Poemas Góticos de Amor
Tem dias que a alma grita.
É necessário falar, mas o silêncio domina.
A palavra não sai.
Escrever é uma forma de liberdade,
onde posso ser livre para sentir .
A poesia alimenta minha alma.
Digamos que...estou azeda,
Remeto-me ao silêncio que me ensurdece mas que não estorva com o enorme estrondo que em mim provoca - já não há palavras.
Que mundo estranho é este em que vivemos!
O céu cinério de Niterói
na manhã invernal
descansa sobre a baía
como um manto de silêncio...
As nuvens espessas
e pacatas
carregam consigo
o verso das saudades
guardadas...
Lá à frente
o contorno do MAC
esconde a sua exuberância
na névoa que sobe
como o suspiro antigo
de linhas e curvas
do seu Arquiteto...
Em Niterói
cada sopro de vento
traz o aroma do mar
e uma melancolia doce
como se o tempo
estivesse suspenso
em vôo lento
na Ponta das gaivotas...
É um inverno
que não gela a pele
mas aquece a alma
num instante poético
de contemplação...
✍©️ @MiriamDaCosta
Não me confunda com os mansos.
Eu fui ferido em silêncio, mastiguei o aço da própria dor,
e ainda assim caminhei — mesmo quando o chão me cuspia.
O mundo tentou me apagar com desprezo, mas eu virei incêndio.
Não tenho mais espaço pra ilusões nem paciência pra covardes.
Sou feito da fúria de quem sobreviveu ao que mata por dentro.
Não nasci pra ser entendido — nasci pra deixar cicatriz.
— Purificação
Sussurros da Alma
No silêncio onde as palavras se perdem,
Ouço os sussurros da alma a chamar,
Ecos de um tempo que nunca se foi,
Mas que insiste em se deixar ouvir.
O vazio não é um abismo sem fim,
Mas um espaço onde tudo se encontra,
Cada pensamento, cada suspiro,
Se desenha no ar, leve e profundo.
A solidão, como uma amiga fiel,
Senta-se ao meu lado, em paz,
E juntos viajamos pelas trilhas
Que o mundo, apressado, não quer ver.
Aqui, não há pressa, não há medo,
Somente a quietude que revela
Que, no fundo, o silêncio não é vazio,
Mas um campo fértil de possibilidades.
"Quando Jesus Voltar"
Quando Jesus voltar, o céu se abrirá,
Num silêncio sagrado que tudo calará.
As dores do mundo cessarão de chorar,
E os mortos em paz começarão a falar.
As trombetas soarão como vozes de luz,
Ecoando nas almas que esperam Jesus.
Cada lágrima antiga será consolada,
Cada cruz esquecida, então coroada.
Os olhos cegos verão o clarão,
E os corações frios terão redenção.
Os braços partidos se erguerão do chão,
Para abraçar a eterna salvação.
O tempo, cansado, deixará de correr,
Pois no Reino vindouro, há só o viver.
Nem dor, nem mágoa, nem luto, nem fim,
Só a glória do Cordeiro reinando em mim.
Quando Jesus voltar, o amor será lei,
E todo joelho dobrado direi:
“Ele é o Cristo, o Rei da Verdade,
A Vida, o Caminho, a Eternidade.”
Que eu viva este dia como se fosse o último,
Com fé que atravessa deserto e tumulto.
Pois mesmo que o mundo insista em cair,
Sei que Jesus… um dia há de vir.
Patrono: Mateus Sebastião Kilola
O silêncio também fala.
Ele grita verdades, acalma tempestades
e ensina o valor da escuta.
Ouça mais com o coração.
A caridade começa quando paramos para realmente compreender.
Gentileza é ponte entre almas.
Seja essa ponte hoje.
“Luz Que Habita em Mim”
No silêncio azul da madrugada,
onde o tempo se esquece de passar,
uma alma acende sua jornada,
sem se mover… começa a voar.
Sentada em paz sobre a matéria,
envolta em névoa sideral,
o corpo dorme — a essência impera,
brilhando num fulgor vital.
Estrela viva entre cortinas,
janela aberta para o além,
cada átomo em mim se alinha
com o universo que me tem.
Sou sombra e luz em harmonia,
sou sopro antigo, sem prisão.
Medito — e em minha calmaria
o céu pulsa no coração.
𝘾𝙖𝙧𝙩𝙖 𝘼𝙗𝙚𝙧𝙩𝙖 𝙖𝙤 𝘼𝙢𝙤𝙧 𝙦𝙪𝙚 𝘿𝙚𝙞𝙭𝙖 𝙄𝙧
Em tempos em que a dor se mistura com o silêncio, Gilberto Gil nos ensinou uma das lições mais difíceis e sublimes do amor: deixar ir. Não por fraqueza, não por desistência — mas por compaixão, por humanidade.
