Poemas para uma pessoa que te feriu

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Sabe… certas dores não gritam. Elas silenciam a alma devagar, como quem fecha as cortinas de um teatro depois do fim. Algumas feridas não sangram mais, mas seguem abertas dentro da gente, como páginas que o tempo não teve coragem de virar.

Elas criam um véu — sutil, quase invisível — sobre tudo o que fomos antes do abismo. E é nesse véu que a alma aprende a respirar diferente, com mais cautela, com menos fé. Nunca tente levantar esse véu… Ele não é esquecimento. É sobrevivência.⁠

Inserida por italo0140

⁠Carta de Desabafo

Você sabe… eu nunca pensei que precisaria escrever isso.

A gente abre a porta da casa, mas principalmente a do coração. Acredita, confia, entrega… E quando é amizade de verdade, não há medo, não há testes. Só que algo dentro de mim, não sei explicar, pediu silêncio e atenção. Então fiz algo pequeno — deixei um pote com dinheiro sobre a mesa. Saí cedo, como sempre, para comprar pão. Uma rotina comum… em uma casa que já não era só minha, era nossa.

E quando voltei, o pote tinha sido mexido.

Não foi só o dinheiro que sumiu. Foi a confiança que escorregou pelos dedos. Foi a imagem que eu tinha de você que desmoronou sem fazer barulho. No corredor, ouvi passos — passos que sempre reconheci, mas naquele dia soaram diferentes. Não eram de amigo. Eram de alguém que rastejava… como quem foge depois de fazer algo errado.

E ali, parado no meio da casa, eu entendi. E doeu.

Doeu mais do que eu esperava. Não pelo que foi levado, mas pelo que foi quebrado. E o pior… eu calei. Não disse nada. Decidi observar. Esperei. Mas cada dia que passou depois disso só afundou mais a mágoa dentro de mim. Porque o silêncio também fala, e o seu silêncio me disse tudo.

Fico aqui tentando entender: em que momento a amizade virou interesse? Quando foi que meu carinho virou descuido? Será que fui ingênuo? Ou será que você nunca esteve por inteiro?

Hoje eu escrevo não pra cobrar, nem pra confrontar. Escrevo porque preciso tirar isso de dentro de mim. Porque o que dói não é o que foi levado da mesa… é o que foi arrancado do meu peito.

Espero que um dia você entenda o peso do que fez. E que saiba: mesmo decepcionado, eu ainda torço pra que você aprenda. Porque quem trai por tão pouco… vive perdendo o que tem de mais valioso.

Mas eu? Eu sigo. Com menos gente por perto, talvez. Mas com mais verdade nos olhos.

— Hercules Matarazzo

Inserida por matador777

⁠Nem todo escuro é abrigo

Já estive lá também, sabe...
Onde o escuro se disfarça de acolhimento
e sussurra verdades com voz de promessa.
Mas nem toda sombra é momento.
Nem toda venda liberta.
Às vezes, ela apenas esconde.
Querer o desejo da entrega como voo...
Mas e se for só vertigem?
Vontade de cair?
E se deixar ir for só se perder de si mesma?
Silêncios nem sempre sussurram uma voz.
Às vezes, ensurdecem.
E o toque que busca... pode também ferir.
Tremores não são bússolas para sentimentos.
Desejo e medo dançam juntos no mesmo compasso.
E o que parece casa... pode ser só saudade do que você já foi.
Não, ninguém te leu.
Ninguém sequer te imaginou.
E você calou mais do que consentiu.
Tem quem se ache especial por descobrir alguém.
Mas você teve que aprender a seguir
sem precisar de olhos que te adivinhem,
sem depender de respirações alheias para lembrar quem é.
Nem toda noite guarda epifanias.
Algumas só passam.
E tudo bem.
Porque às vezes,
ver é mais seguro que sentir.
E seguir inteira,
é incendiar-se por dentro
e deixar as cinzas se tornarem solo fértil
para crescer, de novo, em si mesma.

Augusto Silva.

Inserida por augusto_silva_1

⁠"Devemos entender que todo recomeço
É um chamado divino,
E um refrigério para a alma!
Embora o passado nos conduza ao aprendizado,
Quase nunca ele nos oferece todas as respostas!
Por isso, levante-se com coragem,
E confie na obra do SENHOR
Que, através da ação do tempo
Haverá de curar todas as feridasque estão abertas!"

