Poemas de Nascimento de um Filho
Te liguei ontem.
_Eu vi.
Mandei mensagem.
_Eu li.
Te chamei na sua casa.
_Eu ouvi.
Te mandei chocolate.
_Eu recebi.
Não tem nada pra me falar?
_Caramba, finalmente trocamos as falas.
O Papai Noel não deve roubar a cena do Cristo, mas talvez ele represente aquilo que o Cristo é para muitos, um genuíno doador de esperança. Se Papai Noel não existe, nós existimos e esse é o desafio do natal, sermos presentes ao mundo, sermos promotores da paz, sermos pequenos cristos para grandes esperanças.
[Crônica com Música, Natal Infinito]
Chamo isso de força
Há várias formas de viver. Nesse infindável mercado do bem-viver-feliz cada um escolhe o estilo de vida que quer de acordo com o que acha que vai lhe trazer felicidade. Pois então, tenho cá me identificado com o estilo de vida dos fortes, isso mesmo: daqueles que sabem que é preciso ter força para se humilhar, que é preciso ser corajoso para chorar, que é preciso ser bravo para amar, que é preciso suportar a dor e lutar por aquilo que acha que vale a pena levar para o ali e o além; mas também, daqueles que sabem que não lhe pode faltar garra para renunciar a vida que se tem levado quando essa se esvair de um sentido mais profundo. Identifico-me com o estilo de vida daqueles que sabem que tudo pode ter sem nada possuir, daqueles que sabem que sonhos são necessários, mas não são absolutos, por isso podem ser trocados numa boa padaria; identifico-me com estilo de vida daqueles que sendo fortes não se deixam abalar se de fracos forem chamados, até porque o coeficiente de força só pode ser determinado em relação aos obstáculos que se tem de enfrentar; de minha parte, contento-me em saber que os obstáculos mais difíceis de serem vencidos são invisíveis aos olhos e, por vezes, estão dentro de nós mesmos; contento-me em ser feliz sem compromisso com o que se diz por aí ser a felicidade. Pois então, prefiro a vida dos fortes que sabem que são fracos, por isso mesmo, fazem do “negue-se a si mesmo” um dos princípios de sua caminhada, que assim caminha para além das angústias e das alegrias porque caminha com poeira nos pés sobre o solo da eternidade.
comlucasnascimento.blogspot.com
Além do Ego
Às vezes tenho a sensação de que meus sentimentos, sentidos e algo mais, que poderia chamar de o centro do meu "eu", ao dialogar com elementos do real pulam dentro de mim até de mim saírem para tocar uma fagulha do eterno, daquilo que não se pode explicar, medir ou mensurar com métodos "naturais". Chamamos isso de momento que se eterniza. Talvez isso ajude a explicar aquele gosto na alma de algo saboroso e inexprimível que, por vezes, sentimos e que a partir do nosso espaço-tempo os transcende amplamente. Isso me acena de que existe um lugar e um tempo que não é o que "vivo" na maior parte do meu tempo. Isso me diz de que meu corpo foi criado para transcender. E se todos nós vivemos sempre em busca desses momentos, isso nos diz que somos carentes de sermos envolvidos por algo maior que nós mesmos. Se somos carentes é porque nos falta, se é uma falta tão absurda que todo homem universalmente vive a busca de preenchê-la de alguma forma à sua maneira, é porque fomos criados com a presença de algo que hoje nos falta e, no máximo, a tocamos às migalhas. Mas se de alguma forma podemos tocar, isso nos diz que esse algo existe.
nada é previsível
Encontros. É nisso que resume isso que eu e você temos e que não tem um nome. Nossos encontros cheios de conversas significativas, beijos calorosos e carinhos nos meus pés. Olha, eu não sei se sou alguém que seja bom para amar. Nunca me apaixonei, as vezes acho que não tenho essa capacidade bonita. O bom disso tudo é que você não liga pra isso, e nem eu. Não há o que ser evitado, e quando a gente ri fingindo que o mundo não existe do jeito que é, eu me animo porque existe alguém que pensa igualzinho a mim. A gente se conhece há tanto tempo, as vezes acho que não sei sobre você o que eu sempre quis saber, mas percebo que é você que não sabe nadinha de mim. E me sinto misteriosa, enquanto você me beija os olhos, os ombros a alma. Eu consigo ser eu por debaixo dos meus cabelos, dos meus medos e das minhas fantasias. Você desperta isso em mim, esse eufuísmo em querer ser eu mesma. Eu te mordo e você se comporta como se tivesse medo do que eu possa sentir, do que você possa sentir. Essa coisa de não querer ir além de onde podemos ir ainda vai nos levar longe, rapaz. Então por mais que eu mude conforme a estação de rádio, eu de vez em quando, vou pensar em você. Não dá pra arriscar muito com nós dois, mas é isso que eu gosto depois do seu cheiro de café com leite. Então fica até quando os nossos olharem continuarem se olhando com essa ternura e calma. Minha e tua, caetano
O amor existe.
