Poemas de Morrer
Cresci brincando com minhas próprias aventuras.
Fui capitão do meu navio que naufragava mas eu não morria.
Fui comandante das mais bravas tropas que invadiram as mais tenebrosas selvas em busca de exércitos inimigos. Me atiraram bala de canhão, pedra em fogo de catapultas, mas eu não morria.
Lutei contra dragões cuspindo fogo e mergulhei em águas infestadas de tubarões e monstros mitológicos. Sangrei por horas, mas não morria.
Até que um dia inventei de me aventurar nos bailinhos de garagem.
Transformei valsas em foxtrote e mazurcas em forró. Me vesti de Don Juan e falei como um Casanova. Porém aquele toque de lábios que até então desconhecia, me fez as pernas tremerem e o frio polar me tomou o estômago. Foi quando eu morri. De amor.
Então você pensa na possibilidade de ja estar morto. Pronto, morri!
Agora ja era tudo e qualquer coisa que eu poderia fazer ou ser. Acabou.
Então você pensa como seria a segunda chance. E se essa vida for a segunda chance? E se for a única?
A única certeza, é que somos bons em desperdiçar a vida com besteiras.
Então, aproveite enquanto você está vivo.
Mas, o que seria "aproveitar a vida"?
Talvez seja fazer como os animais, nunca preocupados, e sempre em harmonia com a própria natureza.
Eu mergulhei tão fundo nas minhas mágoas que me afoguei.
Deixei acumular as dores que me afligem, deixei juntar cada mágoa que já estava quase inexistente ali... eu me deixei morrer.
Eu me deixo morrer cada dia um pouco mais para que você possa viver em mim. Eu me coloco em segundo lugar para que você ocupe o primeiro. Eu me deixei ir para que você pudesse ficar...
Hoje me vejo fadigado,
Triste e melancólico.
Estou farto por isso ocorrer,
Exausto por não ter você.
Hoje me sinto meio morto,
Melhor dizendo,
Me sinto completamente morto.
Morto de saudades,
Morto de vontade,
Morto de desejo,
De ter você,
De estar com você.
Hoje me sinto morto,
Por não poder beija-la.
Te amo minha vida,
Amo morrer de amores por você.
Se Eu Morresse Amanhã
O desconforto de minha aliança
Nao sentiria ao acordar de manhã,
Seria deixada como uma lembrança
Se eu morresse amanhã.
As pessoas demorariam à saber,
Pois aconteceria antemanhã,
Assim não teriam tempo de me socorrer
Se eu morresse amanhã.
Dos seus braços não escaparia
No ultimo abraço com minha irmã,
Pois já longe ela estaria
Se eu morresse amanhã.
Eu talvez seria mais evoluída,
Talvez uma boa cunhanhã,
Mas tão cedo seria
se eu morresse amanhã.
Com tanta falta ficariam,
Meus pais, meu irmão e minha irmã,
Seus corações, de lagrimas salivariam
Se eu morresse amanhã.
Meus sentidos abririam mão
De ser pela primeira vez campeã,
Na verdade, tudo seria em vão
Se eu morresse amanhã.
Se eu morresse hoje
Morreria satisfeito. Posso dizer que vivi incessante e intensamente. Não ao extremo. Quem me conhece sabe que não iria. Talvez.
Ri, chorei. Fui feliz, muitas vezes, e também sofri outras muitas.
Trabalhei com afinco, mas também fui usufruí.
Briguei, insisti e não desisti...quase sempre.
Amei e fui amado. E no final...
Morreria com a certeza que ninguém se importaria. Ou não.
Sinto muito
Sinto muito ter partido
Sinto muito se falhei contigo
Sinto muito por não ser amigo
Sinto muito se te causei tudo isso
Sinto muito não querer
Sinto muito não fazer
Sinto muito não dizer
Sinto muito te perder
Sinto muito por fugir
Sinto muito por cair
Sinto muito por partir
Sinto muito por te deixar ir
Sinto muito não voltar
Sinto muito não falar
Sinto muito me afastar
Sinto muito me matar.
Rascunho de um poeta.
Andamos tão deprimidos
Por conta de felicidades passageiras que beijamos!
Seria melhor um abraço verdadeiro,
Um pedaçinho de pão caseiro e
Um café quentinho, com leite, canela e cacau?
Pra que? Pra que se esquentar as cobertas,
Se podemos incendiar o coração?
De fato, eu estaria correta
Se ao menos tudo isso, hoje, não fosse ilusao.
Também não me condeno tanto,
Pois ja dizia o poeta
O bom sonhador nunca morre, apenas deixa de existir.
Esqueça...
Tudo o que você já fez
Porque no fim das contas
O bem ou mal
Não se importam
Com essas frescuras
Teológicas ou Filosóficas
Existe apenas
A Matemática da vida:
Se perde,se ganha
Ou quando se é reprovado...
