Poemas sobre o Silêncio
A ponte está vazia neste sentido,
não espero que você vá comigo caminhar.
O silêncio pesa sobre os meus passos,
e o tempo só vai me alcançar
se eu parar de andar.
Cada passo desenha um caminho
feito de lembranças e solidão.
Se a ponte não me chama ao encontro,
sigo eu, com a própria mão,
desenhando rumo e direção.
Não há pressa, não há chegada,
apenas o movimento a me guiar.
Mesmo só, sigo a caminhada,
pois só assim o tempo vou domar:
andando, livre, sem parar.
No silêncio onde o amor se esconde,
Somos donos de um vazio profundo,
Ecoa suave uma verdade única,
Que só a alma sente no mundo.
Amar é navegar na própria essência,
Sem mapa, sem rota nem destino,
Cada passo revela a imensidão,
De um vazio que é puro e acolhedor.
Para caber em qualquer fresta,
O amor nos lança na dúvida e no ar,
Entre o toque e a promessa.
Na dor e na calma desse espaço,
Encontramos a coragem de ser original,
No amor, o absoluto e o efêmero,
Tudo é forte, nada é derradeiro.
E se o silêncio trouxer de volta o que partiu,
não será ausência, será música.
Não será vazio, será espaço fértil,
não será dor, será raiz que floresce.
Que venha como brisa,
sem urgência, sem ferida,
pois só merece retorno
aquilo que já aprendeu a ser luz.
E se o coração aceitar,
não será peso, será voo.
Não será sombra, será aurora.
Não será fim, será começo
um começo que se escreve
com ternura e coragem.
Antes, havia uma voz —
forte, verdadeira única,
como trovão que rasga o silêncio
e desperta o mundo adormecido.
Depois, restou apenas o espaço,
um vazio suspenso, do alto,
onde ninguém observa,
onde o tempo se dissolve em poeira sem causa
e o olhar se perde no invisível.
Nesse abismo de ausência,
a memória ainda pulsa sem destruir,
como chama escondida sob cinzas,
esperando o instante apropriado
em que outra voz se levante outravez,
e o vazio volte a ser horizonte.
Onde nada cala quem nasceu para ecoar.
Fica em silêncio…
Não diga nada agora.
Apenas ouça o compasso do meu coração —
ele bate por você,
ele chama por você,
ele vive porque você existe.
Todos os dias, sem falhar,
o desejo por você renasce em mim
como um sol que nunca se cansa de amanhecer.
E eu te contemplo em pensamento
como quem admira uma deusa,
a deusa do meu amor,
aquela que me guia, me toca e me transforma
com a simples presença.
Fico aqui, entregue,
permitindo que minha alma fale por mim:
tu és o meu encanto,
a minha força,
a minha devoção suave e ardente.
Se quiseres saber o que sinto,
não busque nas palavras —
encosta teu silêncio no meu peito
e deixa meu coração te confessar tudo.
Com amor que transborda,
teu eterno admirador.
(Letra de música)- O grito da alma
(Verso 1)
No silêncio da noite, um grito ecoa,
Alma ferida, a dor que me açoita.
Coração em prantos, aa lágrimas caem,
Em busca de paz, a alma que se revolta.
(Verso 2)
As sombras dançam, a escuridão me abraça,
Memórias vêm e vão, a saudade que traça.
Um turbilhão de emoções que me desmonta,
Em cada verso, a alma que se desfaça.
(Verso 3)
A voz que clama, um lamento profundo,
Em cada nota, um grito do mundo.
A esperança some, em um instante infundo,
Em busca de um novo, um novo segundo.
(Verso 4)
Mas a chama arde, a fé não se apaga,
Em cada verso, a alma que se afaga.
A luta continua, a vida que se alaga,
Em um grito eterno, a alma que se propaga.
Os desejos e a solidão ( letra de música)
(Verso 1)
No silêncio da noite, a dor me invade,
Um passado dominador, em almas que ardem.
Sonhos desfeitos, em luta constante,
Amor perdido, num mundo distante.
(Refrão)
Paredes invisíveis, em um inverno denso,
A lua testemunha, a brisa do mar em meu pensamento.
Solidão que ecoa, em cada canção,
Um grito de alma, em busca de redenção.
(Verso 2)
As palavras se perdem, na voz que clama,
O violão chora, a melodia inflama.
Em cada acorde, a saudade persiste,
Em cada verso, a esperança resiste.
(Refrão)
Paredes invisíveis, em um inverno denso,
A lua testemunha, a brisa do mar em meu pensamento.
Solidão que ecoa, em cada canção,
Um grito de alma, em busca de redenção.
(Ponte)
No horizonte, a luz que se esvai,
Em cada lágrima, o adeus que cai.
A guitarra chora, a voz se eleva,
Em busca de um novo amanhecer.
(Refrão)
Paredes invisíveis, em um inverno denso,
A lua testemunha, a brisa do mar em meu pensamento.
Solidão que ecoa, em cada canção,
Um grito
A travessia
Um corpo foi forjado nas cicatrizes do vazio e no silêncio das emoções,
Ao tentar caminhar sentiu sua respiração fraca e seu corpo desfalecer com a perda do vermelho que da cor a alma,
O duro golpe de não reconhecer mais os próprios sentimentos nas linhas do passado deixou a sua história perdida no tempo,
A distância de um oceano a cura para aquele com o coração transformado em gelo o vigiava através da lua,
Decidida a resgatar um sonho que não se apagou, ela lutou com seus demônios, desbravando territórios jamais pisados antes enfrentou os seus medos e vibrante invadiu uma colmeia nas montanhas altas em busca do mel mais puro para que pudesse despejá-lo no coração de gelo do seu amado,
Após atravessar o mar congelado, e sofrer duros golpes na sua corrida desesperada , ela então conseguiu derramar o antídoto a tempo naquele coração que um dia jurou ama-lo para sempre.
