeitos que os filhos têm, não raro, sem via de regra, são heranças dos seus pais-genitores.

Desta forma, portanto, somos responsáveis pela conduta dos filhos, ainda mais quando estes filhos são livros, que vieram à luz do mundo em surtos de loucura consciente ou em momentos de delírios de vaidade.

Dos meus filhos-livros, sei muito mais do que sei dos meus filhos espirituais e carnais. Contudo, o livro é, quando bem escrito, a imagem e semelhança do seu criador...

Disse em algum momento da minha prole literária, que todo romance é confissão e toda obra um livro só, uma autobiografia de quem o escreve, só os livros ruins são invenções bem elaboradas, ficção inútil de quem não tem coragem de se revelar por inteiro, nem de se comprometer por escrito.

Inserida por EvandoCarmo

SOBRE AMIZADE

"Se tenho interesse genuíno em tua pessoa, deixo em ti, marcas impossíveis de serem removidas com o tempo. Todavia, se o interesse for recíproco, deixaremos indeléveis marcas um no outro, como que escritas com sangue, em nossas almas..."

Inserida por EvandoCarmo

SOBRE MEU FARO PARA AS VIRTUDES CRIATIVAS

Reconheci Kafka, Nietzsche, Goethe,
quando os vi à primeira vista.
Não foi necessário apresentação,
para Saramago e Camus.
Já Dostoieveski e Tolstoi
estes, por exemplo, me foram apresentados
por Machado de Assis, aliás,
Machado me apresentou também
Voltaire, Honoré de Balzac,
Vitor Hugo e Stendhal.
Assim ainda mantenho meu faro
para bons escritores e poetas, contudo,
lendo sobre alguns outros,
por quem tenho real interesse
percebi que suas histórias são semelhantes
quanto ao sofrimento, ao talento e criatividade.
Para se tornar grande, penso, que é preciso
trilhar caminhos tortuosos e espinhosos,
pois acredito, que assim como a ostra,
na vida, o artista não produz pérolas
sem muita dor, estudo da sua própria situação
e muita paciência...

Inserida por EvandoCarmo

⁠"Engraçado como Amar, é saber quase tudo sobre o gosto de um outro alguém, sem saber muito expressar o que você gosta;
Também quem ama com todas as forças prioriza a felicidade do outro, em vez da sua,
e assim a felicidade do outro se torna a sua.
É acreditar mais nas ideias de um outro alguém, do que na sua.
Amar, é doar-se a si mesmo, sem algo a esperar."

Inserida por AndreMuniz3000

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