Poemas de injustiça
Paulo apresenta a etapa final da história como um grande combate. O homem ímpio se manifestará com todo o poder do mal, da mentira e da injustiça, fazendo coisas que seduzirão e convencerão os que não acreditam na verdade e preferem a injustiça. Ao mesmo tempo se manifestará também o Senhor Jesus, para destruir e aniquilar o homem ímpio e todos os que o seguem. A arma do combate é o sopro da boca de Jesus, isto é, o Evangelho anunciado e testemunhado pelos fiéis, que tornam presente o testemunho de Jesus, vencendo assim tudo o que aliena, aprisiona e oprime os homens.
O que é mais louvável, defender um sistema que lhe prejudique ou depor contra um sistema que lhe favoreça?
De acordo com Paulo, se abraço outro evangelho, submeto-me a outro Jesus e em consequência disso, recebo outro espírito. Resultado: passo a me identificar com aquilo que o Senhor peitava, o sistema religioso que visa tão somente justificar o lucro abusivo, estimular a meritocracia e endossar o uso do poder para benefício próprio. Em contrapartida, passo a desprezar as causas que Jesus abraçava, a dos oprimidos, a dos marginalizados, a das vítimas de um sistema injusto que privilegia alguns ao custo da desgraça dos outros. De que fonte temos bebido, afinal? Ao lado de quem temos nos posicionado?
Se tudo parecer complicado, fale com uma criança. Ela irá te ajudar a vê a vida com os olhos da simplicidade. Se tudo parecer ser injusto, ouça uma criança. O seu senso de justiça é original e imparcial. Se você acha que o amor não mais existe, sinta o amor de uma criança. Este é real e desinteressado. Se você acredita que não sabe mais sorrir, passe algumas horas ao lado de uma criança. Ela te dará motivos pra sorrir. E se você pensa que está ficando velho, aprenda com as crianças a observar a beleza da vida. Ela te ensinará que, independente da idade, ser criança sempre será uma arte.
Os estereótipos são numerosos. (...) A interpretação mais generosa atribui esse modo de pensar a uma espécie de preguiça intelectual: em vez de julgar as pessoas pelos seus méritos e deficiências individuais, nós nos concentramos em uma ou duas informações a seu respeito, que depois inserimos num pequeno número de escaninhos previamente construídos. Isso poupa o trabalho de pensar, embora em muitos casos custe o preço de cometer uma profunda injustiça. Com isso, aquele que pensa por estereótipos também fica protegido do contato com a enorme variedade de pessoas, a multiplicidade de maneiras do ser humano.
(do livro 'O mundo assombrado pelos demônios')
...apesar de tudo, apesar do mundo feio que fizeram e que nos cerca, apesar da dor, apesar de ver sair escuridão das pessoas, apesar de às vezes ter motivos reais para desanimar, apesar das injustiças e frivolidades, apesar de tudo, apesar do nada... ...é bom olhar por dentro da gente e ver que tem coisas muito bonitas de serem vistas e lembradas...e relembradas... ...paz e festa... ...festa e paz... ...apesar de tudo...
Enquanto a justiça dos homens vive plantando provas a favor da perversidade do sistema, Deus planta a justiça contra o sistema perverso.
Dizem que o tempo é implacável! Pode ser, mas não é injusto, pois nem todos podem reclamar dele, já que vivem por nada, e ele continua seguindo em frente para essas.
O evangelho de fato conforta os que choram e sem sombra de dúvida confronta os confortáveis. Se está confortável e a injustiça não lhe incomoda, está na hora de reavaliar algumas coisas, talvez esteja lhe faltando evangelho.
Não tenho medo dos erros da humanidade. Tenho medo sim das sociedades ditas civilizadas que vivem indiferentes e ficam caladas frente as violências, os erros e as injustiças.
Vozes que murmuram, se juntam, confidenciam, confabulam, ecoem suas indignações a favor dos injustiçados, dos inocentes.
Estive pensando muito na fúria cega com que os homens se atiram à caça do dinheiro. É essa a causa principal dos dramas, das injustiças, da incompreensão da nossa época. Eles esquecem o que têm de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de melhor: as relações de criatura para criatura. De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles?”
Muita vez, estou incompetente, mas com toda força para "agir".
O silêncio é que exclama as injustiças!
O sábio deve pautar-se na razão e no bom senso, não somente para agir quando preciso, mas também para fazer desaparecer as iniquidades silenciosas.
O carcere mais hediondo da humanidade em meu tempo é meus lábios selados por medo diante as injustiças e a privação dos sonhos por liberdade.
Esses homens cativos são o preço oculto de uma vida oculta: os justos devem ser capazes de localizar os condenados.
Parece minha a ingratidão,
mas percebo no no convívio entre muitos o interesse do mero toma-la-da-cá!
Sou um ser humano que não tem sangue de barata, que respira fundo na maioria das vezes, que não aceita injustiça.
