Poemas Olavo Bilac sobre Patria
"Deus nos perdoa e portanto nos aceita como amigos novamente, como convidados para ir ao Céu conviver com Ele pelos séculos dos séculos. Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou a pedir na oração do Pai Nosso: 'Perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tem ofendido', e se nosso conceito de perdão se resume à exclusão da presença da pessoa perdoada, Deus fará assim mesmo conosco. Perdão de verdade é perdão ao modo do amor divino, e não existe outro. 'Perdoar' e excluir a pessoa é vingancinha, birrinha de gente que não tem a mínima noção do quanto e como Deus nos perdoa, até os limites inimagináveis."
"Há pessoas tão puras, no seu próprio entender, que não se conformam com a idéia de que o perdão divino elimine o pecado do campo da realidade eterna. Querem porque querem que sempre sobre alguma coisinha. Nem de longe percebem que isso contradiz na base a noção mesma da bem-aventurança eterna."
"A idéia de um Deus que perdoa ou condena quando bem lhe dá na telha é islâmica, não cristã. Deus comprometeu-se a respeitar o perdão sacramental até o fim dos tempos, e nada O fará mudar de idéia. Ele pode estender o perdão a pessoas que não receberam a absolvição sacramental, mas não tirá-lo dos que a receberam."
"À intransigência feroz que devemos colocar na defesa de valores e princípios que são superiores a nós corresponde, simetricamente, a presteza que devemos ter em perdoar, sem discussão nem nhem-nhem-nhem, toda ofensa pessoal que recebemos."
Nossos pecados vão deixando pelo caminho um rastro de lixo cósmico que nenhum esforço humano poderá jamais limpar. A ânsia de 'salvar o planeta' não passa da fantasia projetiva de uma culpa coletiva que se camufla em sujeira material — exatamente como a de Lady Macbeth, que reprime a consciência do seu crime lavando obsessivamente as mãos.
Existe algo no meu modo de ser que excita a imaginação odienta de algumas criaturas até levá-las à completa demência. Não sei o que é, mas suspeito que a simplicidade do óbvio ofende brutalmente quem não o percebeu antes.
Ver um filme -- qualquer filme, mesmo ruim -- é como sonhar. Se alguém fala com você, o sonho acaba e não emenda mais. Talvez no dia seguinte, ou na outra semana, quando a conversa desapareceu da sua memória.
A idéia de 'engenharia do consenso' é a mais imoral que já passou pela cabeça de um falso amante da democracia. Ou você respeita o consenso já existente, formado pelo tempo sem engenharia nenhuma, ou só aceita um povo que você mesmo adestrou para pensar como você.
Há anos não tenho outra ocupação senão buscar vinte e quatro horas por dia a verdade da existência, até quando estou dormindo. Tudo o mais, para mim, é frescura e encheção de saco, inclusive aquelas coisas que as pessoas em geral consideram as mais interessantes e divertidas. Inclusive uns noventa por cento daquilo a que chamam 'filosofia' e 'religião'.
Como Deus criou o mundo muito antes de nos enviar Moisés e o Pentatêuco, e como Sto. Tomás ensina que nós falamos com palavras mas Deus fala com palavras, coisas e fatos, tenho como orientação pessoal - que nunca me falhou mas não posso impor a ninguém -- entender à Bíblia à luz da realidade conhecida e não espremer a realidade para fazê-la caber na Bíblia.
Se, antes de começar a ler a Bíblia, você já não soubesse o que é Céu e o que é Terra, não entenderia nem o primeiro versículo do Gênesis.
O passado só determina o quadro de possibilidades e limites das nossas ações, nunca as ações mesmas.
Só existe um controle social eficiente: um povo que não quer fazer o mal. O resto é tudo engenharia do absurdo.
A coisa mais inútil do mundo é tentar harmonizar 'religião e ciência'. Ou a religião engole a ciência e produz uma melhor, como já fez em outras épocas, ou até a ciência acaba virando loucura, como já está acontecendo, e harmonizar-se com ela é submeter o superior ao inferior.
Nunca esperem de mim que eu assuma os ares de alminha pura escandalizada. Muito menos que eu tente me fazer passar pela Voz do Senhor. Deixo isso para quem vive disso.
Que existem processos mentais inconscientes, ninguém pode negar. O que me parece duvidoso é que exista um inconsciente pessoal, perfeitamente individualizado, como se fosse um segundo eu que nos acompanha vida a fora. O inconsciente me parece antes uma rede de esgotos por onde escorre toda a merda ambiente, assim como uns embriões de pensamentos ainda não pensados, semi-idéias em estado larval.
'Inconsciente' e 'individualidade' me parecem termos antagônicos. Só a vontade consciente nos individualiza.
O problema com os liberais e libertários em geral não é de ordem doutrinal, pois doutrinariamente eles estão certos em quase tudo. É que doutrinas não dão inteligência política a ninguém, e a política não é nunca uma questão de doutrina e sim de percepção das situações concretas.
O liberalismo é a condição de possibilidade de uma guerra cultural assimétrica contra o Ocidente. Ele é parte do problema e não da solução.
Os computadores e a internet, em si, são um imenso benefício para todas as atividades intelectuais. O problema é que pessoas incapazes de absorver mesmo doses moderadas de informação se vêem de repente submetidas a um bombardeio informático. No mínimo, isso infunde nelas a ilusão de que estão por dentro de todos os assuntos. Na verdade, para tirar proveito da internet o sujeito precisa ter as habilidades conjuntas de um pesquisador acadêmico, de um jornalista e de um oficial de informações. O número de pessoas que tira real proveito da internet é ínfimo. Que fazer pelas outras? Bem, da minha parte já faço o que está ao meu alcance: procuro desenvolver nos meus alunos aquelas habilidades conjuntas.
Não tenho nenhum hobby em especial. Tudo o que faço me proporciona imenso prazer, sobretudo estudar, escrever, dar aulas, conviver com a minha família maravilhosa e com os meus amigos, comer, amar, rezar, dormir. Se tivesse tempo livre, iria caçar e andar a cavalo, coisas que fiz muito na infância. Música, ouço de vez em quando, mas sempre as mesmas, principalmente Mozart e Wagner. Filmes, já vi todos os que queria ver.
Há dois tipos de pessoas: as que aprendem por indução e as que primeiro precisam conhecer a regra geral para depois reconhecê-la na prática. O aprendizado da gramática é necessário a ambas, mas em momentos diferentes. As do primeiro tipo (e eu mesmo estou entre elas) devem acumular uma grande experiência de leitura antes de ter a primeira lição de gramática, porque já terão aquela experiência que lhes permitirá reconhecer do que a gramática está falando. Mas há pessoas que precisam estudar gramática primeiro. O educador é que tem de ter o tirocínio para perceber o que é melhor para o seu aluno.
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