Poemas para Mulheres que Sao Lideres
Repasso UM(a) mala sem alça
zíper e rodas.
Não me serve mais
talvez te sirva.
Porque pra tudo tem uma salvação!
Vendo óculos
pra quem não se enxerga
e lente de (pouco) contato (físico)
pra quem tem inveja e cobiça!
Vendo cama (nova)
que fizeram para eu deitar
so que nao deitei
apesar de extremamente cansada
da situação!
Tudo acontece
A verdade doí,
a dor machuca,
a morte destrói,
a vida caduca.
O sofrer mata,
o poder ilude,
o querer cala,
o ter discute.
Vem cá pra mim te fazer um cafuné, te dar um abraço de urso e um beijinho.
Mais vem e fica, Tipo Para sempre.
Raiane oliveira
Sonho em voar
E nunca tocar no chão
Sonho em esquecer
Dos momentos ruins que afligem o meu coração
Sonho em poder
Um dia
Só um dia
Poder sonhar
Porque a mim não se entregar?
Nossos olhos a se trocar
Um leve sorriso no ar
Meu jeito intenso e estranho
Porque a mim não se entregar?
Te trago comigo ao pensar
As noites a se passar
Quero lhe conquistar
Porque a mim não se entregar?
Os dias passam lentamente
Seu rosto belo em minha mente
Porque a mim não se entregar?
Chegou e bagunçou tudo
Seus olhos claros profundos
Porque a mim não se entregar?
Enlouqueça
Enlouqueça para sentir
Fique louca e dance, pule
Beije aquela boca na rua e sinta a vibração da música tocar dentro de si
Fique louca
Fique ousada
Fique atrevida
A loucura liberta.
O que seria da lagarta sem a loucura do casulo?
Jamais seria borboleta pra loucura do vôo.
Enlouqueça e viva
Fique louca e se jogue sem medo de mudar
Fique louca e jogue sem medo de amar
Enlouqueça e quebre as regras da sanidade
Retire as máscaras que te impedem de viver
Enlouqueça e viva
Simplesmente viva a deliciosa loucura que é viver.
Kátia Osório
Agora
o poema tem outra causa.
Seu efeito, lume ofuscado,
pousa
ainda
na concretude fixa e fiel
do corpo da palavra
vaza.
Depois,
o signo escorre
e brilha o seu sêmem,
penetra a cavidade e,
finalmente, fecunda o
óvulo da palavra.
Outro poeta
O poeta sempre é outro
não esse que se propõe.
Não essa fissura aberta
no intermeio do verso,
não esse suposto vago.
O poeta é outro, sempre outro.
À parte da teogonia de Hesíodo,
só essa camada de fibras e folhas,
só um ser assim sem as premissas,
o poeta não é esse suposto e visto.
O poeta é outro, sempre novo.
É sempre esboço, tem de ser,
sempre garatuja que se mostra,
busca que se deixa exposta,
desencontro, aniquilamento.
O poeta não é todo sentimento,
às vezes ele é régua e compasso,
às vezes é aço, ferro e cimento,
pátio vazio, concreto em branco.
O poeta é outro, sempre torto.
Viés de caminho, voz de dentro,
oblíquo, adunco, gauche, penso.
A dissidência, a vida mundo, vida
poesia nos pedaços desse tempo.
O poeta que socializa o verso, escreve pra todo mundo, alcança o professor e o operário. Faz versos como quem diz a todos, sem distinção, sem encastelamento, sem torre. Dissemina o verso, contamina a moça do caixa, o feirante, a balconista. Poesia não é só isso ou só aquilo, poesia é aquilo e isso junto.
Há poetas de comunicação e poetas de experimentalismos. Sou afinado e aprecio os do primeiro tipo. Não que os outros me desagradem, ou que eu tenha restrições em lê-los. Leio de tudo. Amo ler poesia.
Mas quando penso no poder que a poesia exerce em quem tenha habilidade de compreendê-la e se utilizar dela, penso igualmente em quem dela não se beneficie por ser demasiado hermética e reservada a uns poucos privilegiados.
Salvo a afirmação que brilhantemente Guimarães Rosa aponta "Antes o obscuro que o óbvio", há que se encontrar um equilíbrio. Um meio termo entre o que se dá sem nenhum desafio ao leitor e aquilo que se fecha tanto que o afasta.
Poesia tem que circular em muitos meios. Livre. Poesia, entre outras coisas, tem que comunicar.
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