Poemas Famosos de Morte
Vida é o que existe entre o nascimento e a morte.
O que acontece no meio é o que importa (...)
No meio, a gente descobre que sofremos mais com as coisas que imaginamos que estejam acontecendo do que com as coisas que acontecem de facto.
Que amar é lapidação, não destruição. Que é preciso dar uma colher de chá ao acaso.
Que vontade é quase sempre mais forte que a razão. Quase?
Ora, é sempre mais forte.
Que todas as escolhas geram dúvidas- todas (...)
Que passar pela vida atoa é um desperdício imperdoável.
Que as coisas que nós exibem também nós escondem (escrever, por exemplo).
Que tocar na dor do outro exige delicadeza (...)
Que é mais produtivo agir do que reagir.
Que a verdadeira paz é aquela que nasce da verdade.
E que harmonizar o que pensamos, sentimos e fazemos é um desafio que leva uma vida toda, esse meio todo...
Meus pêsames pelo dia de
minha morte,
a morte que digo é dos
sentimentos que aqui viviam...
Viviam livres para que pudessem
amar e serem amados,
e amaram,
amaram tanto que se magoaram,
mágoas que levaram à sua própria morte.
E como viver nesta
escuridão, sendo que o brilho do
amor nos mostra o caminho a ser
percorrido.
Sentimentos e pensamentos,
cada dia mais louco, tão louco a ponto
de matar os sentimentos
Que aqui viviam...
Noção da morte
... Me extasia aquela dor ferina nina,
cansado em tempestades pássaro,
revoado de meus longínquos braços,
que bracejam injusto embargo...
... Sou um leão formoso e estrebuchado,
sou um vilão carente e incoerente,
entre os dentes da mortiça menina,
me apanha junto as esmolas vasto...
... Se me amas lhe permitirei um colo,
se não me amas lhe afagarei calado,
vens ternura, vens futuro confuso,
tempo nos calas eu em vós vagueava...
Temor
Viver no temor do fracasso
no temor da miséria
e no temor da morte?
Que sensação penosa
agravar o fardo
do bem viver
Sou senhor
do meu destino
e árbitro da minha sorte
Temor é algo
que só existe
onde não há bom senso
Tentei me jogar da ponte
Mas a morte segurou minha mão
E disse que a graça da morte é esperar a ida e não antecipá-la
Se não houvesse Vida Eterna, a morte em sí já seria um descanso - descanso inconsciente. O humano tem pela frente dois
problemas. 1) Ele deseja um descanso consciente. 2) antes do descanso consciente, ou não, ele passa pelo sofrimento, por mais breve que seja.
A fé em um futuro radiante alimenta a nossa esperança de dias fulgurantes.
A aprendizagem é a nossa própria vida, desde a
juventude até a velhice, de fato quase até a morte;
ninguém passa dez horas sem nada aprender
Pós-Morte
Um dia impetrei a Deus
Alguns momentos após morte,
Momentos de dor,
Em que eu precisava ser forte.
Queria que fosse um sonho
Ou pior, um pesadelo
Esse vazio que havia na minha alma
Já não era mais o mesmo.
Todos à beira do meu caixão, contando suas lembranças
Ao mesmo tempo que estavam perdendo as esperanças
De ser apenas uma mentira, uma piada ou brincadeira de mau gosto
Dava para ver a tristeza estampada em seus rostos.
Chegando em casa, minha família não conseguia acreditar
Eu era muito quieta, meus sentimentos não fui capaz de expressar
E por uma ajuda psicológica nem se quer quis passar.
Eu queria estar de volta
Poder dar um abraço em meus pais
Com as pessoas conversar demais, aproveitar tudo que podia antes
Mas agora não posso mais.
Digo a você que tudo irá passar
Às vezes parece sem escape, sem solução
Parece que não tem ninguém para estender a mão,
Até coisas que escuta pioram a situação.
Você pede ajuda em meio aos sorrisos,
Sei que é difícil passar por tudo isso
Mas te peço para amar a vida
Mesmo que conheça a parte ruim dela ainda.
Ame-a com desvelo,
Esse é meu simples e último apelo.
Um castelo é construído do zero
Se vocês esperam por minha morte
Não esperem o meu fim
Meus versos são eternos
Sempre estarão aqui
Á você que me deseja a morte,lhe desejo vida longa.
