Poemas de Luto
Tu chegastes com tal intento
Rompendo as fechaduras de relento
Que trancam o vácuo, espaço vazio
Por onde irradio lembranças do meu lamento
Ao destrancar sem hesitar
O vazio com o qual permaneci tanto tempo
Por ti, tão tolo, me apaixonei isento
Revivendo em mim nuances que um dia esqueci
E quando tornas a desaparecer
Faz-me aflito, prestes a perecer
Ainda que não tardas a voltar
E prometas que a meus braços sempre retornará
Ansiedade que corrói o receio de perder
Mais uma vez alguém que me faz viver
Todas as volúpias de um bel prazer
Do inteiro encanto que um dia me privei
Por perder você
ALBINA
Clara feito alva.
Com seu Jeito de menina.
Um Coração de Leoa.
Assim se fazia Albina.
De olhos da cor do mar.
Nunca vi coisa mais linda.
Por onde mirava os olhos.
Todos só viam Albina.
Para mim. Ela nunca se foi.
Apenas está caminhando.
Desbravando.
Outros horizontes.
Foi para seus queridos encontrar.
Mãe também sente saudades!
Deixamos que vá. Nosso Amor,
Não é maior a dos outros.
Da angustia e do medo,
que nos rodeava a vida.
Do seu jeito nos protegia.
Com carinho. Apego e Zelo.
Fez de tudo o que podia.
Já não ligava para si.
Tudo para os seus.Ela fazia.
O Amor de Mãe é sagrado.
É claro Amor, de vibração Albina.
Não conheci mulher mais bonita.
Viver junto a ti. Foi privilégio.
Ser seu filho, um presente.
Ainda estaremos juntos,
Algum dia.
Meu coração. Assim senti.
marcos fereS
Leveza do Amor
Se amar. Que seja de verdade.
Se ficar não cobre.
Se for cobrar. Verifique quanto deves.
Ser, não lamente.
Se abandonas. Não deixe a quem lamentar.
Se cansar. Explique o motivo.
Se duvidar. Procure a verdade.
Se deixar.Que seja com honestidade.
Se decidir caminhar junto. Que se tornem um.
Se sonha com algo maior. Que seja com integridade.
Se for para dar valor. Que seja para aquele que anda ao teu lado.
Se for para trocar. Que não seja pela ilusão da matéria fria.
Se for para enganar. Lembre-se como se sentiu foi enganado.
Se for para preencher a vida. Não trate como troféu.
Se for reconhecer erro. Messa com o mesmo peso.
Se for usar. Deixa livre.
Se for se arrepender. Amadureça os sentimentos para merecer
um amor verdadeiro ao seu lado.
marcos fereS
Ela é daquele tipo de mulher que tenta se camuflar nas coisas
Passar desapercebida
Mas sua singularidade é tanta
Que é impossível que não se destaque
Tem gosto excêntrico,
É desajeitada para algumas coisas,
Adora gente que rema contra a maré,
Que tem caráter.
Ela é simples de coração,
Porque sabe que simplicidade é sinônimo de sofisticação.
Ela não abre mão de ouvir Zeca Baleiro e Chico Buarque antes de dormir,
De sonhar com seu lugarzinho no mundo,
De fazer a diferença e cantar sua infinitude.
Ela é, por dentro e por fora, uma extensão da liberdade.
Dharma
A semente caída no lago,
morrer para germinar.
E rompe as águas com suas hastes
Retira do fundo lodoso.Seus nutrientes.
Abri-se em lótus.
Busca a direção da luz.
Multiplica-se em espectros
de todas variedades e cores.
Espalha-se em virtudes,
Em círculos concêntricos.
Da sua raiz, até a flor.
O espírito não muda.
E transitam pelo lago,
de um lado para outro.
Por onde o vento soprar.
Distribuem suas belezas,
Espalhando-se na vida.
Multiplicando, seus talentos.
Sem nenhum esforço.
Apenas crescendo,
E multiplicando-se.
Para aqueles que conseguem enxergar.
Se fascinam, com suas vibrações.
Através do reflexos da luz,
Que penetra suas almas.