Morre...
Ela me chama
O meu peito explode como uma supernova
Dissipando o encanto alegre entre as minhas virilhas
O músculo tenro balança medíocre como um sino
A morte dança e geme desnuda à cada badalada
Me excita
Preciso fomentar o peito com padecimento
Calado no açoite ferir-me à clausura
Conciso e consciente
Morrer.
O que há dentro do meu coração
Eu tenho guardado pra te dar
E todas as horas que
o tempo tem pra me conceder
São tuas até morrer
Você pode achar que morrer é o mais difícil, mas não. Viver é. É vivendo que se sofre, vivendo que se magoa e se machuca. Morrer não. Se morrer acabou. Chega de dor, chega de sofrer, mas também chega de viver.
Viver pode ser o mais difícil, mas é vivendo que se ama, que se aprende. É vivendo, sabendo que a morte é inevitável, que se valoriza a vida.
Não precisa temer a vida, mas também não é necessário ter medo da morte. O equilíbrio do meio termo é o essencial. Não viver como se fosse morrer hoje, nem pensar que nunca morrerá. O tal equilíbrio seria saber que a vida e a morte não são uma antítese, e sim um paradoxo. Um começa quando o outro termina. E o que você faz quando ainda é potente, é o que fará a diferença.
“Somente no recuo da maré é possível ver os presentes do mar deixados na areia.
Será o sol e as lembranças do verão que irão aquecer nossas manhãs de outono.
Serão os risos provocados e as demonstrações de afeto, que adoçarão a alma e nos ajudarão a suportar o dia do luto.
Por que a vida como tudo passa, mas algo de bonito sempre permanece”
#CASTIGO
Embora o mundo me condene...
Quero emprestar meu peito à madrugada...
E muito amar...
Sob a luz prateada...
Espio sem um ai...
Minha sombra nas esquinas...
E nos ventos...
Onde seus olhos estão?
Não estão a minha procura...
Tento acalmar minha loucura...
Nenhuma razão para tanto amar...
Esperar dessa maneira...
Numa cidade deserta...
Tanto sentimento...
Para coisa nenhuma?
Mas o que serve a verdade?
Não, já não me interessa promessas...
Para quem ama e muito espera...
Quem me dará os meus anos, se os perdi?
Sigo só...
Abraçado pelo frio...
Porém não vejo...
Mais que o desejo de lhe encontrar...
E seu eu morrer antes disso...
Não verei a lua mais de perto...
Isso é meu castigo...
Que o amor me dá...
Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poeta
Saudades não vejo mais,
Apertos me traem,
E a chuva me faz morrer.
Círculo simétrico,
Muito perfeito,
Luz de espelho,
Nuvens a perecer.
Me procura,
Te achei,
Te procuro,
Não te acho.
O sol ilumina,
A lua rouba,
As estrelas morrem,
E eu estou aqui.
“conduzindo seus olhos para meu rosto
há uma porta aberta na minha pupila
se você me deixar confortável de bruços sob a cama eu vou te conduzir
para um lugar que não existe mais
doces nuvens e canções de ninar
há flores de papel
então repouso dentro de mim por horas
mas se você me ver olhando atrás dos ombros um pouco assustado
eu estou sentindo a minha alma presa
implorado que você a encontre e me leve para a casa
deixe o sangue fluir para meus dedos
me salve do nada que me tornei
respire dentro de mim
há flores de papel, doces de nuvens e um porta jóias
estou vivendo uma mentira
minha alma dorme em um lugar frio
tente encontrar e me leve para casa
assopre ar dentro de mim
essa felicidade não é real.”
Não sei onde estou,
Não vejo um palmo a minha frente,
Talvez estaja morto.
Ainda sim, sinto!
Sinto a areia sob meus pés,
Sinto o vento frio em minha face,
Sinto o cheiro de maresia,
Sinto tudo a minha volta.
Ainda sim, ouço!
Ouço o farfalhar das folhas,
Ouço as ondas quebrando,
Ouço os insetos cantando,
Ouço tudo a minha volta.
Se assim é a morte,
Não sinto problema em morrer.
Me sinto em paz.
viver
mesmo que seja o fato de não querer viver
ou por hora a vida não se viver
talvez possamos ter apenas,
o viver
viver para sofrer
viver para amar
viver para se doer
viver, para perdoar
viver a vida
a doce vida sofrida
a tal da vida doída
a vida, que ja não é mais vivida
vivo por ti
vivo por nós
vivo sem encontrar a ti
vivo, sem saber oque somos nós
vivo, por viver
vivo sem nada para viver
vivo com um único motivo para viver
vivo, por viver
vivo, para morrer.
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