Poemas Olavo Bilac sobre Patria
A ignorância, o esquecimento, o entorpecimento, o emburrecimento, nos persegue o tempo todo. A hora que você entende que você é assim, você entende que a humanidade também é, e que esse é um dos mecanismos fundamentais da história humana.
Aquele que espera entender algo da realidade analisando as palavras da Bíblia, em vez de primeiro sondar a sua própria experiência interior para então poder saber do que a Bíblia está falando, esse atua na pura esfera do automatismo verbal desprovido de profundidade e densidade. Isso não é ler a Bíblia: é estragá-la.
Se a filosofia é o amor à sabedoria, ocupação de amantes dispostos a pagar com a vida o preço da sua conquista, a poesia é, em contrapartida, o amor que a sabedoria tem até mesmo pelos homens que não a amam, e que, desatentos e dispersos, não podem escapar de receber ao menos um pouco dela, forçados a isto pelo corpo, que não escapa ao fascínio da harmonia e do ritmo.
Os mortos, coitadinhos, só pedem que ouçamos suas vozes extintas e tentemos compreendê-los com realismo e compaixão.
Não dá para provar se Deus criou o universo ou não, mas dá para provar que, se não foi Ele, não foi ninguém mais — muito menos o próprio universo. A prova é simples e já a enunciei mil vezes. O universo só se tornou possível graças às proporções matemáticas que o moldaram. Se foi assim, e toda a ciência prova que foi, então essas proporções já eram válidas desde antes da criação do universo. Mas, para que algumas proporções fossem válidas, era preciso que todas fossem válidas, que a razão matemática INTEIRA fosse válida eternamente, acima e independentemente do próprio universo. Mas como ela poderia ser válida se não contivesse em si mesma o princípio da sua própria inteligibilidade? A Razão que tudo molda e explica explica-se a si mesma e de nada depende. Isso é o Logos divino. Ponto final.
A França foi o centro cultural da Europa muito antes das pompas de Luís XIV. Os ingleses, antes de se apoderar dos sete mares, foram os supremos fornecedores de santos e eruditos para a Igreja. A Alemanha foi o foco irradiador da Reforma e em seguida o centro intelectual do mundo -- com Kant, Hegel e Schelling -- antes mesmo de constituir-se como nação. Os EUA tinham três séculos de religião devota e de valiosa cultura literária e filosófica antes de lançar-se à aventura industrial que os elevou ao cume da prosperidade. Os escandinavos tiveram santos, filósofos e poetas antes do carvão e do aço. O poder islâmico, então, foi de alto a baixo criatura da religião -- religião que seria inconcebível se não tivesse encontrado, como legado da tradição poética, a língua poderosa e sutil em que se registraram os versículos do Corão. E não é nada alheio ao destino de espanhóis e portugueses, rapidamente afastados do centro para a periferia da História, o fato de terem alcançado o sucesso e a riqueza da noite para o dia, sem possuir uma força de iniciativa intelectual equiparável ao poder material conquistado.
Acreditar em certos fatos porque a fonte é confiável é “religião”? Quem fez mais coisas extraordinárias pelo bem da espécie humana do que Nosso Senhor Jesus Cristo? Você conhece alguém mais confiável? Se Ele diz que é o Filho de Deus, quem sou eu para duvidar? Se Ele manda fazer tais ou quais coisas, não devo pelo menos tentar fazê-las, na medida das minhas forças modestíssimas, na esperança de um dia conhecê-Lo e estar com Ele na eternidade, conforme Ele prometeu? Isso é “religião”? Para mim é simples bom senso.
Aderir a uma idéia por simpatia imediata, sem ter idéia das suas fontes e das grandes correntes culturais, políticas, religiosas e ideológicas em que se insere como instrumento, é ser feito de IDIOTA. E, como já expliquei, o idiota útil é sempre idiota demais para saber a quem é útil.
Prestem atenção. Pela MILÉSIMA vez: Não há uma só idéia na sua cabeça que seja da sua própria invenção, que não tenha uma história de séculos ou de milênios e que não seja parte de uma corrente histórico-cultural que talvez não pareça ter nada a ver com ela. A coisa mais importante, para quem começa a estudar filosofia, é rastrear uma a uma as origens das suas idéias mais habituais e queridas e descobrir que deixar de ser um idiota útil É TRABALHO PARA MUITAS DÉCADAS.
Só indivíduos anormalmente simples e sinceros conseguem sentir-se à vontade na condição de pecadores crônicos que contam com a paciência divina para ajudá-los a livrar-se progressivamente do pecado sem grandes dramas ou encenações de arrependimento exagerado. A maioria escolhe entre revestir-se logo de uma carapaça de santidade postiça — compensando o desconforto mediante vituperações histéricas da imoralidade alheia — ou proclamar que o pecado está certo e Deus é que é o errado.
Mutatis mutandis, nenhuma argumentação filosófica pode nada contra uma teologia, a não ser que ela própria se transforme numa espécie de teologia invertida, que negue aqueles fatos em vez de afirmá-los -- com o que deixará de atender ao princípio da auto-inteligibilidade e, portanto, de ser uma filosofia.
NÃO HÁ mais forças políticas mundiais em que uma consciência cristã possa buscar abrigo. Todas são demônios. Estamos sozinhos, nossas forças estão espalhadas e esfareladas pelo mundo, e nossas lideranças estão infestadas de traidores. Mas se você não tem sequer a coragem de enxergar a realidade, como pode ter a pretensão de mudá-la? Este é o primeiro passo: reconhecer que não temos protetores no mundo. Nossa proteção está em Deus e somente n'Ele.
Nada melhor do que sabermos que há pessoas que se importam conosco, desejando o nosso bem estar, sem exigir nada em troca. Este é o grande sinal da verdadeira amizade.
No Brasil é assim: Quanto menos você entende uma idéia, mais se sente inclinado a falar do autor dela num tom de infinito desprezo, para dar a si mesmo a impressão de que a incapacidade de compreender é um tipo de superioridade.
Quando Jesus disse: 'Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida', Ele deixou claro que a Verdade nunca está NO discurso, mas em algo para o qual o discurso aponta sem poder nunca abrangê-lo. A Verdade é alma e espírito, não texto.
Os que berram 'Chega de discussões entre intelectuais! Precisamos agir!' ignoram que foi com 'discussões entre intelectuais', com livros e mais livros, que a esquerda conquistou metade da elite e escravizou a outra metade, privando o povo de todos os meios de ação.
É impossível explicar a força da revolução cultural a pessoas sem cultura.
Sobretudo, o homem capaz de viver a experiência profunda do amor, é capaz de conduzir-se na solidão.
Na esfera da inteligência rege o princípio da abundância: quanto mais falta, mais dá a impressão que sobra.
Corporativismo universitário existe por toda parte. As atividades intelectuais tornam-se profissões regulamentadas pelo Estado e burocratizam-se até o último grau da chatice. A diferença específica do Brasil é que aqui a corporação é toda de incapazes. É a ignorância espancando a inteligência com um porrete estatal.
"A sentença de Hugo von Hofmannsthal – ‘Nada está na realidade política de um país se não estiver primeiro na sua literatura’ – é tão verdadeira e profunda, que pode ser aplicada à análise das situações políticas desde vários ângulos diferentes, sempre rendendo algum conhecimento."
Antonio Gramsci estava CERTÍSSIMO quando disse que quem faz a revolução são os intelectuais. E Georg Lukacs estava igualmente certo ao dizer que o proletariado em nome do qual os intelectuais falam não é o proletariado existente, mas apenas o 'proletariado possível' que eles mesmos planejam inventar.
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