Isso é o suficiente.
marcos fereS
Nação do Olhos de Guaranás
Há muito tempo crescia.
na terra Tupi.
Plantas durmideiras condoídas.
Que as sorrateiras a chamavam.
De Terra de Macunaímas.
Porém em seus seios nasceu.
Raiz. da planta forte.
Que de semelhante , escolheu se chamar.
Nascido estava. O pé de guaraná.
Sim . A história se fazia ali.
Bem no centro daquela terra Tupi.
Também chamada planta de Vida.
Cheio de olhos, que enxergavam
todas sorte de pragas a surgir.
Não precisava para ela. Nada contar.
Porque tudo que nascia em volta.
Que fosse tirada do semelhante.
Aquela árvore mirava a olhar.
Fitando, fitando na espera.
Não adiantava o fato negar.
Com tanto olhos filmando.
Já estava fundada a nação.
Dos olhos de Guaranás.
De raiz forte. De imagens com definição.
Quanta sabedoria se fazia.
Quando o Tupi dizia.
Planta da Vida. Do semelhante.
Que via adiantado as plantas daninhas,
Naquele solo nascer.
O que é do semelhante. Não adiantava ceifar.
As sementes da planta se espalhava no ar.
E milhares de olhos, a vigiar.
E cada vez mais forte.
Ceifando as plantas de mortes.
Que só querem acumular.
A nova nação está chegando.
E todo olho virá.
A nação feita de lentes e semelhantes.
A nação dos pés de olhos de Guaranás.
marcos fereS
Pela calçada
Pela calçada,
fiz meu do meu mundo,
Portões fechados,
ou com muros bem altos,
para para sentir-me confortável,
das mazelas de outros.
Fiz até grades alcançando o teto,
mas deixei que me vissem também.
Enquanto via o mundo, também passar.
Deixei grades baixas.
Na esperança em
dias mais seguros.
Deixe a mostra, Jardins floridos.
Como sinal de bom gosto e zelo.
Também transformei meu quintal,
numa grande floresta.
Acumulei nas varandas muitos
despojos.Que um dia poderia usar.
Construí uma casa dos sonhos.
Construí paredes só de reboque.
Deixei de aparar os matos pelos viés
da calçada.
Pintei as paredes de várias cores.
Em tons de perfeita harmonia.
Nos muros passei uma porção de cal.
Da garagem, montei uma exposição
de carros alinhados.
Deixei velhos bancos, para não se perderem as
lembranças de um passado que passei com pessoas amadas.
Dos vizinhos , as variações de cores nos
cabelos. Cumprimento com acenar de cabeças.
Um olhar penetrante. E silencio.
A curiosidade? De como foi a história daquela vida?
Padronizados em condomínio. As mesmas medidas.
Juntando-se para assegurar uma ideia, de um sonho
de pertencer.
A mudança sendo descarregada.
Do casal que começa a construir seu ninho.
Fechando-se em silencio, parece um imóvel abandonado.
E os materiais, já algum tempo juntando poeira,
lembra que a reforma ainda não acabou.
E a calçada segue, até por toda a terra, concreto.
pedras , mármores , tijolos .......
marcos fereS
LULA MOLUSCO DA SILVA
Lula cefalópode
Não aquele que tudo pode
Aquele de pés na cabeça
Como o náutilo, choco e polvo
Com muitos braços
O da Silva tem dois
Mas é como se tivesse oito
Molusco carnívoro
Mandíbulas em forma de bico
Corta, rasga e tritura
Não sobra nada
Só herança maldita
Molusco contagioso
Doença viral
Se espalha, contamina
Mesadinha, mensalão
Olho grande e petrolão
Bandidagem que dá rima
Fez da esperteza
Não mais inteligência
E sim corrupção
Hino de guerra
Lula lá
Lá longe
Nesse mar de marolinha
Tomara que venha
Um tubarão bem grande
Para comer esse molusco
Boi-gordo gigante
Com alma de lulinha
Mas coitado do tubarão
Mesmo com tanto apetite
Ainda vai ter que Deus o livre
Uma baita indigestão
Escarlate
Conquiste o mundo.
Sonhe com as estrelas.
E divida com quem você gosta.
De conquista em conquista.
