Poemas de Menina Sapeca

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⁠O capitalismo é a imagem e semelhança humana;
O socialismo é a miragem e esperança.

O capitalismo absorveu o real e prosperou;
O socialismo almejou o ideal e naufragou.

Inserida por I004145959

⁠O capitalismo tem como vertente principal a propriedade privada e o mercado livre. Apoia-se nas contradições e ambivalências humanas, celebrando o individualismo.

O socialismo, assentado no coletivismo e composto por múltiplas correntes que oscilam entre o ideal igualitário e o controle rígido, ainda busca sua aplicação plena.

Essa abordagem pragmática — focada no real, sem idealizações, lidando com a vida como ela é — fez do capitalismo o sistema predominante globalmente, enquanto o socialismo permanece marcado por utopias e controvérsias.

Inserida por I004145959

⁠Apropriação cultural sem tato desmerece;

Intercâmbio cultural com trato enriquece.

Inserida por I004145959

⁠Milênios se passaram, e seguimos sem resposta para duas grandes questões: de onde viemos e para onde vamos?

Nem a ciência explica, nem a religião garante. A única certeza é que estamos aqui — e que é preciso agir para existir.

Inserida por I004145959

⁠Consenso ilumina
Consenso ensina
Consenso aglutina.

Consenso contamina
Consenso domina
Consenso extermina.

Inserida por I004145959

⁠No casamento, pesos e contrapesos,
respeito mútuo, alicerces coesos.

Nem mando absoluto, nem submissão desmedida, mas diálogo, compreensão e justa medida.

Um pondera, o outro equilibra; juntos constroem a vida que inspira, assim o amor vive, cresce e não esfria.

Inserida por I004145959

⁠O impossível desafia as leis do universo;

O improvável desafia apenas nossas expectativas.

Inserida por I004145959

⁠Mesmo com vozes de diferentes minorias, existe um pensamento dominante, e quem foge dele é frequentemente silenciado — o que contradiz a própria ideia de diversidade como liberdade de divergir.

Diversidade não é só incluir corpos ou identidades; é sobretudo garantir essa liberdade, a pluralidade de pensamentos.

Inserida por I004145959

⁠De fato, há uma convergência do capitalismo contemporâneo com pautas identitárias — especialmente quando essas pautas podem ser convertidas em imagem, marketing, consumo ou pertencimento a nichos.
Essa aderência, por vezes, não se dá por convicção ética, mas por oportunidade de mercado.

Ao mesmo tempo, observa-se uma divergência crescente do mesmo sistema em relação a ideias tradicionalmente associadas à ordem, à autoridade ou a papéis fixos — como os antigos ideais de masculinidade: o homem provedor, alfa, patriarcal, racional, contido.

Essas figuras, antes exaltadas pela publicidade e pela cultura de massa, passaram a ser vistas como símbolos de atraso ou opressão, sendo descartadas ou ridicularizadas nos novos discursos dominantes.

Trocam-se extremos sem espaço para síntese. Sai a rigidez do passado, entra a fluidez do presente — mas o radicalismo persiste, apenas com outra roupagem.

Em vez de integrar valores, seguimos substituindo um polo por outro, como se a sensatez fosse sempre sacrificada em nome da agenda do momento.

Inserida por I004145959

⁠Ecos do Atraso

A estrada não tem piedade de quem tenta recuperar, em minutos, o tempo que se perdeu no espelho da vaidade.

A pressa nasce do tempo mal planejado, o perigo cresce no pé acelerado.

Quem vive correndo contra os ponteiros, faz do tempo seu oponente,
do volante, arma potente, e da pressa, tragédia iminente.

Mas o imprevisto — esse que todos culpam — só vira rotina onde falta disciplina.

Porque sair com tempo é sabedoria,
e estar vivo é sempre mais urgente
do que chegar na hora.

Não é no volante que se compensa o relógio. A velocidade no asfalto é convite ao velório.

