Poemas de Luto
VERSOS DE QUARENTENA
Demétrio Sena - Magé
Pra que minha poesia rompa cercos,
atravesse o deserto, a solidão,
amenize a visão do breu total
que me cega de olhar e nada ver...
Meu poema passeie sem censura;
passe pelos fiscais; engane guardas;
nem atente pras fardas da polícia
ou pros olhos atentos informais...
Os meus versos irão por minhas asas;
eu preciso ficar guardado aqui;
há um pingo no i do meu intento...
Cuidarei dos poemas de amanhã
e depois de amanhã, que minha mão
soltará no desvão do isolamento...
Desejo e Querer...
Ainda que a poesia
Teime em não se completar
Ainda que uma breve canção
Se negue a se deixar findar
Ainda que a chuva demore chegar
Ou por mera teimosia, se negue a partir
Inda que a voz insista por perguntar
Por quais veredas deveria caminhar
Nas curtas passadas, para mais além
Vendo as horas seguindo a se repetirem
Na virada dos dias... nas noites insones
Não desistirei de reencontrá-la
Porque, estando eu, fraco ou forte
Jamais perderei meu norte
Inda que sobre o solo seco na vastidão
Desses de passar sertanejo em retidão
Em busca de um sonho, desejado em Fé
Seguirei valente, mais Quixote que Cervantes
E não haverá pedra, barreira nem muro
Que possam haver por meu caminho
Que sobrevivam ao valer de meu querer
Dar-te meu coração ao cruzar teu destino
AMOR & POESIA (soneto)
Cuidei que o afeto voasse
Pelo céu do cerrado afora
E para versar então agora
Inundei o senso de enlace
Perdido no diluvio da hora
E para que tudo não passe
De uma ilusão sem classe
Trovei paixão para aurora
Porém, insoniava, malfada
A vil opressão que só trazia
Incerteza no peito sufocada
E, assim, que alvorou o dia
Afago embalou a madrugada:
E aninei com amor a poesia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02/04/2020, 04’15” – Cerrado goiano
ESTÁ A AMAR (soneto)
O amor não é somente
Uma poesia a se compor
São versos dum sedutor
No coração em semente
Cresce no desejo, é sabor
Mais que o simplesmente
Que o propósito da gente
Mais que ser um rimador
Tem na trova algo maior
Que a rima nunca mente
E o cheiro de prosa no ar
Na inspiração cortês vetor
Uma composição diferente
Ao poeta que está a amar...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03/04/2020, 16’24” – Cerrado mineiro
a garça voou
sumiu nos telhados do antigo cinema
voou na cidade
às cinco da tarde
me trouxe um poema
SONETO OCULTO
Tua poesia veio a mim. Donde viera?
Que canto? Que harmonia? Encanto
Rima doce: - tão sossegada quimera
De leve compasso verso sacrossanto
Inspiração de furiosa paixão sincera
Magnetizando os meus olhos, tanto
Em cada estrofe, que o ledor espera
A todo a leitura, e a todo o recanto
Ai! eu nunca mais consegui esquecer
A fleuma das trovas que ali exalava
E em cada linha o sentimento eleito
E a emoção subiu ao peito sem conter
Os suspiros, que cada verso provocava
Ah! versar: terno, amoroso e perfeito!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03/04/2020, 22’32” – Cerrado mineiro
E eles olham e dizem :
- olha lá o escritor, belas frases,ótimos textos
Maravilhosas poesias.
Mas ninguém pensa
Quantos cigarros foram fumados ao escrever a poesia
Quantas taças de vinho foram tomadas
E levadas com sua alegria
Quantas noites de sono mal dormida
Quantas folhas destacadas por erros
Sem saber o que dizer
Ninguém sabe quanto tempo a gente perde
Tentando escrever aquilo que nem a gente
Sabe que sente
Encontro
Inspiração, agarrei-te
Pelo cangote da poesia
E, contigo, nesse deleite
Ri, chorei, e na ousadia
Dei ao meu eu devaneio
Que a imaginação fantasia
E os versos, dela recheio...
Delirei passo a passo
E tão pouco sabia
Que ali seria laço
Que a alma quisera
Ter como compasso
E a cada trova, nova era
De colher cada meu pedaço
Que vivia em espera
Em segredo no coração
Assim, então, achei-te
Ó poesia, Divina criação
E para cada afeite
Uma emotiva razão!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/04/2020, 07’37” – Cerrado mineiro
Poema
Glória e Laura
Ah...que amor...
Que amor!
Quando olho pra vocês
Suspiro e sinto amor
A cada gesto
A cada sorriso
A cada travessura
Suspiro e sinto amor
Ah que amor...!
