Poemas de Friedrich Nietzsche

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Arrependo-me de me ter ligado esperanças, quando e onde tudo indicava claramente o fim!

Pessoas que nos dão toda a sua confiança acreditam, com isso, ter direito à nossa. É um erro de raciocínio; dádivas não conferem direitos.

Coração atado, espírito livre - Quando se amarra e se mantém preso o próprio coração, pode-se dar ao espírito muitas liberdades.

A palavra mais ofensiva e a carta mais grosseira são melhores e mais educadas que o silêncio.

[...] às vezes a exposição incompleta, como em relevo, de um pensamento, de toda uma filosofia, é mais eficaz que a explicação exaustiva [...]

Não é a reflexão o que nos impede de agir; é o verdadeiro conhecimento, a visão da verdade horrível, o que anula todos os impulsos, todos os motivos de agir.

Não pelo fato de me teres mentido, mas por não poder
acreditar-te, me perturba profundamente.

A felicidade é frágil e volátil, pois, só é possível senti-la em certos momentos. Na verdade, se pudéssemos vivenciá-la de forma ininterrupta, ela perderia o valor, uma vez que só percebemos que somos felizes por comparação.

E essa tolerância, esse 'largeur' do coração que tudo 'perdoa' porque tudo 'compreende', é para nós como o vento siroco...

Como se "a verdade" fosse uma criatura tão inepta e inofensiva, a ponto de necessitar de defensores.

As ilusões são certamente prazeres dispendiosos, mas a destruição delas é mais dispendiosa ainda.

“...Nossos tesouro está na colmeia
de nosso conhecimento.
Estamos sempre voltados a essa direção,
pois somos insetos alados da natureza, coletores do mel da mente...!"

Não conheço em absoluto o ateísmo como resultado, menos ainda como acontecimento: em mim, ele é óbvio por instinto. Sou muito inquiridor, muito cético, muito altivo para me satisfazer com uma resposta grosseira. Deus é uma resposta grosseira, uma indelicadeza para conosco, pensadores – no fundo, até mesmo uma grosseira proibição para nós: não devem pensar!”,

in Ecce Homo.

O sedutor involuntário

Atirou no ar palavras vazias,
Por distração — e abateu assim uma mulher.

Friedrich Nietzsche
A Gaia Ciência

A Vida Não É Argumento

Armamos para nosso uso um mundo em que possamos viver – admitindo a existência de corpos, de linhas, de superfícies, de causas e de efeitos, do movimento e do repouso, da forma e de seu conteúdo: sem esses artigos de fé ninguém jamais suportaria viver!
Mas isso ainda não é nada.
A vida não é argumento: entre as condições da vida poderia estar o erro.

Sem vaidade
Quando amamos, queremos que nossos defeitos permaneçam ocultos — não por vaidade, mas para que o ser amado não sofra. Sim, aquele que ama gostaria de parecer um deus — e também isso não por vaidade.


( do livro em PDF:100 aforismos sobre o amor e a morte )

“... Acredito que os animais veem o homem como um ser igual a eles que perdeu, de forma extraordinariamente perigosa, a sanidade intelectual animal. Ou seja: veem o homem como um animal irracional, um animal que sorri, que chora, um animal infeliz.
É muito difícil os homens entenderem sua
ignorância no que diz respeito a eles mesmos.
Pobre do pensador que não é o jardineiro,
mas apenas o canteiro de suas plantas...!”.

A mais perigosa desaprendizagem
Começa-se por desaprender de amar os outros e termina-se por não encontrar nada mais digno de amor em si mesmo.

(do livro em PDF: 100 aforismos sobre o amor e a morte )

O que é bom induz a viver. — Todas as coisas boas são fortes estimulantes para a vida, mesmo todo bom livro escrito contra a vida.

(extraído do livro em PDF: Humano Demasiado)

Contra a soberba

Não se encha de ar: senão basta
Uma alfinetada para o estourar.

Friedrich Nietzsche
A Gaia Ciência