Poemas de Saudade de Poetas Portugueses
Do meu rebanho de pensamentos
Me fugiu um, maldito seja.
Seu nome? Saudade! Bendito
Seja aquele que ainda que,
Que perdido, encontra o
Caminho de volta para o coração
Daquele que o alimentou,
Mesmo que para expressar
Um mínimo de gratidão.
Saudade do tempo passado,
Pássaro que voa para longe- cada vez mais longe- e não volta.
Mas que eu viva o presente sem revolta, pois também passará; também pássaro.
Que o vento venta no luar
Que Amor ama sem olhar
Que saudade bate e aumenta o amar
Que o poeta compõe o que vê no amar
O Amor vai amando sem tempo e junto com ele vai vuando o vento
SONETO SONHADO
Sonhei que saudade de ti sonhava
Aqui pelas bandas do meu cerrado
Foi tão bom, uma pena ter acabado
Pois nele, sonho, contigo eu estava
Que pena... era um sonho sonhado
De lembranças em que a alma lava
Onde a tua falta na minha ali ficava
Em um silêncio d'um afeto amado
Sonhei hoje contigo, nem imaginava
Ter-ti tão manifesto ali ao meu lado
Num sonho, que nostalgia passava
Queria de ti, não estar desamparado
E sonhar-ti, onde só amor anunciava
Eterno sonho, eternamente no fado...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
CERNE (soneto)
Do ventre do cerrado ergui meu gemido
Estrugido duma saudade que me eivava
Furtando o fôlego duma dor que escava
O coração já aturado e um tanto dividido
Da solidão a tramontana reviu-se escrava
No cerne da sofrença no peito desfalecido
Que és de tudo escárnio no fado contido
Grito! Que ao contentamento então trava
Que labareda tal me arde no esquecido
Me remanescendo qual tétrica cadava
E me prostrando na réstia do suprimido?
E, se toda sorte aqui me falhe, és clava
A esperança, dum regresso ainda vivido
Factível, sem os que a quimera forjava...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
LACUNA (soneto)
Solidão, de insistir-te, não és esquecida
A saudade anda exagerada em te trazer
Nem sequer és o pretexto do meu viver
Pois se a sorte é triste, alegre é a vida!
Nada neste exagero é de fato pra crer
Se há ganhos e perdas, vinda e partida
Ter desvario é querer chuchar a ferida
O vital é mistério, bom é se surpreender
Pois a mesma estória tantas vezes lida
Traz história enlouquecida ao escrever
Tudo passa, não é só subida e descida
Ai, pode voar o tempo, tempo morrer
Tudo tem princípio e o fim, na medida
E nesta metamorfose, vai o nosso ser...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
2017, início de janeiro
Saudade e carestia
No amor há sempre uma saudade.
Carestia do ato de amar.
Se se está perto, saudade na distância que há na proximidade.
Uma distância voraz incessante.
Se longe, saudade da contemplação,
saudade da consumação de corpos na unidade,
abreviação da distância insistente.
No amor há sempre uma saudade e carestia,
um querer a mais,
um querer...
mais.
Tarda, mas não falha.
A saudade é canalha
Machuca e afaga
Nos pega e não larga
Tarda, mas não falha.
Chega e estraçalha
Pisa, esmaga
Tem alma amarga
Mas é dor que me valha.
Saudade
Chega fora de hora,
quando se diz pronta para ir embora,
o coração penhora,
fere como espora,
sentimento que ao se perder explora,
saí porta afora com desejos de outrora,
não ver o romper da aurora,
o florescer do meu sorriso pletora,
fenda de ferro e fogo que devora,
é essa saudade quando aflora.
O teu silêncio
O teu silêncio me ensurdece de saudade.
A memória insiste no perfume de instantes
abreviados por uma fronteira que nunca existiu.
E quanto a mim, perdido estou em sonhos flutuantes,
recostado à cabeceira, numa noite de lua minguante.
Meu coração míngua também, ele apequena
e a saudade só aumenta.
O teu silêncio, eu quereria no instante de um abraço.
Mas o silêncio é a presença de tua ausência.
E eu nada poderei.
AGORA EU QUERO IR (soneto)
A minha saudade tem saudade de crê
Me planejei, me desmoronei no sedento
Nas verdades não fui inteiro a contento
E no querer o todo, metade teve porquê
Experimentei descanso e, labuta à mercê
Confiei no silêncio, me encaixei no lamento
Precipitei no ir e na volta, foi ensinamento
Me desmanchei nos sorrisos em comitê
E na busca de me reconhecer, descanso
Afinal, as trilhas não são de vento manso
Porém, ao me refazer despertei com a dor
Se agitado ou imoto me equilibrei no balanço
Da quimera, pois sempre nos resta tal ranço
De jugo. Agora quero ir e, apreender o amor.
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 26 de março
Cerrado goiano
PEDAÇOS (soneto)
Em ti, ó saudade, acho parte de mim
São fragmentos craquelado e partido
Do meu eu que tenho então em ti sido
Eternizado numa dor que vive sem fim
O senso que faz em ti alarido saído
Em mim é silêncio, é solidão, enfim,
Vive da ilusão de lembranças carmim
Do comover sovado e não esquecido
Agora, o que faço para ouvir o clarim
Dos sons da quimera no porvir contido
Dando-me sonhos afora deste folhetim
Serei pouco, nada, de desejo desprovido
Se insistires em ficar tão presente assim
Aí, de pedaços o meu poetar será revestido
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, março, 05'55"
Cerrado goiano
É verdade que falo muito de amor
É verdade que falo de paixão
É verdade que sinto saudade
É verdade que vez quando sinto solidão
É verdade que a saudade traz vontade
É verdade que cultivo a gratidão
É verdade que falo da verdadeira
amizade
É verdade que têm muitos que adimiro
É verdade que a nomes não me refiro
É verdade que algo me leva a reflexão
É verdade que tenho a minha verdade.