Não foi um livro que disse. Eu só vejo ele pairando no ar em meio a conversa de duas pessoas que estão sentadas com mãos entrelaçadas em um banco qualquer, numa praça qualquer, mas com o amor que só esses dedos entrelaçados e esses olhares focados e bobos sabem dizer. O amor existe. Ele não está só nos livros de Machado ou naqueles romances americanos que as livrarias se esgotam de vender,e é por isso que vendem tanto, por que as pessoas acreditam na sua existência, e querem acreditar, por que ele existe.O amor existe. Difícil topar com ele, óbvio. Mas acontece. Sem previsão de hora, data, mês, ano. As vezes quando menos se espera o amor invade qualquer sinal vital nosso e pronto. Somos refém do sentimento mais transformador do mundo. O amor existe mesmo sem existir ainda. O amor existe. Dolorido, nervoso,inquieto, bonito, avivado mas existe. Confuso, bruto, calmo,forte, quebradiço, mas existe. O amor é tudo isso que não vemos, é tudo isso tão grande que a nossa mão não consegue segurar, o amor é isso que existe e que um dia, sem motivo, começa habitar dentro da gente por alguém. O amor existe e é demodê.
Re-nascer.
O nó na garganta, e a tempestade invadindo o corpo. Febril, paranoica, sedenta. Outra visita da quase morte aparece na ponta dos meus pés, ninguém sorri e a mulher que me pôs no mundo chorava no outro lado da linha com cada respiração enfraquecida que eu dara. - Ninguém precisa saber. Suspirei umas duas vezes para ela entender que eu poderia superar aquilo sem toda piedade humana a minha volta. Meu genitor, desesperado, tentava entender por que meu estado não cessava, chorava também. Odeio pessoas chorando a minha frente, sempre me sinto culpada por isso e não choro junto. A culpa nos torna covardes e insensatos. Esses rostos estranhos buscando por algo que lá fora ninguém mais preserva, a vida. Eles catam a vida no ar em que respiram, tentam resgata-la em meio a injeções, comprimidos e eu era uma deles agora. Caçando a vida como se ela pudesse me escapulir a qualquer momento. -Não sei brincar disso. Pensei e pedi para voltar para o lugar que eu nunca deveria ter saído, meu lar. Fiquei. Paralisada olhando aquele desespero de dor e luta em cada rosto que passou por mim naquele corredor branco e frio. Alguém acabou de ir dessa pra melhor - ouvir uma senhora de idade cochichar. Como assim uma vida foi interrompida enquanto eu ainda piscava os olhos? Me espantei. Vi meu pai juntando as mãos em forma de oração e falando qualquer coisa que eu não pudi ouvi enquanto olhara para o céu. Tive medo. Desmaiei. Uma hora depois, acordo em um sala e o único rosto familiar é o do meu pai, com olhos vermelhos, arregalados, e o meu corpo gelado respondia bem aqueles analgésicos, eu conseguia respirar lentamente. Eu não entendia nada, mas sentia medo. A vida é o instante afinal. A vida é muito mais do que a gente pensa, a gente é muito maior e mais forte do que a gente acredita que seja, e existe uma força divina poderosa nos protegendo. Uma luz clara invadiu os meus olhos, renasci.
