Poemas Góticos
Eu pirando
Entre dedos, medos e rum.
Eu alcoolizada
Entre a melancolia e a solidão.
Eu devolvida
Suficientemente estragada
Eu viva
Desviada e corroída
Eu ferida
Apunhalada destruída
Eu pirando...
Sentei numa calçada qualquer e me afundei numa melancolia de dar gosto, levantei meu olhar para o céu, invejando as nuvens que conseguem aparecer todos os dias de uma forma tão mágica. Quem dera eu fosse assim, tivesse meu brilho próprio para espantar qualquer mal que ousasse me atingir. Lamentável essa vida de solidão, lamentável ainda mais é a incompreensão das pessoas, que ao meu ver, parecem muito mais osso do que carne.
Reparei no balançar das folhas de uma árvore enquanto eu refletia. O quanto a natureza carrega um mistério só dela, e feliz era quem conseguia transpirar essa essência.
Dei de ombros e puxei um ar quente que tinha em suas extremidades uma poluição genuina, quase que imperceptivel. Mas como de costume, eu sentia intensamente todas as sensações que me eram involuntáriamente enviadas.
Fechei meus olhos e desenhei em minhas palpebras o contorno do seu rosto, pra que aquele frio dentro do espaço do meu corpo se aquecesse com a ilusão de que onde quer que você esteja, há alguma parte sua que sempre estará em mim.
Só me questiono, ou melhor, me contesto... Quem será meu cigarro? Agora que pretendo parar de fumar...
É, melancolia, o sentimento frio e doce como os solitárias e frias tardes de outono, é velha companheira de longas noites mal dormidas, onde a reflexão e o aprendizado vem me fazer visitas repentinas e continuas, é como um doce que dói de tão doce que é.
E ela insiste em bater na minha porta me propondo ver além do que eu vejo, é como olhar pro céu estrelado, do gramado do campo ele parece muito maior e muito mais brilhante do que eu geralmente vejo aqui da janela do meu quarto, e me sentindo preso pelas paredes, sinto falta das pequenas coisas que um dia eu mesmo abandonei.
Ela me lembra de uma história sobre um oceano dos sonhos, acredito que o nome seja All Blue, um mar que muda conforme você muda, acredito que seja impossivel de acha-lo, mas como um lobo que uiva para as estrelas porque sabe que nunca vai alcança-las, eu vou gritar a palavra que tenho como ultima esperança, para simplesmente ser feliz, eu vou gritar até os confins deste mundo insano uma unica palavra : DEUS.
Doce melancolia, companheira de longa data, sou grato a ti por me tornar assim, meio diferente, e me perdoe pois foi a maneira mais bonita que consegui me desenhar, enfim, no final eu me tornei resultado de minhas escolhas, mas tudo tem jeito, então com uma calma fria e calculista, me desenhei de maneira certa, e mesmo assim ainda ficou ruim, então decidi dar o meu desenho de presente para Aquele que alguns chamam de Rei dos reis e Senhor dos senhores, e Ele simplesmente escolheu de me amar.
Chega de palavras tristes, versos sem cor,
frases sem magia e poemas cheios de melancolia.
Ainda compro um monte de baldes de tintas e saio
pintando letra por letra para os meus escritos alegrar.
DOCE CREPÚSCULO
Na doce melancolia desse crepúsculo,
tomo a linha do horizonte.
Costuro retratos do meu passado.
Nostalgia latente.
Retalhos, pedaços, remendos.
Uma colcha ao meu futuro incerto.
O vinho dá força ao coração.
Dá calor ao rosto.
Tira a melancolia.
Alivia o caminho.
Dá coragem ao mais covarde.
Faz esquecer todos os pesares.
MELANCOLIA
Debruçado em pensamentos,
Corpo e mente esmorecidos;
Amigos de outrora já não andam mais.
Entristecido.
O maior bem é a vida.
O maior medo é a morte.
A maior virtude é a sabedoria.
Respiro, que sorte!
Tudo que tenho é o agora,
Nenhum minuto a mais;
O presente já é passado.
Sem mais.
Quando eu fechar os olhos,
Não levo malas, projetos nem sabedoria.
Irei morar na mais bela cidade.
Utopia.
Fragmentos de mim
Rose Mori
Há em tudo
uma tristeza inexplicável,
uma melancolia sem razão de ser...
Brinca em meus lábios
um sorriso zombeteiro
enquanto o coração está aos prantos...
Mas o olhar, por mais que tente,
não consegue esconder o tumulto
que lhe vai no espírito.
Razão e coração
brincam de se esconder,
disputam seu espaço,
enquanto fragmentos do passado
invadem a mente sem licença,
incitando os pensamentos
a buscarem mais recordações.
Lembranças que escapam
à vigilância do esquecimento;
Mas velhas memórias
são como um borrão na mente.
Ouço o silêncio...
há tanta coisa que o silêncio me diz...
Bendito silêncio que me acalma
e finalmente traz o sono,
único refúgio seguro
para a alma cansada.
Como seria bom permanecer
nesse estado de languidez...
para sempre...
A poesia dos dias sem sol.
A melancolia das nossas dores de estimação.
A fé indômita nas coisas que não possuímos ou vemos.
A indulgência aos nossos próprios crimes.
E ao paradoxo humano que ora nos santifica, ora nos dignifica ao fogo.
