Poemas Serei So tua
Quem eu era, quem eu sou.
Quem eu era, me consumia
Quem eu sou, transmite energia.
Quem eu era, não me permitia
Quem eu sou, me permite alegria.
Quem eu era, tava perdido
Quem eu sou é decidido.
Quem eu era andava sozinho
Quem eu sou, Deus me acompanha no caminho.
Quem eu era, a magoa andava ao meu redor
Quem eu sou, só quer saúde paz amor e só.
Quem eu era, vivia da palavra desiste
Quem eu sou, se não acertar persiste.
Quem eu era, andava triste
Quem eu sou, sorrir até dos momentos difíceis.
Quem eu era, parecia obsoleto
Quem eu sou, faz parte de um plano perfeito.
Quem eu era, não existia
Quem eu sou existe, e vive cada minuto do dia.
Terra
Desde que nasci, a terra nunca parou.
E selecionava pensamentos, que me
faziam sorrir ou chorar, me elevar acima
das nuvens, ou no final de sentimentos
sombrios.
Mesmo assim, a terra nunca parou.
Quando meus antepassados conquistaram
seus sonhos. Lutaram entre si. Viveram e
amaram, brigaram para possuir.
Inventaram pensamentos e palavras para
expressar a vida. Como ela é. Ou como seria.
A terra nunca parou.
Sou testemunha viva, dessa verdade.
E quando não estiver mais aqui. Carrego
uma esperança singela. Para que ela,
continue a girar polo espaço infinito.
Carregando essas vidas. Que procuram
a consciência, do porque? Estar aqui?
Qual a necessidade de pontualizar as
diferenças? A terra não gira para todos?
Será que as pessoas se esquecem da
linha tênue, do instante do passar da
vida? E as voltas em torno do sol,
estão contadas. Assim como o cair
das folhas, em cada estação?
Entre os seres viventes. Quem possui,
sinceramente a verdade?
Seria o pecado original, o engano
assumido e não reconhecido,
do que nada sabemos.
E apesar de tudo isso.
A terra continuará a girar.
Não busco definir.
marcos fereS
Como Me Declarar?
Como expor? Como contar?
Como relatar?
Como colocar num papel?
Um amor que é maior que o céu?
Como transformar em verso
Ou numa simples rima
Como dizer o que sinto
Como falar pra você, Mina?
Eu serei capaz?
Terei coragem para por num cartaz?
Ou num letreiro em frente à sua janela?
Terei coragem de me expor para ela?
Gritarei seu nome em frente ao seu portão?
Mandarei um bilhete para informar minha intenção?
Há tanta coisa pra fazer que não tenho direção.
Quem sabe se eu falar ao seu ouvido
Falar que minha intenção tem um sentido
Que é não ser só um amigo, quero mais! Quero ser o seu marido.
Sei que ela pode dizer não!
Sei também que pode vir um sim!
Eu não posso deixar só num coração
O amor que Deus deu pra mim.
Tentativa Poética
Quando o dia clarear
Quando a flor desabrochar
Quando o tempo não existir
Quando a chuva não mais cair.
Quero ver o sol brilhar
Quero sentir o aroma no ar
Quero ter a certeza que vivi
Quero ainda seu cheiro sentir.
Pra poder te ver chegar
Em minha mão poder pegar
Olhar pra trás e sorrir
O seu gosto ainda vai estar aqui.
Eu amo todo que é belo
Simples, mas porém singelo
Eu amo o feio
Amo sim e sem receio
Amo o certo
Amo de verdade e quem disse que não amo o incerto
Não importa se ando no oásis ou deserto
Amo a tristeza e alegria
Pois amanhã já é outro dia.
Poeta
Poeta é um sonhador,
Que não sonha sozinho.
Que fala de amor,
Enquanto seu peito queima de dor.
Escreve sobre alguém,
Sem ter visto um dia.
Não é conto e nem magia,
É apenas um sonhador levando alegria.
Finge ser ator,
Em um teatro sem plateia.
Sente frio em um dia de calor,
Na pele de um diretor.
O amor é uma doença sem cura
É o certo em forma de loucura
É desejo é paixão é ternura
É o impossível acontecer
É viver ser sem saber
É uma vontade de morrer
É uma ferida por dentro
É uma eternidade em um momento
É algo que vem sem Consentimento
É a tempestade que vem e devasta
É o muito que nunca basta
É o que nos uni e o que nos afasta.