(Do Livro: O Aleph, a Poesia de José de Deus)

Inserida por freitasjuniorpoeta

⁠Passei por várias coisas.
Sorri, tirei fotos e fui brevemente feliz.
Vi novas espécies de flores, borboletas e passarinhos.
Me encantei até com o mato florido.
Levei quase tudo de bom que eu tinha a oferecer.
Não tive maldade nem pensamentos ruins.
Estava crente no crente.
Foi esse meu único engano
Passei por várias provas.
Quando eu não tinha mais o que fazer.
Chorei de desespero, não pelo dinheiro.
Mas de ver meu sonho acabado.
De ter sido enganada e usada.
Por quem eu tanto confiava.
Às vezes me pergunto o porquê.
O ser humano coloca tudo a perder.
Como se fosse fácil rasgar promessas.
Para alguns, é apenas prosa fiada.
Quase fui trancafiada, por devação.
Tamanha foi a minha decepção.
Afinal, caráter não nasce em árvore não.

Inserida por Starisy2

⁠O Cadafalso


No cadafalso, eu sorriria amargo
não por redenção, mas por desprezo.
Mergulharia no frio da paz sem rosto,
onde ao menos a dor não mente.

Deixaria pra trás os escombros de promessas podres,
palavras doces que apodreceram na boca de quem jurei confiar.

Fui traído com o silêncio, com o toque vazio,
com olhares que já não sabiam o meu nome.

E os amores…
tão rasos, tão covardes
que até a queda me pareceu mais leal
do que quem dizia me amar.

Inserida por yuri_de_levi

⁠o "amor" na dependência


antes de você, eu nunca via o "por que".
antes de você, eu nunca entendia o "ser".
antes de você, eu nunca procurei o "saber".
antes de você, eu nunca busquei o "querer"


o limite entre o amor e dor, foi onde eu me perdi e quase achei meu fim.
onde as palavras não fluíam, verdades sumiam e promessas mentiam.
o romantismo não era ouvido, o abraço não era abrigo, e o beijo era só mais um castigo.
o afeto doía mais do que a ausência, o toque era frio, e o olhar, vazio.

o desejo era rotina, a amor gritava socorro, mas ninguém ouvia.
o "nós" me apagava enquanto eu te iluminava, o carinho era cobrado, o afeto medido,
e o que era pra ser amor, virou abrigo ferido.
e mesmo com todo perigo, eu insisti em viver contigo, viver com a dor que eu chamava de amor...

depois de você, eu vi por que o medo insistia em ficar, é porque o tempo não sabe quando deve passar.
depois de você, eu entendi o ser em seu lugar, não só estar presente, é também se transformar.
depois de você, eu soube o saber sem olhar, é sentir no silêncio o que não da pra falar.
depois de você, eu quis sem hesitar, é querer ser inteiro mesmo sem se entregar.

⁠⁠Sim, saudades.
Da voz, a cor e o cheiro, perfumando e preenchendo a sala; anunciava tua presença pelos corredores da casa.
Me saudava uma felicidade simples, alegria de todas as manhãs.
Então riso torna-se silêncio.
As lágrimas, companhia.
Doeu, pois acreditei em ti.
O poeta não deve mentir e nem acreditar em mentiras.

Inserida por iamaralopes_

Queria poder lhe fazer acreditar
que o amor te espera na esquina,
mas toda vez que tento lhe dizer isso,
você toca suas antigas feridas.
Se você não se liberta das dores do passado,
nunca vai conseguir
um amor que lhe traga afagos
ao invés de estragos.

Inserida por pensador

⁠"Caminhando"

Os meus pés cansaram nesse caminho
Onde encontrei muito espinho
Mas a esperança batia forte
A esperança convenceu que teria sorte
Reparei que a cada passo
A linha de chegada parecia mais distante
Pensava: O que faço?
Decidi, deste caminho já é o bastante
Neste caminho nenhum respeito e consideração encontrei
Só desprezo, descaso, mentiras e enganação achei
Esse caminho já era
Será que outro caminho me espera?
Queria que a caminhada não tivesse sido em vão
Queria ter cruzado a linha de chegada, fazia questão
Desse caminho que muito gostava
Mas invisível neste caminho estava
A esperança engoli
Muitas coisas sofri
Outro caminho vou seguir
Outro caminho a ir
Vida que segue
Ferida para cicatrizar
Dor que não se mede
Bora para frente caminhar

Inserida por sergiobrugnolo

⁠No tempo dos segredos...
Todas as coisas eram possíveis...
Era no tempo em que os meus olhos...
Não tinham visto tantas coisas frias...