Quando ele disse à filha: "Se tiver sendo muito difícil para você e, se for sua hora, aceite..." não estava se afastando dela. Estava, na verdade, se aproximando do mais íntimo da sua alma. Estava dizendo: “eu te amo tanto que posso abrir mão da presença, se for o que te dá paz.”
Essa frase é mais que dor. É fé. É mais que coragem. É entrega. É o amor que reconhece que cada alma tem seu tempo, seu limite, seu caminho. E que respeitar isso também é cuidar.
Gilberto Gil, músico, pai, homem de fé, tornou-se ainda mais gigante nesse instante — porque foi capaz de transformar o sofrimento em poesia, a aflição em oração, e a despedida em colo.
Sua fala atravessa os limites da linguagem. Ela fala daquilo que não tem explicação, do espaço onde só a fé toca, e onde o amor se prova como absoluto.
Neste momento, mais que aplausos à trajetória de Preta Gil, é preciso reverenciar a grandeza do pai que, diante da escuridão, segurou sua filha com luz.
E é ali, entre a dor e o sagrado, que nasce o verdadeiro amor: o que liberta, mesmo querendo segurar.
꧁ ❤𓊈𒆜🆅🅰🅻𒆜𓊉❤꧂
Talvez hoje eu morra
Talvez hoje eu morra — e o mundo siga,
sem notar o silêncio da minha partida.
O sol nascerá com a mesma coragem,
e o tempo seguirá sem pressa ou miragem.
Talvez hoje eu morra — e ninguém veja,
a lágrima oculta, a alma que almeja
um último abraço, uma palavra guardada,
um perdão não dito, uma dor calada.
Talvez hoje eu morra — e em minha ausência,
fiquem perguntas, vazios, ausência.
Fiquem poemas sem fim, versos sem dono,
um copo pela metade, um sonho sem sono.
Talvez hoje eu morra — e no fim de tudo,
encontre em Deus o silêncio mais mudo,
a resposta que em vida busquei, aflito,
nos becos do peito, no chão do infinito.
Talvez hoje eu morra — ou talvez não,
mas já deixo escrito, do fundo do chão:
se eu partir, que seja com paz no olhar,
pois viver também é saber descansar.
E se hoje eu morrer — só peço, enfim,
não chorem por mim, nem pelo meu fim.
Guardem apenas o que fui de verdade:
um sopro, um suspiro, um eco de saudade.
Patrono: Mateus Sebastião Kilola
Talvez seja um Adeus
Talvez seja um adeus, sem voz, sem porquê,
um silêncio que parte antes de se ver.
Um gesto contido, um olhar que se vai,
como o vento que toca, e depois não volta mais.
Talvez seja um adeus, ou só um até logo,
mas algo em mim arde como brasa no fogo.
Se for despedida, que leve a verdade:
amei-te em silêncio com toda a saudade.
Ninguém Viu" – por Wallace de Oliveira Silva
Ninguém viu quando chorei no silêncio,
nem quando segurei o grito com um sorriso.
Fui forte pra todos, menos pra mim.
E ainda assim… ninguém notou.
Fui abrigo pra quem só sabia partir.
Estendi a mão pra quem já vinha armado.
Falei de paz, recebi guerra.
E ainda assim… eu fiquei.
Me chamam de ingênuo,
mas não sabem o quanto eu sangrei
pra continuar Não sabem quantas vezes eu me perdi
pra não perder o outro.
Cresci onde amor era luxo,
mas eu dava de graça.
Sonhei onde era proibido,
e mesmo assim… continuei sonhando.
Não é fraqueza querer ver o bem no outro.
É coragem.
Coragem de ser luz,
mesmo quando só te entregam escuridão.
Saudade
Saudade é o nome
daquilo que mora em silêncio no peito,
e faz barulho no olhar.
É ausência que pesa,
lembrança que toca,
tempo que não sabe voltar.
É quando a memória abraça,
mas o corpo sente falta.
Quando o riso vem fácil,
mas o coração falta.
Tem cheiro que chama,
voz que ecoa,
detalhe bobo que emociona à toa.
É querer ver de novo,
mesmo sabendo que não dá.
É conversar com o pensamento,
é esperar sem esperar.
Saudade é o espaço entre dois tempos,
entre o que foi
e o que talvez nunca volte a ser.
Mas mesmo doendo,
ela mostra:
aquilo que existiu valeu viver.
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É preciso estar em silêncio.
