Poemas e Poesias
Você não beija, você humilha
Todas as bocas que eu beijei na vida
Você não fala, você recita
Faz um bom dia virar poesia
CHACAL
Ó Cerrado! ó velho de bravura!
Ó cruel e implacável vastidão!
Que propina solidão ao coração
E ao silêncio lágrimas mistura!
Pois a melancolia, onde é chão
Abre em secura, arde a tristura
Na quietude tal duma sepultura
A dor viva de um atroz bordão!
Tal o contraste! agridoce figura
Aridez, e flores na contramão
De saudades no vazio em jura!
Ó Natureza! Ó Divina criação
Alegria e tristeza em conjuntura
Nasce a privação e brota a ilusão...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
início de setembro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
“ANJO AMIGO”
Um dia sonhei em ser anjo. Anjo desses que andam por aí...
Quem me dera ser...
Poder tocar nos corações aflitos, aliviar a dor de uma mágoa...
Abrir um sorriso no rosto daquele que chora.
Interceder por quem tem sede de uma vitória.
Mostrar a luz no caminho obscuro daquele que anda nas trevas.
E na escuridão da noite, fazer se encontrar aquele que está perdido.
Aquecer com um abraço, a madrugada fria de quem teve amargura.
Pudera eu, reanimar aquele que teve o coração ferido pela vaidade.
Enxugar as lágrimas que caem no rosto abatido pela dor da saudade.
Tomar pela mão quem está caído, e oferecer um ombro-amigo.
Ainda que eu nunca tenha sido Anjo... Ou nem mesmo um dia me torne...
Pudera eu, ao menos dizer...
Se eu não puder enxugar suas lágrimas, chorarei contigo.
Enquanto em vida, poderei ao menos olhar nos olhos e dizer...
-Não tenha medo, Deus me disse que tem planos pra você.
Eu e Deus, nós estamos contigo!
(Carlos Figueredo)
Desejo
Hoje acordei,
Em você a pensar!
Com o coração chorando,
Com vontade de te amar.
Entre um pensamento e outro,
Desejei o seu calor;
Desejei o seu beijo,
Desejei o seu amor.
Entre um respiro e outro,
Sentia o coração palpitar;
Entre a distância e a saudade,
Desejei te abraçar.
Te amo tanto,
E não sei o quanto mais.
Só sei que quero você.
Que tão bem esse amor me faz!
Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos e das dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.
Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas,
à força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas.
Abre os olhos e vê. Sê vigilante
a reação não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.
Levanta-te meu Povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando o povo acorda é sempre cedo.
Há sim uma certa magia
que num suave pulsar
de notas trazidas
por uma brisa perfumada
faz tudo exalar em
poesia...
Hay una cierta magia
Qué una pulsación suave
de notas
para una brisa fragante
y se ventile todo en
poesía
VAGA-LUME
A lombra homeopática
Em meus olhos vislumbrava
A escuridão envolta
A meu corpo que reluzia
Eu não sabia
Se era um infeliz sonhando
Com a felicidade
Ou se alegre pirilampo
Imerso nas quimeras humanas
“Amor de Menina” (Rick Jones Anderson)
Amor de Menina... Paixão, eu Suponho...
Talvez de Outra vida... Talvez de Algum Sonho...
Quisera esse Amor... Trouxesse a Minh'alma...
Um Misto de Cor... Com um Pouco de Calma...
Tomara a Menina... Me Fosse Mulher...
Leal... Companheira... Pro que der e vier ...
Que me desse a Verdade... Já tão esquecida...
Também Cumplicidade... Por vezes esquecida......
Finalmente, Menina... Pra quem eu componho ...
Um Amor Verdadeiro ... É o que te Proponho...
(Dedicado a Suellen O.Jones)
Inocente Donzela
Quando se deu conta
Estava sozinha amarrada
Olhando para o vazio da sala
Ela sempre sonhou
Cresceu profetizando
Que seria arrebatada
Levada sem destino
Sua mãe aconselhara
Para ter cuidado redobrado
Estava determinada
Que se entregaria, até sua alma
Era de pouca conversa,
Aqueles meninos não a seduzia
Achava seus papos caretas
Procurava algo bem diferente
Tinha em mente uma entrega
Que ia rabiscado no papel
Seu príncipe um dominador
Ela submissa Rapunzel
Foram dias e noites de espera
Nem mesmo se mastubava
Amadurecera inocente virgem
Numa nuvem de tempestade
Como se fosse feiticeiro
Sem avisar o príncipe apareceu
Numa enigmática rede social
Dentro da super tela virtual
Bem fluente e bem dotado
Mesmo avisada ele a embriagou
Com gentileza e palavras doces
Decifrou-a inteira
Dominando a mente dela
Num gesto rápido e preciso
A tomou de surpresa de relance
Em silêncio a levou para longe
Num desconhecido lugar
Fez com ela tudo que sonhava
Com uma alta dose de exagero
A feriu no seu íntimo
Ela gritou, tentou fugir
Não conseguiu, dopada
Enquanto ele ria, dançava
Ela lembrou dos conselhos
De sua mãe amiga
Agora de nada adiantaria
Estava amarrada e sozinha
Leopardo Dom
Floresta Velha
Os ventos que me sopram são sussurrados pelas árvores negras da floresta gélida, e nessa brisa fria sinto-me sombrio como a penumbra. Quero nessa floresta vagar enquanto a chuva cair sobre meus cabelos vastos.
Os bosques tenebrosos tem a vida e oculta figuras de olhares frios.
Posso ouvir seus ecos fúnebres,
E eu invado sua treva proibida
Perambulo em meio às névoas lúgubres cheias de assombrações.