"O silêncio de um lugar que foi preenchido por risadas é o som mais alto que a solidão pode fazer..."
--- Risomar Sírley da Silva ---
De vez em quando eu ainda ouço
No silêncio da madrugada
Um misto de passos na calçada
e um som de sinos distantes
Que soavam nas torres das Igrejas
que existiram na minha infância
Chego a sentir o perfume
daquelas madrugadas
Iluminadas pelos vagalumes
Isso sempre me traz
um sentimento confuso:
Tristeza e alegria entrelaçadas
Eu corro abrir minha janela
Não vejo e não ouço mais nada
Somente as Estrelas no firmamento
dão atestado
de que eu um dia
Realmente tenha estado lá
Naquele tempo e lugar
Que o próprio tempo arrastou
Pra um lugar
Chamado nunca mais
Fecho a janela ciente
de que a minha vida
assim como as madrugadas
Nunca mais serão aquelas
Novamente.
Caminhos Diferentes
No silêncio, há voz que canta,
No passo lento, há força que encanta.
O mundo mede o que é igual,
Mas cada caminho tem seu sinal.
Olhos que veem de outra forma,
Mãos que tocam sem norma.
Corpo que fala, mente que dança,
Tudo é vida, tudo é esperança.
Não é fraqueza, não é dor,
É jeito de sentir, é jeito de amor.
Portas se fecham? Abrimos janelas,
Transformamos limites em estrelas.
Cada gesto, cada ser,
Tem seu valor, tem seu poder.
E no abraço da diferença,
Nasce a mais pura excelência.
A força que não se vê.
No silêncio de quem não grita, reside a voz mais alta que se escuta.
No passo que o mundo acha lento, bate um coração que é movimento.
Não há limite onde há coragem, nem barreira que contenha a passagem.
O mundo mede pelo que enxerga, mas a vida floresce na diferença que se guarda.
Mãos que desenham o invisível, olhos que leem o indizível, corpos que reinventam o espaço, almas que escrevem seu próprio compasso.
Não é sobre compaixão, ésobre respeito em ação.
Cada pessoa é universo inteiro, cada deficiência, um novo roteiro.
E quem ousa olhar além da aparência, descobre que a verdadeira força não está no que o corpo faz, mas no que o coração alcança.
Mas ali, no silêncio do meu arrependimento,
ouço passos de misericórdia se aproximando.
Não são passos de acusação,
mas de um Pastor que conhece cada ferida minha.
Ele não desvia o olhar da minha vergonha,
Ele a atravessa com amor.
E, com mãos marcadas por pregos,
não me aponta o dedo —
me ergue.
O inimigo espera sua reação, mas quando encontra silêncio, encontra também a proteção de Deus. O silêncio é como um escudo invisível: guarda o coração, evita contaminação e abre espaço para o Senhor agir.
"O Senhor lutará por vós, e vós vos calareis.”
(Êxodo 14:14)
Pecado escondido adoece a alma,
corrói em segredo, mata em silêncio.
Mas o arrependimento é chave da vida,
e a confissão abre o rio da graça.
Melhor despir-se diante da cruz,
do que ser exposto no dia final.
Melhor chorar agora aos pés do Cordeiro,
do que ouvir d’Ele: “Nunca vos conheci”.
Ser especialista em ajudar
é ser discípulo de Cristo,
que lavou pés em silêncio,
e curou corações esquecidos.
A teologia verdadeira não infla,
transforma;
não exalta a mente,
exalta a graça.
Se és do grupo que atira pedras,
carrega nelas o peso do teu silêncio,
leva-as contigo até ao espelho —
que lá Deus fala mais alto que o juízo.
Que cada pedra te lembre:
do pecado que também pulsa em ti,
da misericórdia que te alcançou,
e do perdão que te fez novo.
José conheceu o cárcere, Davi provou o deserto,
Mas no silêncio da prova, Deus sempre esteve perto.
E o Cordeiro que carregou desprezo e cruz,
Hoje reina em glória, é o Senhor, é Jesus!
Então, não temas o opróbrio, nem a humilhação,
É nesse campo duro que floresce a unção.
Pois quem aprende na dor a confiar e esperar,
Na estação do renovo verá a glória brilhar.
Silêncio clama pela verdade.
O silêncio clama por justiça.
O silêncio tem lágrimas escorrem palavras.
Somos olhares navegantes ilusões.
Nos calamos pelo engodo...
Provenientes das mentiras que tentam te fazer calar.
Mais o silêncio grita grita mais ninguém ouve as lamurias vindas de quem sofre.
Suas experiências te dizem que verdade nao pode ser calada !
A algo maior dentro de cada um que sabe que verdade esta contaminada por mentiras.
E ainda temos que engolir essas mentiras.
O Eco da Ausência
Eu carrego o peso
das palavras que engoli,
Um silêncio denso que escolhi.
A alma veste um cinza antigo e frouxo,
E cada dia é um novo esboço
De um sorriso que nunca se completa.
A solidão não é a falta de alguém,
É o abismo entre o que sinto e o que convém.
É a canção baixinha que só a parede ouve,
Enquanto o ponteiro da vida não se move,
Preso em um instante que não tem mais pressa.
Eu me perdi no mapa das promessas,
E as esperanças viraram meras rezas.
Resta o nó na garganta, sem desfecho,
Apenas o vazio morando em meu peito,
E a espera por um dia que cesse.
