Poemas eu To aqui para te Ajudar
MUDANÇAS
Não me importa saber
que vou mudar as coisas.
Importa-me saber
que eu tento mudá-las.
Nara Minervino
MAPA-MUNDI
Certas coisas eu aprendo
Uma espanta, outra confunde
Não localizo um paraíso
Nesse imenso mapa-mundi
Quero ser de qualquer país
Quero que o amor inunde
Onde houver corações hostis.
A paz vencendo onde haja guerra
Um rei que crie uma lei que diz:
"Pra ser um lar basta ser terra."
Mais flores que armas nas mãos
Mais sorrisos que carrancas
Ser irmão para nossos irmãos
E uma só bandeira toda branca.
Nosofobia
Vê se você para e pensa
Ter ciúme é uma doença
E eu sofro de nosofobia
Sua descrença é uma dor intensa
Uma incurável alergia.
Nosso amor caiu em crises
Sem cairmos em deslizes
Ficas de bico, só porque passei da hora
De papo e chope eu não abdico
Passa o tempo, lá eu fico
E isso assim demora.
Como é que eu posso, me diz
Ao lado teu ser feliz
Se teu ciúme, é demais, demais!
De tudo você se queixa
Mas nem lucrando me deixa
E ainda leva minha paz. A minha paz!
Vê se você para e pensa
Ter ciúme é uma doença
E eu sofro de nosofobia
Sua descrença é uma dor intensa
Uma incurável alergia.
Quem ama, em seu bem confia
Qual um cego no seu guia
Não fantasia que o outro pula a cerca
Não dou motivo para ser tratado assim
Se você gosta de mim
Se encontre e não me perca.
Como é que eu posso, me diz
Ao lado teu ser feliz
Se teu ciúme, é demais, demais!
De tudo você se queixa
Mas nem lucrando me deixa
E ainda leva minha paz. A minha paz!
Não quero homenagens e monumentos à minha pessoa quando eu tiver partido.
Como todo artista, em toda minha vida fui um homem menor que minha obra.
E minha obra literária não é, assim, algo excepcional. Longe disso. É um arremedo de poesia que tem lá alguma melodia em seus versos. Traduza para outro idioma e perde até isso.
Do que fiz, só importa que repassem adiante aquilo que tem profundidade ou que toca os corações. O mais pode ir pro lixo da história junto comigo, que tenho sido vil, sempre vil, todo vil, no sentido mais amplo da vileza.
ESTIAGEM NUM SONETO
Eu grito por chuva, intensa e forte
pra encharcar o cerrado ressequido
tão sofrido, que clama num alarido
por gota d'Água, num altivo porte
Eu vozeio pelo vento desmedido
soprando humidade num suporte
pra este chão carente e sem sorte
chovendo vida, e o vivo permitido
Também a natureza uiva de morte
aos céus, que acabe o sofrer infindo
tombando a chuva sem ter recorte
O sol regente do sertão, intervindo
se faz ufano, intenso, num aporte...
E a chuva, ah! Essa, não vai caindo!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
Nublado
Será só porque o dia está nublado
É que eu não sinto vontade de viver?
Será por eu eu ver os camaradas
Partirem sem saber para onde, nem porquê?
Será por eu descobrir a inutilidade
Do fazer ou não fazer?
De onde é que vem
Essa falta de vontade de viver?
Carlos Galdino – São Paulo 31.10.2019
SONETO COM CHARME
Moço, se no tempo, velho eu não fosse
Onde a dor da saudade a apoderar-me
As recordações a virarem um tal carme
E a lentidão em mim se tornarem posse
Ah! Aquelas vontades já me são adarme
O que outrora me era tão suave e doce
Num gosto acre o meu olhar tornou-se
O espelho, um revérbero, a desolar-me
O meu espírito a tudo acha tão precoce
Já o corpo, cansado, soa em um alarme
Na indagação a juventude que o endosse
Da utopia ao caos dum tão triste arme
Envelhecer, como se não fosse atroce
Então, vetusto, tenhas arrojo e charme!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2016, 18 de novembro
Cerrado goiano
Se pra me amar você não serve
Pra beber deixa que eu me sirvo
Cerveja quente e mulher que não ferve
Não indico pra nenhum ser vivo.
No meu copo quero espuma
Loira suada, gelada a zero grau
Porque se não a cobra fuma
Eu faço um fusuê no carnaval.
Seja no copo, na latinha ou no gargalo
A cerveja vai pro ralo
A boca beija, eu deito e rolo
Na quarta feira
Depois do cantar do galo
Aí é que eu quero colo.
Ave Maria
Quando a noite vem e, cerra o dia
como se trincasse entre os dentes
eu, desfolho em reza a Ave Maria
na fé dos preceitos transparentes
Onde se tem somente primaveras
a fleuma do entardece, poentes
e a elevação de todas as esperas...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
Alforria
Seria bom, eu queria
Ter uma afeição tua
Uma palavra à revelia
Nada ouço ou vejo na rua
Noturnal, duma noite vazia
Só a lua solitária, fria e nua
me fazendo companhia...
