Poemas de Menina Sapeca
Algo Mais (Walmir Palma) p/ Rosa Passos
Ouço sua voz,
De tão feliz levito
E o infinito
Cabe dentro de mim.
Basta sua voz
E nada em mim respira,
É como se Akira
Filmasse Areta e Elis.
É paz!
A gente nunca esquece.
É meio Elizete.
É Dalva tão feliz.
Na sua voz,
Toda canção é mantra,
É luz que Yogananda
Emana entre os mortais.
É cura. É néctar de rosa,
De dentro para fora,
É voz e algo mais!
Viagem (Walmir Palma)
Já não me estresso com o ruído de um motor
Se aumentam o volume do televisor
Se enquanto eu canto você conta
Se deito e você se levanta
Já não me espanta qualquer filme de terror
Enquanto leio pensamentos de Foucault
Você enterra os olhos no computador
Essa canção se espalha pelas ruas
Entre os que buscam no clarão das luas
Outra maneira de curar tamanha dor
Eu plantei meus fícus
Escrevi meu livro
Eu já tenho um filho, meu amor
Tudo é passagem
Fiz minha viagem
Eu vindo e na volta eu vou
Já não me irrita uma canção que é só tambor
Se em vez de abajur preferem refletor
Ou vendem ilusões de luz neon
Se poucos leem o Drummond
Se a tolice insiste liga o reator
Nem o silêncio dos gurus adiantou
A natureza está mostrando o seu tumor
Quando ela grita eclodem seus vulcões
Seu choro inunda civilizações
Não tem senhor, não há remédio seu doutor
Vejo cataclismos
Rescindirem sismos
Quanta indiferença meu amor
Sobra incompetência
Tanta imprudência
O poder não tem nenhum pudor
Recado (Walmir Palma)
Eu lhe dei a liberdade
De entender os meus segredos
Eu plantei sinceridade
No deserto dos seu medo
Um oásis para a sede
Tão febril de sentimentos
Sua fonte de prazeres
Onde flora o pensamento
Você leu a minha história
Nem foi ao final do livro
Guardo você na memória
Para sempre já não digo
Como é simples a verdade
Descobri a sensatez
Eu colhi felicidade
Você a perdeu de vez
Inverno (Walmir Rocha Palma)
Música clara, clara
As gotas d´água
Batem na louça
Ouça
Esse delírio sou eu
A casa é velha, velha
Pingos de chuva
Soam nas telhas
Veja
Chamas de velas e breu
Música tanto e tanta
A casa espanta
O mais é tinta
Sinta
Hoje a manhã não nasceu!
Obs.:Este poema foi musicado por Rosa Passos.
A Grande Sala
Pense em uma sala, essa sala é grande, bem grande e só você tem a chave para abrir a única porta que à nesta sala. É nesta sala que você coloca tudo de melhor pra você, então ela está cheia de objetos preciosos e coisas com valor único para você.
As pessoas que então nesta sala é você que administra e permite quem vai entrar ou sair, para algumas pessoas que você permite entrar, você entrega uma caneta à elas ou as vezes você mesmo entra na sala e marca o nome de alguma delas.
As pessoas deixam marcas nas paredes, às vezes o nome delas, às vezes frases e às vezes repetem o mesmo nome várias vezes para não serem esquecidas caso algum dia saiam de lá. As marcas deixadas nas paredes podem ou não serem apagadas de lá, isso dependerá da força que foi escrita, marcas fortemente escritas, podem até sair, mais só depois de lavadas varias vezes fortemente.
Quem entrou na sala nem sempre permanece até o final, pois ela elas podem não serem tão boas quanto você pensava serem, ou podem ter mudado com um tempo, o ruim é quando essas pessoas resolvem quebrar tudo dentro da sala, ou até mesmo influenciando as pessoas a saírem de lá, é triste quando essas pessoas ruins para a sala deixam marcar fortes e difíceis de serem apagadas, ou até mesmo impossível e pior ainda quando essas pessoas ruis para a sala não querem sair de lá de dentro pois elas podem fazer um grande estrago na sala.
Mesmo você sabendo que a sala não reage a nada e não pode falar, você coloca a culpa na sala das pessoas más na sala, sendo que quem à administra é você. Então nunca coloque a culpa na sala que chamamos de coração!
Queria te dizer o que sinto por você.
Mas o medo em mim, impede te dizer.
Queria uma chance para poder falar,
Tudo o que sinto sem medo de errar.
