Poemas de Saudade de Poetas Portugueses
Amar é mergulhar em uma piscina opaca; só o tempo vai te dizer se alcançou o chão ou alcançou o amor.
Um autor é um tonto que, não contente em aborrecer aqueles com os quais vive, insiste em aborrecer as gerações futuras...
Nunca houve numa vida única uma afeição única: e se nos parece que há casos em que houve é que essa vida não durou o bastante para que a desilusão e a mudança se produzisse, ou quando se produziu ficou orgulhosamente guardada no segredo do coração que a sentiu.
O professor não pode falar sobre sexo em sala de aula, mesmo que aja extrema necessidade, pois é tachado de sexualizador. Talvez a educação sexual desejada esteja nas novelas. Todo mundo assiste às mídias com contentamento, o problema é que os Alunos tolos de formação evangélica que se acham sabidos demais usam o tema para impor sua fé, pais que devem à sociedade escondem-se atrás do puritanismo fingido, sacrificando a transversalidade da educação. A direção da escola não se impõe, aí sofre as consequências. Morre de medo de perder o cliente sem qualidade. Pois, Para o medo não tem regras.
... Casos há em que os nossos inimigos contribuem mais para a nossa exaltação pessoal do que os nossos próprios amigos; os males que nos causam servem de lições eficazes para o nosso aperfeiçoamento moral, e subsequente procedimento honrado e regular...
Como puderam, aqueles que conviveram com Jesus, recusar-Lhe o apoio, a misericórdia, a orientação? Após receberem ajuda para as mazelas que os martirizavam, como é possível compreender que, dentre dez leprosos, somente um voltou para agradecer-Lhe? Como foi possível a Pedro, que era Seu amigo, que O recebia no seu lar, que convivia em intimidade com Ele, negá-lO, não uma vez, mas três vezes sucessivas?! ...E Judas, que O amava, vendê-lO e beijá-lO a fim de que fosse identificado pelos Seus inimigos naquela noite de horror?! Sucede que o véu da carne obnubila o discernimento mesmo em alguns Espíritos nobres, e as injunções sociais, culturais, emocionais, neles produzem atitudes desconcertantes, em antagonismos terríveis às convicções mantidas na mente e no coração. Todos os seres humanos são frágeis e podem tornar-se vítimas de situações penosas. Assim, não julgues a ninguém, entregando-te em totalidade Àquele que nunca Se enganou, jamais tergiversou, e deu-Se em absoluta renúncia do ego, para demonstrar que é o Caminho da Verdade e da Vida.
A modestia é um véu sutil com que atenuamos o fulgor do nosso merecimento ou talento, para não ofender a vista e o amor-proprio dos outros homens.
Pode-se graduar a civilização de um povo pela atenção, decência e consideração com que as mulheres são educadas, tratadas e protegidas.
O abraço carinhoso de um filho ou uma filha é uma das coisas mais gostosas e gratificantes da vida...
Os homens grandes chamam a atenção e projetam sombra, mas os grandes homens, onde quer que se encontrem, tornam-se claridade inapagável, apontando rumos libertadores.
"Todos os mitos giram em torno de dois modelos básicos: o criacionismo bíblico e o casualismo epicuriano. Entre esses dois, não se trata de escolher o mais 'científico', o que seria apenas uma confusão de planos, [...] e sim de averiguar qual o mais apropriado à expressão da estrutura da realidade existencial e portanto ao adequado posicionamento do homem no processo cósmico."
O passo não deve ser demasiado lento, nem demasiado rápido.
Original: Incessus nec fractus, nec praeceps.
Se ele cometeu erros, ele está perfeito...
Se existir um que nunca errou, está com defeito de fabricação.
..Uma jovem tamoia, cujo rosto moreno parecia tostado pelo fogo em que ardia-lhe o coração, muito linda e sensível, tinha por habitação esta rude gruta, onde ainda então não se via a fonte que hoje vemos. Ora, ela, que até aos quinze anos era inocente como a flor, e por isso alegre e folgazona como uma cabritinha nova, começou a fazer-se tímida e depois triste, como o gemido da rola; a causa disto estava no agradável parecer de um mancebo da sua tribo, que diariamente vinha caçar ou pescar na ilha, e vinte vezes já o havia feito, sem que uma só desse fé dos olhares ardentes que lhe dardejava a moça. O nome dele era Aoitin; o nome dela era Ahy, que o seguia, ora lhe apanhava as aves que ele matava, ora lhe buscava as flechas disparadas, e nunca um só sinal de reconhecimento obtinha; quando no fim de seus trabalhos, Aoitin ia adormecer na gruta, ela entrava de manso e com um ramo de palmeira procurava, movendo o ar, refrescar a fronte do guerreiro adormecido. Mas tantos extremos eram tão mal pagos, que Ahy, de cansada, procurou fugir do insensível moço e fazer por esquecê-lo; porém, como era de esperar, nem fugiu-lhe nem o esqueceu.
Desde então tomou outro partido: chorou. Ou porque a sua dor era tão grande que lhe podia exprimir o amor em lágrimas desde o coração até aos olhos, ou porque, selvagem mesma, ela já tinha compreendido que a grande arma da mulher está no pranto, Ahy chorou.
Não chores porque o amor acabou, apenas sorria porque um dia ele irá voltar e sabe porque, se ele te pertence ele voltará
É tal a nossa imprevidência ou ignorância, que tomamos por grave mal o que, frequentes vezes, é origem e ocasião dos maiores bens.
Quando se ama deveras e se está com o objeto do amor, não se recorda, não se deseja, não se quer mais nada!...
(A Moreninha)
