Poemas de Fernando Pessoa -Salazar
Numa entrevista, perguntado sobre sua obra, o aspirante a escritor disse, entre batidas de um coração embebido em ansiedade:
_Acho que meus textos têm um quê da sofisticação dos clássicos literários que, já há muito, habituei-me a ler. Essa sofisticação pré-molar, perdida entre repulsas circunscritas, próprios protestos e a necessidade - mais que absoluta - de renovação. Não gosto de trabalhos modernistas em nenhum dos campos da arte, mas absorvo técnicas progressitas como neologismos e excessos, que dão ao texto uma cadência mais intelectual, que não prevê barreiras culturais, contudo. Tento me ater, de forma não muito satisfatória, a um único tema quando escrevo uma primeira palavra; mas eu jamais serei capaz de me ater a algo que não eu mesmo. Essa é uma colocação um pouco egocêntrica para um cronista, mas é fato - mais que consumado - que eu não ajo senão da forma que me prevê a sociedade em que vivo e a qual observo na faculdade de meus trabalhos, literários ou não. E eu não sou um tema de abordagem única.
(...)
(...)
Quiseram, então, saber por que o tal escritor usava tantas metáforas, por que era tão subjetivo na faculdade de seus textos. E ele respondeu.
_As metáforas? (risos) As metáforas são tão ímpares quando bem utilizadas que não sei escrever sem elas. Não digo que sei escrever com elas, nem que sei usá-las, pois - as metáforas - quem as usa são os leitores - bem como cada linha ou entrelinha constituintes de um texto. Habituei-me a metaforizar e exercitar meu léxico de muitos anos como leitor para prolongar períodos e ideias, dificultar o raciocínio, sombrear imagens muito óbvias. Minha alma vem embutida nesse corpo em muito desconfortável, atarefada com as preocupações e tentativas - frustradas - de acomodar-se aqui; sem contar as tentativas de difundir-se, principalmente entre dois corpos, compartilhando, em ambos, o espaço com outra. Eu preciso evadir-me de mim, é o que quero dizer. Para isso figuro em obra abstrata uma realidade tão sóbria, embora tão inacreditável...mente cretina. Minhas palavras edificam quimeras decifráveis a qualquer um que persista. Não sou fácil, nem difícil. Diferença é algo que faz parte de tudo. Fácil é ser clichê!... e difícil é entender por que custa-se tanto a encontrar arte de boa qualidade. O bom-gosto se mudou pra amazônia por falta de uso? Lá: onde tudo se extingue... Minhas metáforas são como disfarces, sim - porque eu mesmo tenho medo de saber a verdade.
(...)
(...)
Demorou um pouco, sim. Isso porque ele pareceu parar para pensar por alguns poucos instantes que fossem - na pergunta que fizeram. Queriam saber se ele amava alguém. Ressaltaram a notória mudança entre textos de sua composição, chamados iniciais, que falavam tão claramente do amor e os mais atuais, que pareciam bem menos ligados a esse sentimento em especial.
_Eu não escolho o tema antes de escrever um texto. Dou à luz períodos frequentemente plenos de anomalias ideológicas exatamente da forma como eles inspiraram-se em mim. É desproposital como sentir sede... Acho que eu procurava muitas vezes o amor quando falava tão incansavelmente dele, como fazem esses religiosos que consagram cada dente de leite que cai ao seu Senhor. E eu achei, mas não por meio dessa busca vã e de seus atalhos desnorteados, atrasos disfaraçados. Se achei algo a que posso chamar de amor, foi muito mais por me deixar encontrar - despido de tudo o mais - do que por procurar. Quando canto com notas muito menos sentimentalistas, não é porque meu coração petrificou-se, mas sim porque derreteu de todo. Escrever é buscar a si e encontrar o outro. E foi por isso que fizemos tanto sucesso, nós, os escritores, quando a maioria das pessoas buscava coisas passíveis da estranheza geral. Agora, com a bizarra harmonia que existe na sociedade, as pessoas têm tantos objetivos em comum que o individualismo perdeu o seu significado e perdeu-se procurando significar. Por esses caminhos de busca ilusória onde ninguém mais costuma voltar agora que todos seguem a trilha.