O bons sentimentos tocam o coração, fazendo brotar poesia
O que escrevo e compartilho tudo é verdade.
Mas nem sempre, no momento, é a minha realidade.
Aline Maranhão
SAUDADE
Quando a saudade chegar, apenas feche os olhos e lembre-se dos momentos em que esteve em meus braços,
Do prazer que sentiu com meu toque em tua pele,
Do meu beijo em tua boca carnuda,
Dos meus olhos escuros olhando ao fundo dos teus.
Quando a saudade chegar, apenas feche os olhos e lembre-se do meu cheiro exalando desejo por ti,
Da minha entrega sem reservas às tuas carícias atrevidas,
Dos meus gemidos de satisfação ao tê-lo dentro de mim.
Quando a saudade chegar, apenas feche os olhos e lembre-se que um dia eu já fui tua.
Que um dia eu entreguei o melhor de mim a ti.
Saudade do meu tempo
Sou do tempo que conhecia gente
Gente de verdade
Sem mentira e vaidade
Sentadas nas sacadas
Praças e calçadas
Iluminadas pelas estrelas e um lampião
Crianças ainda brincavam com pião
Hoje não tem mais isso
Celulares são os vícios
A vida real nem sei se mais existe
Hoje tudo é rede social
A quem diga que tudo isso é normal
Ai que saudade do meu tempo
Que a rede mais usada era tocada pelo vento
E meus vícios eram apenas meus pensamentos.
AMOR INVENTADO
É preciso inventar uma paixão
para fazer um poema de saudade
que supere as odes ao amor
de Neruda, Vinicius ou Rimbaud...
Sem contudo, me valer da pobre rima
pois prefiro, em tese, a liberdade
sobre um vício que tem todo poeta
sucumbir à inflável vaidade.
Inventar uma paixão é coisa fácil e vulgar
ora em vida, quase tudo e inventado
mas o amor, aquele que faz chorar
Este sim, não se pode prescindir da poesia
só se vive uma vez, em vida ou morte
e com sorte, vamos atrás desta vã filosofia.
Evan do Carmo 31/03/2018
SONETO
A PONTE DA SAUDADE
Havia uma ponte sobre um rio,
Um rio que cortava uma cidade
A carne que gemia, um calafrio
Na ânsia de sentir uma saudade.
A ponte de tão frágil, caiu na` água
Só mágoa, num suspiro se afogou
Agora se travessa o rio a nado
Corrente dos desejos se quebrou.
As almas traspassadas em dores cruciantes
o rio e a cidade afastados hoje choram
a sorte esquecida, da ponte e dos amantes.
Mas a ponte da esperança não tem chão
na mente dos amantes que se encontram
distante da cidade do desejo e da ilusão.
SEM FALAR EM SAUDADE
Foi sem falar em saudade
que lembrei de você
dos seus olhos pequenos
a me enlouquecer
do seu corpo moreno
do seu beijo veneno
a me adormecer.
Foi sem querer que a tristeza
chegou com a canção
que eu fiz pra você
naquele verão
onde fiz dos teus olhos
minha única razão
de viver, de sorrir, de sonhar
de paixão.
Foi sem falar de saudade
que me veio a lembrança
que perdi a esperança
de voltar a te ver.
"Duda"
"...Como faz Falta, a Saudade é Tanta Que Deveria ir Nadando Ver Você, Nenhum Sacrifício é o Suficiente para matar a Saudade, Nenhum Sacrifício é o Suficiente para encurtar essa Distância, Nem Uma Ação Nunca Vai ser Demais para Estreitar Os Laços de Pai e Filha!
Na Rouquidão da Tua Voz Sinto como essa Distância Nos Faz Mal, No Soluço Entalado na Tua Garganta, Sinto Como Nossa Ligação é Extremamente Forte!
Mas o que mais Me acalma, é que mesmo Com essa Voz Rouca, Com Esses olhinhos Inundados de lágrimas, ainda Diz a Plenos Pulmões sobre como Te Faço Falta, e Que essa Distância entre Nós, um Dia Será Tão Curta, que Bastaria Que Estiquemos apenas um braço, para sentir que estamos Suficientemente Próximos, para não Mais haver Saudade, para deixar Nossa Voz Rouca, Nossos Olhos Inundados pelas Lágrimas nem tão pouco Nosso Coração Apertado Pela Ausência!
Segundo a Filosofia, testemunhamos Todos os Dias as inevitáveis Mudanças da Vida, Mas Meu Amor Por Você Duda, Permanece para Sempre Imutável! Te Amo ChuChu..."💝
A saudade não passou,
O presente ainda machuca,
O futuro é um convite,
O poeta tem razão.
É de exuberância monumental,
- a minha vista é do quintal,
À espera da tua presença espiritual.
Lá em Isla Negra perdura
A saudade que você deixou,
O amor que ainda persiste
No rimário de encanto e sedução.
É uma espera sem igual,
- dizem que isso não é normal
Essa espera valerá a paz sem igual.
A saudade não vai passar
O presente irá te trazer,
O futuro irá nos pertencer
- E o poeta há de nos escrever! -
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