Antes das palavras gastas...
Antes de não termos já nada para dar...
O que chega, não fica...
Nem mesmo abre em nosso peito feridas...
Já não se passa absolutamente nada...

A rosa se descobriu a perder a cor...
Fechou os olhos e adormeceu...
E quando amanheceu veio o vento e a arrancou...

Ocultam-se as paixões...
Sob os véus da ilusão...
Tudo acaba como começa...
Sem guardar a lembrança de um amor...
Pobre e frio coração...

Ninguém te abriu...
Ninguém verteu lágrimas de puro afeto...
Ninguém lhe sorriu...
Refém das mágoas que a si mesmo causou...

As histórias são recontadas de tantas formas...
Tudo indefinido...
Destino...
Acaso...
Desejos...
Escolhas...
Talvez...

É bom às vezes sentir medo...
Raro ser compreendido...
À frente o desconhecido...
De tudo que se acreditou...
Onde o silêncio esconde pensamentos...
De tudo que já sonhou...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠Deus quer...
O homem sonha...
A vida imita a Arte...
E a obra nasce...

As tormentas passam...
O mistério se cria...
Finda a noite...
Aurora se anuncia...

O homem é pequeno...
Sua alma divina...
Os sonhos alguns haverão de ter...
Enquanto outros põe tudo a perder...

Da sorte incerta...
Manda a vontade...
Do destino que é dado...
Tudo vale a pena...
Se a alma não é pequena...

Quanto mais o tempo passa...
Mais me afasto da razão...
O amor é um feitiço...
Mostrando-nos coisas tão sortebelas...
Até que se conheça a traição...

Não tente apagar toda a dor do mundo...

Outros haverão de ter...
O que houvermos de perder...
Porque nisso está a verdade...
Até para quem não quer ver...

Nós podemos viver alegremente...
Não sei que abismo temo...
Mas sei que não podemos perder a nossa fé no Supremo...

⁠Dois pulinhos e o coelhinho já encerra a Páscoa
Duas chaminés e o Papai Noel já encerra o Natal
Duas brincadas e já acabou o dia das crianças
Dois fogos de artifício e já virou o ano novo
Duas mentiras e já acabou o 1° de abril
Dois minutos de serviço e já acabou o 1° de maio

Inserida por Pafon

⁠Existem as mudanças em todo mundo,
Existem as mudanças contínuas na sua vida...
Se melhor ou pior, o questionamento é profundo,
Mas sempre fica a reflexão, a cicatriz, a lição e a ferida...

Inserida por aldergan_pacifico

⁠pela última flechada que levei nesse planeta,
por aquele dia: quero que você esqueça.
foi difícil me ver ir embora
para sempre, sem você.
acertou bem no peito,
mas esse dia já foi desfeito.
as sirenes ecoraram na cidade,
mas elas mais parecem
as trombetas do apocalipse.
não temos mais tempo,
por isso, esquece de quando me disse
que queria ver o próximo eclipse.
a lua só volta outro dia.
por todas flechadas, por todas mágoas
deixo aqui a minha estadia.
a pele incendeia nessa sexta-feira.
desvendando a vida pioneira.
deixo o pente deslizar na minha cabeleira.
ver minhas asas brilhando no céu,
nas nuvens, nas escadas que
subi para conversar com o anjo miguel.
cores se formam, mundos transformam.
recomeços, escolhas, desapegos.
em breve, chega o mundo novo.
é hora de mostrar para o povo
qual é a sensação de nascer de novo.
é o fim da aventura humana na terra.
armas, bombas e guerras.
se tudo não acabasse agora,
uma hora ou outra
já iria acontecer essa história.
de ti, eu não vou esquecer.
pois sempre lembre que de cima,
eu vou te ver.
mesmo que da pior forma.
me conformo que aqui, você não vai entrar
e não me importo de você não estar.
depois de me machucar,
você só me serviu de me aprendizado.
porque sempre foi melhor ver você atirar
do que doer quando me acertar.

