Poemas Nao quero dizer Adeus
Explicação sobre os meus poemas:
Eu comecei a escrever para me aliviar, uma vez que eu tinha um copo com uma fenda. Sempre que enchia o copo com água, ela escorria pela fenda e o copo voltava a esvaziar-se. Porém eu não queria comprar outro copo ou arranjar aquele, uma pessoas sempre o enrolavam com fita cola quando via o copo e dizia para eu comprar um novo, mas eu não queria um novo copo, embora depois de um tempo na fita cola saísse e tudo se voltasse a repetir. Eu estava com medo que a água não esperasse até eu encontrar outro como que eu gostasse ou não esperasse até o copo ser arranjado. Eu tinha medo que a água se fartasse de tudo e que eu nunca conseguisse ter um copo cheio. Então com a escrita tentei arranjar o copo, embora ela só evitasse com que ele se abrisse mais.
P.S.: Isto não é sobre copos
No silêncio de São Luís,
O pin-hole revela segredos,
Poemas datilografados,
Um passado que o futuro carrega.
Entre ruas de saudade,
A máquina Hermes Baby dança,
Letras como memórias antigas,
Marcadas nas páginas do tempo.
Celso Borges entrelaça versos,
"O futuro tem o coração antigo",
Uma ode à nostalgia, ao encanto,
Onde a poesia abraça a imagem pin-hole.
No Instituto Federal do Maranhão,
Estudantes, fotógrafos da alma,
Capturam instantes com pinças de luz,
Diálogo entre texto e imagem se faz.
No livro, o projeto gráfico é trama,
A estética crua do pin-hole ecoa,
O digital rende-se à máquina,
Uma sinfonia de passado e presente.
Nas páginas escaneadas, a cidade
Respira poesia, respira história,
Um livro que sussurra segredos,
"O futuro tem o coração antigo".
Oceano
Conversávamos sobre seus poemas e poesias, segurando suas mãos, agradeci, herdei o dom de irradiar emoções com palavras.
Somos silenciosos, mas com papéis e canetas escrevemos oceanos de sentimentos, e aqui, pensando em como você me suplicou para ser feliz, eu alago o nosso oceano com lágrimas, inundando o papel.
Não sei se serei plenamente feliz como você espera, pai, mas ao seu lado, sempre estive e serei.
Escrevendo poemas,
Morrendo dia após dia
Minha vida é uma peça de teatro
Onde eu sou o protagonista
Sonhos, pensamentos e visões
Estranhos...
ou
Distópicos?
Sonhar poemas e escritas, que vão:
além-túmulos,
além camas e divãs.
Além, além, muito além!
Firmes e acabadas,
as palavras são criadas enquanto durmo,
mas fenecem ao raiar do Sol,
logo ao me acordar.
Então, matuto:
__ Para onde foram, afinal?
__ Seguem para um mundo paralelo?
__ Ou para outra dimensão de mim mesma,
... para, assim, esculpidas no sutil,
permanecerem gravadas na minh'alma?
. . . Pontos interrogam.
! Exclamações ! advogam e me perguntam (?)
, . As vírgulas e o ponto final, calados, não se expressam.
Mas, todos juntos, compõem, em surdina, vários mundos entre si!
abril/2021
Os poemas que líamos juntos, foram escritos por nós dois.
Fomos autores da nossa própria história, e quando você partiu, tornei-me um livro incompleto, uma narrativa sem fim.
As pessoas tentam-me ler, mas as páginas estão incompletas e as que ainda existem, eles não intendem. Talvez ninguém nunca saberá ler-me da forma que você me leu.
Talvez eu te conte como eu te queria
Sobre o que eu realmente sentia
Talvez você leia meus poemas
Talvez eu escreva mais sobre esses sentimentos
Talvez você me leia algum dia
Jardim de Poemas
No jardim de poemas encantados,
Onde as palavras florescem e dançam,
Versos brotam, coloridos e alados,
Numa sinfonia de rimas que avançam.
As estrofes, como pétalas em flor,
Desabrocham em versos aveludados,
Cada palavra é um canto de amor,
Nas entrelinhas de sonhos encantados.
No jardim de poemas, a poesia é rainha,
Seus versos são tesouros a descobrir,
Em cada estrofe, uma história que se aninha,
Em cada rima, um suspiro a se ouvir.
E lá no centro desse jardim celestial,
Encontra-se a fonte das inspirações,
Onde poetas imortais encontram seu pedestal,
E fluem versos de todas as emoções.
Nas folhas das árvores, versos são escritos,
Pelos ventos, são levados a distâncias sem fim,
No jardim de poemas, os sonhos são descritos,
E o amor se faz presente, como um lindo jardim.
