Poemas Fortes
Seja Como For & Venha Como Quiser
Sem pedir licença
Nem para tentar
Adentrou
Assustando a sombra
Daquele
Que não quer ver
Sem
Conferir o que é seu
No
Entusiasmo de maré calma
No balanço
De velejar
Os olhos
Perdidos no naufragar
De ondas cansadas
Atentado ao mar
Que chega à vista
Norte ou sul
Colorido nas luzes
À piscar
No sabor do vento
No exagero
Da vida eterna
Agora
Essa força contida
De nenhum ser
Aqui vou eu
Se é assim que se vai
Sem nenhum pudor
Sem medo qualquer
Sempre por amor
Sem desistir agora
Assim é o amor
Tece a verdadeira trama
Vive cada segundo
Como
Nunca o fez
No velho papel
De embrulho
Embaixo assinado
Ninguém
Sabe de quem
Sem medo qualquer
Seja como for
Seja por favor
Sempre à seu dispor
Venha como quiser
Dei um passo
E
O mundo saiu do lugar
Dei um passo
E
Meu mundo sai do lugar
Toda vez que dou um passo
O mundo sai do lugar
Afinal,
A melhor maneira de viajar
É sentir
Assimétrica
Hoje,
Sonhei que existia
Mais um estágio
De relacionamento
Chamado significante
Ali, sentado na cadeira de balanço
Como um pêndulo
Silêncio de uma sala
E no silêncio
A sensação exata
Nascem ondas de amor
Que
Se desfazem
O silêncio corre lentamente
Na dura esquina
Estracalha a vidraça
E deu
De sonhar
Que sonhar
É coisa
Do absurdo
Possível
Cada um
No âmago
De sua
Singularidade
A longeva saudade
Guardou a felicidade
Quando se perdia
No andar em círculos
A estrada é um labirinto
Em
Todos os dias da semana
Na dúvida
Em um dia qualquer
Quanto menos alguém entende
Mais quero discordar
Em um aperto de mãos
Do inevitável intocável
Estrangeiro
Na natureza do visível
Sensatez individual
Passageiro
Que
Não passa por aqui
Eu me sinto passageiro
Eu me sinto um estrangeiro
A mar
Rápido estado
Ancestral de um indivíduo
Que vem do vento
Um sossego, uma unção
Estado leve anuncio seu lugar
Leve estarei parado aqui
No seu lugar
E eu te espio da varanda
Indo embora
Mas você vem
Hoje a janela
Me ofereceu a paisagem
Ressuscitando formas
Era um sujeito
Realmente distraído
Na hora de dormir
Beijou o relógio, deu corda no gato
E
Enxotou o olhar pela varanda
Venha pra cá deixe de ser
Bem acanhado
Do seu ditado
Agitado
Cabelo ao vento
Do saculejo
Dessas roupas
No varal
A mar
De onde
Que tu tiras tantas ondas
De onde
Que tu tiras vai e vem
De onde
Que tu vens tão descolado
Prá onde vai só do seu jeito
Descansado
Volte amanhã bem de manhã
Aqui estarei
Prá ver de perto
Seu molejo
Arretado
Agitando o ar
No
Seu espaço confinado
Tomando a fresca
Tomo o ar
Quarando o corpo
Em alguns lugares estratégicos
Já foi mar
Voou por sobre as montanhas e cabeças
Fez dali seu Espinhaço
Passou por cima
Do seu mundo
Seu lugar
Busca
Bem de lá
De onde vem seu infinito
Se esperar
Possa estar marcado em horas
Rochas
E no nascer
De
Espectativas fulminantes
Lá vem o mar
Trazendo a fonte e o defronte
Cavalga ventos
E a voz do sussurrado
Ginetes pronto aparado
A cavalgar
Alados ventos
Sobe e desce das areias
Ao espairecer espalha
Espuma em seu olhar
Já sinto aqui
O seu perfume estrangeiro
Bebendo em tua boca
O perfume dos sorrisos
Que o vento forte acaba aqui
De me entregar
O Princípio e a Incerteza
Energia
Vital
Exaltada
Alegria
De viver
Um gesto
De
Gentileza
De
Fraternidade
Desinteressada
Estrela
Da manhã
E
Da noite
Destino
Incerto
Senso
Lúdico
Tropical
Nostalgia e a Saudade
Ausência
Eternamente
Presente
Sabe
A nostalgia
Contagia
Saudade
Riqueza
Que se junta
Saudade
Não
Se mata
Não
Se cura
Saudade
Dádiva
Divina
É coisa boa
Quanto mais
Melhor que
Nostalgia
Estilhaços
Andar
Por sobre
Onde
Se
Emocionar
De lembranças
Caminhando
Por sobre
Onde
Nem mais
Existe
O quê
Só
Nas lembranças
Resiste
Envelhecência
Emoção
Do que foi
Permanece
Num tempo
Que
Já não mais permaneceria
No silêncio
Como
Se nem fosse
Envelhecer
Refém
De momentos
Confere
Sentido próprio
Condensa
Memoráveis
Significados
Eternos
Epifania
