Poemas sobre a Familia Brigas
Manu
Manu ,que contradição!
Você é movimento
Mas se pudesse seria estátua
Você é fogo e água
Quer está rodeada de pessoas
Quer está só
È falante e calada
Parece tranquila
Mas é inconstante
É Séria, exigente, decidida.
Mas também
È compreensiva, rebelde, insegura.
E vive de ironias
Nada muda
Serve-se Pinot Grigio, Cabernet Sauvignon
Ou algo tão sofisticado
Que ninguém consegue pronunciar
Mas você, meu amor,
Pertence ao mundo sem rótulos
Que eu também quero para mim
Então vem.
Sem rótulos"in "Aquário de Amor"
Não sei, talvez eu esteja apaixonado.
As vezes penso se é melhor investir ou deixar de lado.
As vezes tô andando na rua e penso naqueles cabelos cacheados.
Lembro daquele abraço dela que eu fico encantado.
Mas não sei, perto dela eu fico sem assunto,
Não consigo perder a vergonha como eu faço com todo mundo.
Estar perto dela é diferente, é maravilhoso.
E esse sentimento pendente que é perigoso.
Hoje ela não faz ideia do que eu sinto por ela,
Ela deve imaginar que eu só quero ser amigo dela.
De cabelos bem cuidados e de pele branca,
Só de pensar minha consciência já balança.
Só queria que ela lesse e entendesse que esse poema é pra ela.
Que pra mim ela não é um problema, e sim uma princesa mais perfeita que a cinderela.
Te amar
Te amar é pecado?
Te amar foi um erro meu?
Será que um dia serei amado?
Seu eu for, quero que o amor seja o seu.
Fiquei dias te olhando,
E eu sempre vivo a sonhar,
Passei dias chorando,
Porque você estava a me humilhar.
Você não estava ligando para meu amor,
Mas eu apanhava e chorava por você,
E esse era meu maior terror,
E por causa desse amor eu sempre vou sofrer.
Te amar com certeza foi um erro,
Me machucar por amor sempre foi meu medo,
Sofri,chorei e me machuquei,
Mas para sempre viverei.
Por amor
Por amor fui tua
Por amor me entreguei
Por amor errei
Por amor morri
Por amor a ti sofri
Por amor a ti sangrei
Por amor a mim levantei
Por amor a mim me curei
Por amor ao amor
Um dia, o amor amarei.
Kátia Osório
TEMPORAIS
Toda vez que perco o horizonte
Creio haver um mar a minha frente
Tão longe de mim equidistante
Como as rosas de um jardim
Ou uma nuvem passante
Que se desmancha insana
Por entre respingos de lama
Ou alvas fronhas de algodão
São aguas verdes revoltas
Remexidas pelos mesmos ventos
Que soltos conduzem minhas barcas
Serenas cada uma a seu porto
E as nuvens aos seus tantos
Destinos e encantos
Revestindo travesseiros
Sobre as camas da paixão
Todos esses travessos romances
Atravessam-me intensos
Ainda que de mim jamais saibam
Porque nunca mais retornam
Porque se tornarão propensos
A viajar outros céus e mares
Esculpindo suas torres imensas
Apesar dos temporais
A perda
Que dor e essa;
Que vem de dentro; Começa e não sessa; Vivo muito sedento;
Estamos sozinhos;
Sem ninguém pra nós ajudar; Saímos de fininho;
Pra ninguém escuta;
A noite calma;
Tristeza no ar;
De quem perdeu a alma; Por tanto te amar;
Tanta dor;
Muita decepção; Sinto o odor;
Da putrefação;
Minha alma chora; Pelo fim da solidão; Que aumenta a dor; Dentro do coração;
Coração machucado; Coração doente; Onde foi pisado;
E está carente;
Triste para mim;
Dizer que este é o fim; Que meu caminho; Agora é viver sozinho...
Você lembra...
Daquela noite escura...
Após as doses de rum...
Lembra da faísca...
Do quarto em chamas...
Da febre delirante...
Dos nossos corpos ardendo como magma...
Lembra da nossa dança...
Lembra do ápice...
Dos gritos...
Que acordaram o quarteirão...
Dos nossos corpos fracos...
Como se não tivéssemos ossos...
Você me fez acreditar no sobrenatural...
Pela primeira vez...
Naquela noite escura...
De odores almíscarados...