(...)
(...)
Ao final da entrevista, perguntado sobre as assinaturas jamais vistas em seus trabalhos, respondeu naturalmente, dando, por último, um sorriso:
_Não assino por não saber quem foi que escreveu aquilo que se lê, aquilo que se mastiga entre a língua e o céu da boca, numa decomposição vagarosa e letárgica como a febre que acomete os mais bem trancados depósitos de adrenalina instalados cautelosamente na alma de um ser. Não assino por não ter um nome, não, sim. Sou como a sombra do meio-dia no Equador: eu existo nas profundezas daquilo com que me mascaro, dessa inexistência tão espetacularmente conhecida e ignorada propositalmente - essa inexistência que existe mais do que qualquer outra coisa. Não assino por não ser necessário saber quem agrupou as palavras que se lê, contanto que essas mesmas palavras sejam capazes de ler o leitor. Não escrevo realmente, sinto. E é esse sentimento que escorre pelos meus dedos, deveras inaptos, de mim para todos os que realmente merecem. Codifico o que o mundo me imprime, nada mais. Não assino, portanto, porque não há que se assinar o que não se escreve. Desacredito no que faço tanto quanto na veracidade de fazê-lo. Viver pra mim é um sonho que está sempre beirando o fim; escrever não é diferente. Obrigado.
Em todas as minhas chances de me extender e ser como eu realmente sou, exitei e preferi mostrar pouco - escondido às costas dessa imagem monocromática que faço de mim.
Em todas as minhas chances de ser conciso e ser como eu realmente sou, empolguei-me e não mantive a auto-crítica - depravado frente à divisória tênue que fazem de mim.
Às vezes, lamento estes olhos que enxergam o infinito, talvez eu preferisse o óbvio, a realidade que pulula a um palmo do nariz... Antitético, reclamo as cenas que não vi, os olhares de que me desviei e os sorrisos que perdi; reclamo dessa minha austeridade incógnita e emprestada.
Em todo caso, entre a prolixa insensatez projetada à minha frente e o laconismo óbvio que me guarda à retaguarda, eu vou ignorando meu relevante paradoxo existencial e contemplando minha experimentação diante do mundo.
Às vezes, lamento estes olhos que enxugam a emoção da minha alma enquanto encharcam a insensatez das minhas olheiras. Noutras, recordo com nostalgia da felicidade tamanha que eu já me rendi... Em meio a esse furacão que é a vida, cabe dizer que jamais me encontraria melhor senão em mim.
Conheci um mundo diferente,onde voce esta nele,com os brilho de seus olhos,com o mais perfeito sorriso.
Esse mundo so pode ser o paraiso.
Você é o unico mutivo dele ser alegre para mim..
Meu mundo precisa de respostas para continuar planejando meu futuro.
Eu não posso esperar mais,eu tenho que te dizer o que eu sinto por voce,espero que voce me diga a verdade.
Ai sim eu poderei planejar meu futuro sem preocupações
De certo, teremos o nosso dia...
E este dia será tão intenso...
Tão maravilhoso, tão extraordinário...
Que faremos questão de não anotar a data...
E viveremos deste...
Dia após dia, por semanas, meses, anos...
Por toda a nossa vida...
Da vida que molda os homens,
Entre dissabores e prazeres,
Lágrimas e sorrisos,
Perdas e ganhos.
Uma graciosa orquídea,
Rara e formidável,
Floresce na perspectiva dos que a cultivam.
Jóia lapidada pela lâmina do destino,
Ausente das arestas do egoísmo e da hipocrisia.
Plena do brilho da amizade, do respeito e da compaixão.
Dera-me o Paraíso fosse um campo extenso e florido,
Onde cada pétala colorida fosse uma cópia fiel de ti,
Oh ! orquídea valorosa,
Irmã Lua de meus devaneios.
