Poemas sobre Ate breve Abraco

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Boas horas
O dia se lamenta
Faz sangrar discretamente
Garoa que a gente não vê
Parece até que nem molha
O calor que antes fazia
Agora distante, conforme o ponteiro
Carregando, modorrento
Lentamente o dia inteiro
O ar se movimenta
Tudo mais, quando não
Excessivamente lento
Completamente parado
Boas horas
Podem acontecer em qualquer dia
Normalmente aqueles
Em que a gente não chora
Isso acontece tão rapidamente
Quando a gente olha
Distantes
Vão indo embora
Em horas assim
Tanto faz
Pois a vida tanto fez
Cortinas de fumaça
Luz de velas
A garoa se foi
Hoje a noite não trouxe estrelas
Aquela doce sensação
de hora boa
destoa de tudo mais
Talvez seja questão
de tempo ou de escolha
Enquanto isso os ponteiros
Inexoravelmente
Cumprindo seus compromissos
E voltando sem muita vontade
Pro mesmo lugar
Hora triste
Hora boa
Garoa, luz de vela
Noite à toa
Sem perda e também sem conquista
Nada além
de outra hora e outra hora
Fatalmente
Um dia elas vem.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Pode até parecer
Que a gente entende
Nas horas de amigos
A gente conversa
Confessa promessas
Que o tempo esqueceu
E que a gente trocou
Por outras
que também não fez
Pode parecer que não
Mas há muitos segredos
escondidos
nos desvãos da vida
Que, na dúvida, guardamos
Na lista dos planos
deixados pra depois
Coisas das quais
hoje a gente se arrepende
Algumas porque fez
Outras
Porque deixamos passar
Aguardando pacientemente
a nossa vez
Que nunca chegou.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

No dia em que a gente nasce
Se esquece de tudo que disse pra Deus
Esquece-se até de que Deus existe
Deus permite e não Se esquece
de cuidar da gente, em nenhum dia
Ao longo da Estrada
Encontramos
Os presentes que Deus nos envia
Muitas vezes não percebemos
Que muitas daquelas dificuldades
São lições
Escritas num livro, difícil de Ler
Mas Deus zela pela gente
Com aquele cuidado
Que poucos pais deste mundo tem
E ao longo desta vida
Põe subidas e descidas
Nos desenhos repletos de sombras
e a gente nunca percebe
Que também recebe o carinho
De um Pai que Está olhando
A nossa lição
Por cima dos nossos ombros
Segurando a mão da gente
Pra ensinar a firmar o traço
E fazer o desenho sair mais bonito
Mas sempre chega o dia
Em que a gente
Começa a perceber
Que no nosso papel da vida
O desenho e todas as demais lições
Vai aos poucos
Tomando aquela forma
Que a gente combinou com Deus
A missão que recebeu
e depois se esqueceu
Naquele momento confuso
Em que nasceu
É por isso que o Tempo de Deus
é muito diferente do nosso
E o traço de Deus
Só depois de muito tempo
faz a gente ter noção de espaço
Aquela dor que sentíamos nas mãos
Era apenas uma fase
Que todo mundo precisa passar
Pra aprender a lição recebida
Agora
Eu olho o desenho e a lição
Que Deus desenhou
Segurando em minhas mãos
e vejo
Que desde o último minuto
O desenho começou a tomar forma
E está ficando bem bonito
Só agora
Juntando letra com letra
Percebo também
O que é que Deus
Havia Escrito
Amém.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

De vez em quando
Tudo que eu preciso
É respirar um pouco
Pode até parecer
uma ideia louca
Mas não é todo dia
Que a gente atenta
Nesses desalentos
Que nos atingem a alma
de forma tão costumeira
E a gente nem pensa
Em sair um pouco lá fora
Ou pelo menos abrir a janela
Inspirar o ar pelo nariz
Soltar pela boca
e acalmar-se
Pensar em tantas coisas que eu quis
e não aconteceram
Lembrar das coisas erradas que fiz
E simplesmente me perdoar
Jogar pra fora todo arrependimento
Juntamente com o ar
E olhar as coisas ruins
Indo embora; no vento da noite
Simples assim
A vida se renova
Com uma pequena porção
Pura e nova
desse presente da natureza
Simplesmente
Basta querer
Pois
De vez em quando
Todo mundo precisa atentar para o fato
Que o ato de respirar
É algo um pouco além de somente
Inalar e exalar o ar

