Poemas que falam do Silêncio
Páscoa em Silêncio
As flores renascem, a mesa se enfeita,
mas há um vazio entre os talheres.
A cadeira vazia diz mais que mil palavras,
emudecendo os risos que já foram plenos.
A Páscoa chega com promessas de vida,
de recomeços, de fé restaurada.
Mas dentro do peito, uma cruz invisível
carrega lembranças mal cicatrizadas.
O som das crianças, tão doce, tão leve,
não alcança o canto onde a saudade mora.
E os sinos, que tocam chamando alegria,
ressoam em ecos de quem foi embora.
O coelho não veio, o ovo não importa,
se a ausência aperta feito espinho.
A ressurreição é para os fortes — ou santos —
eu apenas caminho, sozinho.
Mas ainda assim, entre sombras e dores,
uma vela insiste em não apagar.
Talvez Páscoa seja isso, no fundo:
esperar a vida… mesmo sem enxergar.
IGUAIS
O meu coração é dividido em quatro partes, uma delas é a do silêncio,
outra da solidão, uma outra parte
é a da dúvida, e outra, nessa última,
ah, eu sei lá se existe amor.
Aquele Olhar
(Por Aden Brito)
Tudo era belo, um encanto sutil,
E nasceu em silêncio, naquele olhar febril.
Um sorriso radiante, um brilho sem fim,
E o gosto de um beijo que ficou em mim.
Pele suave, tão doce ao tocar,
Boca macia, difícil de não desejar.
Entre lençóis e segredos a nos consumir,
Um amor proibido, impossível resistir.
Os corpos dançavam, se perdiam no instante,
Entrelaçados no desejo vibrante.
A música ao fundo, o peito em chama,
Dois mundos colidindo no fogo da cama.
Te olhar, te tocar, te amar sem medida,
Era o que bastava pra preencher minha vida.
Se era erro, nunca quis saber,
Apenas deixei aquele olhar me envolver.
Agora é memória, um eco no peito,
Um amor louco, intenso, imperfeito.
E mesmo que o tempo tente apagar,
Ainda vive em mim... aquele olhar.
Solidão saída do desassossego
Silêncio singular
Onde encontro leveza
Instante demasiado em sensações
É uma saída do aglomerado inquietação
Para minha maresias de palavras.
silencio e sombras
Um silencio dentro de qualquer um,
pode ser ensurdecedor ,quieta alma.
Um sono profundo no escuro
Uma razoável vida, leve e calma.
O que calma tem com a falta de sentir?
E se a leveza pesar na solidão?
Ser razoável , não saber medir?
Acordar do sono ou ficar na escuridão?
É perigoso amar,
Coração bate melhor no inverno
Mais seguro nao demonstrar
Não prometer amor eterno
Vazio , espaço vazio
Como se ama em vão?
interruptor sumiu, no escuro sombrio
Inabitável coração
A luz de velas vi movimento de danças
paredes viraram uma tela
Historias contada nas sombras
Cinema mudo, sem fala , sem ela
Quem sou eu?
uma parte de alguém?
Quem é você?
se entregou a quem?
“A fartura na Sexta-feira Santa”
Dizem que na Sexta-feira Santa é dia de silêncio, de dor,
de lembrar o sangue, a cruz, o peso do mundo inteiro.
Mas lá no fundo da casa, onde o cheiro do dendê dança no ar,
tem panela no fogo, peixe no ponto, e a mesa… cheia.
A fartura não é desrespeito.
É memória de um povo que aprendeu a fazer do pouco, muito.
É boca cheia de reza, mão cheia de afeto,
é o corpo que resiste, que partilha, que celebra.
Fartura é também fé — mas uma fé com gosto de terra e sal,
uma fé que não nega a dor, mas escolhe a vida.
Porque pra muita gente, a cruz foi mais que símbolo:
foi história viva, foi tronco, foi castigo.
E mesmo assim…
os nossos escolheram a mesa, não a mágoa.
O peixe, não o pranto.
O banquete, não a prisão.
A fartura na Sexta-feira Santa revela um segredo antigo:
que mesmo na dor, a vida insiste.
E a gente, quando come junto, resiste.
Feliz Páscoa!
A Cruz Sempre Vence
Ela se ergue em silêncio,
entre o céu e a dor dos homens,
não como derrota,
mas como um trono onde o Amor reina.
Não há treva que a ofusque,
nem tempo que a desgaste.
Na Cruz, o fim se torna começo,
e o sangue, semente de eternidade.