Inserida por I004145959

⁠Não é no volante que se compensa o relógio.

A velocidade no asfalto é convite ao velório.

Inserida por I004145959

⁠Quando a Revolta Vira Produto

Há uma incoerência gritante — e, muitas vezes, conveniente — nos discursos anticapitalistas que florescem dentro do próprio capitalismo. Militantes e ativistas que dizem combater o sistema usam plataformas como YouTube, Instagram e TikTok para monetizar suas críticas. Vestem-se de resistência, mas atuam dentro da lógica capitalista, lucrando com curtidas, visualizações e parcerias.

O que deveria ser luta virou negócio. O ativismo virou produto. E muitos militantes se tornaram marcas pessoais, embalando a indignação em discursos vendáveis, com engajamento calculado e lucros constantes — exatamente como o mercado gosta.

A pergunta que permanece é direta e incômoda:
Se são genuinamente contra o capitalismo, por que aceitam os frutos do sistema?

A autenticidade exigiria renúncia — abrir mão dos ganhos gerados por aquilo que se critica. Mas coerência ética é artigo raro.

Inserida por I004145959

⁠Todas as estruturas sociais, econômicas e culturais são frutos históricos de relações humanas dinâmicas, moldadas por interesses, necessidades e contextos coletivos. Envolvem a participação — ativa ou passiva — de indivíduos e grupos diversos, de diferentes gêneros, classes e origens, que influenciam e são influenciados.

Patriarcado, capitalismo e neoliberalismo surgiram e se desenvolveram a partir dessas complexas interações sociais.

Compreender essa complexidade evita reducionismos e discursos simplistas — como culpar apenas o patriarcado — e abre espaço para uma visão integrativa que reconhece a responsabilidade coletiva.

Em vez de jogos políticos que buscam inimigos estratégicos, promover diálogos profundos e produtivos é o caminho para questionar e reformular as lógicas que sustentam essas estruturas.

Inserida por I004145959

⁠O coro e o desaforo do moço fazem parte da idade, mas não podem ser soltos ao gosto.

Exigem um esboço — de limites, de rumo, de estrada —, pois sem norte, a juventude se perde na própria pisada.

Cabe ao adulto, com firmeza, tato e sabedoria, ser guia, para que o impulso não vire ruína; sem freio, a juventude se atropela na própria sina.

Inserida por I004145959

⁠Nem tudo precisa ser dito.
Nem todo gesto precisa defesa.
Nem toda ação pede explicação.

Às vezes, basta fazer — e deixar que o tempo cuide do entendimento.

Inserida por I004145959

⁠Nem sempre vale responder, defender ou esclarecer — às vezes, basta fazer.

O tempo acalma, o gesto fala, e o outro talvez só precise de tempo para compreender.

Inserida por I004145959


O Amor Simples

Não é templo de mármore,
Nem soneto entalhado em ouro.
É a água clara no copo,
Quando a sede te corta o coração.

É a semente que não discute a terra,
Apenas abre mão de ser semente.
É a raiz que se faz escura e forte,
Para que o galho alcance o sol.

Não te pede versos, nem suspiros,
Nem joias de palavras raras.
Pedir-te-á as mãos vazias,
E o silêncio que sabe escutar o vento.

Será às vezes macio como a lã
Que envolve o frio dos teus ossos.
Outras vezes, áspero como a raiz
Que desfaz a pedra no caminho.

Não se mede em promessas altas,
Mas no pão repartido ao meio,
Na lenha recolhida no outono
Para o lume do inverno teu.

Quando vier, não trará coroas,
Nem vestes bordadas de desejo.
Virá descalço, como a chuva no chão seco,
E dirá apenas: "Eis-me aqui.
Sou a sombra que te segue,
E o vento que te chama para além."