PONTE DA SAUDADE
Na estrada tem uma ponte…
passa carro
passa gado
passa gente
passa quem quiser passar
passa o vento
passa o dia
passa a noite
passa o tempo...
só não passa esta saudade
de outra vez te ver passar.
RUAS DE QUINTANA
Tantas vezes cruzei por ti
na rua de teu andar
que pena!
não te reconheci
agora te encontro sempre
nas ruas que não andastes
naquela rua encantada
que nem em sonho sonhastes
Assim te vejo...
Te sinto...
Permito-me lembrar daquele dia
Daqueles dias...
Suspiro fundo, porque sei que em seguida
virá teu sorriso...
Teu toque...
Teu cheiro...
Tua voz...
Teu olhar...
São coisas tão marcantes e vivas
E por um momento até esqueço
Que são apenas lembranças!
LILIUM
De longe a observo...
Tão quieta...
Parece distante...
Quero dizer-te:
Tu és meu fascínio
Deleito-me por ti
Oh! Menina colírio!
Vou roubar tu, meu lírio
Para um antídoto
E de ti, fazer uso contínuo
Oh! Menina delírio!
Aproxime-se...
Deste lado também nasce o sol
E corre o rio
Há noite, há plantio
Surgem vaga-lumes, cantam os passarinhos
Venha, minha flor!
Não deixarei te faltar suspiro
Pule a cerca, desvie-se dos espinhos
Só depende de tu teu caminho
Oh! Lindo lilium!
Custa-me sonhar?
Um dia atracarei
Mas... Daqui até lá
Vivo a te esperar
É o que me resta...
Pois não posso te obrigar a me amar
Oh! Pequena flor!
Deixe-me sentir teu calor?
“Baixem as velas!”
Berraria o capitão ao ver teu navio prestes a afundar
Do contrário, com os dedos cruzados
Pobre marinheiro...
Naufragou em auto-mar
Pois do amor, não soube desfrutar
Deixando-te morrer por uma flor
Que não sabes desabrochar.
Ser professor é ensinar e aprender,
É ser e fazer,
É crer e transformar,
É mudar o mundo e o jeito de pensar...
É se dedicar,
É poetizar conhecimento,
É expandir as fronteiras dá imaginação,
É formar profissiões,
É amar o que faz!
Nunca existiu nada entre eles
Nada
Só um jeito de se olhar
Perplexo
Perdido
Perfeito
Dois prisioneiros.
POESIA
Esse é meu jeito de fazer poesia
as vezes com, outras sem rima
sem pontuação, às vezes com vírgula
sem perder a razão, uso a emoção
Escrevendo sério, às vezes brinco
sendo sincero, às vezes minto
Falando de amor ou de mazela
minh'alma está contida no âmago dela...
a poesia.
(publicada no livro: Antologia V - CAPOCAM Casa do Poeta Camaquense - 2019)
A RODA
Bendita invenção que nos conduz
por caminhos premeditados
a destinos tão desejados
nos leva com pressa
para cumprir um dever
sem pressa
para cumprir um prazer
bendita é a roda
que tanto roda…
(publicada no livro: Antologia V - CAPOCAM Casa do Poeta Camaquense - 2019)
ÁRVORE
O vento afaga tua infinita beleza
entre sussurros, acenas com leveza
Noite e dia cresces sem parar
Quantos em teu seio
conseguistes abrigar?
Este estar sempre no mesmo lugar
te faz sorrir e te faz chorar
Meus olhos não querem parar de te olhar…
Quem te plantou neste lugar?
DESDE JÁ
Um dia desses quando eu partir
não quero tristeza
e se quiserem chorar
chorem com leveza
Não perturbem minha paz
entendam…
estarei ocupado
escrevendo a derradeira página
da poesia de minha vida
Partirei tranquilo
não sintam pena
minha vida foi plena
Sorriam…
deixem minha alma partir serena.
(publicada no livro: Antologia V - CAPOCAM Casa do Poeta Camaquense - 2019)
EU
Eu...
no verde da mata
no topo da serra
no campo da várzea
na água do rio que vai
Eu…
no sol que ilumina
na sombra da noite
na brisa serena
na lua que sai
Eu…
no canto do pássaro
no vento que sopra
no sorriso da alma
no orvalho que cai
Eu…
poeta que sou
que canta em versos
a musa que encanta
Eu…
poesia que sou.