Sem
Estética própria
Orgânica
Tão-pouco
Um nome
Indefinível
Ainda
Que perceptível
Sutilmente
Sensual
Ninfas
E
Sátiros
Sobre deuses
Do Olimpo
A frívola
Comédia
Sobre
A nobre
Tragédia
Austera
Grandeza
Palaciana
Grandiloquente
Inquietante
Estranheza
Um possível
Novo
Áureo
Modo de
Vir a ser
Uma
Noble
Simplicité
Lá Nem Longe
Era uma vez
Lá nem longe
Num tempo
Em que
As tardes tinham cheiro
De ontem
Bem
Que havia
Já não mais
Um quintal
Onde o mundo
Cabia
Num pé de goiaba
E a vida
Era medida
Pelo ritmo
Da rádio
Noite adentro
Vozes baixas
Contavam
O que o dia
Não ouviu
Agora
Só sobra
O vento
Que toca
À porta vazia
E um relógio
Que teima
Em marcar
Horas exatas
Que não existem mais
Era uma vez
Lá nem longe
O que restou
Como saudade
De coisa
Que nem chegou
A acontecer
E no álbum sem fim do vento
Um retrato de mim
Sem ninguém
E no canto esquecido da estante
Um abraço que nunca se desfez
E no relógio parado da cozinha
Os ponteiros
Ainda marcam tua hora
O menino que Vendia Palavras
Na esquina,
Nesta pedra de Assuntá,
Rabiscava o chão
Escrevia em muros
Vendia versos
Por trocados de lua
Palavras miúdas
Que o vento dispersava
Quem compra um sonho?
Gritava à tarde
Enquanto a cidade
Passava sem ver
Nas mãos,
Só lhe restavam sílabas gastas
E o eco das frases
Que ninguém levou.
Mas ele, teimoso,
Escreveu letras no chão
E assim,
Entre riscos e poeira
O menino poeta
Se fez eterno
A fotografia, onde o tempo em pedra reside
A memória, qual névoa sutil que persiste
No cérebro reside, jardim onde a vida
Cultiva lembranças, em sombra e em luz se veste
O jardineiro interno, com arte e cuidado
Poda o que não nutre, o que é vão e passado
Deixando florescer o essencial
Livre o espaço da alma de um fardo pesado
Assim, a mente dança, leve e serena
No ritmo do tempo, que cura e acena
Guardando em seu âmago a beleza plena
E o esquecimento, em paz, a erva daninha acena
Nuvens Passageiras
Algumas pessoas são como nuvens
A gente olha e vê um animal
Mas basta um vento mais forte
Que obra-prima do acaso
Ah, nuvens dramáticas
Cheias de pose e ilusão
Tantas formas pra inventar
E
Nenhuma com coração
Tem lugar
Que
Só é sagrado
Enquanto é silencioso
Mas
Quando o vento passa
Arranha a memória
Até que um dia
A gente volta
E
Já não é tudo
O altar era a infância
O chão
Promessa viva
O vento traz lembranças
Mas
Leva a voz das coisas
Mas
Quando a luz se inclina
Mostra a poeira do tempo
Desilusionismo
Eu estou criando uma nova religião que se chama desilusionismo, pois a cada vez que eu ou alguém, adquire um desilusão, ou seja, eu perdi a confiança em quem confiei, eu estou mais próximo da verdade.
Vou Por Aí
Sua posição está baseada em dois pilares fundamentais: a observação cuidadosa dos limites do entendimento humano e a primazia do hábito como condutor de nossas vidas. Com as inferências que se fazem nas conexões causais, as quais, são as únicas conexões "que podem nos levar além das impressões imediatas da memória e dos sentidos".
As ideias, sempre se originam como cópias de impressões sensíveis ou como associações destas e impressões, impressões, que seriam aquelas sensações por nós experimentadas através dos sentidos: aquilo que ouvimos, vemos e sentimos.
Rua Otávio de Brito
Bateu
Gastura
Das brabas
Que só
De quando
Em vez
Dá
De baixá
Já faz tempo
E quanto
Dá
De lembrá
Como
Era bão
Danado
De bão
Na bera
Do corgo
Sentá
E pensar
Reconvexo
E
Dar
A existir
Além
De Si
No
Livre Arbítrio
O aceitar
Ou não
" Prova
De Amor
Maior
Não há"
Ou
Percebemos
Isso
Em toda
A sua
Grandiosidade
Ou...
Olhar Mediativo
A
Ingênua
Doçura
Êxtase
Simplória
Simplicidade
Que
Encanta
Dos
Cadernos
De
Recordação
Se
Solicitada
Pela
Secreta
Paixão...
Só quem,
Só quem escreveu seus encantos, recorda...
Atrás da Ponte
Contingências
Puras
Em si
Inertes
Vivas
Em nossas
Lembranças
Nostalgia
Que faz
Viver
Fotos
Nos falam
Em
Silêncio