Ventania no Cerrado
Chia o vento no cerrado seco
Num grito fugaz de melancolia
Zumbindo a sequidão num eco
Nos tortos galhos em poesia
Este vento que traz solidão
E também traz especiaria
Dando aroma a esta emoção
E combustão a esta ventania
Calado pelo canto da seriema
Que com o sertão tem parceria
Choraminga o cerrado em poema
Das folhas secas em sua correria
Desenhando no vasto céu dilema
Do rústico e o belo em poesia
Musicando a natureza suprema
Da diversidade em sua agonia
(Vai o vento em sua romaria.)
Luciano Spagnol
...Pedaço de mim é poesia
Escritas em pedaços de vigor ou melancolia
Pedaço de mim é paixão
Nos pedaços do afeto onde sempre fiz alusão
Pedaço de mim é dor
Antagonizada nos pedaços da alma em louvor
Sou pedaços, parte, um todo no amor...
Soneto idílico
Acordar, aguar o jardim, fingir um dia
e assim inicia a melancolia e o vazio
o sol a pino, cerrado e o sonho macio
das saudades num tempo em primazia
Sim! O tempo não é sentido, é ébrio
os amores ficaram, são sem analogia
trariam o meu peito, viraram euforia
nas lágrimas algozes do olhar esquio
Tudo é efêmero no triste e na alegria
árido o sentimento e cheio de arrepio
que importa se tem saída ou portaria
E neste movimento de soltura e exílio
a magia do por do sol torna cortesia
nas palavras que cantam o meu idílio
Luciano Spagnol
05 de julho, 2016
Cerrado goiano
Bom dia!
Hoje procuro descartar a tristeza, a angústia e a melancolia colocando luz (Deus) nas sombras obscuras dos meus problemas diários. Já testei em minha mente e vida diversos antídotos, contudo, só em Deus encontrei a cura.
REVELAÇÃO
Não demora ...
A noite chora uma neblina,
A brisa fria espalha uma melancolia,
Ecoa a ladainha ...
Os sinos já dobraram uma chamada;
A igreja relampeja a fé,
O amor abraça e beija,
E a esperança pra essa dor é a esperança...
Não demora,
Gótica, a catedral ordena...
Badalam os sinos,
Os meninos abalam,
Nossos destinos baladam,
A gente dança e a dança demora,
Não demora o tempo urge,
Acorda a urbe,
O tempo voa,
A solidão povoa
Demônios, fantasmas e monstros,
A certeza dessa incerteza apocalíptica não demora...
Troque essa melancolia por louvor.
As suas lágrimas por um sorriso.
Deus está chegando com novidades para você!
CERRADO DUAL (soneto)
O cerrado tem dia de sorrir, e ele sorria
Tem dia de melancolia, e ele entristecia
Porém, também, tem dia de total silêncio
E na quimera dum colossal o vário é cio
É mistério, sequidão, chuva, calor e frio
Deitados sob o céu que provoca arrepio
É a tristura com o espanto da sutil ironia
Que muito desflora, muito recria, poesia
E nesta galeria de tanto, dele o encanto
Da sequidão ao empapado num só canto
Num bale dual, no seu cenário desigual
É o cerrado, das cores e do seu pálido
Soprando no planalto o seu vento cálido
Transmutando a diversidade no plural...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
A melancolia é o sentimento mais misterioso
Acreditem, também o mais irracional
Todos gostam de se sentirem melancólicos
O sofrimento agrada ao nosso ego animal
Não há oportunidade para a humanidade
Todos vivem numa redoma de sonhos
A imaginação é seu maior alimento e fruto de possibilidades
Mas a imaginação nos impede de realizar os sonhos que nunca sequer
Passaram pela nossa cabeça
A melancolia é sórdida e nos destrói sem que saibemos
Não temos noção
A melancolia é como a bela sereia que canta e encanta
Mas mata quem atrai com sua doce voz
A melancolia é bela e atrativa
Que não gosta de ser coitado de chorar por amor?
Supere e esqueça a melancolia é o que digo
Mas os ignorantes histéricos persistem nela
Se acabam nos seus próprios sonhos
Perdem a vontade pela vida e pela realidade
E tudo fica tão frio e pobre
Perto dos nossos sonhos
Sonhar imaginar e melancolizar
Tudo isso consome nosso ar
Destrói nossos caminhos para que não andemos
Mas sim, rastejemos
Traiçoeira como a névoa do deserto
Essa é a melancolia
Nela não há alegria tampouco euforia dos pássaros vibrantes
Nela só há dor e sofrimento, solidão e escuridão
Nela somos coitados e inocentes
Sem acolhimento
É isso que os atrai
A escuridão do sofrimento
Expectativas
...E nas tardes de outono,
quando o ar se fazia brisa morna,
a melancolia lhe acariciava a fronte.
Ela se sentia tão só...
Se recolhia em seu canto
Qualquer canto desencantado
e se punha a tecer saudades.
E como por milagre
Borboletas azuis, amarelas, violetas...
Profusão de encantamento
Como que para lembra-la que
esperança não tem fim.
...Tristeza sim.
Então devagar, aspira o ar
Acalenta versos para sua alma e,
calma, se entrega aos cuidados
de Deus....
...Expectativa de vida em alegria.
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