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

⁠A gente tenta entender
Tem horas que parece até
Mas a vida, essa é senhora do silêncio
Dona da verdade
Na paz dessa oportunidade de calar ou não
E de novo a gente morre
De novo e de novo e de novo
Morre dessas coisas que te vem do coração
E que te corre sem sangrar
Que te sangra sem que se perceba
Te vai numa oração que também morre
Sem subir aos céus
Oculta atrás de um véu
Na tristeza que outra vez se oculta
Na beleza das palavras por dizer
Que na verdade, elas também são ditas
No segredo da oração que não se escuta
Mortas, mas também bonitas.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Eu duvido
Quase nunca
Ninguém
Há de saber
Qual é
Devido
À fé que não se tem
Até que não se tenha
É como apanhar
Um espinho num jardim
Apanhe
Sem saber qual é
Até que assim ele te arranhe.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Ventania
Era dia de vento lento
Até que soprou
Soprou até
Sobrou até pro pé de ipê
Levou até não sei o quê
Que não se vê
Ventou até
Levou a paz e o pensamento
O tanto faz e eu tô atento
E eu tô à toa e eu vou até
Até que eu não fosse mais
Não dá mais pé
Assim, de momento
Levou-me a fé num pé de vento
Deixou-me aqui, por enquanto
De tanto que trouxe o vento
Pelo tanto que ele levou
Hoje é doce o desencanto
Surge um pranto que doeu
Doeu-me um tanto
e eu sozinho
Sentado ao pé do caminho
Parado
Procurando espinho. ou mais
e foi-se...foi-se até
Foi-se até não ser esquecida
Depois de ensinar a vida
Doer, sem mostrar onde é.

Edson Ricardo Paiva,

Inserida por edsonricardopaiva

⁠Melhor que tudo
Tudo que é de fato conhecido
Maior até que o amor
Amor, por muitas vezes
É algo que precisa ser contido
Melhor que tudo
Maior até que a felicidade
Felicidade, tantas vezes
Calcada em desconhecimento
Nada chega a ser tão triste
Só não chega a ser
Tão bonita quanto a infância
Abstrata como a lembrança
Impalpável, igual o azul do céu
Doce e imperecível
É como se fosse um mel
Melodia que passa pela cabeça
Sinfonia de anjos
Passos em sintonia
Felicidade que não se alcança
A própria calma sentida
De viver a vida
Sem que ninguém exija
A sua alma como garantia
Coisa que fica sempre pra outro dia
Mas que seria bom
Tão certo quanto a melhor certeza
Te garanto que seria.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Pode até
Parecer poesia
Mas não é
O modo como a gente
As diferencia
Conta muito mais
Uma coisa entre o vento
que corre e que varre
E o ventre da terra
que produz e reproduz em paz; que multiplica
Entre a morte, que não morre e que não erra
E o tempo, que apesar de não ser eterno
Ao que tudo indica
Corre eterno, eternamente
A noite que se vai, pra dar lugar ao dia
A noite que chega no final do dia...e fica
Pode parecer poesia
Porém, essas são perfeitas
Outras, hoje a gente ajeita
Amanhã, as modifica
Pois precisam ser refeitas.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Esperanças se perdem
Sonhos se desfazem
e os amores um dia se vão
Até aquela imensa saudade
Que todo dia
Lhe invadia o coração
Com o tempo; esmorece
A vida passa depressa
Por mais que a gente pense
Que não
Com os anos tudo se vai
O que permanece
É somente
Uma certa serenidade
Que antes não existia
E que a gente de vez em quando
Até se ria
Quando a via
Nas pessoas mais experientes
Que a gente devia ter respeitado
e muitas vezes não o fez
Se é este o seu caso, neste momento
A resposta
Um dia vem no vento
A vida passa depressa
Sem pressa
Um dia de cada vez