ficaí
Eu que sou mar, me apaixonei pelo fogo. Incompatibilidades sempre fez mais o meu gênio mesmo. A sensação de lutar por alguém me excita mesmo sendo talvez, um masoquismo. Nunca fui de ir contra as minhas verdades imbecis e abertas,e mentira não é um lugar que eu consiga morar por muito tempo. Essa vontade mútua de ir além, de morar num olhar, num corpo, numa vida, tem que ter algum sentido. Se foi a verdade que nos uniu, será que é ela que nos separará? - Fica a vida inteira comigo.- Eu quis gritar, mas mandei aquele torpedo dizendo que você é bonito de todos os modos. Não sei me despedir, então não vai. Só vem me contar as histórias mirabolantes de um quase cantor de rock, que eu vou rir de todas elas e dizer que eu torço para que aconteça. E eu me contradigo quando digo que vou partir e acabo ficando e ouvindo os seus desesperos de um amor que acabou mas você finge viver. Eu sou luta, você renuncia. Eu sou febre, você o frio. Ainda sim conseguimos ser tudo o que precisamos sem saber. Ficaí, fica aqui, fica sempre, mas com verdade. Não saí, não vai.
dorme bem
Vamos bagunçar o lençol da sua cama arrumadinha demais para o meu gosto. Chega de conversa e morde minha coxa, enquanto minha boca desliza pelo seu ombro quase másculo. Chega e vamos ver aquele filme colorido que eu nunca sei o nome, e que você se irrita por que eu sempre acho o ator principal o mais bonito e sempre falo disso em todos os filmes. Quero conversar com sua mãe sobre o que você foi e o que você vem se tornando, e com o seu pai? Vou rir das piadas que a gente ouviu de você durante esse tempo. Vamos na praia no domingo, enquanto a minha genitora prepara o seu prato favorito. Vamos viver alguma coisa pra recordar amanhã, vamos viver algo no presente. Ver seriados até as 23:00, para depois eu me virar e dizer : dorme bem, meu bem. E tu me beijar a testa enquanto bocejo me encaixando no seu abraço. Dorme bem. Amém!
Fértil imaginação.
Não me culpe por eu sempre imaginar o melhor e mais bonito pra nós dois. As fotografias que tiraríamos num domingo vendo um filme qualquer , e o seu riso alto com as minhas piadas péssimas. Imaginação fértil, e coração com esperança de que eu um dia vá viver isso ao seu lado. Vivo criando imagens nossas. Você mais perto, e eu com sua camisa azul preferida. Claro que eu não te conto nada disso. Estamos caminhando ainda a alguma coisa que nem saberemos como vai terminar. Mas não vou negar, que naqueles filmes anos 90, eu vejo nós dois, e nas comédias românticas atuais também. Paro e penso no quanto eu queria viver tudo isso, ou parte disso com você. Não me culpe, mas você despertou em mim a ânsia de viagens, e de almoços em família. Eu gosto da forma que minha vida ficaria ao lado da tua. Bonito de ser ver, sentir. Eu gosto dessa sensação de que de manhãzinha você me ligara do outro lado e dirá que está com saudade do meu beijo, do meu corpo, de mim. Não me culpe por ver um futuro em meio ao nosso presente. É só a minha imaginação fértil dizendo que te quer sempre mais.
Sua garota.
Então você me liga só para me contar o quanto o seu chefe é engraçado. E me manda torpedo se ao andar na rua topa com um pássaro diferente ou se come alguma coisa e lembra de mim. Essa é a sua mania doce de me encaixar em cada parte da sua vida. E eu rio por sentir surpresa que você me queira perto para ver tudo isso. Você me chama para viajar e escalar morros gingantes, tomar banho de cachoeira e sentar para fazer uma fogueira. Me apresenta para sua mãe que já pergunta com um tom atrevido e singelo se sou eu a garota da sua vida,agora. Me estremeço. É isso que eu sou, e você me diz quando me manda aquela música da sua banda preferida. Sou sua garota. Quando você roça a sua barba no meu ombro, e quando cheira a minha barriga com aroma de pitanga. Então você me diz que me quer por perto a vida toda. E eu aqui, querendo ser a sua garota, pra toda vida.
Eu falando sobre o quanto te gosto, de novo.