Sou alguém que fala com clamor
Certo por ser quem eu sou
Não sou sábio e nem professor
Sou um pobre homem que fala de amor
Há quem diga que isso é perca de tempo
Que só de amor não se pode viver
Mas do amor não podemos esquecer
Pois pelo amor vale a pena até morrer.
Você pode não ser importante para alguém
Ou talvez nem te queira bem
Mas e dai, que que tem
Se não soube ver o seu valor
Isso não é amor
Você é não é igual a todo mundo
Você é alguém que precisa de cuidado
Que não ver nas pessoas maldade
Ai te fazer sofrer já é crueldade
Deus te fez para ser feliz
Se no teu peito impera a dor
Arranca o mal pela raiz
E vai atrás de quem um dia o teu bem te quis
Não sou poeta e nem vidente
Mas tenho a certeza que você é importante
Então pare nesse instante
Enxugue os seus prantos
E não procure argumentos
Chega de sofrimento
Você é umas das estrelas que Deus fez para brilhar
Se não consegue ver seu brilho
Não tem o direito de apagar o seu sorriso.
O Fruto
A mentira é sempre mentira.
Não importa o caminho em que se embriaga.
Um dia o Juízo que gira em torno do próprio ser,
há encontra. E o ajuste se torna Lei.
Se em escorregão do destino.
Seja do sonho que não se cumpriu.
Daí a vida chama a mentira para dançar no papel
de vítima, no calo do pé, que usava um band-aid
para esconde-lo.
Enganar a quem? A vida?
Há quanto tempo perdido.
Escolhe viver o real? O ideal? Ou a fantasia?
Em qual pedaço de consciência, prendeu-se em vida.
Quantas areias já escorreram pela ampulheta.
E o tempo quieto a observar , tamanha insistência,
em deixar de viver de verdade. Em rodopios moinhos.
Onde um dia, sucede o outro. Em um apertar de botão,
em uma tela cheia de fantasias ,
nos labirintos dos pensamentos.
Onde o verdadeiro caminho. Não se encontra.
E os pensamentos não se aquieta.
Encontraste sua própria verdade?
Definiu ideal?
Preferiu viver da vida. Um eterna fantasia?
O sintoma é o juízo interno.
Cobrando o amadurecer, pela paz sentida.
Através do bendito fruto de vosso ventre...........
Marcos FereS
Saudade do meu tempo
Sou do tempo que conhecia gente
Gente de verdade
Sem mentira e vaidade
Sentadas nas sacadas
Praças e calçadas
Iluminadas pelas estrelas e um lampião
Crianças ainda brincavam com pião
Hoje não tem mais isso
Celulares são os vícios
A vida real nem sei se mais existe
Hoje tudo é rede social
A quem diga que tudo isso é normal
Ai que saudade do meu tempo
Que a rede mais usada era tocada pelo vento
E meus vícios eram apenas meus pensamentos.
O mundo de Inha
Nascera como tantas quantas, nascera.
Crescera, como tantas quantas. Com o que se tinha.
Sagrou-se que, por inteira.
E aos poucos. Por capricho ou desejo.
Tornou-se o mundo de Inha.
Pelo fato de ser e estar.
Apropriou-se do direito que havia.
E; em todos os movimentos, sufixais.
Colocava sua marca.
E; em toda conjugalidade,
Na sua palavra, prolixa fazia carne.
Expressão de seu próprio ser.
A sua marca no mundo.
O seu nome ela tinha.
E todos os pensamentos e atos.
Que então; lhe adivinha.
Acostumara ao final.
As vezes sem perceber.
Acrescentar o seu sufixo.
A sua marca. Inha.
Com o hábito no tempo.
Não mais percebia.
Mas em todo seus movimentos.
Cristalizava, o que se carregava por dentro.
Daquilo que, se tinha.
E de sufixo. Por sufixo.
Aprisionou-se no próprio nome,
as acoes de Inha.
E sem economizar.Passara pela vida.
E ; o que, precisava ser recebido como graça.
No final de todos os verbos.
Com sua marca terminaria.
Nesse mundo. Já não encontrava.
E viver fora de si, não podia.
E para todos a projetava.
A forma que continha.
E, em cada vida que atravessa.
Por suas ações se notava.
Seu único jeito de ser.
Se acostumara , onde estava.
E no final. Por tudo que passava.
Seu efêmero jeito que usava.
Sua sombras no mundo deixava.
Esquecerá. Estava aprisionada.
Mas todos a percebiam.
E assim. Aos poucos se afastavam.
Vivia em um mundo auto encantado.
Um mundo, que por si limitado.