Inserida por edsonricardopaiva

Creio que me seja preferível
Viver de saudade, talvez até
de insanidade, uma curta loucura de mentira
À viver as verdades que amanhecem com os dias
Eu acho que esse quotidiano mundano
É horrível demais, para vivê-lo assim
da maneira que ele me vem
Prefiro conversar com as almas do além
A gente vai falando sobre as coisas
que nos eram costumeiras
lealdade, coragem, galhardia e outras besteiras
bobagens que não fazem mais
parte deste infame dia a dia
em que impera a covardia
na triste realidade
Que os modernos amanheceres nos apresentam
Calço meus chinelos e vou ao quintal
até os voos mais inocentes
das transeuntes borboletas soam falsos
Elas dão-me a impressão
Que se esqueceram como se voa
e voam à toa um voo desajeitado
De inseto que não poliniza nada
Voa um voo meio que andando
de vez em quando vêm-me a impressão
Que ela está a ponto de pedir minha ajuda
A vantagem que vejo no inseto
é que ele voa mal, mas voa quieto
seu voo suicida de quem se autoatropela
Deus fez muito bem
Em fazer da borboleta
Uma criatura muda e bela

Inserida por edsonricardopaiva

A escuridão só pode existir
até determinado ponto
à partir do qual ela já nem cresce
A escuridão simplesmente
não mais escurece
Assim também pode ocorrer
Com a claridade
Com a sua idade
e até mesmo com a vaidade
Existem limites latentes
embutidos ou inerentes
Existem limites para a nossa paciência
A nossa ciência também
é por demais limitada
Existe sim, um fim para o nada
Assim como os há para quase tudo
Mas não existem limites
Para o amor e o conhecimento
Apesar de nós mesmos
Através do uso
de todas as nossas limitações
Impormo-nos limites
a todo momento
Porém para todo momento
Também existe um fim.

Inserida por edsonricardopaiva

Até quando há de durar
Quem poderá dizer
Aonde morrem os ventos
Será que é la no lugar
Onde nascem os sonhos?
Os momentos vão passando
A vida corre
Em passos lentos
A vida passa
Esquecemos impulsos contidos
Doutros tempos
há muito idos
Novamente se descobre
Não saber
O que se achava que sabia
Aonde tudo haverá de, finalmente
Dividir-se em dois
Quando é que termina o "antes"
Pra fatalmente vir o "depois"?
Será que estarão presentes
Aqueles sorrisos isentos
Sempre ausentes
Aqueles em que a gente vê
todos os dentes
Invento motivos
Procuro razão
Arranjo uma desculpa
Pra continuar seguindo
O caminho que a vida aponta
Vou contando o tempo
E vivendo além da conta

Inserida por edsonricardopaiva

O Universo
Este local
até hoje inexplicável
onde vivemos,
sem saber se é mesmo verdade
A existência de nós mesmos
Vivemos
Em vez de buscar explicação
para tudo que vemos
Quanto mais se descobre
mais descobrimos
que menos sabíamos
Abre-se uma porta
Estamos à um passo das estrelas
E cada dia mais distantes
das respostas escondidas
em cada descoberta
com as quais ninguém concorda
de vez em quando
alguém abre a porta certa
Em vez de outro abismo
aparece a teoria das cordas
até que um dia
percebemos
que estão também aqui
e que também estamos
estivemos ou estaremos

Nos confins dessa infinita
estrada que o tempo não alcança
dançando sem saber
cada passo dessa dança
que ninguém vai saber explicar
se não conseguir
tornar a ter o que um dia chamávamos
de pureza da criança
Explicamos o corpo usando o cérebro
Não se explica o cérebro
Usando apenas ele mesmo
Abre-se uma porta
caimos no abismo
no qual ninguém cairia
se voltasse a usar apenas
a sabedoria que um dia tivemos
e não sabemos aonde ficou
Portanto
Ignoramos o tudo
Em vez de entender o nada

Inserida por edsonricardopaiva

Do muito que eu quis
Nem tudo me foi possível
Mesmo assim, talvez até esteja feliz
Concluí que é culpa minha
não saber querer direito
Daquilo que conquistei
algumas não deixaram
nem pista do seu paradeiro
sumiram de vista
ficou apenas o que era verdadeiro
Das poucas verdades
que os ventos trouxeram
Algumas nem verdades eram
Mesmo assim, menti pra mim
e enfim
as transformei em verdadeiras
Meus desejos então
hoje em dia, nada mais esperam
além de que permaneçam
as que ficaram
As demais
Eu até já me esqueci
e espero sinceramente
Que também me esqueçam.

