Poemas para Reconquistar a Pessoa Amada
Há 21 anos atrás o mundo parou. Muitas lágrimas caíram, muitas vezes foram ouvidas e reouvidas as músicas deste senhor.
Há 21 anos morreu uma lenda. Talvez a maior que o mundo da música já viu. Talvez a maior que o mundo da música alguma vez irá ver.
Há 21 anos morreu o senhor Freddie Mercury deixando dentro do coração de todos os fãs uma enorme saude, que viverá para sempre.
Ele tinha SIDA e era gay, mas contra todas as probabilidades ele enfrentou o mundo e sem ter medo ou vergonha foi para um palco cantar. Ninguém queria saber se ele tinha SIDA, se era gay ou o que quer que fosse, ele era respeitado pela música que fazia. Cada vez que cantava um arrepio percorria a espinha de quem o ouvia.
Tal como dizia ele não queria ser uma estrela, queria ser uma lenda, e conseguiu.
Apesar do seu corpo já não se encontrar entre nós ele viverá sempre nos nossos corações e através da sua música. Only the good die young, esta frase aplicasse perfeitamente a este grande senhor.
Freddie Mercury 1946-1991
Maior perda de sempre do mundo da música
“Quantos equívocos seriam evitados se ao invés de ficarmos com nossas rasas interpretações buscássemos a versão do autor.
Quando existe a possibilidade de ir diretamente a fonte de qualquer assunto é ignorância e imaturidade continuar interpretando escritos e ações.
Quando a intenção é encontrar a verdade de um assunto à imaginação sempre nos fará pecar.”
Vc não ver
Mas eu me corto todo dia pensando em te ter
E vai doer
Mas dói bem menos do que isso que sinto por vc
Eu estou desesperado
Prestes a me jogar do telhado
Mas antes decidi te escrever
Pq sei que um dia vc ainda vai me querer
Tá passando td na minha cabeça agora
E que tenta me fazer mudar de opinião
Mas eu já tô morto
Não tem explicação
Não sei se foi as estrelas
Ou a constelação inteira
Tentando me fazer desistir
Mais o que eu queria era ter vc aqui
Antes de cometer essa loucura
Que parece mais uma aventura
Queria te dizer:
I died for you!
A Costura do Tempo
No concerto do tempo, onde a memória ressoa,
a roda da costura torna-se volante,
em mãos infantis, nervosas de esperança.
Ali, sob a mesa antiga de madeira,
um mundo se desenha em trilhas e trilhos,
na imaginação fértil que a tudo acolhe.
De ferro e linhas, nascem sonhos motorizados,
o silêncio da máquina transforma-se em estrada,
levando a alma a paragens nunca dantes vistas.
A cada giro, a promessa de um novo destino,
na simplicidade do brincar, a vastidão do universo.
Ah, os primeiros carros, feitos de nada
e de tudo que o coração de uma criança possui.
Éramos inventores, pilotos, aventureiros,
com um fragmento de mundo nas mãos,
tecendo histórias que o tempo jamais apagará.
A criança antevê a felicidade,
não espera que ela chegue para ser feliz.
Hoje, ao lembrar desse recinto sagrado,
onde o riso desafiava o impossível,
sinto a saudade suave como brisa estival,
acariciando o peito, evocando a magia
de quando podia costurar o tempo no chão da sala, meu infinito caminho.
A menina
A menina se olhava no espelho e passava horas chorando, se lamentando por aquilo que ainda nao tem
Ela se maltrata, se humilha e se odeia
Faz de tudo para poder se sentir aceita
Sua alma está morrendo, e sua alegria foi deletada
A menina implora por atenção.
A menina prega sobre amor próprio, enquanto corta o seu rosto com uma lâmina
A menina cancela sua imagem, ela perdeu suas emoções
A menina
A menina está morta.
A saudade
Sonhando acordado todo dia
Me fantasiando com o dia da sua volta
Meu coração ainda exala a tua essência
Minha boca ainda clama por teu nome
E minha alma anseia por atenção.
Me sinto um idiota
Minhas emoções são tão intensas
Tudo isso é um misto de sentimentos.
Mas você
Você não se importa, e nunca se importou
Nunca demonstrou, nunca se expressou.
Se eu dissesse que não sinto sua falta todo dia, seria mentira.
Você arranjou um outro amor
Sinto falta de ser a sua garotinha
Saber que tudo que sentimos era um engano, isso machuca
Tudo acabou
Eu odeio
Eu odeio te amar.
Um aroma úmido,
um pequeno nada,
exala o singular cheiro de terra molhada.
Composto de chão de terra, britas e
fragmentos do cotidiano.
O perfume da chuva
tem aroma de óleo de sândalo,
restaura lembranças
ao passo que apaga os rabiscos do chão.
Perfuma o vento
no entardecer das cores,
limpa a lousa da calçada e da vida,
hidrata nossa esperança
e restaura nossos sonhos.
Voei
Foi assim:
Coração acelerado, isso ocorreu perto das dez.
Quando o avião decolou,
eu subi junto.