Tenho como guia um velho corvo,
Ele entoa sua mórbida canção
E eu sigo o seu agourento chamado.
Tão profunda floresta, acolhendo minha presença errante,
Tão negra quanto o meu próprio abismo, não tem fim, abriga a sombra que tenho me tornado.
É o fim.
Os olhos brilhantes me roubam o ar
A boca sexy embaralha minha mente
A barba por fazer é linda
A inteligência é latente
Suas palavras me comovem
Sua voz me alucina
Adoro quando me chama de meu bem
Quero ser sua menina
Diante dos seus poemas
Faço outro pra você
Diante dos nossos dilemas
Ignoro tudo por você
Os sonhos não me satisfazem
A imaginação já não é suficiente
Preciso sentir suas mãos deslizarem
Seu corpo no meu é um presente
O seu aniversário está chegando
O que você vai querer?
A excitação pulsando
Você pode me escolher
Gosto da sua voz
Canta pra mim?
Essa paixão é tão feroz
Por favor, me diz que sim
Gosto do seu sorriso
Adoro o seu olhar
Seu palpite é preciso
Eu comecei a te amar
Tentei negar os sentimentos
Mas não fui bem sucedida
Quero, com você, tantos momentos
Você sabe me amar na medida
Roça sua barba no meu pescoço
Me agarra forte
Causa em mim um alvoroço
Ah, que sorte!
Relaxada
Deliciada
Extasiada
Enamorada
Sorridente
Cansado
Resistente
Suado
Seu corpo é a melhor arte
Às vezes acho que veio de marte
Canta pra mim?
Diz que não é o fim
Pra ser esquecida
Tem que ser antes sentida
Porque a imaginação
É inimiga do coração
Aquele foi o último beijo
Tão ardente quanto o primeiro
Você quer ir? Eu deixo
Ari vederti, delicioso companheiro.
Rapaz acredita em ti e nas tuas capacidades,
vai a luta,
porque tens um mundo pela tua frente de oportunidades.
Não sei, Por que comigo?
Ando perdendo sono, fome
Realmente queria poder entender
Que sentimento forte e louco é esse?!
Acho que você é meu remédio...
Mais tambem meu veneno.
Depressão - Destruição Sem Limites
O mau humor se irrita com a ansiedade, por excesso de angústia. O cansaço se desanima com a necessidade de sentir alegria e prazer.
Motivação? Só se for pela falta de vontade e pela indecisão. Sentimentos de medo causam insegurança, e os olhos que antes sorriam, hoje se desesperam diante da imensidão desse vazio. Sinto culpa até pela inutilidade em qual me encontro. A falta de sentido fez com que a autoestima fosse colocada em modo economia de bateria. O apetite me abandonou, e a insônia veio me consolá, a palpitação me acelerou, não sei a onde vou parar.
MÃE, palavra forte e doce...
MÃE, amor intenso! Desde a concepção em seu ventre; ou filho de coração, amor incondicional e permanente.
MÃE, um ser supremo! Única com capacidade de possuir dois corações em seu corpo, pulsando, vivente!... e com perícia de amar um filho concebido de outra mulher, mas que a vida lhe trouxe de presente.
MÃE, a mulher que cria, luta, acalenta, protege, ensina, incessantemente.
MÃE, colo, aconchego, cheiro, carinho, sorrisos, mão amiga, fiel confidente.
MÃE, ser divino! Um anjo na terra. Poção mágica do amor de Deus que foi entregue pra gente.
Feliz dia das MÃES a todas as MÃEZINHAS.
Em especial a minha. Te amo MÃE.
EQUILÍBRIO
Quem é teu remédio e tua doença?
Quem é tua fé e tua descrença?
Quem é tua asa e teu cadeado?
Quem é teu fim e teu inacabado?
Quem é tua resposta e tua indagação?
Quem é tua verdade e tua ilusão?
Quem tu tanto mata e continua de pés?
Seja quem for, na balança: tu és.
Escrever me acalma,
Mas te beijar me excita,
Um é alimento pra alma,
O outro me da sentido na vida,
Pois viver sem amor,
É o maior dos tormentos,
Nem mesmo os mais fortes,
Resistem a tal sofrimento,
De que adianta conquistar tudo,
Mas perder seu próprio coração?!
De que adianta possuir o mundo,
Mas da própria história ser o vilão?!
Eu sou fogo, eu sou água,
Te machuco ou te cuido?
Eu sou o amante da alma,
Pois meu toque é profundo.
Um Amante da alma poetiza não só com palavras,
Mas também com seu toque que instiga e acalma,
Pois assim como os ouvidos anseiam por palavras bonitas,
Sei que teu corpo grita em silêncio por minhas carícias.
E o sabor de seu corpo era algo sofisticado ao paladar, algo difícil de se descrever
Um gosto tão suave e macio como o teu é daqueles impossíveis de se esquecer
Minha boca te lembra e anseia por ter de vocês mais um dos seus delicados beijos
Pois sei que basta um toque nos teus lábios pra reacender todo aquele nosso desejo.
(NÃO)
Eu não estou sozinho
Tenho comigo
Aquela que não me abandona
A amiga solidão
E ela nunca é tão sozinha
Pois tem a mim
Qual aliado
Aliada tenho eu
Tenho ela
Escorrendo dos meus olhos
Tenho ela
Cheia de sais
Entre os meus lábios
Minha face que não sabe nadar
Está naufragando agora
Naufragando agora
Por essa água de mar
Que sai dos meus olhos-mar
Margaridas
coletem esse orvalho
E elaborem na boca da abelha
O mel
Mais puro e mais doce
O mais medicinal
Para este zangão
Que nem mesmo sabe dizer à ti
Um 'não'