Inserida por edsonricardopaiva

Te espera o Mar
Quando você vai até lá
Querendo te engolir
Morto de vontade de te afogar
O Mundo já te engoliu
E você nem mesmo viu
Riu, enquanto teu melhor amor partia
E assim se deixou ficar
Feliz, por ter escolhido
Quem não te quis um dia
Hoje, pensa em tudo que fez
E chora, com o coração partido
Será que riria ainda
Se aquele grande amor
Não tivesse ido?
Nestas idas e vindas da vida
Ninguém pode responder
Minha querida!
Ainda resta hoje
Todo aquele imenso Mar
de dúvidas e perguntas
Eu velo que estejas contente
Em algum Universo Paralelo
Existem duas almas
Que nunca vão descobrir isto juntas
Pois
Aquele amor que deixaste partir
Não há de lembrar de você
Se acaso um dia o vir voltar
Ele Não ficará junto a você no fim
Nem mesmo se a ambos o Mar afogar
Nem mesmo assim.

Inserida por edsonricardopaiva

Eu preciso ir buscar uma planta
Que alguns até chamam de flor
Entre tantas outras existentes
Sei que é esta e somente esta
Que agradará o meu amor
Vai fazê-la me olhar com carinho
E querer ficar perto de mim
E gostar de mim pra sempre
Como um dia prometeu
E apesar de eu gostar muito dela
Esqueceu-se quem sou eu
Porém, esta planta delicada
Chama-se dente-de-leão
Quando aberta o vento a carrega
E a espalha pra Terra do Adeus
Mas ela ainda está em botão
Isso me dá algum tempo, então
E eu preciso chegar até ela
Caminhando devagar
Sentindo paz no coração
Eu sei que acabou de brotar
Num lugar inquietante
Um pouco mais longe de além
Mais além do ponto mais distante
Que eu posso enxergar
Quando eu olho do Mirante
Esta flor está lá me esperando
Sei que eu vou chegar lá
Não sei quando
Tenho pressa, pois sei que nasceu
Lá na Terra dos ventos uivantes
E peço ao vento por favor
Tenha calma, me espera chegar
Não carregue este presente
Que eu agora estou indo buscar
Pra ofertar ao meu amor.

Inserida por edsonricardopaiva

Quando eu me ponho a em ti pensar
Viajo sem sair do lugar
Vôo até quase o amanhecer
É tão difícil te esquecer!

Felicidade que se foi
És como um espelho
Que reflete a própria imagem
Não vives por mais ninguém

Se eu não morrer em pensamento
Vou viver neste tão longo esquecimento
Como uma nuvem que passou e não parou
e o que jorrava se secou

Não descobri o que mudou o seu olhar
e nem senti o vento frio
Que esfriou essa paixão
Só vejo um dia lá na frente aproximar-se

Para eu imaginar, poder sentir
Todo esse Sol que vai brilhar
E nesse dia imaginário a consciência vai voar
Se nesse dia tão feliz você voltar

Inserida por edsonricardopaiva

Sonhei que caminhava
por uma estrada florida
pensei até que fosse primavera
mas as primaveras existem
assim como a fé;
apenas em nós
perguntas sem respostas
O paradoxo do céu estrelado
num campo de Girassóis
O Mundo às minhas costas
À minha frente
Dez milhões de Universos
Pequenos grãos de areia
pelo infinito dispersos
Que se fazem realmente imensuráveis
diante desta vida tão pequena
revestida de eventos miseráveis
vida que existe por algum absurdo
longa, diante de um sonho tão curto
Objetos luminosos distantes
Quasares gigantes, gigantescos
irradiando seus raios farsescos
Que não me atingem
assim como o imenso amor
que envolve o mundo
nunca me atingiu
nem haverá de me atingir
sequer por um segundo.

Inserida por edsonricardopaiva

se o seu corpo não pode e sua mente quer, nada podes fazer
se ate mesmo o mundo vé a sua vontade ser... mas a sua natureza não deixa que sejas
por mais que coras atraz e insistas o final sera sempre um fracasso, então antes do fracasso eu lhi digo:
-olha pra se como és, seja aquilo que sua mente e corpo podem corresponder
- puxe dentro de se a inato adormeçido
-use e desfrute do que sabes fazer.

não te esforçe em provar o improval se nem forcas tems. nem tudo que vimos conseguimos alcancar

Inserida por filipepeissai