Descobrimos.
Que se não foram partilhadas
com pessoas especiais.
De nada valeram.
Foi apenas delírio. Poder sem amor.
Ter sem , se pertencer.
Acolher, sem gostar.
Enfim. O amor é o sentimento
Mais completo em realizações.
E nas miligramas de sua
renovação.
Impulsiona dentro do ser,
todos os sonhos e fantasias.
Que realizam os prodígios
na humanidade.
Escarlate.
Atinge seu momento mais vivo.
Quando concebe, Nova vida.
Nasce novo ente.
Nasce novo homem.
Nova mulher.
Intercalados em momentos
precisos e intencionais.
Para que a felicidade da vida,
Nunca se acabe.
E que faça desse amor.
O companheiro eterno,
do encontro acontecido.
marcos fereS
O casebre do João
Sou feito o João de barro
Tenho asas para voar
Aonde a vontade me dar
O céu inteiro à disposição,
Mas prefiro construir minha casinha
Nesta árvore sozinha
Enchê-la com tudo que me agrada
Aconchegar-me em seu interior
Vê o sol se pôr
De lá só sair
Para a saudade vir
E retornar logo depois.
Seu sorriso continua...
Tímido, mas atraente.
Hora triste, hora contente
Mas ele sempre
Se faz presente.
Sempre o progresso
Por razões misteriosas, o progresso não desiste.
Infiltrado para sempre no insosso cotidiano,
Recompensa os audazes, o passado não resiste,
Uma década, agora, se completa em um ano.
A miragem perigosa, sob o manto igualitário,
Equipara pouco a pouco num medíocre conjunto,
O pascácio e o sábio, o magnata e o proletário
Nivelados são por baixo, mais por falta de assunto.
E a fonte milagrosa da eterna juventude
Pode parecer piada ou remédio indolor.
Nem o cético lhe nega sua principal virtude,
Ser agente do futuro: micro e computador.
Submergidos pela onda, a terceira ou a quarta,
Alvin Tofler batizando é manchete garantida.
Abandona-se o escriba para redigir a carta,
O Excel e companhia alicerçam-nos a vida.
Houve caixas milagrosas no passado bem recente.
Quem se esqueceu do rádio, da TV, do gravador,
Para trás ficaram todas na mudança de ambiente,
Pois convergem, se agrupam rumo ao computador.
Um Spinoza, ou um Sartre, ou um Kant, ou quem quiser,
Órfãos de identidade rumam junto pro arquivo,
E de lá apenas saem ao comando de um qualquer
Que ao digitar o Google, dará prova de estar vivo.
Rio Doce
Doce Rio, amargo o que te fizeram.
Milhões de anos Rio. Beberam de
suas águas doce.
Quantas vidas ajudou a criar.
Quantas histórias escutou.
Desde Caboclos e Índios.
E de macacos que se perderam.
Que pensam que pode fazer de ti?
Da Natureza ficarão impune.
De tanta cobiça, te fizeram sofrer?
Não reclamas. E continua se curso
em silencio. Carregando a sujeira,
cobiçosa da ilusão cravada no coração,
do infame.
Nem todos são assim. Sofremos contigo,
a via-sacra.
Há de passar. Anos quem sabe.
Mas se servir de consolo para ti.
Quando estiverdes novamente recuperado.
Nem ossos daqueles o machucaram.
Estarão sobre essa terra.
Estarão enterrados. Juntos com suas insignificância.
E ninguém se quer se lembrarão de seus nomes.
Você Doce Rio. Continuará. Vertendo Vida,
Namorando a Natureza. E sem se lembrará,
de quem tanto te fez mal.
marcos fereS
Chora sabiá
Em seu cântico de chuva, que não vem
Pela vasta paisagem seca que se vê
Pelo horizonte encoberto de fumaça;
Em que matas, o fogo castiga.
Chora sabiá
Pelos frutos, que não se seguram.
Chora sabiá
Pelo ardente calor.
Chora sabiá
Para que nuvens carregadas voltem logo
Para que a vida fique mais verde
E o ar fique mais límpido.
Para que tu sabiá!
Volte á cantar sereno nas manhãs;
De neblina e orvalho
E não triste;
Nas tardes
De ardente calor.