Tarde de veraneio,
Olhos claros se confundem com o verde marinho.
Despida de sua inocência,
surge esplêndida a bela pérola,
cujo brilho vivo dum olhar,
vem exaltar o sagrado e o profano,
levando a um inebriante estado de mistério e desejo.
As manhãs de sábado,
Com seus cheiros, formas, cores, texturas, expectativas.
As flores entre as frutas.
Que se exibem por entre as frutas.
Deixando um rastro de beleza, aroma, sabores.
Tão simples, tão prazeroso quanto uma manhã de sábado.
E me senti hoje, sentada ao sol, como a um espelho do nosso amor...
Que reflete a minha frente, minha insignificância atual...
E projeta em minha sombra, a magnitude do que já fui...
Nos ultimos tempos
Estive colecionando palavras
Dizeres
Melodias
Historias
lembranças
Vida
E decepções
O que ficou dessa estante de coleção?
Bom não sei
Porque nem ao menos tentei descobri
Estão la
Parados
Esperando algum motivo
Ou alguma dia pra serem abertos
Descoberto
E sair de uma mera continência
E passar a ser a realidade
Passar a ser o que sonhos não foram
Passar a ser Tudo e nada ao mesmo tempo
Pois tudo que é extremamente especial
Não se existe explicação concreta
Deixei de confia
Deixei de me entender
Vou fazer o melhor pra viver
E o mais provável pra se entender
Descobrir um caminho
Alem daquele que pensava existir
Pois talvez tudo isso so fez parte da vida
Aquela vida que você so aprende errando
É,bom não sei se errei
Mas aprendi com um certo fracasso
Talvez melhor assim
Talvez melhor sera
Amanha so quero acorda e dizer pra mim mesmo
Que eu posso
Posso me entender
Posso viver sem lembranças
Sem tristeza
E que posso ser feliz
Com quem é feliz comigo
Mesmo que de certo modo eu teimo em deixa de lado
É dessa pessoa que preciso
É dessa pessoa que vou fazer parte..
E daqui pra frente sera sempre assim
Hoje percebi tantas coisas
Coisas que ja sabia
Coisas que agora sei
A maior coisa que redescobri
Foi a sensação diferente que sinto perto de voce
Meio sem jeito
Meio queito
Meio olhando disfarçando
Boom...Mais como sempre comigo
Depois de descobri coisas boas
Tambem descobri coisas tristes
Ou que eu fazia e pensava ser legal
E se tornaram lamentáveis
Descobri que um mundo e em tudo existe o bom e o ruim
Mas não imaginava achar isso assim
E nem agora
E nem nunca
Lembro de muitas coisas
Muitas coisas boas
E é isso que fica
Obrigado por me construir um pouco
Obrigado por tudo
Mas talvez agora seja apenas um detalhe
Que signifique .........
Ate um dia melhor!
Os meus sonhos ja viraram melodia
Talvez pela dor
Ou tambem pela consciencia de vida
Acredite que pra mim tudo vai alem
Alem de tudo que passou
Sou feliz
Pois canto o que penso
E ao mesmo tempo
Penso pra viver ...
Seus sorrisos me conquistaram
Mas ate o adeus eles me disseram
Sabia que era pra ser assim
Mas tambem sei que voce continuara a sorrir
Estou numa simples desilusão
Levando o mundo como uma simples questão
Questão de dignidade
E atenção ao simples fato de ser um vencedor
Lutar é reação de uma angustia
Talvez,
Mas agir é questão de inteligencia
Inteligencia árdua e literalmente um dom...
Eu,mesmo que não queira
Ainda olho para os lados e vejo voce
Voce em pequenos detalhes
Em pequenas lembranças
Que me fazem acreditar em tanta coisa
Em tantos momentos
Mas parece ser mais um sonho
Designado a seguir seu caminho
Aquele que nem de longe parece ser justo
Mas quem disse que em sentimentos
Existe justiça
Talvez o que exista
Seja mais simples que pensamos...
E mais real do que imaginamos
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