Autora: Carla Rodrigues
Brasília
Vejo poesia e sabor em cada parte
Aqui você pode colher goiaba, provar manga, levar jaca, catar amoras, cantar amores
Caminhar por Brasília é um presente divino, algo tão genuíno
Entre cores, entre quadras, entre formas, tudo se transforma e a alma transborda
Na lucidez e na embriaguez de um lindo céu azul, pegando carona eu vou nessa nuvem branca, Brasília a capital da esperança.
Embate
À volta de incerta inspiração
Ocupei as minhas mãos.
.... e foi a poesia sua combinação!
Brinquei de poetar a vida
Só por tê-la.
Ai! como é incontida
Misteriosa e bela
Cheia de medida!
Em rima discreta, branda
Fui poetando, fui poetando
O que a emoção manda...
E, o que o fado me foi dando
Talvez fiquei devendo à poesia
Um canto de delírio, trovando
Ou talvez mais alegria!
Quiçá! Uns versos amando.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/04/2020, 17’52” – Cerrado goiano
A música
A dança
A poesia
O contemplar do mar, do sol, das estrelas e da lua, da natureza,
O prazer de estar com os amigos
Ser afortunado comuna família amorosa e harmoniosa!
Isso é riqueza! Isso é felicidade genuína! É a beleza e graça da vida
" Rabisque o coração
insinue poemas
recite orgasmos
que de tantos acasos
verdades sejam
assim e sempre
na ausência, saudade
na presença, volúpia
você!
um ser tão especial
que moda alguma conseguirá imitar
nem anjo, ou demônio
apenas presença
e a poesia,
que tal
tatuada em nós...
Poesia do desabafo, do isolamento, do medo, da esperança, do hoje e do amanhã.
Estou cansada, estou!
Estou cansada de mim, de ti e de vós.
Estou cansada de dormir, acordar, comer, arrumar, lavar e cozinhar!
Estou cansada de falar, calar e ouvir!
Estou cansada de saber, ignorar e abstrair! Estou cansada de aprender, ensinar e não saber!
Estou cansada de certezas, dúvidas e razões!
Estou cansada!
Mas não vou desistir!
Autora: Eu mesma, agora mesma.
Sou fruto covarde de uma poesia morta
de uma árvores que joga os filhos fora
de uma semente que não brota
e de uma verdade que não tem fim
sou covarde, mas sou poeta
e aqui estou sem frutos, mas alerta
com flores brotando sem nenhum jardim
Eu te fiz música e poesia
Pensei minuciosamente em cada acorde
Combinei teu som e teu silêncio nas estrofes
Caroline Sória
Copyright © 2020
Quem me dera ser poeta
Para dissertar-lhe em poesia
Todo o verás conceito de Família.
Esta que é serenata do mais brando encanto,
Chama ardente da paixão
queima e inflama;
Com tal flama,
Lota,transbordando o coração.
Num timbre infinito
Cantado pelos pássaros,
Brevês assobios sincronizados e divinos
Que tocam a alma sem utilizar o tato,
Canções sublimes de amor.
Concebidos de hóstia consagrada
Esta que Deus consagrou
Castos como a pureza infindável Do amor.
Doce como sonhos
De pensador a sonhar,
Este repleto
Por estrelas brilhantes,refletidas no mar.
Quem me dera ser poeta
Pra dissertar seu louvor,
Em Serenatas e versos
O conceito de família,
que é o mesmo do amor.
Fiz está carta em forma de poema
Pois me faltam palavras para expressar o que sinto em relação a você
Você foi quem transformou a tristeza em alegria
A dor em força
O ódio em paz e
A escuridão em luz
Sei que parece imbecil ouvir isto ou até mesmo repetitivo
Mas seu sorriso encanta meu coração e com você
vivo os melhores momentos da minha vida
Sonhando e tendo a esperança de que um dia este sorriso será o começo do nosso amor.
Poemas
Na minha opinião os melhores poemas jamais são os meus, mas sim aqueles no qual eu tanto me identifico que queria eu ter escrito.
Pedra de quatro trevos
Feliz quatro messes de rolos e Paralamas.
De poesias ao amanhecer,
Ou dos boa noites com rosas encantadas,
Das flores do dia jamais se imaginou que foste virar um jardim de 4 trevos,
Da sorte do azar,
Minha coragem se transbordou e te encontrou,
Das tulipas arrastadas pela escuridão a folia de nossos corações fugiu das hortênsias, foi em busca da salva,
Orquídeas que hospedaram nossas almas loucas.
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