A alma foi atrás.
Quanto mais alto ele ia,
menos medo eu sentia.
Foi a primeira vez que não me senti ameaçado pelo medo.
Abriu a porta,
12.000 pés.
Engraçado como tudo fica pequeno daqui.
Tudo fica...
Na aparente loucura causada pela adrenalina, fiz as pazes com a lucidez.
Saltei
e, mesmo no ar,
relutei.
Quando percebi que não tinha mais chão,
voei.
Logo, nós três éramos apenas um:
eu, a alma e o ar.
Engraçado,
tudo fica tão pequeno daqui.
De repente, um grito!
Mudo.
Apesar do maxilar travado, dava para sentir o eco reverberando em minha cavidade torácica.
Qualquer som silencia diante dos céus.
Engraçado como tudo fica pequeno dali.
Foi lá que percebi algumas coisas:
Que o amor não é gaiola e céu,
que é para o alto que nascemos
e que o colo de Deus é infinito.
Não foi salto,
foi entrega,
foi retorno.
Além das Sombras de Ontem
Não me julgues pelo ontem,
onde sombras habitavam um passado distante,
como uma saudade que não sabe ser presente.
Não moro mais lá,
meu ser se desvencilhou das correntes antigas,
como a lua se liberta da noite.
Ao meu passado,
devo o saber e a ignorância,
as necessidades e relações,
a cultura que o moldou e o corpo que me guia,
como um rio que aprende a ser mar.
Não sou mais escravo de seus ecos,
nem de suas sombras persistentes,
que tentam se fazer eternas.
Hoje, sou um novo começo,
liberto dos grilhões que já me prenderam,
caminho firme na estrada presente,
sem olhar para trás, apenas em frente,
como um sonho que aprende a ser real.
Crescer é Perder-se
Se soubesse, criança, como passa o tempo,
Voltavas a brincar com pedrinhas no rio,
Continuavas a sorrir para as borboletas,
Aproveitavas o viver como passarinho.
A vida adulta é pura lamúria,
Tem gosto de saudade e cheiro de chuva.
Queria ter ainda a confiança do abandono,
Quando me esquecia nos braços de Deus,
E era feliz nos desvãos do quintal.
Hoje, crescido, com o controle nas mãos,
Não vivo, apenas existo,
Prisioneiro dos meus próprios medos,
Carregando o peso das responsabilidades.
Se pudesse voltar ao ontem,
Onde o futuro era apenas uma ideia distante,
E cada dia uma nova aventura,
Entregar-me-ia à pureza da infância.
Na simplicidade dos dias antigos,
Encontrava a verdadeira alegria,
E na inocência do meu olhar de menino,
Revelava-se o segredo da vida.
Hoje, vejo-me perdido em meio ao concreto,
Nas rotinas sem cor e sem brilho,
E anseio pelo riso fácil,
Pelo despreocupado viver.
Se soubesse, criança, que crescer é perder-se,
Voltavas a brincar com as formigas,
Continuavas a sorrir para o vento,
Aproveitavas o viver em plenitude.
Hoje que cresci e assumi o controle, não vivo.
Tudo é se der,
Tudo é quem sabe,
E o coração ainda sonha ser menino.
Quem sou estou amando
Estou me aperfeiçoando
A partir do meu próprio esforço
Hoje vejo que consegui
Descobrir o melhor para mim
Afirmo teimosamente
Sou capaz de o melhor de mim
Principalmente de ser feliz❤️
Eu sei o que é melhor para mim
Eu vivo o que sinto
Eu estou no melhor caminho saudavelmente possível
Eu sou capaz apenas de fazer o que está valendo
Estou cultivando amor por dentro
Amor: disso eu entendo
Perto de mim apenas o que me faz feliz
Ouso o meu redor conhecer
Sou capaz de tornar o necessário melhor
Sei exatamente compartilhar para quem irá aproveitar
E tudo com uma motivação: amor em todas as direções
Passo o tempo escovando meu cabelo como se fosse entretenimento
Cuido da minha pele com um cuidado especial
Exercícios diários envolvendo apenas eu e a natureza
A minha aparência é uma demonstração de quem sou
É, eu sei cuidar do meu corpo
Amor não correspondido
eu só queria q vc me amasse de volta
eu só queria q vc percebesseo quanto eu te quero
eu só queria q vc me abraçasse e disse o quanto sente medo de me perde.
Eu só queria q vc tivesse aqui para dizer q isso tudo n passa de uma loucura, mas não vc realmente não me ama;
Eu só queria queria vc me amasse de volta i eu passo dia e noite pensando em vc.
O amor não correspondido dói d+, i isso é triste poder tola-lo, abraça-lo; E o coração é muito teimoso, msm sem esperança instiste em viver esse amor, fazer poesias ,textos para ele, msm arriscando perder a valiosa amizade q existe, e a resposta dele sempre é o silecio i isso dói d+ resumindo: O amor não correspondido é o sentimento mais verdadeiro que existe, pois vive eternamente no coração de qm ama, esperando sem esperança ser correspondido. enfim se decepção ensina eu cansei de aprender é isso eh tudo; As pessoas fala ''vc deve seguir o seu coração'' mas qual parte dele?