Inserida por davilimagunther

⁠de ti, eu não vou esquecer.
pois sempre lembre que de cima,
eu vou te ver.
mesmo que da pior forma.
me conformo que aqui, você não vai entrar
e não me importo de você não estar.
depois de me machucar,
você só me serviu de me aprendizado.
porque sempre foi melhor ver você atirar
do que doer quando me acertar.

Inserida por davilimagunther

⁠hoje eu sei.
sei que prometer demais, dói.
sei que jurar amor eterno,
não torna ninguém um herói.
não precisa falar que ama,
sabendo que o seu amor já constrói.

Inserida por davilimagunther

Lua me fale

⁠Ó lua, diga-me
Imploro-te, admoesta me
Pois não lhe parece vil
Não fora, ele, hostil?
Ó impetuosa força cósmica
Servi-lo como uma acólita
Sem embargo, ele me traíra
Anjo me abandonara
Cri na conversão
Do meu choro pungente
Em risada fervente
Consignei-me ao coração
Vigoroso fora-me o desengano
Mostrou-me ser profano
Quem agoriei como virtuoso
Agora, distingo-o como tortuoso
Pregara-o que medíocre é a aurora
Eu, meu pequeno, chora
Explica-me o porquê mais uma vez
Justifica-me a rudez
Qual fora meu pecado?
Hei-me aplastado
Conclame sobre mim
Reuna um maldito motim
Escreva-me um remate
Antecedentemente que isto me mate
De meu exício
Não escutes meu bulício
Seja como tu objugas
Funcionas como sanguessugas
No princípio, eu era fundamental
E, bem, este é meu final

Inserida por monile

⁠⁠Aos Que Dizem "Amar"

Eles dizem que a fé os une,
mas o amor que pregam nunca me alcança.
Fizeram da igreja um lar, e da exclusão um hábito.
O que antes era família, agora é apenas um círculo fechado,
onde só entra quem ora com a mesma voz,
quem se curva aos mesmos mandamentos,
quem finge a mesma perfeição.

Todos os convites são selados com aleluias,
menos os que deveriam vir com afeto.
Me excluem das fotos, dos risos, dos planos,
mas convidam desconhecidos que falam a mesma língua celestial.
Sou parente no sangue, mas estrangeira na mesa.

Eles dizem que se importam,
mas nos olham como se fôssemos mancha,
como se nossa ausência fosse melhor do que a presença verdadeira.
Quando algo dá errado, não hesitam —
apontam: “é por não seguir o caminho certo”.
Como se a dor fosse merecida. Como se Deus os tivesse feito juízes.

Minha vida virou um disfarce.
Me chamam de vez em quando —
mas só se eu vestir a máscara,
se esconder minha verdade,
se fingir que aceito calada o riso falso e o silêncio cruel.

Falam de perdão, mas não sabem acolher.
Falam de Cristo, mas não sabem amar.
Preferem um estranho fiel do que um parente imperfeito.
E assim me trocaram, me afastaram, me apagaram.

Nas fotos, estou ausente.
Nos grupos, sou excluida.
Nos encontros, sou evitada.
Mas o que mais dói
é que fingem bondade com as mãos que me ferem,
e no fundo dos olhos, vejo:
se um dia pudessem me matar com a frieza,
fariam isso sorrindo, em nome do amor.

Inserida por LuizaGrochvicz

⁠Se eu pudesse falar com a dor,
não começaria gritando.
Falaria baixinho,
como quem já entendeu
que ela só escuta quando a gente para de resistir.

Perguntaria por que chegou sem aviso,
por que se espalha por dentro
mesmo quando tento manter tudo no lugar.

Diria que já entendi suas lições,
que já senti fundo o que precisava sentir,
mas que agora…
já é hora de partir.

Se eu pudesse falar com a dor,
confessaria que ela me moldou,
me virou do avesso,
me rasgou pra que eu pudesse nascer de novo.

Mas também diria que estou cansada.
Cansada de conviver com a ausência,
com o silêncio que grita,
com as perguntas sem resposta.

E se ela me perguntasse se a quero longe,
eu responderia:
quero que vá.
Mas que leve com ela
apenas o que já não serve,
e deixe o que me fez mais forte.

Porque se eu pudesse falar com a dor,
diria com firmeza:
você me ensinou.
Mas eu sou muito mais
do que aquilo que me feriu.

Inserida por JennyScarpiello

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