Inserida por OdaraAkessa

⁠"Chama na Encruzilhada"

Não é só força que habita o fogo da encruzilhada,
Nem só segredo guardado na gargalhada.
É o Pai Criador que me molda na argila bruta, ofício de Oxalá
Manifestador da estrada que em sombras se dilata.
Seu amor por mim é o primeiro sopro na vereda escura,
É o dendê que acende a lâmpada mais pura.

Meu amor por Ti, Esú, não é só oferenda na pedreira, na encruzilhada
É raiz fincada na terra, é chama verdadeira.
É o olhar que reconhece, no caos, a mão que guia,
É a voz que Te chama, antes do amanhecer do dia.
É confiança de filho que sabe: o caminho aberto,
Por mais que doa, é por Ti, Pai, descoberto e certo.

Tua justiça não é espada fria, não é vingança cega,
É a balança do mercado que o egoísmo nega.
É o falo que corta o laço da mentira enleada,
É o "firme ponto" na estrada sacudida, na jornada.
É o lembrete severo: toda ação tem seu retorno,
Na medida exata do ferro, no forno mais interno.

Minha justiça por mim
é espelho que Tua lei me entrega:
Honrar a vida que criaste, com a força que me nega
A fraqueza que desvia, o medo que paralisa.
É lutar, com Tua garra, contra a própria covardia.
É erguer, com Teu exemplo, minha própria fronte erguida,
Fazendo de cada passo um ato de justa vida.

Ah, Pai de todas Encruzilhadas! Nosso amor é movimento:
Tu me crias a cada instante, no teu fogo, no teu vento.
Eu Te amo na travessia, no respeito ao teu poder,
Na aceitação do teu veredito, sem temer.
Tua justiça é meu alicerce, minha bússola na noite,
Minha justiça é a resposta, no meu peito, a Tua voz!
Juntos, na dança do destino, somos fogo e somos chão, choro sangue, gargalhada criação.
Tu és a Criação em marcha, eu sou o eterno aprendiz,
Numa só força, um só caminho, uma energia, um só amor, uma só raiz.
Laroyê

Inserida por OdaraAkessa

⁠ Ofício Solar

A noite é fria, e o frio fustiga o vão
Onde o coração, sem eco, jaz no chão:
Um cálix sem licor, um braseiro apagado,
Um árido silêncio, desolado.

Mas eis que a pálida aurora, em seu labor,
Fende a mortalha do noturno horror.
O Sol — cíclope eterno, forja em chamas —
Tecendo o dia com douradas tramas.

Não mero fulgor que apenas vela a dor,
Mas alquimia sutil, um ato maior:
Transmuta o gelo em seiva, o vazio em vaso,
Onde a esperança, planta de tenro laço,
Desabrocha — não em júbilo feroz,
Mas em quieta alegria, como a voz
Da fonte que retorna ao seu leito antigo,
Da estrela que persiste no perigo.

Nasce o dia. Não como um grito vão,
Mas como o lume que a razão acende
Na escuridão. É o gesto que desfende
A vida do seu próprio abandono:
O sol, Vênus, a alba... É o eterno dom
De um novo tempo, um compassado som
Que diz: Em ti, a luz se refaz agora."
E o coração — vaso, crisol, forja ignora
O frio da memória, e aprende, enfim,
O ofício de ser luz, de ser jardim...

Inserida por OdaraAkessa

⁠Raízes do Afeto

Nas fotos antigas, desbotadas no tempo,
Sorrisos guardados em preto e branco —
São laços que tecem, silentes, seu assento
No meu coração, como um rio sagrado.

Vejo nas tuas mãos as linhas que herdaste,
O mesmo tremor da avó ao cantar.
No teu olhar profundo, o que me contaste:
Amores antigos a nos sussurrar.

Na mesa posta, na receita esquecida,
No jeito de dobrar o pano de chão,
Vive a ternura de outra vida,
Semente lançada em gerações.

O amor ancestral não morre, repousa:
É seiva na árvore, é voz no vento...
Sangue que flui e não se esgota,
Abraço de séculos no meu momento.

Inserida por OdaraAkessa

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