Vida!
Vida tão passageira!
Em instantes, segundos já se viraram.
Que em momentos
de glórias, já se estivera lutas!
E em lutas, já se estivera glórias!.
Vida que seu leito, escorrem alegrias,
e que porém as vezes; tendem a se secarem.
Vida que corre sobre rodas e passos largos.
Vida, vida se és tão passageira!
Deve ser porque
Queres nos dar sempre;
A possibilidade
De renovarmos.
Que os bons ventos!
Para este mar, boas ondas me tragam.
Que os bons ventos!
Tempestades não me tragam.
Que os bons ventos!
Guiem minhas asas ao voar.
Que os bons ventos!
A calmaria me tragam.
Que esses mesmo bons ventos!
Me tragam, também você.
Tomadores de Lanches
Quando meninos.
Quantas brigas compradas.
Meninos que tomavam o lanche.
De meninos que não tinham nada.
Era de escola pobre.
Não tinha muito o que fazer.
Mas tirar pão de criança.
Somente para mostrar poder.
A covardia que se via.
Causava indignação.
E os pequenos se juntavam,
para fazer objeção.
Muitas vezes apanhavam,
mas justiça se fazia.
Os grande não se saciavam,
com a maldades que faziam.
Passou-se o tempo. E com ele o crescimento.
Os covardes que tomavam,
dos pequenos não aprenderam.
Com o suficiente não satisfaziam.
Só queria se apossar.
Do pão para dividir.
Seu prazer era juntar.
Tanta falta de zelo,
para tão pequena afirmação.
Crescerão e se educaram,
fazendo malversação.
E do contrário que queriam.
Todo tamanho não lhes servil.
Quando encontravam a parede.
No rumo se definiu.
E os pequenos que só viam.
Passavam a acreditar.
Que um dia crescidos.
Tão grande covardia.
Um dia acabaria.
marcos fereS
Gastando o Pão da Vida
Ó pequena centelha.
Não enxergas que seu cálice,
é cheio todos os dias.
E transborda, renovando a aliança eterna.
O espirito, insuflado em carne humana.
Animando a vida?
Teu ciume não permite compreender?
Que jamais compreenderá,
completamente esse amor?
Preferes esconder seus talentos.
E gasta-los, construindo torres de babel?
Que algum dia, seguramente. Será destruída?
O enxergas o maná , se derramando nesse deserto?
Alimentando sua consciência. Para alimentar esse amor?
Não enxergas. Que que criastes?
É o que te fazes sofrer?
Decifra-me, ou te devoro.
Te prostras a mim, e te darei o mundo.
A que diabo, tu serves?
A quem enganas, pensas enganar?
O tempo é chegado.
E a arvore que não produz o seu fruto.
será arrancada,
e, servirá de lenha para a fogueira.
Se o coração, não estiver pacificado na paz.
De nada adiantará todo o tesouro acumulado.
Quem anda na luz. Não tropeça da pedra.
E não adianta procurar a moeda perdida.
Próximo ao candieiro.
Se a perdeste no escuro.
Da tua alma.
Antes lava-se no tanque de Siloé.
Saia da sua cama e comece a andar.
marcos fereS
Mover do Amor
Quando o limálio do ferro em brasa.
Se atrita e cai ao chão.
Também cai o grão na terra.
E novamente nasce o pão.
As águas que movem os sonhos.
Procurando procurando se queimar.
E assim desde o começo.
"Creando" tudo. No mesmo lugar.
Muda-se os sonhos. Muda-se a geração.
Só não muda, a terra . Capricho
e ilusão.
Quando forte se faz atrito.
Desbastar é preciso..
Se a fome se faz vício.
Deves pão para compartilhar.
E a ideia de pensar.
já de tudo saber?
Abaixa o fogo e amorna a água.
Do que precisava aprender.
Banhar novamente nas águas.
Onde o fogo não apaga.
E não queima em se fulgor.
Esse fogo que tudo agita.
move os mundos e não se atrita.
Só conhece como verdadeiro.
Todos os atos que por inteiro.
Foram realizados.
Pelo mover do Amor.
marcos fereS
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