Poemas famosos de Silêncio

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"Absolutamente nada substitui o silêncio que deixei você deixar em mim."

by Mel

Porta Aberta

Muito tempo já passou
Todo silêncio desnecessário
A porta aberta que você deixou
Nossas lembranças guardei em meu relicário

Só agora entendo o que sinto
Pois tua ausência me ensinou
Amo-te, você sabe eu não minto
Reviva comigo o que não terminou

Para quê tantas conversas de amigo?
Por favor, eu preciso que fale
Diga agora se quer ficar comigo
Essa distância é só mais um grande detalhe

Não espere o ponteiro dar outra volta
Não faça disso uma despedida
Basta dizer: eu sinto sua falta
Desta vez pra sempre, fique em minha vida!

Nos gritos do silêncio denuncio a dor de existir em mim.
Me aproximo do que é o fim: o inaudível.
Pois se a morte proporciona algo, esse algo é o silêncio.

Os velórios são recobertos pelo som do inaudível.
E, os olhos são porta-vozes e as lágrimas os discursos ensurdecedores da finitude.

Por isso poucos suportam o silêncio...
e um minuto sem palavras
torna-se em momentos de angústia.

A angústia da morte que habita-nos
soa como brados arrebatadores no emudecer do mundo.

Eternidade...

Ser pai é mágico...
Em silêncio, aprecio teus traços.
Que são meus...

A verdade pode até machucar,
Mas a dor logo passa.
O silêncio é cruel.
Permanece machucando e a ferida não cicatriza.

No silêncio e solidão
escuto mesu pensamentos
e ele pede permissão
para recolhimento
e como lhe dei um sim
noites e dias na vida
algumas vezes em mim
faz-se a poesia sentida .

...Eu te amo no silêncio musicado da manhã
No viço e corado de um romã
No sabor de toda fruta...

Esquizofrenia...

Silêncio!
Necessito de silêncio...
Já basta o vozerio dentro de mim...

De olhos abertos
Olhando pro teto
Pro gostoso silêncio
Brincando de pique esconde com o olhar

Penso, logo escrevo.
Mato, logo recordo.
Choro, logo sofro.
Ando, logo caio.
Fico em silêncio, logo fico só.
Procuro, logo acho.
Amo, logo vivo.
Sonho, logo realizo.

No Colo Da Loucura

Existe uma canção no silêncio,
Que baila dentro de mim,
Em notas sem partituras,
Tocadas em sons sem fim.

Existe uma loucura dentro de mim,
Que assola a minha alma,
Em reverberações transitórias,
Escrevendo minha história.

Existe uma luz sobre minha cabeça,
Que deixa azul a minha aura,
Refletindo do lado fora,
Minhas partículas incandescentes.

Existe força no meu cansaço,
Que se agita dentro de mim,
Em movimentos intensos,
Fazendo-me perder de mim.

E nessa canção da loucura,
E nessa luz do cansaço,
Eu me entrego ao resgate,
No colo dos desalmados

O que nos separa é apenas o silêncio.
O silêncio é como uma pomba
depois do tiro.

Não há silêncio maior
do que uma pomba
colorida pela morte.

O que nos separa é a distância.
A distância nada mais é do que
uma saudade sem remédio.

Não há saudade maior
do que o definitivo.
O que nos separa
é a falta de palavras.
As palavras são como
dois grandes
olhos satisfeitos.
Não há maior palavra
do que um olhar de amor.

O que nos separa
é esta agonia.
Esta agonia
é como uma árvore
cortada pelo homem.
Não há agonia maior
do que uma árvore tombada.

O que nos separa
é a canção pela metade.
Uma canção pela metade
é como uma criança
que não chega à vida.
Uma canção inacabada
é uma criança morta.

Vê? São poucos
os motivos
que nos separam.
Por isso este silêncio
e o silêncio é como
uma pomba depois do tiro.

Não há silêncio maior
do que uma pomba
colorida pela morte.

Em silêncio levantou e abriu a janela. Contemplou, com olhos de amor à primeira vista, aquela manhã surpreendente. O sol que brilhava intensamente lá fora tocava suavemente a sua face; sentia um calor na alma, semelhante ao calor do sangue que corria em suas veias… Era a vida se descortinando, se revelando na sua própria delicadeza. Era a vida se fazendo na mais pura beleza.

Do lado de fora, sob àquela paisagem que pouco a pouco se manifestava, identificava com riqueza de detalhes, cada um de seus pedaços; percebia no frescor daquela manhã, cada um de seus desejos… Na paisagem emoldurada, a natureza viva lhe falava sobre as suas verdades ocultas. E cada uma delas, no seu tempo, sob a luz do sol, ia tomando forma e se transformando em cenas do seu cotidiano.

Na sutileza daquele mágico momento, ouvia a voz da sua memória. Era um sopro de eternidade trazido pela agradável brisa que vinha do lado de fora. Na memória, traços de alegria revelavam lembranças daquele tempo em que nada era capaz de lhe roubar a esperança.

Ainda em silêncio, permaneceu ali, pensando em tudo que havia experimentado: nos amores e seus sabores; nos dissabores, também. Nos julgamentos, nos encontros, nos desencontros… Sob o véu da reflexão surgiam por dentro, sentimentos dos mais variados. Uma mistura híbrida de sentimentos que contrastavam com a beleza daquela paisagem. Era em parte solidão, mas na solidão havia um pedaço de presença; no medo, a coragem; no começo, o fim.

De repente, um inesperado vento soprou-lhe a face, levando com ele os maus sentimentos, trazendo de volta a esperança que havia se perdido dentro do baú das recordações.

A partir daquele dia, cada vez que abria silenciosamente a janela, ouvia um cântico, entoado pelo som da sua própria voz, dizendo que o sol que descortinava a escuridão do quarto era o mesmo que iluminava por dentro.

"Me abrace e me beije
Deixe o futuro pra pensar depois
não diga nada, deixe o silêncio
falar por nós dois..."

O silêncio não sufoca

Na verdade te esnoba
E você odeia ser ignorada
Muda sem parar de estação

O silêncio fala quando as palavras já não dizem mais nada.
Olhares também são palavras, quando os gritos já não são ouvidos.
Existem palavras para serem faladas, palavras para serem ouvidas.
Existem palavras, simplesmente para serem sentidas,
Silêncios a serem compreendidos.
Existe cumplicidade fortalecida, sem uma palavra proferida.

Sempre que me obrigo a ficar em silêncio,
Sinto como se, houvesse uma lâmina afiando espadas dentro de mim.
E toda vez que me permitem falar sinceramente sobre algo,
elas saem pra rasgar profundo.
Isso tem ficado mais constante conforme engulo de tudo um pouco todos os dias.

Teu Silêncio

Vives em silêncio.
Não silênco de palavras,
mas silêncio de gestos
de sentimentos, de amor
Um silêncio de ar sombrio
uma verdadeira melancolia
Por que? Dê-me motivo?
Sei que não podes ser tão insensivel,
me fazendo parecer invisivel
dando-me sumiço agora e a toda hora.
Se me desse ao menos um sinal,
um piscar de olhos,
um sorriso ainda timido
me farias ter vivido
ainda que fosse uma ilusão,
eu não perderia a esperança
e não mataria meu sonho
pois terias feito feliz meu coração.

Não fale demais.
Não fale.
Faça tudo ou quase tudo
em silêncio.
Barulho demais
desperta a atenção
e a inveja alheia.

Vazio

O silêncio da lua?
O vazio da rua?
Para onde olho
Que tudo não seja
Ausência?

Essa noite
O pouco de mim
Cabe dentro do nada.