Poemas Nao quero dizer Adeus
Não me acho bonita,
Nem também feia,
Não me acho cheia de grandes qualidades,
Nem também repleta de defeitos.
Sou apenas o que sou,
Não o que dizem ser,
Só Deus juga e sabe quem somos,
E é atravez dele que nós devemos nos ver!
Vida
Gosto quando me levam por aí.
Mas não ocorre toda noite.
Noites cujos epílogos são prenúncios
Aos mistérios que abrigam as madrugadas.
Quentes ou frias... Madrugadas.
Vejo aviões passando tão perto desse lugar,
Vejo jovens mulheres... Quem sabe, mulheres...
Almas mercando corpos nas esquinas.
Portas fechadas... Silhuetas nas penumbras...
Carros aproximando... Vidas expostas... Prazeres unilaterais.
Falsas euforias contracenam com a angustia da vida real.
E o valor do "amor" negociado.
Jovens entorpecidos errantes e aflitos na turva visão
Dos pares de faróis em meio aos frenéticos movimentos.
Do outro lado, a iluminada Rosa Vermelha inicia a Vermelha.
Rosas vermelhas representam o ápice das paixões... O sangue... A carne.
"Still Loving You" fazendo trilha neste "trailer" da vida... "Time, it needs time..."
A vida mudando e ainda assim é bem conhecida.
Mais a frente, parecendo um farol... Esse mistério que te envolve...
E o mistério persiste.
Cruzo túneis, depois deles tudo é tão normal... Tão sóbrio.
Contrastes com a louca sedução dos lugares que ficaram para trás.
Do Tempo
Agora não é tarde,
Mas também não é cedo.
Há um espaço que não existe,
Um vácuo, um hiato.
O tempo aqui não se conta,
Ele não adianta nem atrasa os ponteiros.
Aqui nada move à primeira vista,
Mas tudo muda de lugar o tempo todo.
O tempo aqui é curto,
Mas também é longo,
É uma breve eternidade.
Não avança, nem retrocede.
É uma sucessão de erros perfeitos,
E de acertos equivocados.
O tempo aqui se cansa,
E recosta num passado,
E se esfrega, se roça, até arrancar farpas.
...E se purifica por um segundo.
Pensamentos
Sirvo meus pensamentos
Em taças de pouco valor.
Não há qualquer bebida excêntrica,
Nem intenção de embriagar quem ingerir.
Sóbrios, cuja certeza tenho que não farão mal,
Embora não saiba que bem possam oferecer.
Distribuo meus pensamentos vãos,
Espalhando-os por toda parte.
São vazios preenchendo espaços.
Os meus pensamentos vis dedico
A todos personagens desinteressantes,
Folclóricos, lendários ou do meu imaginário.
Fiquem com meus pensamentos,
A eles peço que façam aquilo que desejarem.
Dou-lhes a liberdade de guardá-los ou não.
Nos meus pensamentos bons estão meus sonhos,
A cada momento retornam em diferentes formas,
Oriundos de uma mesma história.
Meus pensamentos que foram servidos,
Já não me servem mais.
Invólucros sem conteúdos,
Imaginações sem idéias,
Desejos sem sentimentos.
Meus pensamentos que distanciavam de mim,
Não vão muito além daqui.
Cansados,
Confusos,
Descrentes...
Naufrágio
Não falas do naufrágio,
Das noites tempestuosas,
Dos mastros partidos,
Das velas rasgadas,
Da nossa falta de rumo.
Da água invadindo
Nossa frágil embarcação.
Não falas da ausência das estrelas,
Dos clarões emanados das densas nuvens,
Que nos cobriam pesadamente.
Das preces pelo fim da noite,
Dos esforços para sobrevivermos,
Da ausência de um lugar
Onde descansar nossos corpos,
Desfalecidos pela luta desigual.
Não falas de nossa sobrevivência,
Que não aconteceu.
Este Mundo Sem Razão
Se não houvessem fronteiras, não haveriam as guerras,
Certamente haveria um mundo melhor sem elas.
As fronteiras distinguem as pessoas,
As distinções geram preconceitos,
E preconceitos promovem conflitos.