Eu gosto do azul da sua boca. Ou quando naturalmente você olha pra mim tentando descobrir alguma coisa sobre mim que eu ainda nem se quer sei. Eu gosto da sua barba bem feita, e dos seus dentes alinhados de uma forma única e tua. Eu gosto da sua mão alisando a minha como se não fosse soltar nunca mais. Eu gosto da sua manha ao tocar uma melodia no violão, e de como você fica quando eu lhe digo algum elogio tão obvio que soa clichê. Eu parada olhando para você fico tão demodê.Eu gosto do jeito que põe o cabelo para trás e dos seus pêlos. E os arrepios que me causa quando encosta o teu corpo ao meu, ou quando senta a minha frente quase colando meu rosto no teu. Eu gosto do seu jeito de falar e dos apelidos que você me põe para mostrar o quão somos íntimos. Eu gosto das suas costas, e da maneira displicente que você fala de outras garotas que nada significam só para despertar um ciúme inadequado em mim. Eu gosto do tom da sua voz, e de como você me tem cada vez mais e nem imagina. Eu gosto de quase tudo em você. Mas o importante é que eu gosto de você.
Seu nome
Devassável assim. Arrebatador. Sem questões. Meu coração palpitava pelo susto da descoberta. Tudo muito novo. E o sabor gostoso derretendo em meus lábios. Eu não queria respostas. Suas mãos deslizara pelo meu corpo quente. Sua voz abafada e musical susurrava detalhes límpidos do quanto me queria perto. E eu te arranhara. Te mordia. E dizia : me devore. E você correspondia as minhas expectativas. Delator o seu olhar. Clareza, carinho e casto. Ritmo e calma. Eu não queria separar minha boca da tua. E a tua boca se encaixara perfeitamente a minha. Olha onde eu fui encontrar o amor, do outro lado do muro, da cidade, da vida. Quis escrever teu nome na parede do meu quarto. Toda a minha proteção foi abalada ao ver o seu sorriso. Deverias ser preso por crime cupolso. Mas eu nem te denunciaria. Esse jeito você, esses sorrisos dispersos, essa sua barba bem feita. Tudo isso me ganha. Venho matendo cuidado, mas de fato, não me responsabilizo por minhas ações.Nem pelo romantismo tosco que você fez surgir em mim. É tudo tão anos 50. Que o medo não abafe a voz dos sentimentos que vem surgindo em nós. E que a coragem do cuidado invada cada milímetro do nosso corpo. Que a gente se preserve, e que nossos olhos nunca se percam de vista
Um caminho vago de perspectivas
Ilusão de faces e aparência genuína
Labirinto errôneo que leva-me ao vazio
Dentro de abismos que revelam minha ruína
A barba que cresce em meu rosto
Faz de mim uma composição sem definição
O caminho ainda é vago
E os rastros do labirinto deixam-me sem direção
Sei que não sei dançar essa sinfonia sacra
E se me perco aqui é porque não quero encontros
Dentro de um casulo eu pincelo, eu conto, eu desenho
Ferindo os meus olhos, livrando-me de espantos
De respaldo, de coisas, de mim é o que preciso
Ou talvez de ninguém
Não quero o rascunho dessas páginas amarelas
Quero é a saída desse abismo que preso me mantém!
Desejo...
Desejo os caminhos mais belos e cheios de flores
Os sorrisos espontâneos que penetram a alma
As cores vivas de um verão quente
Os minutos ao lado de alguém que acalenta e acalma.
Quero prazeres duradouros e sentimentos límpidos
Abraços apertados com a sensação de estar protegido
Desejo ousadia e coragem para amar todos os dias
E uma alegria eterna que vai bem além de fantasias
Amores constantes que tem minha vida pelo que sou
Amizades fascinantes que exploram detalhes em mim
Beijos quentes, beijos molhados, comportados e safados
E a euforia de um viver que não teme o próprio fim.
Desejo verdades que me levem à escolhas oportunas
Porque a vida é feita de escolhas e não de verdades
Quero o melhor, o fantástico, a astro, fortunas
E um legado que sopre nosso nome pelo mundo e pelas dunas.
Irreverente é seu jeito de olhar e nada dizer
É sua postura impecável que impressiona os mais velhos
Seus olhos que nada dizem quando não querem nada dizer
Sua observação abstrata demais para algum ser saber entender
Irrepreensível é sua cultura pautada em saber e mistérios
É sua forma de pensar na verdade que nem existe e nem contenta
Sua fala carregada de palavras cautelosas e bem colocadas
É sua opinião de que o amor simplesmente não tem explicação
Medonho é teu agir quando nada mais importa
É tua voz quando fala com pausas e num tom silencioso
É teu lado mal que ultrapassa o bom quando bem entende
E teu veneno que escorre pelas brechas e mata mas não se arrepende
Incrível é teu coração que se derrama a quem acha que deve
É teu afeto que se dá sem reservas ao que lhe dá de igual também
Tua lealdade sempre sã e sempre pronta a proteger e guardar
E sua alma tão discreta e pura que já nem sei o que falar.