As flores exalam poesia no ar,
Enquanto borboletas leem cada verso,
Cada linha é um convite a viajar,
Por esse jardim, onde o encanto é disperso.
No jardim de poemas, a alma se desnuda,
E encontra-se a verdade na simplicidade,
É o refúgio daquele que busca,
Um abrigo nas palavras da felicidade.
Então adentra nesse jardim encantado,
Deixa-te levar por essa doce melodia,
Em cada verso, sentirás-se abraçado,
No jardim de poemas, encontrarás a poesia.
POEMAS TRISTES
Poemas tristes, são gemidos da alma, presente
Cansados de poetar pesar, cansados de chorar
Poemas que cantam o canto tão sofregamente
E para depois no verso, então, a dor lacrimejar
Vagam neles o desencontro, o engano somente
Como a solidão no sentimento a desconchegar
Que parte a emoção no perdido sonho da gente
Poemas tristes... vós sois a frustração a poetar
Versam, com o olhar comovente, sem vontade
Traçando com sensação aquela dura saudade
Num refrão de apatia e de infinita insatisfação
Ah! poemas tristes, quanta narração sombria
Quanto sussurro e nostalgia, na infeliz arrelia
Arrancando suspiros e prantos da inspiração
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 junho, 2023, 15'20" – Araguari, MG
~Poemas autoritários~
*escrever é um passatempo*
ESSE É MEU ÚLTIMO POEMA SOBRE VOCÊ
esse é meu último poema sobre você,
acho que eu deveria te esquecer.
juro que tentei,
logo eu que tentei tanto,
que acabei me machucando.
eu só estava procurando,
ou melhor me enganando,
porque estava tentando achar em você alguém que você não era.
você nunca foi a pessoa errada no momento certo.
Você era a pessoa certa, mas não para mim.
acho que por isso acabou assim…
esses dias me perguntaram
“ O que é se apaixonar para você? “
eu certamente não soube o que responder,
mas quando tocaram no assunto do que é o amor,
eu só lembrava de você.
acho que depois finalmente
aprendi a viver,
viver sem você.
estar contigo foi um sentimento maravilhoso,
mas precisei fazer muito esforço,
você indo, foi um alívio,
foi um prazer te conhecer,
mas não era pra ser…
todos os dias eu pensei
e uma mensagem quase mandei,
mas percebi que se tivesse mandado,
seria muito inusitado,
a saudade bateria no meu peito
e teria que arrumar um jeito
de explicar pra ela que não é recíproco,
seria um equívoco.
eu não sei mais o que te falar,
é que as coisas pareciam rasas demais,
logo eu que gosto de me aprofundar,
meu primeiro amor foi o oceano,
mas me afoguei,
pois fundo demais mergulhei,
e ele era raso,
com você eu esqueci desse aprendizado.
~ biazottix
Perco os melhores poemas enquanto mastigo o pão
entro no devaneio das preciosas palavras
– Para quê?
Não me recordarei depois…
E, enquanto mastigo a massa cozida, coesa, comprida
invento canções e alaridos
das rimas sou anjo cupido
e não há caneta e papel
nem mesmo azeite com mel
para celebrar a poeta
– a poeta que sou lá!
no mundo onde ninguém me vê
na escuridão das intempéries
no exausto labor do encontro
de tudo o que poderia vir
e nunca veio
de tudo o que poderia ser
e nunca é
com tempos verbais débeis
ou verborragias
com lacunas e frestas
com enfeites ou peças
nada existindo outra vez
e o pão escorrega seco goela adentro
talvez ele encontre os versos em mim
que eu
… eu ainda não me dei.
SOMBRAS
Guardo poemas soturnos e cinzentos
Numa inspiração desbotada, sem luz
Suspiro no verso sentido, que traduz
A minha poética, cheia de tormentos
Tem tons, inquietos, ais e lamentos
Nos sussurros, a poesia me conduz
Choro e apertos numa pesada cruz
Poetizando estes árduos momentos
E cada sentimento, então, aí figura
Sofrência, enchendo de desventura
A prosa que só queria, apenas amar
E triste, poeto e sinto, sofro e enleio
Vejo tudo feio, tenho o coração cheio
E, a noite sombria, a passar devagar.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13 abril, 2024, 19’32” – Araguari, MG
poemas alcoólicos, mente torpe
você só cospe as palavras
um tiro numa ruma sem poste
a cada gole você perde seu norte
você pede que ela volte
cada palavra não dita ecoa
sua mente boa
parece efeito de uma velha broa
ao aportar em casa
percebe sua desonra
mas que tristeza
a falência da trompa de um elefante
e é dos fortes, um grande
que potencial deixado para trás
um imenso atrase
Eu já disse dezenas de vezes
Como meus poemas soam clichê
Mas acredito que isso seja porque...