Somos iguais, somos feitos da mesma matéria,
Nossas diferenças não estão em nosso DNA
Ou em nossas digitais, como nos fazem crer.
Elas estão em nossa forma de pensar,
Na maneira como olhamos nossos semelhantes.
Estamos impregnados de preconceitos,
Por não nos enxergarmos como almas,
Enquanto que, o que temos aqui,
Nada mais que este nosso corpo,
Este "equipamento" necessário para vivermos,
Neste planeta que habitamos.
Enquanto o respeito for dado apenas àqueles que
Se apresentam pelas roupas que vestem,
Pelos seus ternos, pelas suas gravatas,
Não poderemos esperar por um mundo mais justo.
Enquanto não entendermos os que tem fome,
Os que agonizam pelas doenças que dizimam,
Não poderemos esperar por um mundo mais humano.
Mais que lugarejos, porém, nações inteiras morrem,
Vidas desprezadas, vidas que já nascem mortas.
Pela fome, pelas doenças, pelas guerras...
Almas que perdem seus corpos,
Corpos que perdem suas almas...
Quando se quer, faz
De que adianta querer e não poder
Poder e deixar de fazer
Fazer sem que possa entender
Entender e não saber o porquê
Talvez até mesmo saber
Mas nen se quer querer ver
E se ver, fingir não perceber
Quando perceber, querer desfazer
Fingindo não saber e não entender
Que pra se ter e fazer
Mesmo que a gente não possa
Primeiro é preciso querer.
Teu cheiro vem com o vento do amanhecer,
O gosto da tua boca sinto em outras bocas,
Coisas que não saem assim tão rapidamente.
Sim, estou vivendo, todos os nossos momentos.
Não sabia que te amo tanto, não sabia que iria te perder
E o que faço agora?
Como posso viver desse jeito?
Sangrando por dentro, sem ar, sem vontade,
Sem você.
Algo aqui luta por mim
Não sei direito como dizer
Simplesmente o que me ajuda é o amor que sinto por você.
Amor, porque tenta me ajudar?
Amor, porque vem me dar esperanças?
Se você me disse adeus e eu apenas aceitei
Ficar sem você é um pesadelo que agora em diante viverei.
Ser ou não ser, eis a questão.
Se você for, eu não ligo
E se não for, não me admiro.
Muitas são, não me importa, você é ou não?
Caso seja não esquento,
Pois de tudo um pouco agüento,
Mas a duvida me insiste.
Porque não perguntar se é ou não é?
Não suporto a tal questão.
Gostaria tanto de saber
E sabendo compreenderia coisas que hoje não entendo.
Temo falar com você e ser mal interpretado,
Nunca estive tão angustiado em querer saber algo
Que meche com a razão, pois, você é ou não?
É a pergunta que não quer se calar
Em minha cabeça não paro de pensar.
Não consigo esquecer e não vejo uma saída
Tenho que saber se você é ou não é
O amor da minha vida.
Maria
Marias foram sumindo no tempo
Não nascem mais Marias
Quanto anos tinha Maria?
Não nascem mais Marias?
Maria era a mãe da vó de Maria
Depois ficou Mariazinha
Porque era a ultima Maria
As Marias eram tantas
Que tantas mulheres se chamavam Maria
Até os homens se chamavam Maria
Mario,José Maria ...
O tempo passa até que Maria virou rosa Cristina
Virou Sabrina
Mas a mãe de Sabrina morreu
Rosa Cristina virou de novo Maria
Maria Rosa ,Maria Cristina
O tempo abala de novo Maria
Virando Marisa ,Mariana ,Mirian,Marcia
Mario,Marta...
E assim as Marias sobrevivem
E de novo começa Maria ...
O tempo pode nos destruir, eu não vejo ele como um aliado da felicidade e sim como um amigo do desprezo e da solidão.
Ele pode até te acalmar, escondendo as coisas, as deixando menos perceptiveis, mas isso é apenas uma mera ilusão, na verdade ele planeja o seu fim, colocando todas as coisas que omitiu de volta a tona e com o dobro de intensidade.
É ele quer te ver no chão, porque quanto mais ele passa, mais proximo fica o dia de tua morte.