Mergulho
Uma folha em branco
Uma ponta de lápis ou um graveto molhado por alguma tinta qualquer
Um papel vazio de letra é tudo que eu preciso
Para criar o meu mundo e descrever meu coração
Não quero rimar, não quero ser impecável
Apenas desejo mergulhar dentro de mim e me descobrir
Assim como sou
Abstrato, volúvel ou um simples sonhador sem forma
Uma folha sem palavras
Onde colocarei a minha voz
E ela gritará carregando toda uma vida impalpável
Indecifrável, porque quem sabe nem eu mesmo me conheço
Desejo hoje ser tudo o que não posso
Apenas para sentir o que posso desejar
Loucura ou não esse sou, ou talvez o meu eu-lírico
Que freneticamente me convence a ser liberado numa simples folha em branco!
É difícil lutar quando nada mais te sustenta, quando teus pés caminham por cima do nada, quando o vazio mais medonho habita dentro do seu ser e um sorriso na face é disputado freneticamente para que a boa aparência permaneça ainda que a vida já tenha ido embora... Como se o horizonte já não mais existisse e as luzes do sol não fossem mais quentes nem intensas porque a nebulosidade do seu coração tomou conta de tudo o que te faz ser qualquer coisa que o mundo possa olhar e gargalhar de ironia e sarcasmo!
Um desgosto amargo.
E tudo o que realmente importa é lutar para sobreviver dia após dia numa cabana com a solidão e os medos mais irreverentes que você nunca imaginou que pudesse existir dentro de ti!
A solidão nos faz sangrar muitas vezes...
Há momentos em que estamos cercados de pessoas, rodeados por gente de todo tipo, e ainda assim nos sentimos só.
A solidão nos faz sentir pequenos, temerosos, sem graça...
Tem vez que não queremos mesmo ninguém por perto, não aceitamos palpite alheio, não damos ouvido a nada, queremos apenas ficar sozinhos, sem nada por perto, sem nada...
E isso nos fere, somos volúveis, e os outros estranhos demais.
A solidão, mesmo que causada, machuca nossa alma profundamente!
Quanta decepção sofremos no decorrer da vida?
Quantas vezes, aqueles que achamos os mais verdadeiros e amigos, nos traem ou nos ferem com palavras, ou ainda pegam nosso coração com as mãos e dilaceram sem dó nem piedade?
As pessoas são mesquinhas, difíceis de entender...
Nos sentimos só quando nossa alma geme calada, quando nosso coração quer sair pela boca e nada podemos fazer, somos ousados em muitas coisas, mas diante da solidão muitas vezes fracassamos e não fazemos nada para que ela vá embora. Aceitamos, convivemos e nos acostumamos com a solidão...
A grande verdade é que até gostamos dela, pois muitas vezes é melhor ficar só do que conviver com pessoas irônicas e sem sensibilidade com a dor alheia...
É melhor ser só do que estar perto de pessoas vazias de sonhos, de gente cheia de protocolo e regras bestas...
A solidão nos faz pensar quem realmente somos, se é que somos alguma coisa...
Dói lá no profundo do ser, ninguém pode imaginar a dor que eu sinto, nem tampouco a necessidade que tenho de ter como companheira, neste caso, a solidão!
Estava distante, sem expressão
Diferente do que costumo ser
Rosto fechado, semblante na mão
Que jeito doido de querer convencer
A pressa apunhalou-me sem piedade
Meu olhar vagou num infinito sem cor
Perdi meu nexo, minha sanidade
E foi-se embora o meu tão medonho torpor
Estranho seja meu coração que me maltrata
Minha memória não produz lembranças
O ontem é vago, o hoje é nada
E o amanhã traz consigo suas vinganças
Estava enfadado, frio
Metáforas são labirintos que às vezes não tem saída
Assim sou eu, outrora sem brio
Agora uma expressão que procura sua face de vida
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