Estou sem você
Olho para o céu
Queria olhar para você
Me sinto Shinji Ikari
Aqui sem sua figura ter
Como mulher, como mãe, como quem cuida
Intimista
Todas as pistas
E a gravidade é real
Saio/caio(?) do volante
Eu estou triste
Porque não consigo chorar por você
As lágrimas não evadem
Um sentimento de miséria me invade
Será que, mais tarde
A gente pode dar um giro de nave?
Só nos dois
Na BeBop
Julia e Spike
Rosas nos espinhos
Te espeto com meu abismo
Olha e ri
Preocupadíssimo com o futuro
Parecem tão incertos os momentos que vivemos...
Juntos
Separados por armas
Talvez a interferência na comunicação
Tenha causado tal solidão
Me deixe consertar tudo
Por favor
Sou outro
Mas ainda posso ser seu amor
Não sei se você vai odiar minha lamúria
Mas é o que sinto, garota
Seu amor
O behelit
Me levou para outra dimensão
Agora só penso
O que teria sido de mim
Se eu tivesse simplesmente falado "não!"
Um poema lido
por mil pessoas diferentes,
decerto resultará em mil poemas
diferentes...
E de tão admirável repertório
toda sua magia e generosa
serventia!
A moça dos girassóis
dos doces poemas
do espírito de flor.
Gira, gira, gira...
Em noites pequenas
busca em vão
seu príncipe poeta,
levado pelo vento
num cavalo alado.
Gira, gira, gira...
A moça e sua sina,
nos girassóis
encontra abrigo,
acariciada pelo vento,
sussurrando-lhe segredos.
Gira, gira, gira...
Ali descansa e arquiteta
um novo poema
em tributo ao seu poeta.
Gira, gira, gira...
A moça dos girassóis
dos doces poemas
do espírito de flor...
Gira, gira, gira-só.
POEMAS EM HOMENAGEM A VLADIMIR CARVALHO
Vladimir Carvalho: Voz dos Candangos
Vladimir Carvalho, de fita e sena,
No cinema nacional, faz-se presente,
“O País de São Saruê”, um poema,
Mostra a história do Brasil latente.
“Conterrâneos Velhos de Guerra”, retrato
Dos operários erguendo Brasília,
Morrendo na lida, sem aparato,
Imagens que revelam a dor, sem trilha.
Deu voz aos candangos, aos excluídos,
Revelou as contradições do Estado,
Desigualdades de um povo sofrido.
Na censura, sua arte foi cravada,
Formou cineastas com seu legado,
Sua marca na cultura é eternizada.
- Antonio Costta
24/10/2024
Guardião da Memória do Cinema Nacional
Vladimir Carvalho, guardião da história,
No cinema brasileiro, eternizou,
A memória do país que registrou,
Imprimindo na tela, de forma notória.
Desde jovem, na Paraíba iniciou,
Consagrando documentarista, com paixão,
Filmou injustiças, a censura, a opressão,
Na ditadura a verdade revelou.
Parte do Cinema Novo, movimento vital,
Captou lavradores, violeiros, ceramistas,
E os candangos, na capital federal.
Eternizou o Nordeste, suas conquistas,
Vladimir Carvalho, com seu olhar social,
Fez do cinema, voz dos injustiçados e artistas.
- Antonio Costta
24/10/2024
Nem todos os versos são poemas
Nem todas as regras
Fazem parte do sistema
Fico no escuro pensando
Ande um pouco, corra um pouco
De vez em quando não corra perigo...
Tenho tanto medo de ter medo
E o medo é um bom conselheiro
Tenho tanto medo de não ter a solidão
De não ter o teu olhar no vazio
A olhar o frio atrás da vidraça...
O mundo é uma ameaça
Viver é um perigo
E amar... o que é amar?
Os beija-flores têm caso com as rosas.
As borboletas enfeitam o jardim
Mas as primaveras se acabam no sol do verão
Troca de olhares são poemas calados.
Mas já foram tantos.
Que me perdi em meio as contas.
Então me diga o por que.
De ter sido ela e não eu?
Não fui o suficiente garoto?
Ou vc simplesmente preferiu ela?
Me diga por favor.
Pois assim talvez poderei seguir em frente em paz.
Que a terra da criatividade
Invada os corações cansados
Pra escrever poemas futuros
Até com os erros do passado
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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