Não o silêncio de fora —
o de dentro.
Aquele que vem quando a alma
para de se explicar.
Só assim. Só no vazio do ruído
é que as coisas miúdas falam.
E elas — tão pequenas —
são as mais belas.
Porque são as únicas verdadeiras.
A cachoeira escorrendo sobre as pedras,
sem pressa de chegar.
O pássaro tecendo o ninho,
com o mesmo fio do tempo.
A semente rachando o solo,
num instante que ninguém vê.
As coisas pequenas —
essas, sim, sussurram em maiúsculas.
São tímidas, como o amor
quando ainda é um segredo.
Mas belas. Inteiras.
Mas a paixão...
ah, essa berra.
Espetada no peito,
atropela as frases,
rouba o fôlego e o sentido.
E cega.
E ensurdece.
E transforma o outro
num eco do que falta em nós.
O amor não.
O amor é a pausa.
Espera a febre passar.
Senta ao lado.
Não exige.
Olha —
e reconhece.
Só quando tudo se aquieta
é que o coração entrega
sua palavra crua.
Só quem para — de verdade —
ouve, enfim,
o que as bocas nunca disseram.
E então, no silêncio que sobra,
toca o impossível:
ser entendido
sem precisar falar.
Conexão
Tem coisa que não se explica,
só se sente.
Um olhar que atravessa,
um silêncio que entende.
É pele que reconhece,
alma que se enrosca,
energia que dança
sem precisar de resposta.
Não é só corpo,
é encontro.
É quando o tempo desacelera
e o mundo vira nós dois — pronto.
Conexão é isso:
não força, não cobra,
só flui…
e vicia como se fosse obra de outra vida.
Te amo meu filho
Perdi meu anjo com cinco meses,
Silêncio gritou dentro de mim por vezes,
No quarto, só ecoam as preces,
O mundo seguiu… mas eu fiquei nas mesmas.
Barriga vazia, coração pesado,
Um amor tão puro foi levado,
Nem vi o sorriso, nem ouvi o chamado,
Mas sinto a presença do meu ser amado.
Plug no beat, lágrima no chão,
Cada rima é um pedaço do meu coração,
Falo com Deus, mas sem explicação,
Por que levou minha luz, minha razão?
Fiz planos, imaginei o rostinho,
O jeitinho, o choro, o carinho,
Agora só resta um vazio fininho,
Que corta a alma feito espinho.
Mas sigo, porque ele vive em mim,
No meu peito, guardado até o fim,
Na brisa que toca, na luz do jardim,
Meu filho virou estrela, tá olhando por mim.
Em silêncio ouvia às estrelas.
– Porque pararam de falar do céu?
Ele, que assiste todas as histórias,
sorri, e chora sem ir embora.
O teu silêncio grita alto,
como um vazio sem fim,
e mesmo perto do teu corpo,
você não está mais em mim.
Sentir o silêncio significa ouvir um pranto sentido, mas não derramado, de um escritor que foi morto pelas palavras falseadas.
O levar dos minutos arrasta a realidade e ao atravessar o silêncio de uma ponte de névoa eu me transformei em neblina.
O vazio diz para a esperança desistir porque nada tem sentido. A esperança afirma que ela é palavra e concreto, indestrutível e incorruptível.
Vida e morte se encontram no mesmo instante e o que é eterno morre e renasce no mesmo insight das palavras não ditas, mas sonhadas.
Existidor – mistura de existir e dor.
Exemplo: Ela existidou até o último instante.
A alma é para o tempo assim como o corpo está para morte. A alma se esvai com o tempo, assim como o corpo se esvai para a morte.
Um estado pusilânime se apossou dos convidados em coro lastimável entremeado de dor e silêncio.
No seu quarto silencioso a dor apareceu como um fantasma e ela em meio à sua solidão desértica derramou seu pranto fúnebre.
Daria voz à melancoalegria, mistura de melancolia e alegria. Seria uma alegria triste, como o sorriso da Mona Lisa.
Ser humano é dançar com as estrelas no espaço cósmico.
Mesmo em Silêncio, Escrevo
Peguei a caneta, o papel estava ali,
Mas a mente calou, nada quis surgir.
Ainda assim, firme, eu insisti,
Pois sei que alguém vai parar pra refletir.
Tem gente que olha e diz: "Isso é pra alguém."
Outros leem e comentam: "Isso me faz bem!"
Uns acham loucura, outros, verdade,
Mas sigo escrevendo com sinceridade.
Não escrevo por aplausos ou por multidão,
Mas pra tocar uma alma em solidão.
Se uma vida pensar e se transformar,
Já valeu a pena continuar.
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