Mas a saudade é sua
ou é minha?
Não importa a quem valeria
se a vida é torta
e reta é a sabedoria
do tempo. Se viva ou morta
a prosa da poesia.
O que voga é o que o amor reporta
aí sim, a paixão tem harmonia
e a permissão, na solidão, exporta...
Alforria!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
SONETO NA CHUVA
Quantas vezes, pés descalços, enxurrada
A minha infância, na inocência eu brinquei
Águas em versos, chuva molhada, sopeei:
Quantas vezes eu naveguei na sua toada?
Na narração me perdi, no tempo maloquei
As lembranças ali no passado deixada
De memórias fartas, meninice, criançada
Aqui no peito guardada, e nelas estarei...
Céu cinza do cerrado, nuvem carregada
Deixa chover, pois só assim eu alegrarei
Da varia recordação da pluvial derivada
Pingo a pingo, trovoada, no outrora voltei
Água na cara, cachoando na alma calada
De saudades, neste soneto na chuva, falei!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
Linha
Eu poeto de mim, daqui
nesta câmera surreal
por este fio vocês dai
numa transmissão corporal
por esta linha dual, agruras
em diversas camadas
solidão sem gravuras
felicidades sem risadas
assim, nesta comunicação
de passa e repassa, a voz
camuflada de significação
em versos mansos ou feroz
que se imprime da emoção
num linguajar em cadência
lembranças e boa paixão
na alma em total evidência
em cada trova um avesso
do reverso do meu daqui
cada verso o meu confesso
para vocês daí...
Instantâneos do meu poeta imerso...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Eu não preciso rodar o mundo para me tomar uma pessoa realizada.
Eu já me tornei isso estando ao seu lado.
Porque meu mundo é você.
Brisa de praia (Autoral)
Logo eu acordei e já senti falta do seu olhar
Tão azul, azul quanto a cor do mar
E em compasso com as ondas do teu cabelo
Sentia uma brisa que preenchia meu corpo inteiro
Fecho os olhos e já começo a lembrar
De nós dois deitados na areia de frente ao mar
E logo eu começo a lembrar
Do som da sua risada em compasso com o som do mar
Pego na sua mão e sinto a tranquilidade
Tão leve que me trás a paz de verdade
Nós dois deitados olhando o pôr do sol
Contigo eu nunca me sinto só
A lua que reflete em seu olhar
Me mostra aonde eu sempre quero estar
Nas ondas da praia eu só quero te beijar
E nas ondas do mar eu quero me afogar
Vi na vida um motivo pra sonhar
Teu olho azul, azul da cor do mar
Seguro na tua mão e olho pro teu olho pequeno
E isso me faz sentir tão sereno
Quero ser feliz nas ondas do mar
Quero esquecer tudo
Quero descansar
Sinto esse vento no rosto
E com ele a vontade de te ver de novo
Você não sabe como eu te amo e não existe palavras, gestos ou atos que consigam expressar o meu amor por você.
Tenho medo de que você me deixe algum dia, mais isso eu não quero pensar
Prefiro viver o agora é poder te amar
O que realmente desejaria
É que eu queria inflamar minha fé, colocar a esperança de pé, alimentar as expectativas, fazer vigorar a juventude viva, ser cheio do espírito do senhor, a honra constatada, sobre cada camada, cada flecha lançada, de vida, brilho no olhar, prazer de lutar, uma figura radiante, integra e constante, porém eu sou cheio de contradição, ao que sonho viaja na contramão, razões, motivos, talvez, o berço machucou, o horizonte escureceu, a cegueira prevaleceu, burlou a boa conduta, poesia culta, nada, o diabo filho da cuca, deixa a mente maluca, um dia ou nunca, é poesia nua que escrevo, nesse corpo febril, viaja a arte, cada parte, transpiração que arde, o tempero do pensamento é vasto, cheio de argumentos, diga algo você a minha poesia, tudo bem, filho quem sabe um dia, serás e viverás o que realmente desejaria.
Giovane Silva Santos
Reflexo ...
Reflexo é meu eu em você
Aquele sorriso sem hora
A lágrima da espera
O desejo de se encontrar
Espelho...
Sou eu em sua atitudes
A memória do tempo
Aceitação generosa
Sua metade sua defesa
paixão ...
Sou eu na cobrança
Nos dias ardentes
No arrependimento
Na lagrima contida
Amor ...
Sou eu no desejo
Na necessidade
Na paz do sorriso
Nos versos a calma.
Disseram-me que era impossível, eu não acreditei!
Fui lá e...
Fiz possível!
Acredite nas possibilidades!
Eu sou movido por valores que só eu sei, entendo e processo, para acordar cedo todos os dias sem pensar no resto, foco no que realmente pesa na minha vida "pessoal".
Trabalho para ganhar dinheiro, pois carreira e reconhecimento é relativo conseguir em curto e médio prazo, pois vários fatores de ajudam ou atrapalham e eu não tenho mais tempo!
Trabalho da mesma forma, com empenho de sempre, mas na atual conjuntura é o dinheiro que me interessa mesmo!
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