Diário de um mendigo
Sozinho no meio da multidão
Minha companhia é solidão
Jogado na calçada
Com a roupa toda furada
Entre becos e vielas
Hora no luxo, hora na favela
Entre o céu e o inferno
Entre o verão e o inverno
Quantas vezes já ouvir falar
Pobre mendigo desgraçado
Levo comigo aquele ditado
“Melhor pedir de que roubar”
Sou mais um num mundo injustiçado
Onde o ódio e amor andam juntos e disfarçados
Aquilo que sinto
Aquilo que sinto
É um dos sentimentos
Mais sentidos
(Não minto!)
Tem “a” na primeira sílaba
Queima por dentro
E pesa no peito
Se verbalizar
Pode até rimar com mar
Mas parece mais um rio
Pois é um sentimento frio
(Até doentio)
Viver e sentir este vazio
São só sorrisos.
Eu gosto do meu sorriso bonito,
gosto do meu sorriso sangrento
que de madrugada no escuro
é que resolve sorrir.
O sorriso cortado
que por instantes anestesiantes
me tira de mim mesmo
e me trás o sonho que eu sonho depois de sorrir.
E se eu não sorrir a noite
eu passo o dia
pensando na noite.
E quando chega a noite
eu abro mais outros sorrisos
que me aliviam até voltar o dia.
Amar alguém não é proibido,
Assim como corresponder a este amor nunca foi obrigatório,
Então que cada um siga o seu caminho,
Procurando sempre a felicidade um do outro.
Caminhos (Walmir Palma)
Há o de ida.
Sabe- se o que se quer.
Quando o verbo é ir, ficar não releva.
O de volta,
É o que se colhe na busca
Compreender a espera.
Atalhos a mente cria,
Para os passos ou não.
A imaginação é guia.
Impulso e reflexão.
Dois motores da vida
Eis a loucura e a razão.
Eu e Ela
Uma noite encantada
Eu e minha amada
Deitados no chão
Já era de madrugada
E as estrelas brilhavam
Como nunca vi
Pareciam que brilhavam só para eu e ela
Nunca vi coisa tão bela
O amor meu e dela
Iluminado pelas estrelas
Que lá do céu nos olhavam
E nós olhávamos elas.
Solidão A Dois
A solidão abraça como uma serpente.
O silêncio é o veneno presente
Na rotina que surgiu imprudente.
Dia e noite surge a indiferença amargando como sal cortante
Ao som de uma lagrima evidente...
A inundação é como uma torrente,
já não existe beijo ardente.
Solidão a dois apagou o amor fulgente.
O carinho se tornou inexistente
o toque se fez ausente.
A dor consome lentamente...
Frio do vazio abraça forte como uma corrente.
lua em noite nublada
mulher misteriosa
e secreta ilha
numa mística
distante península
feita para sacudir
as estruturas
e as tempestades
sempre resistir
fuga do mundo
no mesmo lugar
em círculos a te buscar
no fundo por não saber
nem por onde começar
corrente estelar de virgo
de silêncio em silêncio
sem obter resposta
o coração segue endoidecido.
Distante a mirar!
Águia que olha distante,
Já sofreu tanto
Quanto sofri?
Um olhar distante
É o que me resta!
Será que somos
Dois diamantes sem brilho,
Ou esquecidos, ignorados,
Menosprezados, não
Lapidados, desvalorizados o que há?
Só fico aqui sentado pensado
Distante a mirar!
Nostalgia
Uma escrita em rastros
De lágrimas…
Um bilhão de despedida
Em cem encontros,
E um sofrer em distância.
Somos acostumados
A viver, e a sofrer
Em distância,
E no fundo nem sempre
Há solução.
Suspiro
Tu!
De onde vens?
Dessa forma
De onda…
Me deixas mágoas
Ficas!
Não vás…
Estou cansado
Das tuas indecisões
Nós!
Suplicamos amor eterno…
Somos cachoeiras,
Se quebrando
Nos rochedos
Lá estamos
Eu e tu,
Nas cortinas
Ilusórias
Do céu!
Brasil
Ser grande ou pequeno
Ser grande ou pequeno?
Ser grande e matar
O ego, ser pequeno
Sem ser arrogante,
Não importa o tamanho.
Matar a vaidade,
Viver cada momento
Em conjunto,
E quando sozinho,
Continuar vivendo.
Não importa a fama,
Não importa os bens materiais,
O que importa é a vida,
O trabalho, e um bem maior
Chamado família.
Ser grande ou pequeno?
Não importa o tamanho,
Buscar o conhecimento,
Ganhar a inteligência,
Desenvolver os dons,
Coletivamente ou individualmente.
Ser grande ou pequeno?
Não importa! Espalhar
Os bons sentimentos, e assim
Sempre seguir em frente.
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