Á você que me deseja a doença,desejo lhe muita saúde!
E citando Chico Xavier:A quem fiz mal,peço perdão!
A quem ajudei,queria ter feito mais.
Á quem me ajudou,agradeço de coração!
UM HOMEM OLHANDO A SUA PRÓPRIA MORTE
Longe, o mundo se desfaz
Em cores, não há mais
A confusão repousa
O Universo era demais
.
Toda espécie de vida
Generalizou-se na morte
Toda diferença de outrora
A si mesma subtrai
.
Resta apena o nulo
Sem cor, talvez escuro
Resta apenas a dor
De não se ter mais dores
E a tênue liberdade
De não haver mais muro
.
Então é assim?
Diz a impiedosa pergunta
Que não mais se satisfaz
Então é assim...
Pulsa prá sempre a resposta
Que repousa no jamais
[publicado em Terceira Margem, vol.25, nº45, 2001]
.
Passarinha por Saik
Eu sempre soube que eu não tinha sorte
Nunca tive medo da vida ou da morte
Eu podia jurar que eu era forte
Não importava quão profundo era o corte
Quem diria que voce iria mexer tanto comigo?
Que eu não iria suportar a idéia de sermos só amigos?
Toda essa crise de ansiedade que me deixa tão mordido
Eu que nunca me arrependo, me sinto tão arrependido
Eu aqui finjo que tenho medo de te perder
Mas isso é completamente impossível acontecer
Eu já te perdi, e aceitar isso vai doer
Mas voce me deixa sem escolhas, doce ilusão só minha
Vou sempre sentir saudade de quando eu te chamava de gatinha
Voce pode até ser de outro, mas vai ser sempre minha passarinha
Não há cobrador mais implacável que a morte.
Não se engane achando que, em algum momento, escapou dela por um triz.
Ela não se atrasa, não comete erros e não muda de ideia…
A morte só cobra uma vez!
ERVA DA FOME -
Sou Erva da Fome
que nasce da terra
da solidão que nos come
à morte que enterra!
Sou Erva da Fome
não sou Erva ruim
na esperança que dorme
tão perto de mim!
Sou Erva da Fome
que nasce e persiste
na dor que consome
faz de mim um ser triste!
Sou Erva da Fome
correndo vales e montes
e afogo o meu Nome
no silêncio das Fontes!
Escrevo poesia como alguém que pede a morte
Que espreita se esconde na sombra tornando meus dias de dor imortais
Sete vezes me definho esfolio minha alma a quem por ti destruo
Minha pele como escama cai no vazio sobre o som do relógio
Lanço minha carne e arranco meu membros aprisionado neste ser rejeitado
A dor escorre a seiva que melindra pelas fendas da minha alma
Entre as veias o magma em fel que ressurge com a eterna fênix
E no siclo vicioso morro todos os dias
Meus pensamentos labutam e sobre faces distintas cada um morde por dentro os sentidos na gastura desta luta sem fim
Saudade do seu amor é como uma baba viscosa dentro da cabeça que não se escapa
Um silencio ensurdecedor preso no vaco lanço me no vazio e sobre melodias sou apunhalado
Minhas chagas são abertas pelas lagrimas acido inesgotável.
Quanto mais eu penso, mas longe vou... a cada pensamento é mais um passo a beira da morte. As vezes penso tanto que me perco dentro de mim.
A morte para a grande maioria é um grande pavor. Quem em sã consciência quer morrer para encarar o desconhecido, e eperar a recompensa do céu ou inferno?
A vida toda escutamos tantos absurdos sobre o desconhecido.
Mas a morte é o descanso, a tranquilidade,eu adoraria poder morrer tão cedo, não tenho nada nesse mundo que me dê prazer.
Luxos, amores, status? Não . Nunca os tive e talvez seja pela falta de fé comigo própria que não sentia prazer na vida.
Como um verme passando na avenidas escapando dos carros em movimento para não ser esmagada, minha alma já estava condenada a solidão, triste e desamparada.
Correntes e grilhões da morte era ouvido a quilômetros, era o chamado pro mundo obscuro.
Tristeza e melancolia pairava sobre minha cabeça.
Vontade de se auto multilar apenas pra sentir dor fisica, porque as outras dores eram insuportáveis
Não condenem minha pobre alma ao inferno, deuses olhem para esse ser inútil e tenham piedade.