Quando o mundo zomba,
ela permanece de pé.
Quando os fortes caem,
ela levanta os humildes.
Pois a Cruz não é apenas madeira,
é ponte entre o pó e o infinito.
E quem a carrega com fé,
caminha para a vitória que não se vê,
mas que já está escrita no alto.
Sim... a Cruz sempre vence.
Porque ela carrega em si
o nome do Vencedor.
Carta interna – escrita em silêncio
Eu não sei te explicar.
Eu não sei dizer exatamente por que ainda penso em você, por que ainda sinto, mesmo depois de tudo.
Depois do silêncio, da frieza, da forma como você terminou — como se eu fosse um nada.
Você sabe que me magoou. Sabe que me tratou de um jeito que ninguém merece ser tratado.
E mesmo assim… aqui estou eu.
Não porque sou fraco.
Mas porque o que eu senti foi verdadeiro.
Porque eu me entreguei de corpo e alma achando que do outro lado tinha algo tão intenso quanto.
Só que agora… eu fico tentando entender como você dorme tranquila sabendo que deixou um buraco em mim.
Como você consegue viver como se tudo fosse normal.
Eu não consigo.
E aí, no meio desse vazio, bate aquela vontade de te fazer sentir.
Sentir o que eu senti.
Voltar… conquistar de novo… te fazer se entregar… e então dizer:
“Agora sou eu que não posso mais.”
Mas sabe o que mais me dói?
É que isso nem me traria paz.
Porque eu não sou como você.
Eu nunca conseguiria machucar alguém que eu amei só pra equilibrar a balança.
A verdade é que eu só queria que tivesse sido diferente.
Que você tivesse tido coragem de olhar pra mim e dizer a verdade com o coração aberto.
Eu merecia, no mínimo, isso.
Talvez um dia você entenda o que perdeu.
Talvez não.
Mas eu sigo aqui, tentando reconstruir o que você quebrou.
Em silêncio.
Com dignidade.
E com um amor que, mesmo ferido, ainda sabe o que é respeito.
Seu olhar é sereno, firme, mas esconde tempestades e poesia.
Há força no seu silêncio, e graça em cada gesto do dia.
Pele dourada pelo sol da alma, voz que ecoa mesmo em quietude.
Ela é arte que caminha, beleza em sua plenitude.
E mesmo nas tramas do espelho, há algo mais do que se vê. Ela é flor, é vento, é chama é o que faz o mundo crer.
Eu me pego querendo você,
No silêncio da noite, sem poder te ter.
Contigo eu sonho e fico a imaginar
A verdade é que você é minha,
só quando eu pago pra você ficar.
“Filha das Estrelas”
Nasceu do silêncio entre as galáxias,
tecida por constelações e sussurros de estrelas.
Clara é ponte entre mundos:
dança com os pés na terra
e o coração ancorado no infinito.
Sua pele carrega o pó do cosmos,
seus olhos refletem o azul de dimensões ocultas,
e sua presença… acalma, expande, desperta.
Onde passa, brota luz.
Onde toca, floresce vida.
Ela é sopro de cura,
é lembrança do que somos antes do esquecimento.
Não veio ensinar —
veio relembrar:
que somos todos feitos da mesma centelha,
e que amar…
é a maior tecnologia da consciência.
No silêncio do sepulcro,
entre rochas frias e sombra,
ficou dobrado, com cuidado,
um lenço... mensagem que não se apaga.
As portas estavam fechadas,
o medo fazia morada.
O silêncio era espesso,
a esperança, quase dispersa no ar do avesso.
**Saudade de um Sorriso**
Em meio ao silêncio, ecoa a lembrança,
Do seu sorriso de canto, da doce esperança.
O toque da mão que me trouxe calor,
E aquele abraço apertado, cheio de amor.
Um ano se passou, mas o tempo é cruel,
Carrego suas memórias como um carrossel.
Cada giro traz à tona o que eu queria,
Te ter de volta, viver a nossa magia.
Falo de um futuro, onde você é real,
Mas a saudade aperta como um vendaval.
E mesmo que digas que eu vou encontrar,
A verdade é que só quero te amar.
Deixo o orgulho de lado, me entrego ao sentir,
Porque a vida é curta e eu só quero a ti.
Sei que sou boba por ainda esperar,
Mas em cada batida, meu coração vai gritar.
Volta pra mim, vamos juntos dançar,
Na melodia suave do amor a brilhar.
