Poemas Famosos de Decisao

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Um dia serei algo

Nem que seja um derrotado
Um homem sozinho, isolado
Astuto, instável, inconsolado
Fora de si, louco, transtornado
Um verdadeiro desgraçado
Um dia serei algo

Nem que seja um defunto
Ou ainda um conjunto:
terra, lama, pó, rejunto.
As vezes eu até pergunto:
serei eu um consunto?
Um dia serei algo

Há quem diga um mineral
Absorvido por um animal
Internamente, parte visceral
Terei um destino cru e fecal
Serei um efeito colateral
Um dia serei algo

Nem que seja uma memória
Talvez eu entre para história
Triunfarei com a minha glória
Ou apenas, terei uma vida ilusória
Um fracasso, azarado, sem vitória
Um dia serei algo

Nem que seja um sonhador
Um memorável doutor,
Um senhor sem pudor
Ou apenas um desfavor
Para uma vida sem amor
Um dia serei algo

Nem que seja um destroçado
Há quem diga um milionário
Um grandioso empresário
Ou apenas um esfomeado
Em uma rua, desolado
Um dia serei algo

Nem que seja amigaço
Um super-man, homem de aço
Um beberrão, um bagaço.
Ou quem sabe Pablo Picasso
Ou apenas um palhaço
Um dia serei algo

Nem que seja um velho instável
Há quem diga um ditador inigualável
Populista, com caráter formidável
Ou apenas, um pobre velho deserdado
Sem afeto, simplesmente, abandonado.
Um dia serei algo

E assim, com caráter ferrenho
Com esforço, confiança e empenho
Digo a única certeza que tenho:
É que um dia serei algo.

Inserida por Alegoria

Marcha ré

Tentei
Retentei
Re-retentei
Re-re-retentei
Re-re-re-retentei
Re-re-re-re-retentei...
Ainda não cheguei...
Minha vida está em marcha ré.
É que esqueci uma coisa lá atrás:
O meu futuro.

Inserida por Alegoria

Navegante destemido

Eu não temo a morte
Eu não temo a vida
Tenho arte atrevida
Não posso negar
Eu sou homem de sorte
E eu vivo sem norte
Navego sozinho
Por todo lugar

Inserida por Alegoria

Sóbrio eu pergunto

O Campo relvado
Está a encantar
O sol elevado
Está a brilhar

O solo escalvado
Só pode rachar
Caminho silvado
Só pode afrouxar

Vida sem cortejo
É triste de ver
Amor sem pelejo
Talvez deva ter

Brandura na terra
Raridade nos atos
Candura na fera
Brevidade nos gatos

Talvez deva ter
Um homem feliz
E esse deva ser
A força motriz

Talvez seja um Deus
Um homem distinto
Presente, com seus:
Os filhos extintos

Virarei defunto
E Assim morrerei
E sóbrio eu pergunto:
Para aonde irei?

Inserida por Alegoria

Ou eu mudo o mundo,
Ou eu mudo minha visão do mundo,
Ou eu fico mudo e não mudo nada.

Inserida por Alegoria

Amor não é arte
Amor é triunfo
Amor não é parte
Amor é conjunto

O amor é desejo
O amor é brio
O amor é apego
O amor é cio

O amor é luz
O amor é escuro
O amor conduz

O amor é puro
E o amor é induz:
A algo maduro

Inserida por Alegoria

Com toda pureza eu digo:
Amar é divertido.
Mas às vezes ele tem:
Apenas um sentido.

Inserida por Alegoria

Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.

Paulo de Tarso
Bíblia Sagrada. Filipenses 2:3-4

Nota: Nova Versão Internacional

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Quem guarda mágoas só perde espaço, é por isso que o peito fica tão apertado…

Eu acredito que a poesia tenha sido uma vocação, embora não tenha sido uma vocação desenvolvida conscientemente ou intencionalmente. Minha motivação foi esta: tentar resolver, através de versos, problemas existenciais internos. São problemas de angústia, incompreensão e inadaptação ao mundo.

É do conhecimento das condições autênticas de nossa vida que é preciso tirar a força de viver e razões para agir.

Simone de Beauvoir
BEAUVOIR, S. Por uma moral da ambiguidade. Trad. Marcelo Jacques de Moraes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005
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A arte tem o dom de expiar pecados. Ela nos devolve a coragem no momento em que a fragilidade insiste em soprar em nossos ouvidos a frase da desistência, do abandono da luta.

Você me pediu perdão como se pudéssemos remover com uma borracha nosso pequeno e trágico passado. Mas eu te perdoei porque não consigo gastar um átimo de segundo da minha existência guardando qualquer sentimento por você. E para te perdoar, precisei perdoar também a mim mesma pela armadilha que criei quando eu estava triste e desorientada demais para achar que você pudesse me dar qualquer tipo de direção e desabei nos seus braços e me deixei levar pelas suas mentiras caudalosas. E você, com sua personalidade nociva e perversa, e por viver tão afundando na ignorância de ser quem é ainda pensou que ser perdoado era um passaporte para qualquer tipo de aproximação. Não. Agora eu tenho sanidade para fazer escolhas certas e não estou mais frágil como antes. O que você me causou e as consequências graves que tive que administrar sozinha, por causa da sua covardia, me fortaleceram de tal forma, que o meu horizonte interno se ampliou no peito e nos olhos e o meu tamanho teve que ser aumentando para comportar tantos aprendizados. Por isso, a pessoa que consegue te perdoar hoje, não é a mesma que você feriu com toda crueldade que eu não sabia ser possível num ser humano considerado socialmente normal. O mal que você tem feito a si mesmo, não é mais problema meu e a minha presença seria um presente dado a alguém que não tem a menor condição de receber o que é bom. Eu poderia ter ajudado você a se lapidar com a minha predisposição para o amor. Mas você, acostumado a viver na escuridão, não soube suportar a minha luz.
Espero que encontre alguma paz se algum dia conseguir e quiser viver dentro da honestidade.

Para nos tornarmos bons filósofos precisamos unicamente da capacidade de nos surpreendermos...

Vamos pronunciar cuidados. Vamos nos envolver em abraços. Vamos viver o que chega assim, limpinho, sem apertar o peito

Há muitos infortúnios que fazem o ser humano sofrer, mas para mim, a maior doença do ser humano é a de não sentir-se querido.

Ninguém te sacudiu pelos ombros quando ainda era tempo. Agora, a argila de que és feitos já secou e endureceu e nada mais poderá despertar em ti o místico adormecido ou o poeta ou o astrônomo que talvez te habitassem.

Não pedimos para sermos eternos, mas apenas para não ver os atos e as coisas perderem subitamente o seu sentido.

O pessimismo é excelente para os inertes, porque lhes atenua o desgracioso delito da inércia.

Nosso maior prazer neste mundo são os pensamentos agradáveis e a grande arte da vida consiste em tê-los no maior número possível.