O ser humano não funciona sem pressão.
Somos capazes de pensar que somos diferentes.
Mas, se ninguém mais induzir a pensar o ser humano apenas vegeta.
Aquilo que não se pede é algo que vem por si só...
É algo que vem de surpresa.
É algo que vem por prazer e imensa vontade.
É algo que vem como o amor.
Basta querer para acontecer, mas para ter é preciso esforço e merecimento.
Vem... pode entrar, mas não precisa arrombar a porta
Porque ela já esta aberta te esperando
À muito tempo...
Guarda pra mim meus sonhos no seu bolso
Porque vou atrás de mais um pouco
Se eu não voltar pode ficar com os meus
É sinal que encontrei o caminho certo...
Não messas o que tenho por ti,
pois, tudo, ofereço-te com
verdade;
Serei o melhor para você, e, se
me amares, será o bem de
minha vida;
Te desejo dia após dia, mas não
tome cuidado comigo, porque,
por ti vivo de um Amor
constante;
Digo que te quero, e, confirmo
que te amo, não de um amor
simples, mas simplesmente de
um Amor Especial e Vibrante...
... intenso, é o que tenho por ti,
e sua imensidão, invade um
curto espaço, o meu coração.
Não messas o que tenho por ti,
pois, tudo em mim é seu de
verdade... Sou o melhor para ti,
e se me amares, um pouco,
serás o bem da minha Vida.
Não sabe o que sinto ao escutar
sua voz vir sussurrar ,e me tomar o alento
Palavra paradoxal para usar
Porém nada explicaria melhor ,este confuso momento
Assim como a distancia que magoa
Eu resumo minha escolha
Em emoções e fundamentos
E hoje embora eu esteja á pensar
Que não deveria –lhe falar, daquele medo
Talvez ainda não seja tarde,
pelo que sinto tarde está longe
E é melhor algumas vezes a saudade,
Do que perto,
eu sentir você distante
Eu prometo não chorar
Mas apenas se vc sempre falar
Que está feliz,
mesmo que eu não saiba onde
Mas agora ao meu ver,
não demonstro isso a você
Porém é o medo de te perder e de não transparecer
Que o agora, é importante.
Até mesmo, para meus novos horizontes
Por um futuro prosperante
Mas que anseia ser sempre,
copartilhado com vc
Infelismente a sociedade não é justa
Ela não compartilha de subjetivas ideologias
Mas é evidente que a integridade é fajuta
Pois não há etica e moral nos nossos dias
Ninguém precisa inventar um passo
As vezes é facil seguir a musica
Mas se a ti convém quebrar o laço
Precisa se acostumar com quem te julga
Nos esquecemos do que é importante
tem gente que sempre inventa uma nova
Vamos nos lembrar de quem veio antes
E é vc que corre o risco de ver fechar-se outra porta
Não é algo que vai ser semelhante
Ao que já viveu, chorou e ainda chora
Talvez isso seja o que te levará adiante
Talvez seja isso ,que faz os outros irem embora
Todavia o ciclico será constante
Se ontem chorou hoje sorriu e amanhã chora
Retorna o choro, assim como o meliante
Que sempre aumentará às suas historias
Para se viver em sociedade,
Terá que escolher ser a vitima ou o torpe sujeito.
Mas com isso terá de aprender os caminhos
Que te levarão aos muitos, que te deixam sozinhos
Ou te levarão aos poucos ,que não dizem serem perfeitos
E isso diferenciará os melhores, dos piores sujeitos
Eu não vou prometer pra mim mesma
Que chorarei pela ultima vez
Eu sei que não existe uma maneira
De nada disso desaparecer.
No refrão mor da musica
No apse da minha tristeza
Sem motivos para não ter esperança
Sem esconder os meus erros
Eu procuro ainda duvidar
Mesmo que eu tenha certeza
E mesmo que eu acabe em pedaços
Assim como aquelas cartas que eu rasguei
Eu sei que nada que eu faço
Poderá apagar rastros que eu deixei
Não deveria- me questionar agora
Aos poucos chega minha hora
Afinal isso foi tudo que eu busquei.