Aquele q ficou c ele?
Os q restaram em mim?
Aqueles que me arrenpendi de deixar?
Ou mais pedaços q estão por vir? (segui lá nike.x4).
Domingo é quando desaconteço.
Não me peça poesia — estou despalavrado.
Fico feito pedra que esqueceu de ser chão.
Aos domingos, todo meu rabisco é sem querer.
Asas
Me ensinaram a ser chão,
a ser reto, a ser horário.
E eu fui —
fui sem vírgulas, sem desvios, sem fé,
sem delírios.
Nem andor passava por mim.
Desaprendi de voar
quando adulteci
e virei funcionário da rotina.
Guardei minhas asas na gaveta do
esquecimento,
junto de papéis amassados e promessas
vencidas.
Me acinzentei — mas os olhos, não.
Eles cansaram de ver histórias de aluguel.
Anseio por uma história que ainda não construí.
Meu conto.
Meu próprio folclore.
Quero subir novamente,
nem que seja feito um passarinho de metal,
avião de lata.
Cair para cima.
Acredito que ainda tenho tempo.
Sonhar é verbo com hélice.
Ontem, me lembrei que nasci para o alto.
Reabri a gaveta com dedos de menino.
Achei minhas asas caladas, mas inteiras.
Borrifei esperança nas penas,
reacendi o desejo pelo voo na pele.
E fui.
Voar é desobedecer o peso.
Mesmo que o vento se esqueça.
Mesmo que as asas tremam.
Alcançar os ares é importante —
reaprender a sonhar,
mesmo que o mundo diga: não.
Idade Mídia
Vivemos a era da conexão plena e da desconexão absoluta. Nunca estivemos tão juntos em redes e tão apartados em ideias. Nunca se falou tanto e se pensou tão pouco. A esse fenômeno contemporâneo, poderíamos chamar de “Idade Mídia” — um tempo em que a opinião ganhou status de argumento, e a ignorância, muitas curtidas.
A figura do homo idiota — não no sentido ofensivo, mas etimológico, grego, do sujeito que se abstinha da vida pública e refugiava-se no particular — retorna com força. No período helenístico, esse era o cidadão que ignorava o debate político e voltava-se apenas à sua esfera privada. Mas havia, ao menos, o silêncio. Hoje, o homo idiota não apenas opina: ele grita, compartilha, cancela, vocifera. Tem o direito à fala, mesmo sem o menor interesse pela escuta.
Não se trata de um ataque à democracia — longe disso. A liberdade de expressão é o alicerce de uma sociedade plural. O problema não está na liberdade, mas no esvaziamento do conteúdo. Falamos muito, mas dizemos pouco. Informados por manchetes, formamos certezas antes mesmo de compreender as perguntas.
Seguimos, então, a passos de moonwalker — deslizando de costas, imitando movimento para frente, mas indo para trás. Temos tecnologia avançada, filtros estéticos, inteligência artificial, mas carecemos de diálogo honesto, empatia e pensamento crítico. Avançamos nas ferramentas e regredimos nos fundamentos.
A Idade Mídia é o tempo em que se troca sabedoria por performance, reflexão por lacração, silêncio por barulho. E, assim, com a ilusão de progresso, dançamos rumo à mais elegante das involuções.
Estrelas que me lembram
Trago no sangue o ferro
que já foi coração de planeta.
E há, na minha espinha,
o cansaço milenar das galáxias.
Não nasci hoje.
Nasci quando Deus ainda aprendia
a escrever luz nos espaços.
Sou poeira antiga,
com nome recente.
Memória estelar em movimento —
não de um astro,
mas do instante em que o amor
acendeu o primeiro fogo.
O imediato me fere,
como quem tenta cortar o infinito
com o fio cego da pressa.
Há milênios dentro de mim.
Olho o eterno
porque só ele me reconhece.
O Primeiro Ritmo
O coração é o primeiro.
Não a pele que nos defende,
não o rosto que nos denuncia,
não a ideia que nos inventa.
Antes de tudo, um músculo.
Trêmulo.
Errado de tão certo.
Bate.
Sem saber se há alguém ouvindo.
Lá no escuro,
onde o mundo ainda é silêncio,
ele se apressa em existir.
Compasso clandestino,
riscando o nada com vontade.
O coração começa sem ter endereço.
Sem saber se será aceito,
se haverá colo,
ou ao menos tempo.
Ele bate.
No vazio.
Como quem chama por um nome
que ainda não foi escolhido.
Descobri isso tarde.
Como se costuma descobrir o amor.
Antes do pensamento,
há o susto.
Há o sentimento nu,
sem dicionário,
sem licença.
Descartes quis começar pela razão.
Mas a razão já é medo.
Já é contenção.
Já é tarde demais.
Antes de sermos gente,
somos urgência.
Ritmo.
Vergonha de termos vindo sem convite.