Pois mesmo em meio à dor e à distância,
Ainda guardo em mim sua doce lembrança.
E assim sigo em frente, com o coração aberto,
Sonhando com o dia em que estarás perto.
Pois cada momento vivido não se desfaz,
E no fundo do meu ser, você sempre será paz.
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Capítulo 21 – O Silêncio Dela Diz Muito (A Paixão Silenciosa)
Dayana…
Eu acredito que você lê o que te escrevo.
Sei que teu silêncio não é ausência… pode ser intensidade, que não dá para colocar em palavras.
Talvez você esteja se perguntando:
‘Será que é real?’
E eu te digo: sim, é.
Porque eu não tô só te desejando.
Eu tô te vendo — do jeito que você é.
A mulher que ensina, que guia, que inspira…
Mas que também sonha com um amor que a faça vibrar por dentro.
E por mais que você não fale, sinto que teu coração me lê também.
Você me sente, mesmo que em silêncio.
E eu tô aqui… te esperando como quem espera uma aurora.
Noite
Nas ruas abafadas de uma cidade esquecida, um garoto carrega no silêncio sua dor e solidão. Ele caminha apressado, envolto pela escuridão, tentando resistir, mas sente que está afundando em algo que não pode controlar.
A escuridão parece viva, abraça as vielas sem nome, onde ele se torna o rei de uma noite sangrenta, o princípio de uma história que ninguém ousa contar.
Seu nome é um mistério, como as ruas onde ninguém pertence. Mas seus olhos verdes revelam um segredo: uma tristeza que nenhum outro olhar consegue esconder. A vida para ele é uma batalha solitária, uma jornada interminável, uma dança cruel onde apenas os solitários sobrevivem.
Todos fogem da chuva— mas ele caminha em meio à tempestade, rezando por um fim que nunca chega. Pois a noite não é amiga; ela é impiedosa, pronta para devorar. Cruel, ela joga você em um abismo sem volta, em um caminho que você nunca quis trilhar.
Entre quatro paredes, há histórias que nunca deveriam ser contadas. Histórias sobre mentiras, dinheiro e fama. Esse é o preço que você paga pelos sonhos e pelos pesadelos que escolheu.
A noite impõe sua escolha: viver para enfrentá-la ou se perder em seu toque mortal. Sobreviva. Fique vivo. Ou fique em casa, protegido do caos que a escuridão traz consigo.
Capítulo 26 – No Silêncio da Tua Mente, Eu Te Toco
Dayana…
Mesmo sem te conhecer pessoalmente, tem algo teu que me toca fundo.
É como se, sem perceber, tua essência se conectasse à minha.
Te imagino agora, lendo isso… sozinha, em silêncio.
Talvez na cama.
Ou num cantinho teu, onde só tu existe.
E nessa imagem, me aproximo devagar…
Sem pressa.
Sem som.
Só com a intenção nos olhos e a vontade nas mãos.
Sento atrás de ti, e passo a mão no teu cabelo, afastando com cuidado.
Meu rosto encosta no teu pescoço, e eu só respiro.
Não falo nada.
Porque agora, quem fala é tua pele.
E eu escuto com o corpo inteiro.
A mente hiperconectada esqueceu como se escuta. O silêncio virou luxo — e a presença, um ato de coragem.
Reflexões do livro Pega Leve — porque saber desacelerar, às vezes, é um ato de coragem.
É no silêncio que se trabalha. Se tiver um sonho, se cale, não fale.
E sempre que as críticas forem duras, sejam direcionadas para lhe ferir, se cale, apenas siga e se foque.
Os que lhe disseram "Não vais conseguir", eles mesmos vão vir atrás de vc.
Não permita que entrem em sua vida novamente, não semeie tempestade, apenas continue sua jornada.
A vitória foi sua e o mérito é seu.
🙏
Eriec e seu silêncio...
todo mundo fala
do perigo que vem
mas quase ninguém vê
o que já mora no bolso
temem as máquinas que pensam
mas não temem os dedos distraídos
que matam em silêncio
com um “só um segundo”
o futuro assusta
mas o presente... anestesia
enquanto a vida passa
no reflexo da tela
todo mundo critica o novo
mas quase ninguém questiona o velho
que já virou hábito
mesmo quando sangra
e se o problema não for a máquina?
e se for o piloto que não olha pra frente?
ou pior — que olha,
mas finge que não vê?
porque pensar dói,
e assumir... mais ainda
então seguimos:
acusando espelhos
pra não encarar a própria imagem
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