O mundo de Inha.
marcos fereS
Tenho um abraço para te dar.
Levo? Ou vens buscar?
Vem, e não demores por favor.
Porque este abraço
Que tenho para te dar,
Anseia com fervor,
E com o meu coração a par,
Pela nossa próxima troca de olhares.
Porque o seu lugar não é comigo.
Porque apenas nos teus braços
Este abraço faz sentido.
Porque há em mim um vazio,
Que só é preenchido quando estou contigo.
Tenho um abraço para te dar.
Vens buscar?
Porque a mim não se entregar?
Nossos olhos a se trocar
Um leve sorriso no ar
Meu jeito intenso e estranho
Porque a mim não se entregar?
Te trago comigo ao pensar
As noites a se passar
Quero lhe conquistar
Porque a mim não se entregar?
Os dias passam lentamente
Seu rosto belo em minha mente
Porque a mim não se entregar?
Chegou e bagunçou tudo
Seus olhos claros profundos
Porque a mim não se entregar?
Enlouqueça
Enlouqueça para sentir
Fique louca e dance, pule
Beije aquela boca na rua e sinta a vibração da música tocar dentro de si
Fique louca
Fique ousada
Fique atrevida
A loucura liberta.
O que seria da lagarta sem a loucura do casulo?
Jamais seria borboleta pra loucura do vôo.
Enlouqueça e viva
Fique louca e se jogue sem medo de mudar
Fique louca e jogue sem medo de amar
Enlouqueça e quebre as regras da sanidade
Retire as máscaras que te impedem de viver
Enlouqueça e viva
Simplesmente viva a deliciosa loucura que é viver.
Kátia Osório
Agora
o poema tem outra causa.
Seu efeito, lume ofuscado,
pousa
ainda
na concretude fixa e fiel
do corpo da palavra
vaza.
Depois,
o signo escorre
e brilha o seu sêmem,
penetra a cavidade e,
finalmente, fecunda o
óvulo da palavra.
Outro poeta
O poeta sempre é outro
não esse que se propõe.
Não essa fissura aberta
no intermeio do verso,
não esse suposto vago.
O poeta é outro, sempre outro.
À parte da teogonia de Hesíodo,
só essa camada de fibras e folhas,
só um ser assim sem as premissas,
o poeta não é esse suposto e visto.
O poeta é outro, sempre novo.
É sempre esboço, tem de ser,
sempre garatuja que se mostra,
busca que se deixa exposta,
desencontro, aniquilamento.
O poeta não é todo sentimento,
às vezes ele é régua e compasso,
às vezes é aço, ferro e cimento,
pátio vazio, concreto em branco.
O poeta é outro, sempre torto.
Viés de caminho, voz de dentro,
oblíquo, adunco, gauche, penso.
A dissidência, a vida mundo, vida
poesia nos pedaços desse tempo.
O poeta que socializa o verso, escreve pra todo mundo, alcança o professor e o operário. Faz versos como quem diz a todos, sem distinção, sem encastelamento, sem torre. Dissemina o verso, contamina a moça do caixa, o feirante, a balconista. Poesia não é só isso ou só aquilo, poesia é aquilo e isso junto.
Há poetas de comunicação e poetas de experimentalismos. Sou afinado e aprecio os do primeiro tipo. Não que os outros me desagradem, ou que eu tenha restrições em lê-los. Leio de tudo. Amo ler poesia.
Mas quando penso no poder que a poesia exerce em quem tenha habilidade de compreendê-la e se utilizar dela, penso igualmente em quem dela não se beneficie por ser demasiado hermética e reservada a uns poucos privilegiados.
Salvo a afirmação que brilhantemente Guimarães Rosa aponta "Antes o obscuro que o óbvio", há que se encontrar um equilíbrio. Um meio termo entre o que se dá sem nenhum desafio ao leitor e aquilo que se fecha tanto que o afasta.
Poesia tem que circular em muitos meios. Livre. Poesia, entre outras coisas, tem que comunicar.
SILÊNCIO
Sempre que encontro-me sozinho,
diante de uma xícara de café
ou de uma taça de vinho.
Basta um minuto de reflexão
sobre as lutas humanas
para que metade de tudo
perca sua importância.
O que nos falta é o silêncio
para analisar o primeiro verso
onde todo o resto está implícito.
A vida, como um poema
é simples, sua linguagem
é natureza da qual somos parte.
Há contradição em querer explicar
aquilo que não se explica
a poesia e a vida
ambas só precisam ser sentidas!
Evan do Carmo
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